Em texto que foi publicado no Faceboox, alguém escreveu, mostrando a
imagem das águas, a seguinte mensagem: “Uiraúna não tem mar, mas tem o açude
do Canadá.”.
Realmente, pouco importa a inexistência do mar, quando se tem o açude do
Canadá, que tem muito maior serventia para a região da sua localização, por
abastecê-la com o seu precioso líquido, além de ser algo da natureza de muitos
encantos mil, vistoso com a sua maravilhosa extensão volume de águas, que
parece o próprio mar.
Desde o meu entendimento de gente, eu tive feliz parceria de convivência
com as belezas proporcionadas por ele, desde os banhos diários, com o
aproveitamento de longas nadadas e os mergulhos de uma pedra famosa que ficava
em posição estratégica à sua margem.
O que se dizer das pescarias. que eram marcadas por reunir, anualmente,
os pescadores da redondeza?
No final do dia, os pescadores faziam as partilhas dos peixes pescados
perante o meu querido avó Juvino, que possuía a maior parte, que se encarregava
de repassar a cota dos peixes pertencentes aos demais proprietários do açude.
Era fartura de peixes e grandes, na prevalência de curimatã, traíra e
piau.
Na época do inverno, o meu divertimento era pegar peixes que vinham em
grande quantidade para o açude, sempre pulando em verdadeira correria e aos
cardumes, para alcançarem o local de sobrevivência.
Como era bom e divertido ficar pulando da base do sangradouro, vendo o
excesso da água se esvair.
Lembro-me que eu me postava na janela do sobrado, em longo tempo, para
contemplar as belezas e a serenidade das águas do açude.
Sim, dou graças a Deus, por ter vivido muito feliz com o usufruto das
múltiplas benesses oferecidas pelo velho e amado açude do Canadá, que tem lugar
eterno no meu coração e as suas lembranças me enchem de saudades.
Brasília, em 21 de novembro de 2025
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