segunda-feira, 1 de abril de 2024

Traição

 

Em vídeo que circula na internet, são mostradas figuras proeminentes da vida pública brasileira, fazendo referência aos potenciais traidores do Brasil e dos brasileiros, aproveitando a lembrança à atuação de Judas, que vendeu a sua traição a Jesus Cristo.  

Causa enorme estranheza que os principais traidores da pátria não foram expostos junto com alguns principais representantes deles, o que se faria justiça ao ato de maior perfídia da história universal.

É preciso ter a honestidade para ser reconhecida que a existência dos tradicionais traidores da pátria somente é possível pela participação efetiva e direta do povo, que tem a mesma mentalidade de quem traem os interesses da sociedade, de vez que ninguém trai se não for eleito e quem somente tem poder para eleger é exatamente o povo.

Convém ter a consciência de que ninguém se elege sem a existência de votos e quem se elege tem a incumbência constitucional de nomear os demais traidores da pátria.

Enfim, queira ou não, tudo é legitimado com a vontade soberana do povo, por meio do voto, que tem o poder legal de eleger seus representantes políticos, evidentemente coadjuvado com quem tem o poder para atuar e ajudar a eleger os traidores que exercem o poder em nome do povo.

Resta aos brasileiros judas, que elegem os seus representantes políticos igualmente traidores da pátria, conforme mostram os fatos históricos, se conscientizarem sobre a urgente necessidade de aprenderem a somente eleger homens públicos dignos e honrados, que possam comprovar o atendimento dos requisitos de conduta ilibada e idoneidade, na vida pública.

É muito lastimável que o povo, mesmo consciente da sua condição de judas, traidores da pátria, continue votando em políticos com conduta maculada, com visíveis nódoas aos princípios republicanos e democráticos, incompatíveis ao exercício de cargo público eletivo.

Como corolário, tem-se que a dignidade e a honradez na administração pública dependem exclusivamente da conscientização do povo, que tem o dever de somente eleger representantes políticos com a sua mesma índole de responsabilidade cívica e de defesa dos interesses públicos.     

Neste caso, a conclusão mais lógica, nas circunstâncias, é a de que o povo tem, indiscutivelmente, os traidores da pátria que bem merece, porque ambos têm as mesmas medíocres mentalidades públicas, sabendo-se que o primeiro é responsável pela instituição dos segundos.

Brasília, em 1º de abril de 2024

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