A imprensa
repercutiu, ontem, a seguinte notícia, verbis: “Pesquisa do Instituto
Datafolha publicada neste sábado, 15, mostra que 49% dos brasileiros apoiam o
impeachment do presidente Jair Bolsonaro, enquanto 46% se dizem contrários.”.
Levando-se
em conta o levantamento anterior, verifica-se que houve crescimento da rejeição
ao presidente do país, porquanto ela refletiu que 50% dos pesquisados afirmavam
se opor ao impeachment, enquanto 46% se declararam a favor.
Na série
de sondagens do Datafolha sobre o tema, o impeachment chegou a ser rejeitado
por 53% dos entrevistados em janeiro, ante 42% o apoiando.
A
última pesquisa também foi a primeira em que os eleitores consultados são favoráveis
ao afastamento do presidente brasileiro, de acordo com o Datafolha.
Apesar
da vantagem numérica, a situação é considerada como empate técnico entre as
duas opiniões, à vista de os índices estarem oscilando dentro da margem de erro
da pesquisa.
O
Instituto Datafolha esclarece que foram entrevistadas, presencialmente, 2.071
pessoas, em todo o Brasil, nos dias 11 e 12 deste mês.
O
detalhamento da pesquisa revela ainda que o apoio ao afastamento do presidente
do país é maior entre jovens de 16 a 24 anos, com 57%; moradores do Nordeste, também
com 57%; desempregados que procuram emprego, com 62%; e pessoas que dizem ter
muito medo do coronavírus, com 60%.
Já
entre eleitores do ex-presidente da República petista, o apoio ao impeachment
atinge o patamar de 74%.
Conforme consta do primeiro parágrafo, a pesquisa “mostra que 49% dos brasileiros
apoiam o impeachment do presidente Jair Bolsonaro,”, onde se percebe no texto vergonhosa
e mentirosa afirmação, tendo por cristalino objetivo, ao que tudo indica,
distorcer a realidade dos fatos, quanto ao verdadeiro resultado da pesquisa, certamente
com a finalidade de causar real estrago à imagem política do presidente do país,
quando se afirma que percentual expressivo de brasileiros, que são os
integrantes do país, quando apenas parcela, menos da metade de 2.071 eleitores,
é favorável a essa medida, o que, convenhamos, há estrondoso distanciamento da
verdade estatística.
Pois bem,
a mídia aproveita o resultado de pesquisa realizada tão somente com a participação
de pouco mais de 2.000 mil eleitores, no universo de mais de 150 milhões de
pessoas habilitadas ao voto, em apenas 146 municípios, entre mais de 5.750
municípios, e tem o disparate criminoso e irresponsável de concluir que os
brasileiros apoiam o afastamento do presidente do país.
Para o
bem da verdade e da justiça, a notícia em causa deveria cingir-se tão somente
ao resultado da consulta realizada entre apenas 2.071 eleitores e simplesmente afirmar
que quase a metade deles é favorável ao impeachment do presidente brasileiro e
apenas isso.
À vista
do universo representativo de mais de centena e meia de milhões de eleitores,
somente dois mil eleitores não servem de modo algum como amostra estatística
para se fazer afirmação tão forte e contundente como essa, diante da inexpressividade
dos números comparativos, que não merecem a menor credibilidade, cujos órgãos
de comunicação que patrocinam notícias mentirosas como essa deveriam, no mínimo,
se envergonharem por faltar com a verdade sobre informações relevantes para os
brasileiros, ante as suas notórias inconsistência e plausibilidade.
A verdade
é preciso que seja dita que muitos brasileiros podem realmente se sentirem insatisfeitos
com o desempenho do presidente do país, em especial quanto ao combate do
governo federal à temível pandemia do coronavírus, à vista das indiscutíveis indiferença
e insensibilidade dele à gravidade da doença, conforme seus pronunciamentos,
atitudes e mesmo falta de ações efetivas que poderiam ter sido adotadas, a
exemplo da mobilização entusiástica contra a doença, principalmente no sentido
de liderança e coordenação centralizadas pela União, contando com a participação
das autoridades da federação, tendo por finalidade a execução de ações
conjuntos e uniformes contra o mal do século.
Não há a
menor dúvida de que jamais estar-se-ia falando, neste momento, em afastamento do
presidente da nação se ele tivesse se transformado em verdadeiro marechal do
fronte, com a liderança de medidas revolucionárias e altruístas contra a
pandemia, mostrando extrema sensibilidade à importância da saúde e da vida dos
brasileiros, no sentido de priorizar todas as políticas do governo contra a Covid-19,
não apenas tendo promovido o indispensável, que qualquer governo medíocre,
incompetente e irresponsável faria, por mera imposição legal inerente ao cargo
que ocupa.
No caso,
em se tratando de pandemia de vírus de altíssima letalidade, como o
representado pela Covid-19, os máximos empenho e cuidados do governo federal ainda
teria sido pouco, à vista da preciosidade da saúde e da vida dos brasileiros,
que estão extremamente entristecidos com a violenta perda de centenas milhares de
pessoas amadas, compreendendo aí que muitas delas poderiam ainda estar entre nós,
caso não tivesse ocorrido esse triste quadro de incontestável insensibilidade à
importância dos princípios humanitários, que, ao contrário, exigem o máximo de
esforço, boa vontade e interesse por parte de quem tem a incumbência constitucional
de zelar pela saúde pública dos brasileiros.
Enfim, a
pesquisa, mesmo com a composição de meia dúzia de gatos pingados, no bom
sentido, ante a sua insignificância em relação ao universo de eleitores, serve
como verdadeiro alerta ao presidente da República e às autoridades incumbidas
do combate à pandemia do novo coronavírus, no sentido de que ainda há tempo
suficiente para que a saúde e a vida dos brasileiros sejam tratadas com a maior
dignidade possível, porquanto é preciso que elas tenham a priorização entre as
políticas do governo, a exemplo do que fizeram os estadistas que enfrentaram a
doença com sensibilidade, zelo e amor aos princípios humanitários e extremo
respeito à dignidade ao cargo delegado pelo povo.
Brasília,
em 16 de maio de 2021
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