Vem circulando, nas redes sociais, protocolo
médico detalhado sobre o uso do remédio hidroxicloroquina para combater o
Covid-19.
Na mesma página, há o seguinte texto, verbis:
“Esse é o protocolo no tratamento do Covid-19 no Hospital da UNIMED. Será que o
Bolsonaro tá certo? Porque adotam isso nos hospitais particulares? Por que a
FDA tá reconhecendo a droga? Quem vai responder pelo erro brutal que ceifou
tantas vidas? E como recuperar as fortunas gastas que poderiam ser melhor
empregadas? E o roubo por superfaturamento, vão apurar?”.
Diante
da aludida mensagem, resolvi dizer que havia resistindo em dar a minha opinião,
em dizer o que sinto sobre os remédios que estão disponíveis para o tratamento
do Covid-19.
Pois
bem, a completa e inadmissível incompetência do governo tem contribuído para
essa falta de convergência sobre qual remédio é o mais indicado para o caso,
posto que faz tempo que o presidente vem querendo que o hidroxicloroquina seja
aplicado nos doentes diagnosticados com o vírus, mas o Ministério da Saúde
resiste e faz-se de mouco e indiferente ao caso, diante de questão que é da
maior gravidade.
Acontece
que, de medicina, o presidente do país não entende bulhufas e isso e por isso
ele não tem credibilidade nenhuma para ficar recomendando remédio algum para
doença nenhuma.
E
não adianta ele ficar trocando ministro da Saúde, porque essa também não é
medida nada recomendável, nas circunstâncias, diante da extrema necessidade de
equipe coesa, que precisa se concentrar no combate à pandemia e mais tempo ela
estiver junta e imbuída nessa luta, mais ela tem condições de trabalhar com
eficiência e efetividade, em benefício da população, com base na experiência
adquirida no dia a dia, dentro do fogo cruzado.
Já
basta de tantas improvisações e outros tantos de aplicação de métodos e
protocolos empíricos, que só contribuem para esticar e alongar os problemas,
que estão se avolumando um sobre o outro e apenas se tenta administrar o
contencioso, enquanto a doença avança sobre a população.
O
governo com o mínimo de competência e que realmente esteja interessado em
adotar medidas confiáveis, seguras e aprovadas pela classe científica, já teria
constituído comissão de alto nível, composta por especialistas e entendidos de
medicamentos, como médico, químico, farmacêutico e mais quem fosse "bambam"
no ramo, que já teria chegado à conclusão sobre o remédio mais apropriado para
o tratamento do Covid-19.
Esse
resultado teria por base em estudos e experiências, mesmo que em pouco tempo,
realizados por pessoas capacitadas e entendidas sobre a matéria, não
comportando maiores questionamentos sobre o caso.
Isso
se evitaria discussão desnecessária, em que somente contribui para a divisão de
opiniões entre o governo, que não leva a lugar nenhum e ainda têm o condão de tumultuar
o trabalho em curso, e os doentes continuam morrendo, graças à gritante
incompetência do governo que opina em assunto que não entende absolutamente
nada e também não consegue coordenar coisa nenhuma, em torno de questão que é
de suma importância humanitária, por se tratar de vida ou morte para os
brasileiros, que vivem permanentemente em pânico, justamente diante da omissão,
da incompetência e da irresponsabilidade do governo de modo abrangente e
generalizado, consistente na indiscutível falta de iniciativa que possa levar a
resultados satisfatórios ao combate do coronavírus e ao tratamento das pessoas
contaminadas.
Para
a minha surpresa, em seguida, eu li bravo comentário de amigo intelectual,
responsável pela divulgação do texto vestibular, dizendo que eu havia me equivocado,
na forma do seguinte texto: “Meu caro primo e conterrâneo! Sinto em dizer-lhe
que você está totalmente enganado a respeito desse protocolo pois ele foi
endossado por esse médico que publicou é eu compartilhei. Trata-se de um médico
professor que prepara os médicos na UFPb e muito amigo meu é do professor
Xavier Fernandes. Dr José Augusto Maropo tem uma larga experiência como médico
e professor Universitário e como cidadão é iinquestionável o seu procedimento.
Goza de excelente conceito no meio médico de João Pessoa e tem um comportamento
inigualável se responsabilidade que foi adquirida muito jovem ainda. Eu e O
professor Xavier o conhecemos de longas datas e por reconhecer nele essa
responsabilidade que a acompanha durante toda a sua vida é o que me faz crer
que seus estudos sobre a medicação em referência aplicada contra o coronavirus
é satisfatória para curar o Covid-19. Sabemos, no entanto, da antipatia que os
adversários do presidente nutrem a respeito dele e a politicagem que estão
dispostos a fazer é que já estão fazendo contra ele ao ponto de condenar um
remédio que na pior das hipóteses poderia não trazer a cura mas que é a
esperança do momento (e porque não tentar aplicar, visto que só tem ele mesmo).
Por outro lado porque não pensar nas pesquisas dos grandes laboratórios que
pensam em faturar alto com a doença através de um recém descoberto medicamento
que garante ao fabricante um preço exorbitante para sua comercialização com a
patente de exploração cujos direito lhe assegura por oito anos o domínio da
referida medicação! E por que não pensar também na guerra viral que em seu
final vai assegurar a China, onde o vírus foi criado, o domínio global da
economia tornando- se líder mundial. Ainda por outro lado, se o presidente estiver
correto quem vai segurar ele nas próximas corridas eleitorais? A oposição está
desesperada! E o povo está morrendo! E daí? A culpa é do Bozo? Obrigado! Fica
aqui meu abraço.”.
