O
ex-presidente da República tucano disse, em rede social, que o ministro da
Justiça e Segurança Pública "se saiu bem" no depoimento dado no
Senado Federal sobre os vazamentos de conversas divulgadas pelo site The
Intercept Brasil,
O
tucano não fez comentários sobre as menções ao seu nome no caso, que vieram à
tona, segundo os quais o então juiz da Lava-Jato teria se posicionado contra
investigações sobre ele, por temer que elas afetassem "alguém cujo
apoio é importante".
O
ex-juiz e hoje ministro da Justiça teria escrito que apuração envolvendo o
tucano poderia "melindrá-lo" e poderia ser "questionável",
embora o ministro não reconheça a autenticidade dos diálogos.
O
tucano disse que "Vi pela TV o debate entre Moro e deputados",
referindo-se ao provável depoimento que o ministro da Justiça prestou, na realidade,
a senadores, em razão de ele ter ido ao Senado explicar a troca de mensagens
com membros do Ministério Público Federal, com atuação na força-tarefa da
Lava-Jato.
O
ex-presidente tucano disse que "O ministro se saiu bem. Havia
mais vontade de destruir e abalar a Lava Jato que de compreender. De todo modo,
com ele (o debate) ganha a democracia. É sempre bom ver autoridades
tendo que explicar suas ações".
Anteriormente
a essa declaração, o tucano havia escrito artigo criticando o governo, quando
ele afirmou, verbis: "A troca de mensagens da Lava-Jato
continua. Idem a de cadeiras no governo. Por enquanto sem relação. Está difícil
acertar o rumo".
Entidade
de assessoria do tucano afirmou que “A investigação em questão foi arquivada
e que o ex-presidente desconhece inquéritos ou suspeitas relacionadas a seu
governo ligadas à delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, relatadas
na reportagem do site, assim como menções a seu filho Paulo Henrique na Lava Jato.”.
No
depoimento no Senado, o ministro da Justiça disse que “estar tranquilo em
relação ao conteúdo que veio a público e admitiu a possibilidade de deixar o
posto no governo caso sejam apontadas irregularidades em sua conduta.”.
Em
conclusão, o ministro disse que "Eu não tenho nenhum apego pelo cargo
em si. Apresente tudo. Vamos submeter isso, então, ao escrutínio público. E, se
houver ali irregularidade da minha parte, eu saio. Mas não houve. Por quê?
Porque eu sempre agi com base na lei e de maneira imparcial".
Na
verdade, os senadores que convocaram a presença do ministro da Justiça e Segurança
Pública não tinham o mínimo interesse na obtenção de esclarecimentos de coisa
alguma sobre os fatos criminosamente divulgados pela mídia, com relação às
conversas entre o juiz e os procuradores da Operação Lava-Jato.
A
finalidade da convocação em tela ficou bastante cristalina, durante a
permanência do ministro no Senado, à vista da ânsia de senadores em questioná-lo,
com a presença e participação ativa nas perguntas de muitos senadores que não
resistem ao mínimo que seja sobre a sua afinidade em relação aos princípios
republicanos de moralidade, decoro, ética, probidade, honestidade e outros ínsitos
das atividades na vida pública, porque eles estão grampeados no Supremo
Tribunal Federal, respondendo a ações sobre investigações decorrentes do uso
indevido de recursos públicos, com maior incidência do escabroso desvio de
verbas a título de caixa 2, que é configurado ato criminoso, perante a lei
eleitoral.
Ou
seja, conquanto senadores, maculados com a filha suja por atos pútridos, pelo
desvio da finalidade com recursos públicos, pretendiam destruir a reputação
ilibada, imaculada, de quem produziu sua história de vida pública, na qualidade
de funcionário público, riquíssima em resultados brilhantes e positivos em
benefício dos interesses do Brasil, por ter contribuído com decisões judiciais afirmativas
contra a corrupção, tendo colocado sob as grandes um bando de ladrões
trasvestidos de péssimos políticos, empresários, executivos e outros
assemelhados bandidos, além da recuperação de bilhões de recursos, que voltaram
para os cofres públicos.
Trata-se,
na verdade, de iniciativa desesperada, por parte de senadores visivelmente incomodados
com o status quo, na tentativa de desfazimento das fantásticas operações
de corajoso combate à corrupção e à impunidade, que jamais alguém teve coragem
de enfrentar os brutamontes arrombadores de cofres públicos.
O
ministro conseguiu, com tranquilidade, mostrar que tudo não passa de armação
criminosa, justamente na tentativa de se inverter a ordem da moralidade
edificada por ele, com muita coragem e competência, como forma de tentativa da
transformação de bandidos presos e respondendo a processos, na Justiça, em
verdadeiros heróis da pátria, quando os fatos acenam para calamidade pública
que precisa de urgente saneamento, sob os auspícios do Poder Judiciário.
Durante
a seção de audiência, o ministro conseguiu desmontar, com habilidade e em
ambiente de harmonia, as questões capciosas levantadas por senadores, na
tentativa de complicar seriamente a situação dele, mas elas foram respondidas de
maneira clara, objetiva e competente, em plena sintonia com a realidade dos
fatos, tendo sido mostrado, em síntese, que as informações divulgadas, mesmo
que confirmada a sua autenticidade, não teriam o condão de provar que ele, como
juiz, teria praticado qualquer ato irregular, principalmente porque todos os
procedimentos adotados visaram exclusivamente ao melhor resultado que levassem
aos esquemas criminosos perpetrados contra os interesses do Brasil e dos
brasileiros, não importando as ideologias.
A
força-tarefa, comandada pelo então juiz, teve magnífica importância para os brasileiros,
por conseguir, a despeito da influência dos principais políticos, porém sem caráter,
desbaratar poderosa organização criminosa constituída por antipatriotas, em
forma de esperteza de políticos, partidos políticos, empreiteiros, executivos e
outros delinquentes que se beneficiaram da roubalheira aos cofres públicos, à
vista das investigações tendo por base delações premiadas, testemunhas,
documentos, planilhas, entre outras informações que não deixam dúvidas quanto à
participação delituosa de organização de alta periculosidade,
Essa
organização criminosa mantinha suas estruturadas com base nos esquemas sustentadas
pelo petrolão, montado exclusivamente para sugar dinheiro da maior petrolífera
brasileira, a Petrobras.
Causa
enorme tristeza e vergonha, em termos de sentimento humano e patriótico, ainda
se perceber o quanto esses bandidos aproveitadores de recursos públicos e da
pior qualidade moral, ainda contam com a admiração, a cumplicidade e a defesa de
gigantesca multidão de ingênuos brasileiros, que não se cansam de imaginar que
essa estrondosa roubalheira perpetrada na Petrobras não passa de mera miragem que
seria incapaz de interferir na vida política de quem tenha praticado o bem, por
ter cuidado, segundo eles, da pobreza do povo, quando uma coisa é a gestão
pública e a outra é o envolvimento em atos irregulares.
Em
síntese, a audiência do ministro da Justiça e Segurança Pública no Senado Federal
apenas escancarou a insensatez de políticos brasileiros, que tentam, a todo custo,
transferir a sua personalidade maculada por atos corruptivos para a imagem de
homem público que se tornou símbolo de operação exemplo de moralidade e de
cuidado e zelo com a coisa pública, conquanto as possíveis falhas que ele tenha
praticado para o atingimento dos objetivos de combate à corrupção e à impunidade
são infinitamente incomparáveis com os atos sujos perpetrados por quem tem o
dever de ser modelo de dignidade na vida pública.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 12 de junho de 2019
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