A crônica intitulada “A estratégia do silêncio”,
que versa sobre a análise de críticas da opinião pública ao presidente da
República, em razão de declarações dele, dadas nos últimos dias, mostrando insatisfação
com o desempenho desfavorável de parte da máquina pública, recebeu comentários
de pessoas, concordando ou discordando das minhas conclusões.
Exemplo
disso foi a brilhante explanação da lavra do sempre cuidadoso e elegante com as
palavras, o mestre Xavier Fernandes, que assim discorreu: “Quero concordar
com o ilustre Adalmir. Tenho visto esse comportamento do Presidente com muito receio.
Quando ele começa a falar, já fico esperando qual vai ser a derrapada. Sempre
digo que o presidente deve falar à nação em rede de rádio e televisão, em
extrema necessidade, para anunciar medidas de interesse Nacional. Isso
estritamente cronometrado, no máximo em 10 minutos... e o mais, o Presidente
deve se resguardar ao silêncio e ao trabalho para resolver os grandes problemas
do país, que são infinitos. Está na hora de alguém bem íntimo dele, que tenha
equilíbrio, fazer esse alerta para ele. Assim como o amigo comentou que os
pronunciamentos e as entrevistas do presidente são desnecessários e
intempestivos, têm causado desgastes e prejuízos ao seu governo. Eu torço pelo
Brasil, torço pelo sucesso do governo, contudo, não concordo com esse tipo de
ingenuidade e besteirol, uma obsessão doentia. Suas falas não programadas têm
efeitos indigestos. Será que alguém lá pertinho dele não vê o apelo de tantas
pessoas equilibradas que estão pedindo essa trégua na falação desnorteada? Será
que ele não lê essas críticas feitas por pessoas que querem o Melhor para ele e
para o seu governo? E não chegam para que danos irreparáveis possam acontecer?
Pois é, tudo que a oposição e imprensa querem esse tipo de presente para a
exploração e desmonte do governo. É dá sopa para o azar. Ubaldina, em boa hora,
resgata Jô Soares: "Cala boca, Batista!" Silêncio presidente... Mais
trabalho e pouca conversa... Parabenizo o nosso Mestre pelo sóbrio
comentário... vamos sempre nessa linha de ver a verdade e somente a verdade.”.
Assiste
inteira razão ao mestre Xavier Fernandes, na sua louvável mensagem, porquanto as
pessoas honradas e de bem não têm outra alternativa senão torcer para que o
presidente do país deixe de tomar remédios estragados e volte imediatamente à
normalidade, para entender, com urgência, que ele é o presidente da República,
com agenda e ritual absolutamente delimitados aos cuidados das questões de alta
relevância do Brasil, que seriam mais do que suficientes para que ele se
voltasse para a resolução delas.
Qualquer
outro assunto, por mais relevante que seja, não lhe diz respeito, ou seja, tudo
aquilo que for estranho à incumbência do governo e do presidente da nação
precisa ser descartado imediatamente, sob pena de ele continuar navegando fora
do planeta Terra, totalmente fora de órbita, simplesmente imaginando que precisa
dá opinião sobre algo de somenos importância, como vem acontecendo, totalmente
distanciado dos objetivos nacionais.
O caso
mais polêmico, por mexer com morte ocorrida no século passado, com vinculação
ao regime militar, não tem qualquer reflexo no seu governo e refoge completamente
da sua alçada.
Á toda
evidência, esse fato só demonstra enorme falta de zelo presidencial, que
precisa, com urgência, preservar a sua autoridade, evitando fornecer, elementos
indesejáveis à oposição, que terminam sendo preciosos para os planos deles, que
os utilizam na detonação da imagem dele e a de seu governo, que poderiam estar
imunes às severas críticas se o presidente se mantivesse de boca fechada.
Nunca
é exagero lembrar que, na Presidência da República, existe o setor incumbido
das comunicações palacianas, que tem a incumbência legal para divulgar os atos
do presidente, esclarecer fatos e distribuir as notas oficiais, sem necessidade
de ninguém mais, nem o presidente, ficar falando à toa, dizendo algo fora da praxe
oficial.
Convém
que o presidente do país seja apenas eficiente no cumprimento das relevantes
atribuições próprias do cargo de comandante do Brasil, o que se evitaria
falações absurdas e desnecessárias, porque elas têm o condão de conspirar
contra o próprio governo.
É
preciso que as pessoas entendam que o presidente da República, estando no
poder, não é mais pessoa comum, por força do exercício do principal cargo da
nação, não podendo mais ficar discutindo com político, magistrado, repórter, artista,
jogador de futebol, gente do povo etc., porque isso não faz parte da agenda de
estadista, que tem a relevância da maior autoridade da República.
Espera-se
que o presidente do país seja despertado dessa letargia profunda, de modo que
ele perceba o quanto tem sido imprudente e extremamente descuidado em se
conduzir em público, onde ele precisa se restringir ao máximo, no tocante às
suas declarações, cujas palavras
precisam ser comedidas, exatamente para se evitar a criação de mais transtornos
nada compatíveis com a liturgia do relevante cargo presidencial.
Prezado professor
Xavier Fernandes, realmente é preciso que alguém da proximidade do nobre príncipe
da República se digne a alertá-lo sempre e sem cessar, com esse jargão: “Cuidado
com a boca, Capitão!”, além de ficar de puxão nas bordas do jaquetão
presidencial, a exemplo do que fazia um discípulo de Agildo Ribeiro, que o
alertava insistentemente, por meio de uma miserável campainha, sempre que ele
se referia à Bruna Lombardi.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 5 de agosto de 2019
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