Em comício em Santo André/SP, o ex-presidente da
República petista, no alto da sua costumeira arrogância, disse que o Brasil não
seria o mesmo sem o PT e arrematou: "Quando
fazem críticas ao PT, a gente tem de fechar os olhos e imaginar o país sem o
PT. Sem o PT, o Brasil não seria esse país alegre que é nem esse país orgulhoso
que é". Essa veemente defesa do partido coincide exatamente com o
julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal, cujo processo agrega
diversos caciques petistas e se transformou em poderosa arma na campanha eleitoral
da oposição. Aliado ao fato de que o ex-presidente teria sido suposto chefe do
esquema do mensalão, conforme revelação da lavra do publicitário operador do
mensalão, veiculada pela revista Veja,
que suscitou a divulgação de nota de desagravo elaborada pelo PT e por partidos
aliados. Ele fez questão de lembrar as greves que liderou na região, em 1978, para
dizer que muitas coisas aconteceram no Brasil nesses 34 anos, dando ênfase de que
a criação do partido, em 1980, "foi
praticamente o começo da conquista da democracia no país". Concluindo,
ele disse: “... Quem tem o partido que
temos e os candidatos que temos não precisa ter raiva de ninguém.". Sem
dúvida, o PT transformou completamente a vida pacata e honesta dos brasileiros,
com a ascensão ao poder supremo de mandatário que teve a insensatez e insensibilidade
de compor seu governo com pessoas de qualidade incompatível com a grandeza do
Brasil, para administrá-lo. Em razão disso, no seu governo, os escândalos
políticos vicejaram, cresceram, criaram raízes e foram objeto de ocupação das
Comissões Permanentes de Investigações, as famosas CPIs. A mais importante
investigação do Congresso Nacional cuidou da apuração do maior dos escândalos
da história do país, o “célebre” mensalão, que teve por objeto primordial a
compra da consciência de alguns parlamentares, que venderam seus votos para a
aprovação dos projetos do governo, a fim de fortalecer a sua base de
sustentação às custas do dinheiro dos brasileiros, que foi desviando das
empresas estatais, como o Banco do Brasil e outras. Foi o PT que, de forma despudorada,
impingiu o maior golpe eleitoral à nação, ao jurar fidelidade aos princípios
ético, moral e legal, mas a sua administração se caracterizou pela
incompetência, corrupção, antiética e desonestidade. Tornou-se famosa a
complacência do PT com a impunidade aos corruptos, que, além de não serem
penalizados, ainda eram incentivados a negar até a morte sua inculpabilidade
sobre os fatos irregulares. Induvidosamente, o Brasil seria diferente do que é
hoje se aquele partido que se dizia repugnar o coronelismo, os maus políticos,
os conchavos espúrios, as negociatas com fins eleitoreiros e a conquista do
poder, as coligações interesseiras etc., não tivesse a indignidade e indecência
de se juntar na mesma panela a essa podridão política, para chafurdar o já desacreditado
e ridicularizado sistema político-partidário. O legado do PT ao Brasil pode ser
considerado revolucionário, porém no sentido de como não se deve fazer
política, haja vista que seus métodos contrariaram os padrões de qualidade e de
competência que são esperados dos partidos políticos. Na verdade, o rol de
incompetência do governo petista foi capaz de mudar para pior a história do
país, que poderia ser bastante diferente se ele tivesse sido administrado com honestidade,
legalidade, probidade, em estrita observância aos princípios da administração
pública. Urge que a sociedade se inspire nos péssimos exemplos de gestão do PT,
para mudar o gerenciamento do país, evitando que a nação continue submetida aos
regimes da incompetência e da corrupção. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 26 de setembro de 2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário