“O conformismo é carcereiro da liberdade e inimigo
do crescimento”. John Kennedy - ex-presidente norte-americano
Depois
que foram revelados os depoimentos constantes das delações dos executivos da
Odebrecht, o tempo se fechou de vez contra o maior político da atualidade
brasileira, porque até os cegos e apaixonados militantes petistas já começam a
enxergar, de forma milagrosa, um pouquinho qual seja a real ideologia
intrínseca daquele que já foi até endeusado pela sandice dos idólatras, quando
viam nele somente áureas de virtudes, bondades, competência e honestidade.
Longe
de se fazer juízo de valor sobre a honestidade ou a falta dela, com relação a
ninguém, principalmente porque os contundentes afirmações, acusações,
planilhas, demonstrativos financeiros e demais elementos e depoimentos a que se
referem as delações em apreço são somente indícios, respeitados os princípios
constitucionais da ampla defesa e do contraditório.
Não
obstante, é muito provável que os tempos agora sejam outros por parte daqueles
que tinham visão totalmente tapada para a realidade, porque as revelações em
apreço podem estar mostrando a verdadeira face apodrecida do amigo, que teria enganado
a todos, por muito tempo, e ainda se beneficiado de facilidades e favorecimentos
propiciados por poderosas empreiteiras, evidentemente em troca de favores e da
poderosa influência próprios da popularidade e do prestígio do maior político
da atualidade.
À
toda evidência, o que realmente houve, sendo verdadeiras as informações
constantes das delações em tela, é que o ex-presidente traiu a confiança dos
brasileiros, notadamente de seus seguidores, ao transformá-la em mecanismo
capaz de gerar benefício em favor próprio e de familiares dele, conforme os
depoimentos em causa, em demonstração de cristalina afronta aos comezinhos
princípios da moralidade, honestidade, dignidade e outros inerentes à conduta
correta que se exige dos homens públicos, que têm obrigação de corresponder com
decência a delegação outorgada pelo povo, para representá-lo no exercício de
cargo público eletivo.
De
acordo com as delações, o líder-mor do petismo deixou rastros nada republicanos
pelos caminhos por onde passou como poderoso homem público, em que pese sempre ter
confessado e profetizado para o povo, até agora, mesmo diante do tsunami causado
pelas acusações da Odebrecht, a realização de somente atos maravilhosos, mas
seu histórico junto às empreiteiras tem registro bastante desabonador, que põe
por terra seu magnífico prestígio político, por ter sido favorecido por gordas
propinas provenientes dos cofres públicos, a par de ainda ter contribuído para expandir
seu esquema criminoso para outros políticos de igual índole delituosa, conforme
manifestação do Ministério Público.
À análise
preliminar sobre as revelações em apreço ajuda a se intuir, em primeira impressão,
que, enfim, a gigantesca máscara, que também parecia indestrutível, caiu depois
de tamanho estrondo, tendo se espatifado ao chão com tal força que é certamente
capaz de levar para bem distante, junto com seus destroços, as estruturas
artificialmente construídas para enganar legião de simpatizantes obcecados,
adoradores e bestas que somente viam aquilo que lhes interessavam, em prejuízo
dos interesses nacionais.
É pena
que o país tupiniquim não tenha leis duras para punir, com a severidade que o
caso exige, os homens públicos que traíam a confiança da população, tanto em
termos de devolução, devidamente corrigido, de tudo que foi desviado dos cofres
públicos, como de punição com as condenações cabíveis, inclusive com a de
banimento, em definitivo, da vida pública, como forma de lição exemplar e pedagógica
para as futuras gerações de políticos, que precisam aprender a respeitar a verdadeira
dignidade ínsita do exercício de cargos públicos, principalmente porque eles
são emanados do povo.
Felizmente,
os fatos vindos à baila podem contribuir para mostrar ao mundo a verdadeira face
da impostura populista que parecia eterna, mas tinha como propósito, à luz dos
fatos agora revelados, o beneficiamento de mente privilegiada e doentia pelo
poder, que pode estar sendo destruída, graças aos acontecimentos devassadores, e
acabada para a política, porque os princípios ético e moral podem nunca ter existidos
nas práticas como homem público, conforme a revela do que seja a sua verdadeira
personalidade, sobretudo diante dos claros e minudentes relatos constantes das
delações e investigações sobre a sua conduta política.
Até
então, parecia que havia enorme dificuldade para o povo desinformado entender o
que realmente se passava no país e na vida dos homens públicos, mas os fatos
mostrados agora, com a maior clarividência, diante de suas reiterações,
principalmente fruto das investigações levadas a efeito pela Operação
Lava-Jato, terminam evidenciando a verdadeira desgraça causada pelo governo
petista aos brasileiros, que conseguiu simplesmente, com as suas incapacidade e
incompetência, levar o país à destruição.
Exemplo
disso foi a quebra da moralidade nas atividades públicas e a desestruturação da
economia, com reflexos no gigantesco rombo nas contas públicas; no terrível
recorde de desemprego; na péssima qualidade dos serviços públicos; na ausência
de investimentos em obras públicas relevantes; entre tantas mazelas petistas, cujos
resultados são desgraçadamente representados pela trágica recessão econômica.
Tudo
isso trouxe graves consequências para a população, que teve a ingenuidade de
acreditar nas faraônicas mentiras apregoadas na campanha eleitoral da reeleição
da presidente afastada – afilhada política do maior líder político do país -, que
não teve o menor pudor de enganar os brasileiros, principalmente os ingênuos e desinformados
sobre as graves crises instaladas na gestão pública, por terem acreditado
piamente no que foi denominado de estelionato eleitoral, justamente porque as
promessas da então candidata petista foram rapidamente contrariadas com a
realização de medidas de ajustes, bem diferentes das que integravam a sua
plataforma eleitoral.
A
verdade é que as mentiras que serviram de base para se ganhar a eleição
conspiraram contra os projetos de dominação absoluta e de perenidade no poder,
diante da burla e da fraude protagonizadas na campanha eleitoral, por terem
infringidos os princípios da honestidade, transparência, sinceridade e
dignidade que devem imperar nas atividades política e administrativa.
O
Brasil, a partir de agora, pode estar mudando para melhor, graças às
importantes revelações sobre a pobreza mental e doentia de falsos e
antipatrióticos brasileiros, principalmente muitos políticos e empresários, à
luz das delações e investigações que estão vindas à tona, a demonstrar a
imperiosa necessidade do intransigente combate aos gigantescos esquemas de
corrupção implantados na administração pública, em afronta aos princípios da
saudável e eficiente gestão dos recursos públicos e da dignidade que precisam
imperar no âmbito da República. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 16 de abril de 2017
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