quinta-feira, 25 de abril de 2024

O grande pastor

 

Em sermão proferido no dia 22 do corrente mês, conforme vídeo que circula nas redes sociais, o padre Joãozinho discorreu sobre a função do Bom Pastor, tendo afirmado que o segue.

O Bom Pastor é aquele que dá sangue, suor e lágrimas pelas suas ovelhas! Ele tem os olhos, os ouvidos, o coração sempre aberto. Os braços abertos, lá na cruz, mostram quem é o Bom Pastor: é Jesus! As mãos fechadas de Judas, o traidor, mostram quem é aquele que é o malfeitor: um ladrão. É aquele que apenas quer ganhar lucro com as ovelhas, mesmo que isso custe o sangue delas! Ele não se interessa pelo seu povo, pelo seu rebanho. Na verdade, não são fiéis, são clientes; não é uma igreja, é uma franquia (Jo 10,1-10).”.      

É verdade que o sábio padre Joãozinho está se referindo, muito especialmente, é o Pastor maior da história religiosa universal, com origem no importante legado de Jesus Cristo, que realmente se transformou no zelador ativo, bondoso, atencioso, incomparavelmente presente junto ao seu rebanho, nunca faltando a palavra de apoio, carinho e amor, que tem sido o poderoso bálsamo de sustentação da vida.

Quem acredita nas palavras de Jesus Cristo, tem sempre confiança na proteção divina, na certeza de estar percorrendo o caminho em direção à glória eterna, porque os ensinamentos vindos Dele é a fortaleza que capacita e ajuda a  vislumbrar as luzes imprescindíveis à satisfação das necessidades espirituais e materiais, essenciais à vida plena de amor.

A verdade é que nenhuma outra voz foi tão capaz de apascentar o rebanho como as palavras claras e objetivas de Jesus Cristo, que sempre foi coerentemente firme com os seus propósitos de comunhão com a sinceridade e a verdade na busca da paz celestial, que é a essência da vida terrena.

Muito se fala na pessoa do Judas, como o fez o padre Joãozinho, como o grande traidor, o malfeitor, por ter traído logo a pessoa do Deus vivo, com quem se conheciam e tinham tudo para somente se respeitarem como pessoas de bondade e amor no coração, levando a se acreditar que esse discípulo teria a pior índole da face da Terra, por decorrência natural do ato de perfídia perpetrado por ele contra a figura paternal e divina de Jesus Cristo.

Não obstante, interpreto, no caso bíblico, que isso não pode ter desfecho tão horroroso como todos são induzidos a essa ilação de muita maldade pela traição praticada por Judas contra o seu poderoso mestre e ídolo.

É preciso se ponderar no sentido de que essa figura do traidor chamado  Judas Iscariotes, apóstolo que teria entregado Jesus Cristo, por 30 moedas, aos soldados romanos, que o crucificaram, precisa ser interpretada, ao contrário, como herói.

Segundo pesquisa bastante interessante, Judas teria agido exatamente dessa maneira a pedido do próprio Jesus Cristo, que tinha de ser crucificado, em cumprimento das escrituras sagradas, para ele voltar como o salvador da humanidade.

Essa importante interpretação histórica ganhou peso graças a antigo documento manuscrito do século 4, que recentemente, depois de quase 17 séculos, foi revelado ao público.

O aludido documento se encontra na Fundação Mecenas, em Basileia, na Suíça.

Ou seja, Judas se tornou traidor por força do que estava escrito nas escrituras sagradas, cujo personagem entregador de Jesus Cristo poderia ter sido qualquer um dos apóstolos, mas a sorte grande recaiu sobre a pessoa de Judas, tendo ele sido escolhido para representar a figura do traidor, do ladrão, do enganador, quando ele apenas cumpriu fielmente o que já estava ajustado com o grande Salvador da humanidade.

Por fim, nada mais seguro, certo e tranquilizador do que se acreditar  e confiar seguindo o grande Pastor, quem realmente sempre primou somente para a construção da verdade e do amor, nunca deixando espaço para a dúvida nem questionamento quanto à pureza dos seus santos ensinamentos sobre os caminhos em direção ao nosso Deus de amor.

Brasília, em 25 de abril de 2024

Nenhum comentário:

Postar um comentário