O
presidente da República aproveitou a sua live semanal para atacar o
ex-presidente da República petista, sob a alegação de que ele teria feito uso
indevido do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e fazer
reiteradas alertas sobre os inevitáveis riscos que advirão quanto à volta dele
ao poder.
O
presidente brasileiro afirmou que a eleição daquele famoso político seria
"um crime", tendo ressaltado que "está no DNA do PT
fazer essas besteiras".
O
presidente do país declarou que "Vai acontecer o que aconteceu no
passado, não vai ser diferente. O que tem de informações aqui eu não tenho
prova, né, que está tudo pronto o futuro possível governo do Lula. Muitos
desses atores vão retornar. E vão voltar fazendo a mesma coisa ou até pior.
Acho até que se eles voltarem, vão voltar para nunca mais sair daqui".
O
chefe do Executivo afirmou que "Então não é um retrocesso, é um crime
que se vai fazer reconduzindo à cena do crime o cara que comandou o país por
oito anos".
Não
é a primeira vez que o presidente do país afirma, em tom de questionamento,
sobre o que poderá acontecer caso o seu principal opositor vença a disputa
presidencial, tendo por base apenas ilação, que não oferece a necessária
segurança sobre o pode realmente vir a acontecer.
O
presidente do país utiliza os referidos fatos envolvendo o BNDES para atacar o seu
principal opositor na disputa eleitoral, visto que ele vem liderando as
pesquisas de intenção de voto, com larga vantagem, e isso não condiz com os
atos nefastos implementados no governo dele, a exemplo da irregular remessa do
dinheiro dos brasileiros para países comandados por ditadores.
Convém
anotar que os recursos desviados da finalidade originária somente deveriam ter
sido aplicados em benefício da população do Brasil, à vista do que dispõe a lei
instituidora daquele banco, quanto mais que se tratava de dinheiro inerente ao
seguro dos trabalhadores brasileiros.
Não
há a menor dúvida de que bateu o desespero no semblante do presidente do país,
por dignar-se a perder tempo, fazendo acusações nitidamente inúteis,
intempestivas e infantis, embora elas sejam da maior gravidade, na tentativa
para reverter resultado de pesquisas indiscutivelmente fajutas e insustentáveis,
a quase “ano-luz” das eleições, quando então ele deverá expor, de maneira
competente e profissional, os reais podres do seu opositor, com a finalidade de
desmascará-lo, por meio da indicação das falcatruas atribuíveis à autoria dele,
tendo a competência de apresentar as provas do crime mencionado por ele.
A
verdade é que o presidente do país tem todos os meios para produzir o maior
arsenal de propaganda capaz de emparedar o seu principal opositor, bastando
apenas utilizar, de forma competente e inteligente, os astronômicos recursos inerentes
aos podres que foram produzidos pelo próprio candidato opositor, no governo
dele, inclusive no que se referem aos escândalos do mensalão e do petrolão.
A
infantilidade do presidente do país é bastante perceptível, por suscitar, agora,
fatos que ele poderia usar apenas no momento oportuno, que é na campanha eleitoral,
porque o mais iniciante amador na política interpreta a atitude do mandatário
como demonstração de inquietação e vontade de mostrar as sujeiras
protagonizadas e tantas outras que ele tem capacidade para produzir e
reincidir, tudo em contrariedade aos princípios republicano e democrático.
É
curioso que o presidente do país não perceba que as acusações feitas por ele,
na sua live, são absolutamente questionáveis, por se tratar de programa que é reservado
para o uso dele, que deveria ser usado somente para tratar de assuntos relacionados
com a Presidência da República, que é realmente o caso vinculado ao mandato,
sem nenhuma vinculação com propaganda eleitoral, que é o caso.
Ou
seja, as acusações feitas pelo presidente não se encaixam nos propósitos que
precisam dizer estritamente ao interesse público, conquanto se alegar as
imundícies de outrem reforge à sua competência constitucional de presidente do
país.
Certamente
que o presidente do país precisaria se concentrar exclusivamente nas suas tarefas,
procurando centralizar as suas atenções para a implementação de seus encargos e
procurando realizar excelente governo, cujos resultados do seu trabalho poderia
ser objeto de exploração no pleito eleitoral, exatamente como propaganda
eleitoral, quando ele poderia indicá-lo como motivo a justificar o pedido do
voto do eleitorado.
O
presidente do país poderia imaginar que os argumentos adiantados agora perdem
total validade na campanha, porque, quando muito, eles serviriam apenas como
repetição de algo que não produziu efeito algum, neste momento, salvo para
rebaterem os resultados das pesquisas, sendo que isso não tem a menor valia.
Enfim,
diz o ditado que cada cabeça, uma sentença, em que, no caso, o presidente da
República poderia ser um pouco mais astuto e profissional, em termos políticos,
para somente tratar da campanha eleitoral exatamente no período legalmente
autorizado, de modo que o eleitor pudesse ser informado sobre os fatos de
interesse nacional.
Nessa
ocasião, o presidente do país poderá usar importantes recursos, aproveitando a
inteligência própria da publicidade de campanha, para destruir moralmente o seu
principal opositor, que não tem condições de resistir aos argumentos poderosos
a serem facilmente produzidos e divulgados, nos termos da lei eleitoral, porque
contra fatos não há argumentação.
Caso
o presidente do país tivesse um pouco mais de estratégia militar, ele procuraria
se inteirar das estratégias da surpresa, como emprego de tática para o
lançamento de petardos contra o seu principal opositor, que seria facilmente
dominado e vencido pelos elementos que jamais deveriam ser adiantados agora, a
exemplo desse escandaloso caso do BNDES, diante da sua gravidade, em termos de
interesse dos brasileiros, mas o seu efeito como denúncia vai perdendo
importância com o tempo, até a campanha eleitoral, por oportunizar que o acusado cuide de se defender, com contra-argumentos
sobre os fatos.
Ou
seja, a ingenuidade do presidente é de tamanha vulnerabilidade que o faz
antecipar os fatos que deveriam apenas servir de acusação no momento da
campanha, justamente para que o seu opositor tivesse dificuldade para se defender,
em se tratando de elemento surpresa.
É
aconselhável que o presidente do país faça emprego das inteligências militar e
política para somente se manifestar somente no momento apropriado da campanha
eleitoral, na forma da lei, para que, objetivamente, as suas acusações e críticas
ao seu principal opositor surtam o efeito de informação útil aos propósitos da sua
reeleição, tendo por base elementos poderosos da verdade que estejam em
sintonia com os interesses nacionais.
Brasília,
em 2 de fevereiro de 2022
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