Infelizmente,
contrariamente aos dizeres da aludida mensagem, não é verdade que Deus esteja
cuidando de tudo nem especificamente de alguém, porque isso não tem o menor
cabimento, em termos racionais e concretos, sob o prisma religioso e
espiritual.
O
religioso precisa e deve apenas ser honesto e verdadeiro, na transmissão das
suas ideias sobre o verdadeiro poder divino, porque Ele jamais e em tempo algum
cuidou, cuida ou cuidará de absolutamente nada de ninguém.
Isso que
o padre professa não passa de puras heresia, mentira e tapeação, à luz da
verdadeira existência de Deus, que pode ter todos os poderes possíveis e
imagináveis, mas Lhe falta precisamente esse do cuidador de nós, porque, para
tanto, a única maneira de ligação entre nós e Ele é a crença, a esperança que
nutre os nossos sentimentos de fé e amor no nosso verdadeiro Pai celestial.
Ele nos
concedeu a faculdade do importante livre-arbítrio, que permite que o homem
tenha a sabedoria de acreditar, veja-se, em forma de crença, na figura
espiritual de um ser supremo, com poderes apenas etéreos, por meio dessa
convicção íntima, de ter condições e merecimentos para a pessoa poder alcançar
os seus objetivos, exclusivamente mediante o seu empenho de realizá-lo segundo
a sua capacidade de empreendedor pessoal, de fazer ele próprio e diretamente,
sem a mão de Deus, senão sob o sentimento da ajuda espiritual.
Nada
disso tem o cuidado fazedor indiretamente de Deus, porque isso é algo
absolutamente impossível, sob o prisma realista dos princípios espirituais e
religiosos, onde se acredita nos poderes divinos apenas como Aquele em que se
acredita que pode contribuir como força espiritual que estimula, abençoa e
fortalece em tudo que se imagina que seja factível, não que Deus vai cuidar,
como se fosse possível se imaginar algo importante a se incumbir a Deus para
cuidar da sua realização!
Que
loucura essa ideia do padre, que poderia pensar antes para não se manifestar
tão distanciado da realidade religiosa e espiritual, logo envolvendo o ser
supremo, a quem somente se pode atribuir os poderes importantes e verdadeiros
da esperança e do naquilo em que se acredita, por conta da crença espiritual.
É muito
importante se evitar a transmissão da ideia de que Deus está cuidando de tudo,
bastando a pessoa ter paciência e esperança e esperar o tempo certo para a
realização de seus objetivos, porque isso não passa de ilusão, em forma de
enganação.
Enfim, o
importante é que nós leigos temos a certeza de que Deus realmente não cuida de
nada, em absoluto, mas nós temos a crença Nele para a realização de nossos
propósitos de vida religiosa, que permite o sentimento de fé, esperança e amor
incutidos nas obras divinas e isso já é o suficiente.
Amém!
Brasília,
em 7 de novembro de 2025
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