Após
o presidente da Câmara dos Deputados dar o sinal verde para o início do
processo de impeachment da presidente da República, o petista antecessor dela se
exprimiu para afirmar que "Eu me
sinto indignado com o que estão fazendo com o país. A presidenta fazendo um
esforço incomensurável para que a gente aprove os ajustes que têm que ser
aprovados nesse país, pra ver se a gente consegue recuperar a economia e fazer
a economia crescer, e tem muitos deputados querendo contribuir, mas o
presidente da Câmara me parece que tomou a decisão de não se preocupar com o
Brasil".
Ele não amenizou
críticas à postura do peemedebista, tendo ressaltado que "Me parece que a prioridade dele é se
preocupar com ele, quando esse país de 210 milhões de habitantes é mais
importante do que qualquer um de nós individualmente".
Ao se referir sobre a
possibilidade de retaliação da parte do presidente da Câmara, o petista foi ainda
mais severo, ao afirmar que “Subordinar
um país inteiro a uma visão corporativa, pessoal e de vingança (...). Eu quero crer que não seja verdade. Porque
se isso for verdade, é muita leviandade”.
O ex-presidente petista diz que se sente "indignado com o que estão fazendo com
o país", mas com sentimento da maior pureza, os brasileiros se sentem
extremamente indignados com o que o PT e a sua base de sustentação fizeram e
estão fazendo com o indefeso e fragilizado Brasil, que praticamente se encontra
em péssimas condições de debilidade, por força das crises política, econômica e
administrativa, e ainda sendo governado pelas mesmas pessoas que não foram
capazes de evitar tamanha tragédia, diante da forma estapafúrdia como a nação foi
degringolada, à vista da depauperação dos fatores morais, econômicos e
políticos, todos visivelmente destruídos e esfacelados pela ação ou omissão do
governo, que não teve competência para evitar o que fizeram de pior para o
Brasil.
Como o petista sempre garante que não sabe
de nada e também nada ver, seria de suma importância que ele fosse informado
que a gestão petista é culpada por quebrar as estruturas e a espinha dorsal do
Brasil, compreendendo a administração pública direta e indireta, por conta de
suas desastradas políticas públicas, alheias às priorizações que se impõem sob
os conceitos da eficiência e da competência na execução dos orçamentos públicos
e, de resto, na administração do país.
Conviria que o ex-presidente soubesse que o
governo petista foi incapaz de promover, por minimamente que sejam, reformas
das estruturas do Estado, com vistas ao aperfeiçoamento e à modernização dos
instrumentos e dos fatores da administração do país, como forma de contribuir
para eliminar ou minorar os gargalos e os entraves que ajudaram a fortalecer as
dificuldades da gestão pública.
O petista precisa saber que o governo foi
incapaz de evitar que o país fosse tragicamente conduzido para a desgraça da
recessão econômica, que tem sido motivo de martírio para os brasileiros, por
conta da desindustrialização; do desemprego; da redução da renda do trabalhador;
da inflação alta; dos juros altíssimos; da desconfiança dos investidores, que
se mandam do país com seu capital; da drástica redução da arrecadação; da falta
de investimentos público e privado; além de tantas mazelas que também estão
contribuindo para muitas incertezas e desconfianças do governo, diante da
efetiva demonstração de incapacidade do governo de adotar medidas capazes de
reverter o quadro de dificuldades e de recolocar o país nos trilhos do
progresso e do desenvolvimento.
O ex-presidente também precisa saber que o
pacote de ajustes de maldades do governo, com medidas que aumentam impostos e
recria a odiosa CPMF, sem se preocupar com corte profundo nas despesas
públicas, somente atenua a ascendência das crises políticas e econômicas,
porquanto os resultados delas servem apenas como paliativos, que sinalizam
senão para o estancamento da sangria nas contas públicas, por força das
gastanças irresponsáveis do governo, que não tem a menor preocupação em desrespeitar
os limites impostos pelas metas fiscais, a exemplo da última medida, igualmente
irresponsável do Congresso Nacional, de aprovar a extrapolação desse limite,
permitindo que a presidente do país não seja responsabilizada pela inobservância
das normas de administração orçamentária e financeira de que tratam as
Leis de Responsabilidade Fiscal e de Diretrizes Orçamentárias, em clara
demonstração de que o governo pode gastar à vontade e desmedidamente, porque depois
do rombo o Congresso perdoa os abusos e os excessos, tudo em cristalina
demonstração de absoluta irresponsabilidade e ainda sem o menor constrangimento
em contribuírem – Executivo e Legislativo - para a elevação das dívidas
públicas e a dificuldade em novos investimentos em obras indispensáveis ao
desenvolvimento socioeconômico.
Os fatos mostram à saciedade que quem
efetivamente foi capa de fazer muita coisa erra contra os interesses dos
brasileiros e do país, principalmente com a execução de políticas e ações em
completa dissonância com os princípios da eficiência e da competência, cujos
resultados estão refletindo na estupidez da recessão econômica e no rombo das
contas públicas, tendo como terríveis consequências maior endividamento do
Estado e inexistência de investimentos em benefícios dos brasileiros.
É evidente que o impeachment não é
certamente a tábua da salvação do país quanto à imediata saída das terríveis
crises que dificultam a liberdade das gigantescas amarras colocadas na
administração do país, mas podem contribuir para se vislumbrar mudanças capazes
de suscitar possibilidades fora do atual pesadelo do imobilismo de
ideias que sepultaram as metas e os planos de desenvolvimento do país,
impedindo melhores condições de vida dos brasileiros.
Diante de tudo isso, o ex-presidente ainda precisa
se conscientizar de que o governo petista foi capaz de levar o país para o
fundo do poço, se é que ainda exista poço nesta nação, diante da possibilidade
de que o pior pode ficar ainda mais piorado, principalmente se os brasileiros
forem obrigados a ser comandados por governo que já perdeu o rumo da situação
do país há muito tempo.
Por certo, a continuidade do governo é garantia
de mais arrochos e apertos, principalmente diante da sua incompetência
fartamente evidenciada nos resultados colhidos na sua gestão, que são
simplesmente alarmantes e de extrema preocupação, fatos estes que conduzem à
conclusão de que a presidente deveria ter a dignidade de pôr ponto final no
sofrimento dos brasileiros, porque a paciência deles tem limite e ela já se
esgotou há muito tempo, conforme mostram os resultados das pesquisas relacionadas
com a falta de atuação da presidente brasileira, com a sua desaprovação acima
de dois terços dos eleitores pesquisados, dando a entender que eles sequer acreditam
na existência de governo, de tão ruim e ineficiente, à vista da péssima
prestação dos serviços públicos, que integram o conjunto de precariedades
representadas na gestão governamental. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 04 de dezembro de 2015
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