Diante de linda fotografia aérea do casarão do sítio Canadá, publicada
pelo competente e importante repórter sertanejo, Chico Cobra D’água, eu escrevi
o texto a seguir.
Essa foto aérea mostra o casarão na sua plenitude, algo que condiz com o
seu esplendor advindo da arquitetura colonial que, agora, se encontra restaurado
por meio da pintura, que ficou ainda mais divino.
Como não poderia ser diferente, eu me orgulho de responder à indagação
do título sobreposto à foto, que diz: "alguém aqui já viu pessoalmente (certamente
se referindo ao casarão)?".
Eu digo que não somente vi pessoalmente, como nasci no quartinho
representado pela primeira porta vista na base, morei aí e experimentei
excelentes momentos da minha infância.
Aí foi o lugar onde eu fui acolhido por família de muito amor cristão,
onde habitava muita paz, harmonia e união.
Tudo que se passava no casarão era abençoado por Deus, que também
inspirava a todos a prática do bem, da caridade e do amor.
Sei que todo o meu aproveitamento, no casarão, serviu de importante
lição, cujo aprendizado se consolidou em mim como verdadeira semente, que vicejou
em mim para toda a minha vida.
A prova maior disso é que o meu amor pelo lindo casarão alimenta em
eterna saudade de todos os seus recintos, onde certamente se encontra
sedimentado um pouco da áurea do meu ser, o que vale dizer que eu estou
permanentemente em todos os lugares do casarão, desde o sobrado, onde eu
guardava os meus objetos de menino, como baladeira, gaiolas, alçapão, material
de pesca e outras coisas pessoais, passando pelas salas e quartos, até a
cozinha.
A fotografia do casarão me enche de emoção, exatamente porque eu tenho a
oportunidade para recordação e lembrança de coisas, momentos e fatos do meu
início de vida, que os considero bastantes felizes e proveitosos.
Na verdade, essa natural emoção se transforma em saudade de tudo que
senti nos tempos que estive nesse paraíso, usufruindo as benesses que sei que
foram muito além do meu merecimento, mas Deus não entendeu assim e eu só O
agradeço pela enorme generosidade concedida a mim.
Muito obrigado, Deus, por ter me colocado nesse querido lugar, com a Sua
bênção celestial.
Brasília, em 25 de novembro de 2025
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