A violência que culminou com a
morte do cinegrafista atingiu o ápice da tolerância quanto à falta de ação das
autoridades públicas, que assistem a tudo passivamente e nenhuma medida efetiva
é adotada para acabar em definitivo com a predominância da criminalidade que
impera no país, de forma absoluta e desenfreada. O descalabro do abuso dos
black blocs ultrapassou os limites da civilidade e ingressou há muito tempo no
processo da selvageria, que não existe contraposição das forças de segurança,
ante a ineficiência e ineficácia da sua ação repressora que não consegue, em
nenhuma das manifestações havidas, controlar a destruição explícita de pura
animalidade. Urge que as forças de segurança pública, as polícias, em especial,
sejam melhores preparadas e equipadas, tanto em treinamento
técnico-profissional como em aumento do quantitativo das corporações, que nem
sempre estão adequadamente em condições de enfrentar os protestos violentos
sequer em igualdade necessária para superar os baderneiros, que estão em
superioridade, como têm demonstrado nos cotidianos protestos, em que sobressaem
as marcas da sua destruição, em verdadeira desmoralização das autoridades
públicas e das instituições constituídas, que são impotentes de evitar os
abusos impunes. Não há dúvida de que é enorme a responsabilidade que vem sendo descumprida
e desrespeitada pelas autoridades públicas, que deixam de honrar os cargos
públicos eleitorais que ocupam em nome da constituição, da lei e do povo, que
são ignorados e menosprezados no que diz respeito ao justo e digno cumprimento
das funções públicas de assegurar a ordem pública e a segurança da população,
que estão sendo negadas insistentemente e de forma inexplicável. A sociedade
espera muito mais que os homens públicos tenham a dignidade de vislumbrar os
meios capazes de controlar e combater a violência graciosa e injustificável dos
manifestantes desmiolados. Não é justo que os manifestantes se valham da
fragilidade das forças de segurança pública e das autoridades públicas, para
praticar as piores barbaridades, porque os danos e prejuízos terminam sendo
arcados por pessoas inocentes e pelas partes envolvidas prejudicadas, enquanto nada
acontece com os baderneiros e as autoridades públicas continuam impolutas nos
seus cargos, sem ao menos avaliarem o peso das consequências das suas omissões
irresponsáveis, porque a destruição que vem acontecendo macula também a imagem
já desgastada do Brasil, resultante das incompetências e dos desgovernos
acentuadamente revelados na administração do país. A violência nos protestos
demonstra apenas o nível cultural de um povo, que não teve formação educacional
suficiente para reivindicar, de forma civilizada e pacífica, seus direitos,
como se a ignorância fosse capaz de convencimento e de mudar algo senão para
pior, porque a destruição é sinônimo apenas de retrocesso e de atraso. Com
certeza, se as manifestações fossem realizadas de maneira pacífica, que parece
que não seja esse o desejo das classes dominantes, haveria maior participação
das pessoas nas manifestações, que têm desejo de mostrar sua indignação sobre
os desastrosos fatos que estão acontecendo na administração pública brasileira,
em que os governantes se esforçam para mostrar que estão produzindo, mas o seu
sacrifício não atende nem pouco os anseios e as carências da população. Não há
dúvida de que o povo precisa se mobilizar, para patentear o seu repúdio ao
desgoverno e ao desperdício de recursos públicos, a exemplo dos repasses de
recursos para países comandados pelos governos socialistas, que oprimem o seu
povo e estrangulam os princípios democráticos e os direitos humanos, entre
outras barbaridades que os administradores públicos fazem, principalmente a
omissão quanto ao combate à criminalidade e à violência, que só crescem e
nenhuma medida efetiva é adotada para, pelo menos, mostrar interesse em cuidar
de questão tão delicada e grave, a ponto de deixar a sociedade atordoada e
desesperada com os alarmantes níveis de assassinatos, sequestros, roubos,
furtos, estupro etc. O povo tem que fazer a sua parte de mostrar insatisfação e
inconformismo com as ruindades dos governos, mas seus movimentos de protestos
precisam ser feitos de maneira ordeira e civilizada, sob pena de piorar a
situação, ao invés de contribuir para resolver os problemas e as precariedades
que somente os governantes não conseguem enxergar, nem mesmo diante da
destruição e das barbaridades que tanto atormentam a sociedade. Acorda,
Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 09 de fevereiro de 2014
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