Diante
das dificuldades energéticas, o governo da Venezuela decidiu racionar o consumo
de energia elétrica, tendo determinado o corte do fornecimento por quatro horas
diárias, nos dez estados mais populosos e industrializados, sob a alegação de
que a decretação da medida avisa amenizar a crise no setor energético e a
preservar o abastecimento de El Guri, a principal hidrelétrica do país.
Ignorando
a falta de planejamento e o desarranjo econômico provocados pela incompetência
do governo chavista, o ministro de Energia alega que é necessário restringir ao
máximo o abastecimento de energia, por causa da forte seca e do fenômeno
climático El Niño.
Tanto
lá como no país tupiniquim, as desculpas esfarrapadas sempre recaem sobre a
seca do principal reservatório ou algo que o valha, que obriga a implantação de
plano de racionamento por período de até a chegada do período de chuvas, no
próximo mês.
O
curioso é que aquele país tem a quarta maior reserva de petróleo do mundo, mas,
de forma inexplicável, passa por terrível crise no setor elétrico, que ainda é
afetado por constantes apagões e racionamentos de água, que agravam fortemente a
situação dos sofridos venezuelanos.
Também
com vistas à economia de energia, os relógios foram adiantados em meia hora naquele
país, a par de o governo também ter declarado que às sextas-feiras passe a ser dia
de folga para o setor público, nos próximos dois meses.
Diante
da escassez de energia, o presidente venezuelano já havia decretado a ampliação
para nove horas diárias do racionamento de energia para grandes consumidores, a
exemplo dos hotéis e outras empresas, que devem gerar sua própria eletricidade.
A medida de racionamento teve início em fevereiro, por quatro horas, e levou as
lojas a encurtarem seu horário de funcionamento.
Embora
o governo não veja outra alternativa, especialistas o advertem no sentido de
que as medidas em comento afetam diretamente a produtividade do país, que já
enfrenta aguda crise econômica, com a mais alta inflação do planeta (180% em
2015), além de escassez de produtos de primeira necessidade, como alimentos e
remédios, que simplesmente desapareceram das prateleiras dos supermercados
estatais, porque os grandes mercados privados já fecharam suas portas, por
imposição do rigoroso controle de preços por parte do governo socialista, que
simplesmente arrasou os comezinhos princípio da eficiência da administração
pública.
A
incompetência da administração venezuelana não tem o menor escrúpulo de culpar
a falta de chuva pelo caos no setor energético, quando deveria assumir a sua
culpa por não ter investido na ampliação e melhoria das fontes de energia, cuja
omissão resultou no caos no atendimento dessa importante demanda social,
causando extremo prejuízo para a população e o desenvolvimento do país, diante
da paralisação forçada, principalmente, das atividades produtivas.
É
bastante estranho que a Venezuela passe por vigoroso e acelerado processo de
deterioração, onde o sistema produtivo se encontra falido, mas o ditador se
mantém firme no cargo, em persistente teimosia que tem como consequência a
plena destruição do país, com suas políticas demagógicas que levaram a economia
à bancarrota e ao retrocesso, com o poder malévolo de transferir para o povo,
de forma insensata e irresponsável, o ônus do sofrimento e da humilhação.
A
situação caótica da Venezuela é o retrato retocado e consolidado, que foi emoldurado
no capricho pelo decadente e destruidor sistema socialista/comunista, que
consegue arruinar, por meio de seus métodos ultrapassados e anacrônicos, e
ainda com requinte de maldade e perversidade, os princípios da democracia, da
administração eficiente e competente e dos direitos humanos, fazendo com que a
sociedade seja submetida às piores crises humanitárias, diante das privações
não somente de direitos individuais, mas, especialmente dos gêneros e produtos
de primeira necessidade, como alimentos, remédios, água, energia e outros
componentes essenciais à vida. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 04 de maio de 2016
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