Em conferência, a maior já organizada
no assunto, que se realizou em Las Vegas, Estados Unidos da América, as urnas
eletrônicas, todas ali presentes, foram hackeadas em menos de duas horas, fato
este que mostra, fora de dúvida, a fragilidade da segurança do sistema.
Na verdade, isso não chega a ser
novidade alguma, em termos de descoberta, porque todo sistema eletrônico é
passível de hacker, quanto mais no que se refere às urnas eletrônicas, que são
do amplo conhecimento dos invasores da internet.
Não obstante, essa conferência
sinaliza para o fato de que o sistema em si precisa avançar no rumo de medidas
que possam realmente oferecer plena segurança do seu funcionamento, de modo que
não seja possível o acesso de estranhos nas suas entranhas, ou seja, esperasse
que essa conferência tenha oferecido também mecanismos para possibilitar
alternativas capazes de impedir que hacker o visite sem o menor esforço, como visto
nesse evento.
De qualquer modo, é perceptível
que a discussão sobre a segurança de urna eletrônica mostra que há verdadeiro
vácuo, acompanhado de leviandades caso os especialistas não se esforçarem em
oferecer meios para dificultar o acesso às urnas eletrônicas.
Em tese, foi demonstrado que as
urnas são passíveis de fraude, por meio de acesso por estranhos, conforme os
resultados mostrados nesse importante encontro, que contou com a participação
de ilustrados entendidos do assunto, como se os doutores tivessem descoberto o
sexo dos anjos, porque é sabido que, para hacker, não há limite nem barreiras.
Seria importante, ao melhor juízo,
que os sábios, os gênios da informática, demonstrassem, com base no resultado
da eleição presidencial brasileira de 2018, por exemplo, que tenha havido
fraude, de modo que o candidato fulano ou sicrano tenha sido efetivamente
prejudicado por defeito resultante de fraude, especificamente por decorrência
de invasão de hacker.
A forma como os ilustrados
cientistas da informática expõem as suas experiências tem o condão de pôr muito
mais lenha nesse turbilhão de dúvidas e incertezas, caso não seja mostrado como
se proceder para coibir a incidência de violação das urnas, caso a conferência
também estiver com o propósito de contribuir para o aperfeiçoamento e a
segurança das urnas eletrônicas.
É importante que os ases da
informática ponham o dedo sobre a chaga das urnas eletrônicas e demonstrem o
que todos precisam conhecer sobre a real inviabilidade desse sistema, pelos
motivos tais e tais, porque, por enquanto, os estudos não passam de perda de
tempo, apenas dizendo o óbvio, que, pasmem, as urnas são passíveis de fraudes,
de intromissão indevida por hacker, conclusões estas da maior importância para
quem acha que isso é mais do que suficiente para descer o malho nas autoridades
incumbidas de cuidar das eleições brasileiras, inclusive do Executivo, que
suscitou dúvidas sobre a insegurança do sistema operacional das urnas, mas
demonstrou total incompetência na condução das suas pretensões.
O governo poderia, antes de
quaisquer suspeitas, constituir comissão de especialistas de capacidade
comprovadamente na área, destinada aos estudos pertinentes e, ao final, se
conveniente, com base em situações específicas e gerais, seriam enviadas as
conclusões para o Congresso Nacional, inclusive por meio de projetos de lei,
com vistas ao aperfeiçoamento e à modernização do sistema, evidentemente se
essa medida for necessária.
Agora, nas circunstâncias, o
governo só demonstra futilidade, criticando e agredindo os dirigentes da
Justiça eleitoral, como se ele também não tivesse nenhuma responsabilidade
pelas segurança e eficiência desse fundamental sistema democrático.
Apelam-se para que a questão sobre
as urnas eletrônicas seja discutida é tratada com o máximo de competência
e responsabilidade, diante de a sua importância se inserir no âmbito do
interesse da sociedade.
Brasília,
em 9 de fevereiro de 2022
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