domingo, 30 de novembro de 2025

O açude do Canadá

Em texto que foi publicado no Faceboox, alguém escreveu, mostrando a imagem das águas, a seguinte mensagem: “Uiraúna não tem mar, mas tem o açude do Canadá.”.

Realmente, pouco importa a inexistência do mar, quando se tem o açude do Canadá, que tem muito maior serventia para a região da sua localização, por abastecê-la com o seu precioso líquido, além de ser algo da natureza de muitos encantos mil, vistoso com a sua maravilhosa extensão volume de águas, que parece o próprio mar.

Desde o meu entendimento de gente, eu tive feliz parceria de convivência com as belezas proporcionadas por ele, desde os banhos diários, com o aproveitamento de longas nadadas e os mergulhos de uma pedra famosa que ficava em posição estratégica à sua margem.

O que se dizer das pescarias. que eram marcadas por reunir, anualmente, os pescadores da redondeza?

No final do dia, os pescadores faziam as partilhas dos peixes pescados perante o meu querido avó Juvino, que possuía a maior parte, que se encarregava de repassar a cota dos peixes pertencentes aos demais proprietários do açude.

Era fartura de peixes e grandes, na prevalência de curimatã, traíra e piau.

Na época do inverno, o meu divertimento era pegar peixes que vinham em grande quantidade para o açude, sempre pulando em verdadeira correria e aos cardumes, para alcançarem o local de sobrevivência.

Como era bom e divertido ficar pulando da base do sangradouro, vendo o excesso da água se esvair.

Lembro-me que eu me postava na janela do sobrado, em longo tempo, para contemplar as belezas e a serenidade das águas do açude.

Sim, dou graças a Deus, por ter vivido muito feliz com o usufruto das múltiplas benesses oferecidas pelo velho e amado açude do Canadá, que tem lugar eterno no meu coração e as suas lembranças me enchem de saudades.

Brasília, em 21 de novembro de 2025 

Nenhum comentário:

Postar um comentário