segunda-feira, 23 de abril de 2018

Padrões de irracionalidade


Pela primeira vez, depois da Revolução Cubana, ocorrida nos idos de 1959, um cubano fora de linhagem dos Castros assumiu, no papel, o comando do Estado de Cuba, sabendo que precisa enfrentar gigantescos desafios, em especial na área econômica, que apresenta sinais de desgaste crônico e de difícil superação, correndo o sério risco de sofrer duro impacto proveniente da grave crise na Venezuela, seu maior parceiro comercial, que também perdeu os rumos da civilidade, depois de ter ingressado no regime socialista.
A grande maioria dos cubanos está esperançosa por que o novo presidente cubano possa realizar urgente reforma monetária, para diminuir a disparidade entre as duas castas criadas pelo sistema ditatorial, que estabeleceu o peso conversível, que é pareado com o dólar, e o peso cubano, que praticamente tem pouco valor.
Na verdade, a economia cubana até parece mais uma brincadeira de criancinha, onde o salário do trabalhador daquele país, conforme mostra a reportagem, pode variar entre vinte a trinta dólares, a exemplo do que ocorre com o salário do médico, que ganha aproximadamente 600 pesos cubanos por mês, o equivalente, pasmem, a US$ 24 ou cerca de R$ 80.00, de acordo com dados oficiais, sendo que o salário médio de servidor público fica na casa de 740 pesos cubanos mensais, que é menos de US$ 30 e próxima de R$ 100,00.
Em Cuba, é comum o governo subsidiar alguns produtos, que podem ser comprados a preços baixos, com as cadernetas de controle do Estado, submetidas a rigoroso controle nas compras semanais.
Nessas cadernetas, o cubano pode comprar quantidade máxima semanal, tendo por parâmetro cada pessoa, por exemplo, a carne de frango (800 g), o ovo (cinco), a mortadela (220 g), a carne bovina (450 g) etc., tudo apenas na quantidade determinada e controlada, com o devido rigor, pelo Estado e que é seguido pelo comércio.
Um especialista em Cuba, da Universidade Internacional da Flórida, disse que é preciso reconhecer significativos avanços realizados pelo presidente sucedido, que teve a “gigantesca”, “importantíssima” e “corajosa” iniciativa de permitir a abertura de negócios privados – o chamado "cuentapropismo", como os inacreditáveis pequenos restaurantes e aluguel de casas – e a ainda tímida abertura a investimentos externos.
Nessa linha de “extraordinários” avanços da economia, o governo fez "Importantes mudanças na esfera econômica que tiveram também implicações políticas. Os cidadãos que conseguiram algum sucesso na expansão do setor privado, por exemplo, criaram espaço para uma maior autonomia em suas vidas".
Especialistas acreditam que "A economia cubana não é igual à daquela época (colapso da União Soviética, no início dos anos noventa), mas apesar de o país ter aprendido a viver com a escassez, a crise venezuelana pode ter grande efeito na segurança energética e na percepção negativa do risco de investimento".
Ele entende que o poder de compra de Cuba pode ser afetado com a crise venezuelana e que "Pesam contra os investimentos ainda a intensa burocracia cubana, que é outro desafio para Díaz-Canel (o novo presidente de Cuba), e os freios ideológicos do regime, que tende a desconfiar dos impactos do capital estrangeiro sobre o sistema político. Resta saber se o novo líder, um homem de confiança de Raúl, que continuará sob sua sombra, cederá ao pragmatismo quando a crise venezuelana chegar à ilha.”. Com informações da Folhapress.
Como se vê, a mudança de governo cubano vai ser extremamente “importante” para a população daquele país, porque vai haver a troca de seis por meia dúzia, com a mudança generalizada para que tudo fique exatamente como está, em que a mentalidade retrógrada do regime comunista permanecerá absolutamente predominando no país.
Naquele país, a população é obrigada ao jugo do regime regressivo e totalitário, submetida ao cabresto curto e à mão-de-ferro do absoluto controle social, onde o governo subsidia alguns produtos, que podem ser comprados semanalmente a preços baixos, por meio das famosas cadernetas de controle do Estado, conforme o deplorável exemplo de somente se poder comprar alguns produtos, em quantidade limitada por pessoa, conforme especificado pela reportagem, em uma situação de extrema insensibilidade humana, onde as pessoas são submetidas à irracional vontade do Estado.
Em pleno século XXI, segundo mostra a notícia sobre a mudança presidencial, o salário do médico cubano pode chegar a 24 dólares, o equivalente a 80 reais, enquanto o salário do servidor público pode atingir, pasmem, pouco mais de 100 reais.
E ainda há fanáticos esquerdistas tupiniquins que adoram e idolatram governos bestiais socialistas, que estabelecem, de forma injustificável, modos de comportamento sociais incompatíveis com a dignidade do ser humano, em nome de revolução ultrapassada e absurda, que perpetua no tempo, em absoluta regressão de civilidade, a exemplo de estrondosa comemoração o fato de se permitir que alguém possa instalar um restaurante ou até mesmo alugar vaga de imóvel, como sendo de importância capital, quando isso não passa de verdadeiro escárnio à dignidade e à valorização do ser humano, que precisa ter plenas liberdades para investir em que ele quiser, na forma do seu livre arbítrio.   
A atual situação de controle do ser humano, pelo governo cubano, não passa de verdadeiro escracho aos princípios de bom senso e racionalidade, diante da demonstração de indignidade para os padrões de evolução alcançada pela criatividade humano, não se admitindo mais que as pessoas sejam controladas e enquadradas em esquemas totalmente incompatíveis com a dignidade e as relações sociais, conquanto não passa de intolerável truculência a vexaminosa submissão do homem à privação não somente de alimentos e produtos de primeira necessidade, mas em especial dos salutares direitos humanos e dos princípios democráticos.
É importantíssimo que os brasileiros se interessem em conhecer a forma truculenta como o ser humano é tratado e discriminado nos países de regime socialista/comunista, para perceberem a realidade sobre os padrões de insanidade como a população vive, absolutamente isolada do resto do mundo e das nações evoluídas e civilizadas, não tendo o mínimo direito de liberdade, expressão e individualidade, sendo submetida aos piores controles de comunicação social, que a torna apenas instrumento dominado pelo aparelho do Estado, ficando à mercê dele até mesmo quanto à quantidade de alimentos, que são racionados, da forma inconcebível até mesmo para os animais irracionais. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 23 de abril de 2018

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