Em vídeo que circula nas redes
sociais, vários oficiais-generais das Forças Armadas, conversam animadamente,
ao meio de sorrisos, com o seu comandante-em-chefe, demonstrando que ele se
encontra prestigiado por esses militares.
Não pode haver nada mais
degradante para o ser humano do que uma pessoa insignificante, desonesta,
corrupta ser paparicada como se ela tivesse o mínimo de representatividade, em
termos de moralidade e honestidade.
Tal situação se torna ainda mais aviltante
quando esse mimo parte de oficiais-generais que teriam a obrigação de dar bons
exemplos de obediência aos saudáveis princípios da ética, da honestidade, da
moralidade e da dignidade, por força da rigidez das exigências dos regulamentos
e das normas militares, que têm como cerne a centralidade da idoneidade, na
vida pública, que é requisito inexistente na autoridade máxima do país, fato
este que o incompatibiliza para a ocupação de qualquer cargo público, ainda em
se tratando do principal da República.
Trata-se de situação extremamente
humilhante para os militares de patente estrelada, que se posicionam em
condições de inferioridade abaixo do mais pernicioso criminoso do país, pelo
fato de este ser o comandante-em-chefe deles, que, ao contrário, não demonstram
quaisquer escrúpulos em fazerem corte a criminoso assim reconhecido pela
Justiça brasileira, em processos cujos julgamentos foram pela prisão dele, em
decorrência da comprovação dos crimes de corrupção passiva e lavagem de
dinheiro.
Esses fatos o incompatibilizam e
impendem que ele possa ocupar cargos públicos, caso o Brasil fosse um país
minimamente sério e primasse pelo respeito aos princípios republicanos e
democráticos.
É extremamente lamentável que
oficiais-generais brasileiros se submetam ao ridículo do apoiamento a pessoa
declaradamente desonesta e corrupta pela Justiça brasileira, justamente por ela
não ter conseguido provar a sua inocência nos processos criminais e penais.
Brasília, em 8 de abril de 2024
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