Agora
que o leite entornou de vez, com a onda de antipatia ao partido do governo e à vista
da completa degeneração dos princípios de governabilidade, moralidade, legalidade,
transparência, dignidade, eficiência, honestidade... sob o comando da agremiação
que era considerada a mais ética até assumir o governo, quando ela se uniu
àqueles que ela acusava de corruptos, ladrões, bandidos, picaretas..., o PT vem
com essa ideia de mudança de ideologia, sem mencionar que pretende abdicar as
espúrias coligações fisiológicas, politiqueiras e interesseiras com a pior
classe política que faz parte da base de sustentação do governo.
O
país foi literalmente conduzido para o fundo do poço, graças à crônica incompetência
administrativa e às irregularidades com recursos públicos, que redundaram em
profunda desaprovação do governo e de seu partido, que se encontram encurralados
entre as próprias armadilhas, espertamente preparadas para se ganhar a eleição
e se manter dominando o poder, a todo custo, inclusive com a indiscutível quebra
do país, que agora se encontra em plena recessão econômica, conforme demonstram
todos os indicadores.
À
vista da situação periclitante do país, o governo se mostra sem a menor condição
para recuperar, em curto prazo, a economia, ante a fragilidade dos instrumentos
e fatores econômicos, que foram enfraquecidos diante das ineficientes e
irresponsáveis gestões das contas públicas, em razão dos gastos governamentais superiores
às receitas.
Diante
de todas as precariedades da gestão pública, o PT vem agora defender a mudança da
sua ideologia e também a aprovação do imposto sobre grandes fortunas, sendo que
esta medida nada mais é do que inequívoca demonstração de revanche às
manifestações de reprovação ao governo, que ele atribui às elites e à burguesia
contra a incompetência da atual gestão, que, de moto próprio, conseguiu conduzir
o país à recessão e ao subdesenvolvimento econômico, à vista do pífio
desempenho do Produto Interno Bruto, da desindustrialização, da retirada do
capital estrangeiro, da elevação da inflação, dos altos juros, dos descontroles
das dívidas públicas e das contas públicas e da falta de investimentos, entre
outras mazelas, em clara demonstração de verdadeira inabilidade administrativa
e instabilidade das instituições públicas.
Embora
até possa ser genial e engenhosa a ideia de se defender a aprovação do imposto
sobre grandes fortunas, o PT se mostra extremamente na contramão da realidade
brasileira, por desconhecer que o país tem a carga tributária que é uma das
maiores do planeta e se fundamenta em aproximadamente 36% do Produto Interno
Bruto.
Na
realidade, o PT demonstraria sensatez e competência gerenciais se se dignasse a
defender a urgente reforma do sistema tributário, com a finalidade de
racionalizar e reduzir a escorchante carga tributária, de modo a adequá-la à
realidade brasileira e à capacidade contributiva dos brasileiros, por se
encontrarem sacrificados com a transferência compulsória para o governo de substancial
parcela de seus já minguados rendimentos.
Em
se tratando que o PT, nos últimos tempos, não tem sido modelo de virtudes e de
competências, e muito menos de não ter histórico de grandes realizações, uma
vez que suas obras sempre demoram eternamente para conclusão, a exemplo da
transposição do Rio São Francisco, parece contraditório ele defender a
necessidade de retorno às origens da sua fundação, ao defender a retomada às
bases do seu ideário político, na forma desesperada do manifesto petista,
elaborado para discussão no congresso do partido, a realizar-se ainda neste mês.
À
toda evidência, não é com medidas revanchistas, na forma de ameaça à criação de
mais tributos, com a finalidade de penalizar ainda mais os contribuintes, em demonstração
do sentimento dos terríveis efeitos da imensa insatisfação manifestada pela sociedade
contra a forma nada republicana de se administrar o pais, que o governo vai
conseguir contornar as desastrosas incompetência e ineficiência da gestão
pública, quando tudo se recomendaria que as falhas e as impropriedades
prejudiciais aos interesses públicos fossem imediatamente reconhecidas e saneadas,
com medidas de racionalidade da administração pública, principalmente com o enxugamento
da máquina pública, que tem sido forte exemplo de desperdício de recursos
públicos. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 09 de junho de 2015
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