Imediatamente,
eu preparei a resposta às argumentações acima, dizendo que, pelo amor de Deus,
creio que fui muito claro e até demais na minha explanação.
Eu
falei sobre a situação do governo, onde o presidente da República quer aplicar
o medicamento que ele acha certo, mas o Ministério da Saúde sempre se esquivou
e resistiu à aplicação de imediato, só o concordando na fase onde a doença
estivesse avançada.
Esclareço
que estou plenamente de acordo, desde criancinha, com o protocolo em causa.
Já
até escrevi artigo nesse sentido.
O
que eu tratei, e o texto é explícito, é que essa celeuma, na parte do
Ministério da Saúde, que o presidente não é competente para aconselhar nessa
parte de saúde pública e que ele teria mostrado competência se tivesse, desde
há muito tempo, formado comissão para estudar qual o melhor remédio a ser aplicado
nesse caso do Covid-19, determinando, enfim, o protocolo oficial, com o
consentimento, evidentemente, do Ministério da Saúde.
Ademais,
eu não entrei no mérito do protocolo transcrito acima, porque entendi que o
hospital da UNIMED não era do governo.
Então,
peço mil desculpas se eu fui mal interpretado, porque a minha opinião seria no
sentido de que o governo poderia já ter resolvido a aplicação do protocolo se
tivesse se preocupado em definir a questão por meios técnicos, à vista da dissipação
de dúvidas sobre a correção dos procedimentos.
Espero
que eu tenha sido claro, mas, se não consegui, fica a minha posição de que sou
favorável a qualquer protocolo médico que tenha por objetivo salvar vidas e
posso provar que já escrevi nesse sentido, com relação ao hidroxicloroquina.
Aceitem
as minhas explicações e desculpas se eu tenha sido desajeitado na escrita.
Com a
generosidade que lhe é peculiar, o nobre conterrâneo, sem perda de tempo,
escreveu a seguinte redação, verbis: “Caro
primo! Desculpe se entendi dessa forma porque me guiei pela publicação que fala
sobre o protocolo e até então não havia entendido a sua posição sobre os
medicamentos utilizados. Dessa forma e assim sendo quem deve pedir desculpas
sou eu mesmo. Quanto ao governo receio que ele não possa fazer nada pois seus
poderes estão sendo retirados aos poucos pelo STF, Congresso e principalmente
pelos governadores, prefeitos, órgãos da imprensa e certos figurões que querem
minar os objetivos do governo. Isso tudo, todos sabem, por dinheiro. Só sei de
uma coisa: Quando o vírus for dominado, o nosso país muito endividado vai atravessar
um longo e tenebroso problema de recessão que vai causar muitas mortes e
tragédias, com o aumento da fome, miséria, desespero, suicídios, depressão,
assaltos causados pela falência de muitas empresas e aumento desenfreado do
desemprego. Rogamos a Deus que aconteça um milagre porque só ele pode modificar
esse futuro. Muito obrigado!”.
Sobre
o texto acima, eu digo que compreendo e aceito as explicações, dizendo que meu
coração fica bastante aliviado, considerando que eu realmente não teria sido
fielmente interpretado, na maneira como me expressei.
Não
há a menor dúvida de que o quadro econômico e social se vislumbra com ares de
muitas dificuldades, mas vamos torcer para que ele não seja tão tenebroso como
muitas pessoas imaginam, porque, depois da desgraça inadmissível como essa
causada pela pandemia, outra tragédia, em seguida, seria a consagração do caos
total.
Queira
Deus que essa nuvem escura seja logo, o mais breve possível, dissipada e a
bonança volta a imperar em todos os horizontes, para a tranquilidade e a
esperança dos brasileiros.
Como
se vê, as discussões acima aconteceram exatamente ontem à noite e hoje, logo cedo,
vem a lamentável notícia, em termos da continuidade dos trabalhos de combate ao
coronavírus, com a exoneração do ministro da Saúde.
Esse
fato só demonstra o quanto a minha opinião sobre a constituição de comissão específica, para opinar acerca da aplicação do
hidroxicloroquina no combate ao Covid-19, tem muita pertinência, em razão de a
queda de dois ministros ter sido motivada, exatamente, porque eles não estavam
dispostos a concordar, por questões técnico-científicas, com o presidente da
República, em assunto que este poderia conduzir com racionalidade, tolerância e
compreensão, se tivesse argumento de consistência com base em estudos e experiências
realizados pelo próprio governo, a exemplo da comissão por mim aventada.
Há
quem possa sair em defesa do presidente da República, principalmente por existirem
vários protocolos médicos recomendando a eficiência do uso do hidroxicloroquina
no combate ao Covid-19, à vista daquele
referido na inicial desta crônica, esquecendo esses defensores que, a despeito
de muitos desses estudos, a Organização Mundial da Saúde nem os órgãos de saúde
brasileiros ainda não bateram o martelo em aceitação desse remédio para a
finalidade pretendida pelo mandatário brasileiro.
Prova
disso é que os dois ex-ministros disseram que não gostariam de rasgar seus diplomas
de medicina, em aceitarem a aplicação de medida que ainda não tem a
autenticidade das instituições de controle e fiscalização sobre a saúde
pública.
Em
síntese, é lamentável que muitas mortes ainda possam acontecer diante da dificuldade
material para se encontrar a solução para a posologia do remédio que poderia
salvar vidas, mas o entrave no caminho da ciência tem sido prejudicial ao final
que espera que seja feliz, o mais rapidamente possível.
Brasília,
em 15 de maio de 2020
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