O
ex-presidente da República petista aproveitou sua visita a Cuba, para, em nome
do governo brasileiro, negociar, entre tantos assuntos considerados
inconfessáveis, por serem classificados secretos, mudança no programa Mais
Médicos, tendo obtido a anuência do presidente cubano para elevar o salário dos
médicos caribenhos para R$ 3 mil, a partir deste mês. O ex-presidente petista,
embora não integre oficialmente o governo, tem mostrado atuação bem superior ao
que muitos ministros brasileiros, que se limitam apenas a cumprir seu expediente
na Esplanada mais importante do país, justamente por não ter absolutamente nada
para realizar, ante a falta de orientação presidencial, ou simplesmente por executar
apenas as metas estratégicas do seu partido, ou seja, nada. Trata-se de missão
diplomática disfarçada e absolutamente irregular, por envolver assunto que
deveria ser discutido diretamente entre os governos, embora a importação de
profissionais para o Brasil não tenha sido concretizada em conformidade com os
trâmites do Direito Internacional, entre os dois países, visto que a vinda dos
médicos cubanos foi intermediada entre uma organização internacional e o
governo brasileiro, sem a assinatura do governo ditatorial de Cuba. Daí a
estranheza de o ex-presidente petista negociar o salário de R$ 3 mil para o
médico cubano, quanto os demais médicos já estão recebendo R$ 10 mil mensais. Essa
dicotomia de tratamento tem algo sujo e mal explicado, que não pega bem entre
governos que escondem do seu povo a transparência dos seus atos. Ademais, as
visitas de lideranças petistas à ilha maldita, para, em princípio, prestarem
adulação e reverência aos ditadores sanguinolentos, sinônimos de retrocesso
político-democrático, demonstra o quanto o país tupiniquim ainda precisa se
despertar e dar salto de qualidade quanto ao respeito aos princípios de
civilidade e de sensibilidade sobre a evolução da humanidade. Custa acreditar
sobre os reais propósitos dessas constantes idas dos petistas a Cuba, pois,
sabidamente, ali não existe manancial de coisa alguma que sirva de lição para
as salutares práticas do exercício político-administrativo, à vista das
atividades retrógradas que ainda são desenvolvidas numa das piores ditaduras
que se tem conhecimento nos tempos hodiernos. Basta se mirar para o caso da
importação dos médicos do país caribenho, para se perceber a gritante dicotomia
existente aquele país e o resto do mundo, quando ali ainda se proíbe que os
profissionais sejam tratados com o mínimo de dignidade dispensável ao ser
humano, como no caso de poder trazer a sua família para o Brasil, onde eles vão
ficar por, no mínimo, três anos, em cujo interregno os contatos familiares
poderão ser feitos apenas mediante as comunicações existentes entre os dois
países. Além de o governo cubano ainda manter rigoroso controle sobre as
atividades desempenhadas por seus profissionais no país tupiniquim, por intermédio
de agentes de segurança daquele país, com a exclusiva finalidade de monitorar
os passos dos profissionais da ilha caribenha, que não têm direito sequer de
transitar livremente aqui no país, considerando que eles são obrigados a
declarar qualquer afastamento do local de trabalho. Ou seja, mesmo distantes de
Cuba, os médicos vivem em permanente estado de escravidão, inclusive quanto aos
valores que percebem pelos mesmos serviços prestados por outros médicos
contratados pelo governo brasileiro. Enquanto os médicos cubanos vão passar a
ganhar salário de R$ 3 mil, a partir deste mês, visto que percebiam bem menos
do isso, os demais profissionais já estão ganhando R$ 10 mil livres. Tudo isso
somente demonstra as ruindades e as perversidades do governo ditatorial de
Cuba, que, mesmo desprezando os direitos humanos e os princípios democráticos,
ainda são idolatrados e adorados pela cúpula petista, como se os irmãos
castristas fossem o suprassumo da ideologia a ser seguida como exemplo de
governantes capazes e eficientes, embora o regime comunista implantado no seu
país evidencia tenebroso desastre de destruição da espécie humana, que a submete
ao capricho do eterno atraso e subdesenvolvimento sob as condições menos ideais
de sobrevivência, de conhecimento e de modernidade, tendo por base os recursos
sociais e econômicos existentes no resto do mundo. É lamentável que os
governantes brasileiros elejam os ditadores cubanos como aliados, parceiros e
orientadores, em demonstração de verdadeiro retrocesso estratégico, político,
social, econômico, democrático etc., quando os governantes do resto do mundo,
que têm sensibilidade e responsabilidade com a vanguarda das questões mundiais,
estão interessados em manter relações diplomáticas com países que se evoluíram
e são destaques quanto à consecução do desenvolvimento social e econômico do
seu povo. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 06 de março de 2014
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