Conforme balanço
divulgado pela Polícia Rodoviária Federal, os acidentes nas rodovias federais,
registrados nos feriados de fim de ano, foram reduzidos em 10% em relação ao
mesmo período do ano passado. De acordo com os levantamentos realizados, a
quantidade de acidentes diminuiu de 7.407 para 6.651, as mortes caíram de 420
para 379 e os feridos também foram menores de 4.642 para 4.352. As colisões
frontais foram as principais causas das mortes, que resultaram em 83 vítimas
fatais. Segundo especialistas, a diminuição dos óbitos foi resultado do aumento
da fiscalização, do planejamento e de maior fiscalização sobre o cumprimento da
Lei Seca. Está mais do que comprovado e explicado que, quando as autoridades
incumbidas de, pelo menos, fiscalizar as estradas desejarem intensificar as
medidas de controle da sua alçada, certamente haverá redução significativa dos
acidentes, em que pese o aumento expressivo dos veículos nas vias públicas, ou
seja, a omissão e a ausência da vigilância são diretamente responsáveis pelo crescimento
das tragédias, que poderiam e deveriam ser evitadas se houvessem
conscientização e sensibilidade para problema de tamanha gravidade, que envolve
preciosas vidas humanas. Causa
perplexidade e muita vergonha se perceber que, sai ano e entra outro, mas a precariedade
nas estradas do país continua de mal a pior, devido à falta de prioridade para
situação de extrema gravidade, que envolve, repita-se, vidas humanas e, por
isso mesmo, exigem urgente atenção dos órgãos incumbidos de cuidar dos
transportes, em especial das estradas brasileiras. Não se tem notícia de que,
nem nas republiquetas desqualificadas, existam tantas irresponsabilidades como
há no país tupiniquim, que nada faz para acabar em definitivo com essa pouca-vergonha
de centenas de mortes, por pura incompetência gerencial do sistema de
transportes, no caso, das estradas e rodovias. Enquanto os governantes não
forem responsabilizados por tamanha crueldade praticada contra a sociedade, por
permitirem, com sua omissão, que os brasileiros morram em série nas péssimas
estradas do país. Esses balanços oficiais servem para mostrar a incompetência
das autoridades públicas que deveriam cuidar com extremo zelo da segurança e
confiabilidade das estradas brasileiras, que já se transformaram em verdadeiras
arapucas para assassinar e causar ferimentos à população, que paga
elevadíssimos tributos e não tem a prestação desse serviço público de
qualidade, cuja deficiência resulta na destruição de vidas e de famílias. É
simplesmente inacreditável como o Brasil, considerado país emergente há mais de
década, continue ainda registrando números alarmantes de acidentes nas rodovias
federais, que ultrapassam centenas de mortes e outras tantas desproporcionais
quantidades de feridos e acidentados, muitos dos quais vão ficar inutilizados
para o resto da vida, como peso para os cofres públicos. Essa quantidade alarmante
de óbitos reflete a incompetência e o despreparo dos governantes para cuidar da
grave situação das estradas, sucateadas, sem a mínima manutenção, sinalização e
fiscalização, indispensáveis à prevenção de acidentes. Nessa batalha contra a
direção irresponsável, convém que sejam promovidas intensivas campanhas
educativas no trânsito, com a finalidade de convocar a sociedade, em verdadeiro
mutirão, para a participação de movimento de conscientização sobre a
necessidade de preservação da vida nas estradas brasileiras, de modo que as
principais causas de acidentes sejam ressaltadas, de forma enfática, mostrando
os riscos de ultrapassagem em locais proibidos, que podem resultar colisões
frontais, de dirigir embriagado e em alta velocidade, de não redobrar os
cuidados em tráfico intenso, da inobservância das normas de trânsito, inclusive da Lei Seca, e de outras
situações perigosas que exijam maior atenção dos condutores de veículos. Não há
dúvida de que o descaso das autoridades públicas, que nada fazem para melhorar as
condições de tráfego nas estradas e aperfeiçoar os sistemas de fiscalização e sinalização
das estradas, tem contribuído decisivamente para as mortes e os ferimentos nas
estadas. É inadmissível a clara demonstração de desinteresse por parte de quem
tem a incumbência constitucional e legal de cuidar e zelar das estradas
brasileiras, que não merecem os indispensáveis melhoramentos, recapeamentos e conservações,
como forma de precaução e de serem evitadas ou amenizadas as continuadas injustificáveis
tragédias, aceitas pacífica e inexplicavelmente pela sociedade, que não exigem imediatas
providências saneadoras para essa crônica chaga dos seus chamados representados
nos poderes públicos. Urge que essa terrível estatística das estradas possa
contribuir para sensibilizar e conscientizar as autoridades públicas sobre a
necessidade de perceber que as vidas humanas exigem prioridade no sentido de
que sejam adotadas medidas possíveis e impossíveis, para solucionar essa
vergonhosa e periclitante situação das mortes e dos ferimentos nas estradas brasileiras.
Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 02 de janeiro de 2014
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