O sucesso no combate à pandemia do coronavírus, conforme
vem sendo comprovado nos países bem-sucedidos, é atribuído às lideranças
governamentais, ao invés às estratégias inovadoras, conforme mostram muitos
casos exitosos.
O exemplo mais visível dessa assertiva aconteceu nos
Estados Unidos da América, porquanto o ex-presidente republicano minimizava a
gravidade da doença e o país liderou os óbitos e novos casos da doença.
A
partir do novo governo, com a assunção do democrata, em janeiro deste ano, a imunização
foi priorizada e acelerada, para 3,2 milhões doses diárias, dando maior atenção
ao uso de máscaras e à observância de protocolos de distanciamento, cujas
medidas foram reforçadas, além da implantação de coordenação central.
Desde o último dia 19, as pessoas com idade acima
de 16 anos já conseguem se vacinar, de modo que 42% dos americanos já receberam
pelo menos uma dose.
Há previsão de que até meados de junho próximo, 70%
dos americanos estarão vacinados.
Diante do caos que se instalou no Reino Unido,
precisamente em razão de começo hesitante do combate à pandemia do coronavírus,
o premiê britânico resolveu adotar medidas restritivas radicais, além da obrigatoriedade
de testagem em massa.
Outra medida importante foi a prioridade da vacinação,
posto que Reino Unido foi o primeiro das nações a iniciar a imunização do seu
povo.
Essas ações, associadas à rápida imunização de
metade da população adulta, garantiram a redução de mortes em 95%.
No último dia 12, depois de 175 dias do terceiro lockdown,
os bares, restaurantes, centros sociais e de lazer voltaram a abrir e funcionar sem nenhuma restrição.
Outro país que obteve enorme sucesso foi Israel, depois
de ter conseguido a maior taxa de vacinação no mundo.
Acontece que aquele país teve a proeza da
antecipado da compra de imunizantes e ainda adotou controle rígido de
circulação das pessoas.
O resultado disso é que Israel já liberou o uso de
máscaras no último dia 18, depois de ter atingido a marca de 81% dos cidadãos
acima de 16 anos vacinados com as duas doses, tendo registrado, cinco dias
depois, pela primeira vez em dez meses, a inexistência de morte causada pela
Covid-19, que foi fruto do esforço de todos: governo e população.
Há outros exemplos que também se mostraram eficazes,
como na Coreia do Sul, que contabilizou ótimos resultados, principalmente no
início, ao promover testagem preventiva em massa da população.
No Vietnã, foi estabelecida estratégia mais econômica,
por meio do rastreamento, isolamento e tratamento dos casos de contágio, tendo
como resultado o baixíssimo registro de apenas 35 mortes, até a última semana.
Já na Nova Zelândia, o governo conseguiu conscientizar
a população por meio do esforço de comunicação, fazendo com que o país
atravessasse coletivamente o lockdown mais severo da sua história, ou seja, a
confiança no governo foi importante para a população aderir ao esforço de combate
à pandemia do coronavírus.
Na
China, onde foi o epicentro inicial da crise em causa, a doença foi contida por
meio de medidas draconianas de restrição de circulação, tendo sido criado controle
digital para a mobilidade no país.
Aquele país, com 1,4 bilhão de habitantes, estabeleceu
prioridade para a imunização e pretende vacinar 40% da população até o meado do
corrente ano.
Enquanto os bons e excelentes exemplos de combate à
pandemia se tornaram eficientes e contribuíram em muito para a preservação da
vida humana e a volta da normalidade da vida nos seus países, é importantíssimo
que sejam mostrados para os brasileiros os modelos de estadistas que muito se
esforçaram para que o povo de seus países se tornasse mártir e fosse sacrificado
impiedosamente pela letalidade da Covid-19.
De maneira inevitável, porque os fatos ajudam
facilmente à indicação dos contraexemplos no combate à pandemia do coronavírus,
nas lideranças desastrosas do ex-presidente norte-americano, recém-substituído
no cargo, o presidente brasileiro, com a sua insensibilidade à gravidade da
Covid-19, e o premiê indiano, que colecionaram ou colecionam resultados
desastrosos ao ignorarem o perigo da doença e contribuírem para espalhar
desinformação sobre os efeitos maléficos da doença.
A
verdade é que, no caso do Brasil, os brasileiros precisam se envergonharem e se
entristecerem, profundamente, diante da sua pacífica aceitação de somente
receberem das autoridades públicas o necessário para o cômodo, omissivo e
irresponsável acompanhamento do trajeto trágico do Covid-19, no território
nacional, quando deveriam ter tido a dignidade de repudiar, com veemência, desde
o início do desastre sanitário, as baforadas de descaso e insensibilidade que
resultaram, lamentavelmente, nessa calamidade humanitária de mais de
quatrocentos mil mortes de brasileiros.
A
gigantesca tristeza que se abate nos corações dos brasileiros é exatamente a
certeza de que, nos países onde houve sensibilidade quanto ao valor da vida humana
e totais esforços por parte de seus líderes, que demonstraram amor à vida
humana e extremo respeito à dignidade ao exercício dos cargos públicos
atribuídos pelo povo, muitas vidas foram salvas, valendo o sacrifício da população
pelo retorno à normalidade bem antes do que nos países onde seus dirigentes
continuam em plena letargia quanto aos cuidados que deveriam ter sido
implantados para o eficiente combate à pandemia do coronavírus.
Pouco
me importo do que possam pensar de mim, mas eu chorei ao terminar este texto,
ao pensar em muitas vidas que ainda poderiam estar existindo...
Brasília,
em 2 de maio de 2021
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