Alguns
padres brasileiros decidiram se unir para defender o santo papa, em contestação
no sentido de que a mídia social dá voz até a ondas “obcecadas e quase
irracionais” de severas críticas ao representante de Deus na Terra.
O
arcebispo de São Paulo é um religioso famoso que defende publicamente o santo padre
e diz que lamenta atitudes de “grupos que respondem em rebanho com a mesma
formação ideológica”, com o intuito de “desmoralizar o Papa perante a
própria Igreja. Isso deve ser superado de todas as formas”.
Há
evidências de que, nos tempos modernos, com o emprego da internet, as informações
ficaram cada vez mais transparentes e velozes e até mesmo os muros do Vaticano
se tornaram devassáveis, em termos de comunicação, permitindo que as notícias
referentes aos segredos da Igreja Católica possam chegar em continentes, em
fração de segundos, não sendo mais novidade que a vida do pontífice possa ser
discutida e vasculhadas pelos fiéis, em regiões mais remotas e isso vem
incomodando alguns setores da Cúria Romana.
Nesse
novo contexto, as redes sociais foram transformadas em verdadeiro fenômeno
global de transmissão de informação e divulgação de cultura e de lazer,
possibilitando também, segundo o entendimento de religiosos, a difusão de
difamação contra integrantes da Igreja Católica, antes protegidos pela
dificuldade natural do atraso da tecnologia diferente da atual.
Demonstrando
preocupação com a integridade do papa e da igreja, um famoso padre brasileiro afirmou,
in verbis:“O que leva os agressores a ofender o Papa Francisco não é
a fé. É a política. São católicos radicais, liberais e ultraconservadores
contra a esquerda e o comunismo, que não tendo lido os documentos sociais da
Igreja pensam mais politicamente e do que catolicamente!”.
Nessa
mesma linha, o arcebispo de São Paulo fez veemente defesa do papa, no seu
perfil oficial no Twitter, tendo declarado o seguinte: “Por esses dias estão
sendo publicadas muitas asneiras sobre o Papa. Quem é Católico, use apenas o
bom senso e não se deixe levar por reflexões inflamadas. As mentiras e calúnias
têm vida curta. Entre um franco atirador oportunista e o Papa, fique com o Papa
e a Igreja.”.
O mencionado arcebispo condenou, com
muita ênfase, o que ele considerou de críticas inadmissíveis ao papa, tendo afirmado,
ipsis litteris: “É, de fato, houve uma onda muito grande de críticas ao Papa
e, naturalmente, a todos aqueles que se posicionaram a favor do Papa e procuraram
explicar, defender o Papa, esclarecer as coisas, foram igualmente execrados e
criticados. Eu mesmo tomei a iniciativa de dizer alguma coisa através das
mídias sociais a esse respeito e eu pude experimentar, naturalmente, toda uma
onda, eu diria, uma onda obcecada, quase irracional onde não se tem condições
de fazer um diálogo, um raciocínio de levar as pessoas às razões porque se
responde simplesmente apaixonadamente e com uma posição já pré-definida, uma
posição de ódio, que não tem base, não tem base. Infelizmente está dentro de um
contexto mais amplo. É o contexto dessa polarização que nós vivemos, não só no
Brasil, mas se vive um pouco em todo mundo essa polarização ideológica entre
direita e esquerda, extrema direita e extrema esquerda, e onde não se pensa em
diálogo, mas simplesmente em destruir quem pensa diferente da gente. E
destruir, no caso do Papa, significa tirar dele ou manchar a autoridade moral e
até a autoridade religiosa. São coisas assim muito estranhas em dizer que o
Papa não me representa, ou o Papa é comunista, ou o Papa é um falso Papa.
Coisas que não têm absolutamente nenhum fundamento, nenhuma explicação, mas foi
o que mais se falou e mais se ouviu através das mídias sociais, naturalmente
grupos que respondem em rebanho que tem uma mesma formação ideológica e que
simplesmente mergulham neste mesmo pensamento de grupo, sem pensar e sem se
colocar as razões daquele que estão afirmando. Isso é muito lamentável. Nós
temos que voltar a ter maior serenidade, a também pensar antes de a gente
colocar coisas nas mídias sociais porque isso tem repercussão sobre outras pessoas.
E, muito mais, quando se volta contra, por exemplo, o Santo Padre, contra o
Papa, e pretendem desmoralizar o Papa perante a própria Igreja. Isso está
acontecendo, pretendendo tirar a autoridade do Papa perante a própria Igreja.
Semeiam, portanto, um clima de ódio para dentro da própria Igreja e isso é
muito ruim, é muito ruim. E, portanto, deve ser superado de todas as formas.”.
É
incrível como o arcebispo de São Paulo conseguiu captar, com absoluta perfeição,
o fiel pensamento de muitas pessoas com relação a certas atitudes do papa, que
não condizem nem de longe com a dignidade pontifícia, exatamente porque elas se
distanciam do Evangelho segundo Jesus Cristo e são muitos casos que envergonham
a Igreja Católica, na parte da ala que não comungam com a notória mentalidade socialista/comunista
dele, quando elas poderiam ser evitadas, a despeito de o referido arcebispo não
conseguir enxergar nada de anormalidade nos procedimentos da autoridade máxima da
igreja.
Não
há a menor dúvida de que as declarações do arcebispo paulistano são no sentido
de que somente ele tem o domínio da razão, ao se posicionar em defesa do papa,
como se somente ele está certo e as pessoas que o criticam, com base em fatos
que acontecem no Vaticano, estão fora de sintonia, enxergando algo inexistente
na pessoa do santo padre, quando há evidências que indicam precisamente a
realidade da vida do papa, de que sua santidade não tem sido essa cristalinidade
de pureza defendida por ele, porque se o fosse não havia esse revoltoso mar de
críticas desabando sobre as vestes papais, ou não fosse o apadrinhamento dele
em muitas situações envolvendo interesses socialistas, certamente que não haveria
essa avalanche de críticas contra ele.
