A
presidente da República afastada prepara carta de compromissos, para serem
executados no “novo governo”, na esperança de conseguir reverter o processo de
impeachment no Senado Federal.
É
muito estranho, conforme o anúncio da medida, o documento se destina exclusivamente
às frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, que lideram manifestações contra o
presidente em exercício, cujo conteúdo acena para forte intenção da petista de
guinada à esquerda, na direção contrária ao que foi a sua segunda gestão.
A
carta é resposta às reivindicações tanto dos movimentos sociais que integram as
duas frentes quanto da ala petista próximo da presidente afastada e do seu
antecessor, que, em várias oportunidades, afirmava que a petista deve dizer
claramente como e para quem vai governar se retomar o cargo.
Entre
as matérias cobradas pelos movimentos sociais estão a garantia de política
econômica com foco no crescimento econômico, manutenção dos programas sociais e
geração de empregos, compromisso com a reforma política e a montagem de ministério
composto por notáveis e representantes dos setores que lutaram contra o
impeachment.
O
objetivo do documento é quebrar resistências de setores da esquerda que defendem
a realização de novas eleições presidenciais ou desconfiem da capacidade da
petista, em criar condições mínimas de governabilidade ou diante dos
ressentimentos em relação às escolhas da petista na segunda gestão.
Não
há dúvida de que a proposta de guinada à esquerda, com a finalidade deliberada
de agradar grupos socialistas, tem fortíssimo cheiro de claríssimo golpe
socialista bolivariano, fato que enseja, desde logo, o repúdio e o protesto dos
brasileiros genuinamente democratas e republicanos, de vez que a pretensão da
petista expõe, sem meias palavras, seu verdadeiro puro sangue terrorista-socialista-comunista,
por insinuar governar para apenas reduzidos meia dúzia composta de movimentos
sociais que a defendem, em claro desprezo aos demais brasileiros que pagam
tributos e são os verdadeiros trabalhadores deste país.
A
atitude da presidente afastada deixa explícito que ela não tem a menor
credibilidade para governar coisa nenhuma e muito menos para propor qualquer
guinada à coisa alguma, caso volte a presidência da República, à vista do seu
alentado histórico de incompetência, inapetência, mentiras, falsidade,
propaganda enganosa, que a levaram a perder o apoio no Congresso Nacional e cair
em desgraça junto à opinião dos brasileiros, com aprovação de apenas um entre
dez, e ainda a ser considerada a pior presidente da República de todos os
tempos.
Na
verdade, as propostas da petista são a confissão de que ela se encontra na
contramão da história republicana e democrática, quando os governos socialistas
já demonstraram como as nações são destruídas em pouquíssimo tempo, a exemplo
das tragédias e crises humanitárias que acontecem na Venezuela, onde os
fanatizados pelo chavismo caíram na arapuca armada pela Revolução Bolivariana, quando
acreditaram nas falsas promessas de eficiência e de maravilhas do socialismo do
século XXI, que não passou de estrondosos engodo e fracasso, à vista da
degeneração das instituições venezuelanas.
Os
brasileiros precisam desconfiar do discurso fácil, sedutor, promissor dos
socialistas, uma vez que, na prática, o resultado são os piores dos mundos, a
exemplo dos desastres ocorridos na Venezuela, que é clara demonstração de que
os princípios socialistas tanto não conseguiram dar certo como levaram o país à
completa desgraça, à vista da insatisfação popular, por força do
desabastecimento de produtos de primeira necessidade, inclusive de remédios.
É
possível que a maldita carta em tela não passe de mais um viés de cunho enganador
para o povo, que não confia nenhum pouco nas intenções da petista, que foi
capaz de fazer tudo ao contrário do que anunciava no seu programa eleitoral para
o segundo mandato, cujos resultados são os piores possíveis, com o país
totalmente atolado no lamaçal das mediocridades com a marca do governo petista.
Verifica-se
a mentalidade distorcida e tacanha de quem teve a ideia de elaborar documento
para ser entregue a movimentos sociais que lhe dão apoio ao retorno da petista
ao governo, quando o mínimo de inteligência político-administrativa
recomendaria que o destinatário deveria ser os brasileiros, não no seu conteúdo
socialista, mas em consonância com os salutares princípios republicano e
republicano, considerando que o presidente do país tem o dever constitucional
de representar o povo em geral e não apenas grupos ou movimentos da sociedade,
como se eles fossem representativos de alguma coisa, em relação ao sentimento
de nacionalidade, que é, em síntese, a obrigação de qualquer presidente cônscio
de suas responsabilidades republicanas de representar a nação, no seu conjunto.
É
lindo demais a presidente afastada ainda imaginar que alguém acreditaria em
novas promessas ou palavras dela, justamente depois das mentiras deslavadas
propagadas a plenos pulmões, por ocasião da reeleição.
É
risível que, depois de tanto fracasso, a petista ainda imaginar que tenha alguém
ingênuo que nutre alguma esperança de que ela seja realmente capaz de fazer algo
positivo em benefício da administração eficiente, saudável e competente, quando
seus mais de cinco anos de governo são provas incontestes de seu fracasso como
"gerentona", por ter permitido a bancarrota do país com as
potencialidades do Brasil, que qualquer governo mediano seria capaz de evitar a
quebradeira e a destruição das instituições públicas e dos princípios da
moralidade, legalidade e dignidade, que nunca foram tão ignorados e desprezados,
ante a fraqueza administrativa do pior presidente da República de todos os
tempos, conforme demonstram todos os indicadores econômicos, humanos e demais
que medem a competência do governo.
Na
verdade, a presidente afastada não consegue apontar nada que possa justificar o
seu retorno ao Palácio do Planalto, senão para concluir o martírio dos
brasileiros, que estão à míngua, padecendo com o maior e mais cruel índice de
desemprego da história do país, graças à gestão de quem contribuiria com o Brasil
se tivesse a sensatez, sensibilidade e dignidade de compreender suas extremadas
fragilidades administrativas e renunciar à vida pública, como forma de mostrar
amor cívico e patriótico ao Brasil. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 11 de junho de 2016
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