É com muita alegria que concluo mais um livro, que representa a minha sexagésima
quinta obra literária e se junta à minha já excepcional coleção de livros, cujo
acontecimento constitui motivo mui especial para o acréscimo de saudáveis energias
que alimentam minhas fontes criativas e inspiradoras, uma vez que careço delas para
dar continuidade às maravilhosas atividades de escrever textos sobre os importantes
fatos da vida.
Dando continuidade ao prazeroso sentimento de homenagear especiais personalidades
ou entidades, com a modéstia dedicatória de meus livros, ante a relevância de
pessoas, fatos ou instituições queridos e de prestígio, em razão da sua
fundamental importância para a minha vida, cuja lembrança materializa algo que
diz tudo com a minha origem, como ser humano.
Refiro-me, isso mesmo, à própria querida Uiraúna, local onde nasci e
vivi por alguns anos, que merece ser homenageado por mim, mesmo que seja em
gesto meramente simbólico, à vista de todas as honrarias que aquela cidade faz
jus, diante da grandeza que ela representa na minha vida, por ter sido berço e
esteio em fase marcante até praticamente a adolescência, onde muitos
conhecimentos são forjados e aprendidos para a continuidade da vida.
A fotografia da capa do livro é do busto do reverendíssimo padre França,
em cujo pedestal contém a seguinte inscrição: “Homenagem de gratidão da família
e do povo de Belém ao seu benemérito fundador padre José de França Coutinho”.
Transcrevo, a seguir, a dedicatória que faço com muita
alegria no coração, em homenagem à amada Uiraúna, cidade tem as minhas eternas
admiração e gratidão, na certeza de que esse simples gesto de carinho engrandece
o meu livro.
“DEDICATÓRIA
É
com enorme satisfação que dedico este livro à querida Uiraúna, Paraíba, minha
terra natal, onde recebi as importantes seivas dos nutrientes do amor maior
chamado vida, nasci para o mundo e iniciei a maravilhosa construção do edifício
que me hospeda na atualidade, que se sustenta graças aos mesmos alicerces erigidos
no início dos idos de 1949.
Embora,
à toda evidência, Uiraúna seja cidade de porte pequena, a sua grandeza é mensurada
segundo o meu conceito especial de afinidade, que difere do sentido colossal do
tamanho territorial, conquanto eu a meço com a métrica aplicável à extensão compreendida
e definida pela magia natural do amor que sinto por ela, conforme a
significância do sentimento intrínseco que me transporta aos valores, aos costumes
e às tradições, com a emanação própria daquela região, que são adquiridos desde
quando a gente nasce, em manifestação e predominância atávicas de aderência natural
ao ser humano.
Posso
afirmar que preservo em mim esse sentimento bom de amar a minha terra natal,
como forma de ser sempre e eternamente agradecido por ter sido ali o meu
reconfortante berço, acalentado pelo amor de meus país, tendo sido certamente o
melhor local escolhido por Deus para eu ser colocado no mundo Dele.
À toda
evidência, o Criador teve a infinita generosidade dessa indicação maravilhosa,
permitindo que eu tivesse vida muito difícil ali, porém acenando para futuro
promissor, evidentemente a depender do aprendizagem e da experiência hauridos,
como começo, naqueles torrões sagrados, que foram pródigos em me oferecer as
bases seguras para o “voo” fundamental da minha vida, quando me despedi em
definitivo de Uiraúna, já encorajado e decidido à realização de promissores e
consolidados projetos de vida.
Ressalte-se
que lá se vai o longo interregno de quase 57 anos, a se completarem em fevereiro
próximo, da minha separação de Uiraúna, mas nunca deixei de amá-la um só instante,
como prova da minha gratidão por ela ser o meu berço sagrado, onde também tive
a oportunidade de crescer e aprender o essencial para me aventurar em outras
plagas, com a finalidade da conquista da melhoria das condições de vida, até
então extremamente precárias, por absoluta falta de oportunidades de trabalho,
em especial.
O certo é
que nem mesmo a distância conseguiu diminuir o amor por minha terra querida,
que tudo tenho feito para, objetivamente, mostrar esse especial sentimento sobejamente
manifestado em mim.
Fico muito
feliz e isso tem sido uma constante quando tenho a oportunidade para ressaltar
fatos relacionados com Uiraúna ou com o seu povo, conforme mostram diversas crônicas
da aminha lavra.
Na
verdade, a dedicatória deste livro a Uiraúna também é forma carinhosa de se evidenciar
especial amor à minha terra natal, deixando às claras que estou mental e permanentemente
sintonizado com ela, na convicta certeza da paixão que diz muito com o fato de
que o meu cordão umbilical, que foi enterrado no amado sítio Canadá, viceja continuamente
desde quando eu nasci e tem sido responsável por essa maravilhosa ligação entre
mim e o meu abençoado berço.
O
orgulho e a honra de ser uiraunense têm o reforço advindo da formação qualificada
e aprimorada dos conterrâneos, que se dignaram à valorização dos melhores princípios
de civilidade e do respeito à dignidade do ser humano, cristalizados em
sentimentos de forte religiosidade no seio das famílias, que primam pela consolidação
dos salutares costumes e tradições, sempre enriquecidos com a sabedoria que tem
sido privilégio inato do seu povo.
É
com o coração cheio de alegria que me dispus a dedicar este livro à minha amada
Uiraúna, pela prodigalidade da aceitação como excelente anfitriã de me
recepcionar como filho amado, tendo me acolhido até meus 17 anos iniciais de
vida e sempre sorrir para mim, pois tenho o carinho do seu povo, em que pese eu
viver há quase sessenta anos distante dela.
A mera e insignificante dedicatória deste
livro a Uiraúna seria totalmente dispensável, por se tratar de singelo preito
de gratidão a quem muito merece de seus filhos, mas gesto com esse simbolismo
se faz necessário sim, na vida do homem, porque isso tem o condão de registrar,
com palavras sinceras e objetivas, a importância do amor que existe no coração,
que é precisamente o meu caso.
O certo é que toda forma de agradecimento a Uiraúna,
vinda da minha pessoa, é muito pouco para significar o tanto que ela merece, por
eu ser seu filho que recebeu, no seu seio, as primeiras e essenciais lições do
conhecimento, tão necessárias ao curso da vida.
Muito obrigado, querida Uiraúna!”.
Brasília, em 12 de janeiro de 2023
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