sábado, 4 de maio de 2024

Riscos ao diabetes

Segundo estudo realizado pela Universidade de Nápoles Federico II, da Itália, o consumo diário de laticínios, como leite e iogurte, desempenhar importante papel na prevenção contra o diabetes tipo 2.

O aludido estudo também indica que o consumo de carnes vermelhas e processadas pode contribuir para aumentar o risco de desenvolvimento dessa doença, em cerca de 20%.

Os cientistas italianos avaliaram os dados coletados de 13 revisões científicas anteriores, que cuidavam de matéria conexa a essa, tendo analisado o total de 175 estudos que buscavam estabelecer relação entre o consumo de 12 alimentos de origem animal e o desenvolvimento de diabetes tipo 2.

Os cientistas analisaram, em forma de comparação, alimentos que incluíam diferentes tipos de carne vermelha como bovina, ovina e suína, inclusive frango e peru, além de carnes processadas, como bacon e salsichas, peixe, laticínios das versões integrais e reduzidas em gordura, a exemplo do leite, queijo e iogurte e também ovos.

No cruzamento das informações estudadas, em etapa mais aprofundada da experiência, foi identificado que as pessoas que consumiam um copo de leite por dia tinham 10% menos de propensão para receber diagnóstico de diabetes tipo 2, comparadas com aquelas que consumiam menos.

Em relação ao iogurte, aqueles que consumiam 100 gramas ao dia apresentavam um risco menor de 6% da incidência da doença.

Os resultados do estudo indicaram ainda que o consumo de 30g de queijo não apresentava efeitos significativos, sugerindo que a ingestão nesta quantidade não traria benefícios nem prejuízos para as pessoas.

A principal pesquisadora do citado estudo esclareceu que produtos lácteos possuem nutrientes, vitaminas e outros compostos bioativos que podem influenciar positivamente o metabolismo da glucose, levando-se a acreditar que convém reduzir ao máximo o consumo desses produtos, sob riscos à maior incidência da doença.

De acordo com os dados pesquisados, as pessoas que consumiam 100g de carne vermelha, por dia, tinham 22% mais chances de desenvolver a doença, enquanto para aquelas que consumiam 50g de carnes processadas, por dia, esse risco foi elevado para 30%.

A conclusão da pesquisa foi a de que as carnes vermelhas e processadas podem  conter altas quantidades de ácidos graxos saturados, colesterol e ferro heme, tendo a propriedade bioativa para causar inflamação crônica e estresse oxidativo, diminuindo a sensibilidade à insulina e, evidentemente, ajudando a aumentar o nível glicêmico.

Diante dessa pesquisa, pode-se se inferir que as carnes e o leite e seus derivados são de extrema importância para o organismo humano, desde que eles sejam consumidos em quantidades moderadas, visto que o excesso pode contribuir para o descontrole dos níveis glicêmicos.

Enfim, o estudo em causa mostra a preocupação sobre o consumo de carne vermelha, leite gorduroso e ovo, sob o cuidado de não haver exagero, diante dos potenciais riscos quanto ao progressivo aumento dos níveis de glicemia, doença que tem sido objeto de continuadas pesquisas, à vista dos cruciais danos causados à vida humana.

Brasília, em 4 de maio de 2024

 

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