O
senador norte-americano derrotado nas eleições primárias para a escolha do
candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos criticou o processo de
impeachment contra a presidente brasileira afastada.
Ele,
que se autodenomina de “socialista
democrata”, afirmou que os EUA não podem se calar enquanto as instituições
democráticas brasileiras estão sendo minadas e defendeu eleições como solução
para a disputa política no país.
O
senador disse: “Estou profundamente
preocupado com o atual esforço para remover a presidente democraticamente
eleita do Brasil, Dilma Rousseff. Para muitos brasileiros e observadores, o
controverso processo de impeachment se parece mais com um golpe de Estado.”.
Em
sintonia com a pensamento petista, ele disse que, desde o início do processo de
impeachment, a presidente afastada e seus aliados vêm se empenhando na busca de
apoio internacional contra o que foi denominado de golpe, sob o argumento de que
a presidente afastada não teria cometido crime de responsabilidade, objeto da
acusação.
O
senador também aproveitou para criticar o governo interino, ao afirmar que ele
não foi eleito, mas “rapidamente anunciou
planos para impor austeridade, aumentar a privatização”, além de
implementar o que ele classificou de “uma
agenda social de extrema-direita”.
O
norte-americano concluiu, afirmando que “O
esforço para remover a presidente Rousseff não é um processo legal, mas sim
político. Os Estados Unidos não podem ficar sentados silenciosamente enquanto
as instituições de um de seus mais importantes aliados são
minadas. Precisamos nos colocar ao lado das famílias trabalhadoras do
Brasil e demandar que a disputa seja resolvida com eleições democráticas.”.
Assiste
razão ao senador americano, quando diz que “Precisamos
nos colocar ao lado das famílias trabalhadoras...”, não sabendo ele que a
gestão da presidente afastada é acusada de ser responsável pelo recorde de
desemprego de, pasmam, mais de onze milhões de trabalhadores, exatamente no
sentido contrário da proposta dele, que demonstra, noutro ponto, total
desconhecimento sobre a real degeneração que se encontra o Brasil, sob a
administração deletéria da petista defendida por ele.
Esse
político norte-americano perdeu excelente oportunidade para ficar calado,
porque pelo menos ele teria evitado dizer muitas inverdades, demonstrando
desconhecer a realidade sobre a administração destruidora da petista, a exemplo
de classificar o Brasil como importante aliado do Tio Sam, uma vez que a
história mostra que a política externa da gestão petista priorizou a
aproximação do Brasil aos países comandados por ditadores comunistas e
socialistas, inclusive concedendo financiamentos irregulares a eles (por não
terem autorização do Congresso Nacional), como a Bolívia, Venezuela, Cuba etc.
As
relações com os países civilizados e evoluídos democraticamente foram de total
desprezo e absoluto afastamento, como os EUA, país que a petista se recusou a
visitá-lo, depois da descoberta de grampo de autoridades brasileiras, promovido
por órgão do governo americano, ou seja, as relações diplomáticas entre Brasil
e EUA, nos governos petistas, nunca foram amistosas, salvo nas relações
comerciais.
A
outra demonstração de desconhecimento do Brasil pelo senador americano diz
respeito ao processo de impeachment em si, que tem por base princípio constitucional,
segundo o qual o presidente da República que atentar contra as normas de
administração orçamentária e financeira, ex-vi
do art. 85, inciso VI, da Carta Magna, está sujeito a responder pelo crime
de responsabilidade, que é exatamente o processo aplicado à presidente da
República afastada, mas os falsos e desesperados apelos de golpe à democracia
induzem os ignorantes, desconhecedores da realidade sobre os fatos que
acontecem no Brasil, a tomarem partido em defesa de alguém que está sendo
julgado sob licitude e regularidade, em razão de graves falhas contra
princípios constitucionais, no que tange às normas orçamentárias.
À
toda evidência, o processo do impeachment segue o rito absolutamente respaldado
pelos poderes Legislativo e Judiciário, que não apontam qualquer ilegitimidade
nele, capaz de maculá-lo, tanto que o presidente do Supremo Tribunal Federal se
encontra presidindo a sessão de votação pertinente à aprovação ou não do
relatório que conclui pelo afastamento definitivo da presidente da República,
justamente por ter sido enquadrada no crime de responsabilidade fiscal,
previsto na Constituição Federal.
Por
último, conviria que o senador americano se conscientizasse de que a autonomia
e a independência políticas das nações dispensam a ação intervencionistas das
demais nações, salvo se houver algum pedido de ajuda, especialmente
humanitária, ficando dispensada qualquer iniciativa no sentido alertar sobre
situação que deve ser tratada e solucionada pelo próprio país, que possui os
mecanismos jurídicos para a condução adequada de seus problemas.
O
processo de afastamento da petista do Palácio do Planalto é tão legal que foram
observados os princípios da ampla defesa e do contraditório, em harmonia com as
normas derivadas da Lei Maior do país, que tem sido rigorosamente respeitada,
não restando senão o inconformismo por parte de quem imaginava que estava acima
de todos e de tudo, inclusive das normas legais.
Chama-se
a atenção para os reiterados rombos nas contas públicas, cujos limites
orçamentário e financeiro foram desrespeitados de forma sistemática e abusiva,
por meio da famigerada contabilidade criativa, que tem como princípio a
maquiagem nos registros contábeis, que tem por finalidade a distorção dos
resultados orçamentário-financeiros, dando a falsa impressão de que as contas
públicas se encontram saudáveis, conquanto o que existe mesmo é rombo que
precisa ser devidamente saneado por meio do afastamento do gestor que não
costuma respeitar os limites impostos pelas Leis de Responsabilidade Fiscal e
de Diretrizes Orçamentárias.
Com
certeza, o senador norte-americano, contrariamente às suas críticas indevidas e
dispensáveis, por se tratar de interferência que fere os comezinhos princípios
sobre as relações diplomáticas, condenaria com veemência, no país dele, por ter
mentalidade própria de nação civilizada e evoluída democraticamente, a abusiva e
desrespeitosa infringência das leis orçamentárias nos moldes do que houve no
país tupiniquim, que foram ignoradas pela presidente da República afastada, mesmo
sabedora da obrigação de aplicar a legislação vigente sobre a espécie, fato que
caracteriza grave lesão aos princípios da administração pública. Acorda,
Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 16 de agosto de 2016
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