O
arcebispo de São Paulo, os demais religiosos e fiéis católicos precisam se conscientizar
de que o papa não é infalível e pode perfeitamente errar e ser objeto de
críticas por parte da imprensa e da opinião pública, no que se refere às suas
atitudes como homem público e autoridade maior de instituição que tem como princípio
o dever moral de seguir rigorosamente a liturgia evangélica que se funda a
Igreja Católica.
Essa
liturgia não permite os costumeiros e abusivos desvios questionados por aqueles
a quem o arcebispo paulistano tanto deles discorda, justamente por achar que o
papa pode fazer o que bem quiser, sem precisar dar satisfação à Igreja Católica
nem aos fiéis seguidores dela, quando condena, com veemência, quem discorda da maneira
de liberalidade progressista dele, na linha favorável ao socialismo, responsável
pela destruição da dignidade do ser humano, principalmente no que diz com a privacidade
dos direitos humanos e das liberdades individuais, em clara afronta aos
princípios da cristandade, defendidos pela instituição de Jesus Cristo.
À
toda evidência, percebe-se claramente que não se trata de se pretender tirar a autoridade
do papa e muito menos de desmoralizá-lo perante o mundo, como assim quis
entender o arcebispo de São Paulo, mas sim de se mostrar ao comandante da
Igreja Católica que ele precisa ser fiel disseminador, com exclusividade e fidelidade,
dos ensinamentos previstos na cartilha da evangelização instituída pelo Mestre
Jesus Cristo, tendo como paradigma a intransigente defesa da dignidade dos
seres humanos, inclusive mostrando aos líderes ditadores de nações de regime
socialista a imperiosidade do respeito aos sentimentos humanitários, não permitindo
a sua aproximação com pessoas que defendem esses regimes de exceção, que
maltratam a população, senão para exigir deles o sagrado respeito à dignidade
humana, mas isso ele nunca fez, embora seja do seu dever, considerando que a
Igreja Católica é, por natureza, protetora dos seres humanos.
A
Igreja Católica tem como princípio o máximo respeito aos direitos humanos e às
liberdades dos indivíduos, como forma primária da preservação da dignidade e da
integridade social, mas, vez por outra, está o papa abraçando líderes socialistas,
fora ou dentro do Vaticano, normalmente pessoas a quem se atribuem muitas
atrocidades contra seus semelhantes, como foi o caso do tirano da Venezuela, responsável
por maltratar impiedosamente a população do seu país, inclusive determinando execuções.
Outro
caso surpreendente aconteceu na visita papal a Cuba, onde sua santidade fez questão
de beijar a mão do sanguinário ex-ditador de Cuba, que nem estava mais no
poder, mas ele foi responsável por fuzilar milhares de seres humanos, o que só
justifica a insensatez da visita a pessoa desprezível diante dos sagrados parâmetros
de cristandade, que tem como sagrado princípio o respeito o respeito às pessoas
e aos seus direitos plenos de cidadania.
De
todos os casos ocorridos com o papa, um ganhou destaque, por seu ineditismo em
forma de afronta aos princípios cristãos, quando o então socialista presidente
da Bolívia, aproveitando a visita do santo pontífice naquele país, ofereceu ao representante
de Deus uma imagem de Jesus Cristo encravada sobre o símbolo do comunismo, exatamente
encimada sobre a foice e o martelo.
Por
incrível que pareça, o papa simplesmente a recebeu com sorriso no rosto, talvez
de surpresa, quando ele jamais deveria ter aceito com naturalidade crucifixo
absurdamente afrontoso à dignidade de Jesus Cristo, que tem como fundamento abominação
à ideologia comunista, por antítese do cristianismo, onde a essência deste é o
amor ao próximo e aquele nada mais é do que o desamor ao ser humano, quando
nega a ele os direitos à liberdade e à individualidade, além de ignorar a
existência dos princípios fundamentais da democracia.
Ou
seja, em se tratando de acintoso desrespeito aos princípios do cristianismo, o papa
perdeu excelente oportunidade de mostrar a sua total neutralidade com relação ao
socialismo e reafirmar a sua defesa ao Evangelho de Jesus Cristo, ao negar a aceitação
do crucifixo desmoralizante da imagem do fundador da Igreja Católica, mostrando
ao mundo que ela se trata de símbolo que exige extremo respeito.
Por
fim, na qualidade de cristão, expresso meu sentimento de respeito ao santo papa
e é exatamente, por isso, que escrevi a presente crônica, para mostrar que as
críticas poderiam ter sido evitadas se ele não tivesse sido tão cediço à aproximação
com socialistas, de índole materialista, somente o fazendo nas estritas relações
diplomáticas, por decorrência do dever como chefe de Estado, e não quanto ao
oficio próprio da Igreja Católica, diante da possível interpretação do ferimento
de princípios do cristianismo, fato este que tem sido alvo de muitas críticas.
O
certo é que há outros inumeráveis casos que serviram de base para as veementes
críticas contestadas acima pelo religioso paulistano, que poderiam ter sido desnecessários
e evitáveis se o próprio santo pontífice não tivesse feito por onde ser
censurado, exatamente à vista da relevância do cargo que ele ocupa de representante
de Deus na Terra, que exige o máximo de atenção, cuidado e zelo à fiel observância
dos princípios do Evangelho da Igreja Católica instituída por Jesus Cristo.
Brasília, em 17 de maio de 2020
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