segunda-feira, 22 de abril de 2024

O valor do voto

 

No Brasil, o voto é obrigatório e, em 2024, os eleitores têm a oportunidade para eleger prefeitos e vereadores no seus municípios, à exceção do Distrito Federal.

O comparecimento às urnas é obrigatório para os brasileiros alfabetizados com idade entre 18 e 70 anos.

Há prazo para o eleitor providenciar a regularização da situação eleitoral, como tirar o título, solicitar transferência, atualizar dados e colher a biometria, que vai até o dia 8 de maio vindouro.

O voto é importante instrumento que garante a predominância da democracia e a possibilidade da existência dos representantes políticos da população, de modo a se definir os destinos das unidades da federação, como as cidades, os estados e o país.

As mudanças e as melhorias de interesse da  sociedade dependem das decisões tomadas pelos agentes públicos, mas tudo começa com cada voto que vai decidir os representantes, no caso, dos dirigentes municipais, por quatro anos.

Nesse caso, o povo delega ao prefeito o poder para comandar o município, que tem a principal incumbência de administrar os serviços públicos locais, decidir, de forma prioritária; a aplicação dos recursos; o planejamento sobre as obras a serem executadas e os programas e as atividades que interessam à sociedade.

O vice-prefeito tem a incumbência de ser apenas coadjuvante na administração do município, mas a sua importância é a de substituir o prefeito, nos impedimentos eventuais e até permanentes, no caso de afastamento do titular do cargo.

Já os vereadores têm a incumbência de fiscalizar o desempenho orçamentário do prefeito, além de aprovar as leis necessárias ao funcionamento administrativo do município.

No corrente ano, há a expectativa de que o Brasil contabilizará aproximadamente 155 milhões de eleitores hábitos à escolha dos administradores dos municípios, que é um direito fundamental assegurado na Constituição brasileira e um dever sob o ponto de vista de que o voto determina o futuro da nação.

É importante frisar que a omissão no cumprimento dessa obrigação pode ajudar a eleger pessoa sem nenhuma qualificação para o exercício do relevante cargo municipal.

Os brasileiros precisam se conscientizar de que a eficácia e a eficiência dos 5.568 municípios brasileiros, em termos de investimentos em segurança, mobilidade, saúde, educação, infraestrutura e transporte público, dependem muito de cada voto, que tem a força de decidir o destino  dos munícipes.

É muito importante que o voto seja consciente em sufrágio do melhor candidato, tendo por base o conhecimento sobre a trajetória  política e as propostas dos candidatos, à vista, em especial, a sua plataforma de trabalho, que precisa estar em sintonia com os anseios dos eleitores.

É precisa que os eleitores rejeitem a ideia segundo a qual os políticos são todos iguais, porque isso não passa de enorme equívoco, quando existem pessoas com dignidade e honestidade, que nem sempre são valorizadas na hora do voto, à vista da influência de fatores que nem sempre são considerados, na prática.

A verdade é que os eleitores precisam ser bastantes criteriosos na escolha de seus candidato, de modo que existem muitos que se identificam com os cargos pretendidos, mas há outros que são verdadeiros desastres, sem a menor condição para exercerem os cargos eletivos.

Nos últimos tempos, as mídias se tornaram lugares comuns para o compartilhamento de publicações relacionadas à política nem sempre fiéis aos fatos, como no caso das fake News, que se espalham como rastilho de pólvora, atingindo forma assustadora, principalmente para o bem e para o mau.

À vista do crescimento das fake News, o órgão incumbido da operacionalidade das eleições tem criado aparato de controle das mídias, com a criação  de resoluções para se minimizar a disseminação de informações falsas e enganosas.

Esse órgão, a título de controle de mentira e notícias mentirosas, divulgou a mensagem que diz o seguinte: "Você se torna eternamente responsável por aquilo que compartilha", justamente na tentativa para se chamar a atenção para o combate à desinformação e para a responsabilização de quem dissemina conteúdos falsos.

Na verdade, a norma visa à proteção do eleitor, que normalmente não sabe se as informações on-line falsas ou verdadeiras, ficando quase sempre na dúvida.

Nesse caso, é importante que cada pessoa deve verificar o que circula nas redes sociais, para se evitar ser ludibriado ou até mesmo ludibriar outrem.

Enfim, o que importa mesmo é que a escolha de seus representantes políticos seja a melhor possível para o seu município, tendo o cuidado de avaliar com rigor os candidatos.

Os exemplos estão mostrando que o voto ideológico se reverte em verdadeiro desastre para os interesses da sociedade, de vez que essa forma de escolha não leva em conta os princípios da competência, da eficiência e da responsabilidade, mas sim a simpatia do candidato, não importando a essência do voto, que é a eleição do melhor para o exercício do cargo público.

Também é inconcebível que o voto possa servir como moeda de pagamento por quem presta serviços públicos e já é remunerado por eles, porque isso mostra a pior promiscuidade por parte de quem trabalha servindo ao próximo visando à recompensa em troca de voto, fato este que é muito comum no interior do país.

Convém que o eleitor se valorize, tendo absoluta consciência sobre a importância do seu voto como instrumento poderoso para apenas selecionar e eleger os autênticos homens públicos, que não se prostituam em troca de voto, fato este que, ao contrário, evidencia a falta de caráter tanto dos eleitores como dos homens públicos.

A verdade é que o voto consciente e responsável pode contribuir para o fortalecimento da democracia e do desenvolvimento social e econômico não somente do município, mas também do país e, para tanto, é preciso se conhecer com profundidade os candidatos e avaliar o que eles tenham de potencial para oferecer em defesa dos interesses da sociedade, tendo em vista o real poder do voto.

 Brasília, em 22 de abril de 2024

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