sábado, 13 de abril de 2024

Nova manifestação

Conforme mensagem que circula nas redes sociais, a manifestação marcada para o Rio de Janeiro tem agenda definida, em essência, no sentido de dar continuidade às manifestações iniciadas em São Paulo; registrar fotografia histórica; expor ao mundo o cenário político atual do Brasil; defender o Estado Democrático de Direito; combater a divulgação da minuta do golpe, tida por fake news.

Em crônica recente, eu estranhei, com espanto, a absoluta falta de agenda contendo medidas capazes de realmente justificar manifestação de tamanha magnitude, com a mobilização que exige o sacrifício de pessoas, para, de concreto, não se resolver absolutamente nada, em defesa da verdadeira democracia.

Refiro-me às medidas concretas e com efetividade para combater os atos de incompetência, abusividade, arbitrariedade e inconstitucionalidade, que são reclamados pelos brasileiros.

Sim, é preciso que surja competência para se criar propostas corajosas e que tenham substancialidade no seu bojo, para contrapor, na raiz, todos e cada ato que extrapolarem os princípios democráticos.

Sim, falta iniciativa ambiciosa no sentido de não mais se aceitar o império da tirania, que adota as medidas da maldade com absoluta vigência e eficácia, sem ninguém se atrever a sequer contestar por meio de recursos em cada caso, mesmo que não logrem êxito, como é normalmente previsível, mas o recurso é mecanismo democrático de se mostrar para o Brasil e o mundo as atrocidades praticadas contra os direitos civis e individuais.

O que se percebe é a tranquila continuidade dos abusos de medidas antidemocráticas justamente diante da falta de imediata interposição de recursos à altura delas, em forma de contestação contundente e concreta, mostrando forma muito clara de irresignação contra o desprezo aos direitos humanos, em especial no diz respeito às liberdades de expressão, conquanto há medidas que limitam a livre manifestação, com prisões e medidas restritivas, que são incompatíveis com a plena liberdade de pensamento.

À toda evidência, não passam de perfumaria as medidas constantes da agenda para a próxima manifestação, no Rio de Janeiro, uma vez que nada ali, conforme a sua transcrição acima, tem força para combater as maldades e os abusos contra o Estado Democrático de Direito, permitindo que o sistema dominante continue agindo livre, leve e muito à vontade, exatamente por falta de atos com força de muito maior intensidade, mostrando que o arbítrio precisa ter limites.

Os verdadeiros brasileiros precisam se conscientizar sobre a urgente reação às medidas contrárias aos princípios democráticos e constitucionais, não por meio de inócua e insipiente manifestação, mas sim por meio de atos de contestação com fundamentos capazes de mostrar a descaracterização dos argumentos utilizados pela tirania.

Brasília, em 13 de abril de 2024


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