Impressiona
que gestor público, em princípio, absolutamente desconhecido, em âmbito
nacional, de repente, se notabiliza como herói dos cariocas, por ter enfrentado
o crime organizado, pela primeira e única, realmente para valer.
Ao que se
tem conhecimento, trata-se de governador que foi reeleito, já tendo exercido
mandato anterior ao atual e também não se tem conhecimento sobre incursão
policial de qualquer magnitude, muito menos como a megaoperação
recém-implementada no Rio de Janeiro, embora sempre existiram fortes e
poderosas organizações criminosas, que pouco ou nada foram incomodadas com a
intensidade semelhante à atual realizada.
Diante
disso, questiona-se os verdadeiros motivos pelos quais essa autoridade decidiu
se transformar em grande herói, por ter enfrentado, com extremo sucesso, a
delinquência predominante naquele estado?
Agora,
surge a pergunta se "você votaria nele para presidente?”.
A meu
juízo, a indagação é totalmente fora de propósito, a um ano da eleição, tendo
em vista que só o fato de haver única operação de sucesso não pode servir de
parâmetro para qualificar alguém para presidir o país, porque isso significa,
nada mais, nada menos, o fiel cumprimento da espinhosa obrigação própria do
cargo de governador estadual.
Ou seja,
não é a proeza inerente à incumbência institucional do cargo que ele exerce que
pode capacitar o político a presidir o país, porque isso pode até ser
muitíssimo importante como atuação destacada, mas não passa disso.
Convém
que as pessoas se conscientizem de que o governador se habilitaria com o mérito
compatível ao cargo de presidente do país se ele conseguisse eliminar do estado
do Rio de Janeiro todas as facções criminosas, o que vale dizer que ainda é
muito cedo para se acreditar que esse milagre vá acontecer.
De
qualquer modo, algum predicativo ele já mostrou que tem, por ter tido coragem para
promover a bem-sucedida investida contra o crime organizado, algo que ninguém
ousou a fazer antes disso, tendo também muita coragem para enfrentar os
apoiadores dessa banda podre da sociedade.
Finalmente,
caso o governador do Rio de Janeiro quiser o meu voto, ele precisa deixar a
população do estado completamente livre das organizações criminosas.
Brasília,
em 2 de novembro de 2025
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