Acontece
que declarar por declarar é muito fácil, porque isso, estrategicamente, pode
apenas fazer parte da conveniência inerente ao aproveitamento político, o que
vale dizer pensando exclusivamente no projeto político do clã, que já se
acostumou, de forma calejada, com as benesses do poder.
Para a
afirmação de que o político mencionado é a única alternativa da direita para
presidir o país, não foram apresentadas as razões fundamentais que possam
assegurar tal assertiva, além de mostrar direta empáfia em descartar outros
candidatos.
Isso
revela claro desprezo a nomes importantes da direita, como, a título de somente
um, o governador de São Paulo, que está a ano-luz de dianteira do político
indicado, em termos de qualificação e preparo para a administração à altura da
grandeza do Brasil.
Se a
única alternativa da direita para governar o Brasil fosse realmente esse
político, seria o mesmo que esquecer o desastroso legado do seu governo de
muitas mediocridades, que o impediram de se eleger, cujo reflexo tem sido
indiscutivelmente notado intensamente na atual gestão, que assumiu a sua
sucessão, mesmo ele sabendo das qualidades negativas projetadas para a gestão
sob o domínio socialista, exatamente na maneira que está ocorrendo na
atualidade.
Acontece
que, ao contrário da desastrosa experiência anterior, que permitiu a condução
do país ao notório retrocesso socioeconômico e ao subdesenvolvimento dos
interesses nacionais, em visível prejuízo global das políticas governamentais.
Diante
disso, como se falar em única alternativa de candidato que somente acumula
fatos negativos no seu histórico político, a começar da sua inelegibilidade e,
depois, da sua nem tanto justa condenação à prisão, porque é fato que o seu
currículo só contabiliza transtornos e maculabilidade na vida pública, quando o
normal para o representante político deve ser precisamente o contrário disso.
Ou seja,
independentemente de injustiças e perseguições, o melhor político para presidir
o Brasil precisa, em princípio, estar em situação de imaculabilidade perante a
Lei da Ficha Limpa, obviamente também perante a Justiça, caso em que ele não
tem como comprovar, ante às circunstâncias.
Talvez o
mais importante deveria se dizer que o político mencionado poderá ainda ser
alternativa importante para governar o Brasil, desde que ele consiga se
desvencilhar de todos os empecilhos que o mantém completamente alijado da vida
pública, mesmo que ele não tenha praticado nenhum crime, mas a habilitação eleitoral
depende da comprovação do atendimento aos requisitos legais, que é medida
impossível para ele, na atualidade.
O bom
senso e a racionalidade recomendam que o momento exige muita cautela com a
indicação de candidato da direita, sem prejudicar os interesses de todos, levando-se
em conta, em especial, a dignidade e o direito de se candidatarem de outros
importantes postulantes, algo que a presente declaração teve a visível indelicadeza
de ignorar, por puro e condenável egoísmo, por força do hábito dos políticos
brasileiros, de natural desprezo aos próprios correligionários.
Enfim,
por questão de princípios éticos, em termos políticos, não é de bom tom se
declarar que alguém seja a única alternativa para o exercício de determinado
cargo, quando, a depender de avaliações, existem realmente outros nomes
candidatáveis em excelentes condições para a disputa presidencial, apenas a
depender do ângulo de visão e avaliação imparciais.
Apelam-se
por que a decisão sobre o futuro candidato da direita à Presidência da
República fique a cargo exclusivo dos eleitores, que precisam avaliar o
desastroso legado do governo anterior ao atual, em especial por não ter tido o
cuidado de sopesar os reais danos que poderiam causar ao Brasil com a volta do
poder de quem já havia deixado o sua marca negativa em governos anteriores.
Brasília,
em 12 de novembro de 2025
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