quinta-feira, 18 de abril de 2024

Desprezo à floresta nacional?

 

Segundo o noticiário da imprensa, a Amazônia registrou, pasmem, 3.158 focos de queimadas em fevereiro último, número que representa o recorde histórico para o período, desde o início da série sob controle oficial, desde o ano de 1999.

Os aludidos dados registram o Monitoramento dos Focos Ativos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e foram atualizados no mês de março último.

De acordo com a imprensa, as queimadas tiveram alta de 330% em fevereiro último, em comparação com fevereiro de 2023, mês que registrou 734 focos de queimadas detectados por imagens de satélite.

A média histórica para o período é de 807 focos de queimadas.

Conforme registro oficial, a Amazônia é responsável por 57,1% de todos os focos de queimadas registrados no país, seguida pelo Cerrado (20,2%), Caatinga (9,3%) e Mata Atlântica (8,8%).

O estado de Roraima tem o maior número de focos, segundo o Inpe, com o registro de 2.057 queimadas, no curso do mês de fevereiro recém-findo.

Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), os incêndios florestais em Roraima são agravados pela estiagem prolongada do último ano, intensificada pelo fenômeno climático El Niño, que é responsável pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico.

Ainda de acordo com esse órgão, há 251 combatentes na região e duas brigadas que cuidam de forma exclusiva da terra indígena Yanomami, localizada entre Roraima e o Amazonas.

A Amazônia Legal é composta por nove estados, como Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará, Maranhão, Amapá, Tocantins e Mato Grosso, dos quais três lideram o ranking de focos de queimadas detectadas no mês de fevereiro.

Depois de Roraima, vem o estado de Mato Grosso, com 863, seguido por Pará, com 260 focos de queimadas no último mês.

Enquanto se registra o recorde de focos de queimadas na Amazônia, no mesmo período a corte maior do país retoma o julgamento sobre políticas públicas adotadas pela União, para preservação do bioma.

Uma ministra daquela corte ressaltou, em voto ainda proferido no governo anterior, a violação massiva de direitos ao combate ao desmatamento ilegal na Amazônia.

Não obstante, coerente com a mentalidade prevalente a magistrada destacou, agora, que a atual gestão tem adotado medidas para proteção do bioma, em que pese o registro do recorde pelo órgão especializado.

Diante do recorde histórico das queimadas do bioma brasileiro, há importante constatação no sentido de que os arraigados e pseudos ambientalistas, que gritavam em reclamação loucamente contra os incêndios no governo anterior ao atual, simplesmente sumiram e se silenciaram, em visível covardia, quando a situação de desprezo ao meio ambiente se tornou da maior calamidade, com comprometimento da integridade da floresta nacional, mas não aparece absolutamente ninguém para defendê-la.

Pobre bioma nacional, que se encontra abandonado pelo poder público e por um batalhão de falsos e negacionistas defensores ambientalistas, que existiam por visível interesse ideológico, à vista da alarmante quantidade de incêndios, sem que ninguém se oferece para se manifestar na defesa da floresta, que se encontra à mercê de seus impiedosos algozes, que não têm limites na sua voracidade de destruição.

Convém que os verdadeiros brasileiros, a par de repudiarem, com veemência, o desprezo oficial da riqueza florestal brasileira, se mobilizem em defesa do bioma nacional, exigindo medidas concretas e efetivas em combate aos amantes da destruição da integridade da natureza.   

Brasília, em 18 de abril de 2024

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