quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Aplausos ao mérito!

Todo brasileiro teria mais do que a obrigação de conhecer a admirável e fantástica história da vida pública e política da ex-primeira-ministra da Alemanha, senhora Angela Merkel, que, pasmem, deixa o relevante cargo, depois de trabalhar por seu povo e seu país, por 18 anos e somente, vejam, somente colecionou muitos, calorosos e ensurdecedores aplausos, em tão longo período de gestão pública.

Consta que ela contribuiu para o engrandecimento e o progresso socioeconômico daquele país, que é considerado a primeira economia da Europa, graças aos esforços dessa girante e nobre política e estadista, extremamente consciente das finalidades precípuas inerentes ao relevante cargo exercido por ela, sob o prisma da rigorosa cartilha do boa e competente administradora, de ter se tornado símbolo da servidora do Estado, tendo como primado a fiel observância dos princípios da competência, efetividade, eficiência e responsabilidade, à luz do regramento da legitimidade na execução dos seus atos na vida pública.

Vejam, senhores brasileiros, que história linda de pessoa que serviu ao seu país, com muita bravura e competência, e não se serviu dele, com o natural aproveitamento, como quase todos os políticos fazem, indistintamente os vermes da maioria dos políticos brasileiros, que se profissionalizam na vida política para usufruírem do poder e das suas notórias influências, por todo tempo que ficarem nela.

Se digo que muitos os políticos são aproveitadores, tomo por base a vida do principal deles, o príncipe da corte, que mora em palácio, quando poderia morar normalmente na sua casa e sem mais quaisquer regalias, exatamente porque nada justifica que o servidor público, não importando o seu nível de incumbência na administração pública, nem mesmo o presidente do país, mereça qualquer privilégio para exercer o seu cargo, senão a própria remuneração, que já mais do que suficiente para a manutenção das suas despesas normais.

Esse mesmo entendimento pode perfeitamente ser aplicado aos demais servidores do Estado, a exemplo do que acontece na iniciativa privada, por maior que seja a empresa, onde todos os funcionários recebem os salários de acordo com a importância dos cargos que eles ocupam e nada mais, porque isso condiz precisamente com os princípios da dignidade, da civilidade e da razoabilidade, em termos de padronização de honestidade, onde há justeza condizente com o trabalho, a competência e a responsabilidade, sem as excrescências e os abusos embutidos nos privilégios e nas regalias atribuídas na sebosa e precária administração pública brasileira.

Tudo isso é puro reflexo que condiz com as naturais involução e irresponsabilidade do pernicioso sistema político tupiniquim, que faz questão de se manter entre os piores do mundo, em termos de competência, eficiência e efetividade, evidentemente em detrimento dos interesses da sociedade, que é obrigado a arcar com o ônus de uma das cargas tributárias mais pesadas do universo, para receberem - quando isso seja possível - em troca deficientes e precários serviços prestados pelo capenga e desestruturado Estado.

A propósito, vejam a seguir, nobres brasileiros, a importância do extraordinário do trabalho de exemplar servidora pública, que exerceu o mais importante cargo público da Alemanha, o de primeira-ministra, mas nunca deixou de ser pessoa normal como os seus compatriotas, nem se tornar a melhor do que os demais servidores públicos, exatamente porque seus hábitos se mantiveram no mesmo nível de sempre, conforme mostra a elucidativa reportagem a seguir, dizendo que o agradecimento da população a ela rendeu, pasmem, 6 minutos de aplausos da nação, repita-se: aplausos de 6 minutos de toda nação.     

“ALEMANHA DESPEDIU-SE DE ANGELA MERKEL:  Com seis minutos de calorosos aplausos, nas ruas, varandas, janelas, todo o País aplaudiu durante 6 minutos - um exemplo espetacular de liderança e defesa da humanidade, tiro o chapéu! Os alemães a elegeram para os liderar e ela liderou 80 milhões de alemães por 18 anos com habilidade, dedicação, sinceridade e honestidade.  Ela não disse bobagem.  Ela não apareceu nas ruas secundárias de Berlim para ser fotografada.  Ela foi apelidada de ‘A Senhora do Mundo’ e foi descrita como o equivalente a seis milhões de homens. Durante esses dezoito anos de liderança em seu país, nenhuma transgressão foi registrada contra ela.  Ela não designou nenhum de seus parentes para um cargo governamental.  Ela não afirmou ser a criadora de glórias.  Ela não recebeu milhões de euros em pagamento, ninguém aplaudiu seu desempenho, ela não recebeu alvarás e promessas, ela não lutou contra aqueles que estiveram antes dela. Merkel deixou a posição de liderança do partido e a entregou a seus sucessores, e a Alemanha e seu povo alemão estão nas melhores condições. A reação dos alemães foi sem precedentes na história do país.  Toda a população saiu de suas casas para suas varandas e espontaneamente torceu por ela por 6 minutos consecutivos.  Uma ovação de pé em todo o país. A Alemanha despediu-se da sua líder, uma físico-química que não foi tentada pela moda ou pelo iluminismo e não comprou imóveis, carros, iates ou aviões particulares, sabendo que “ela é da antiga Alemanha Oriental. Ela deixou seu cargo depois de posicionar a Alemanha no topo.  Ela foi embora e seus parentes não pediram mais.  Dezoito anos e nunca mudou de guarda-roupa. Em uma entrevista coletiva, um repórter perguntou a Merkel: - Notamos que você está usando sempre o mesmo terno, não tem um diferente?  Ela prontamente respondeu: ‘Sou funcionária do governo e não modelo’. Em outra entrevista coletiva, perguntaram-lhe: Você tem empregadas que limpam sua casa, preparam suas refeições, etc.?  Sua resposta foi: "Não, não tenho servos e não preciso deles. Meu marido e eu fazemos esse trabalho em casa todos os dias. Em seguida, outro repórter perguntou: Quem lava a roupa, você ou seu marido?  Sua resposta: Eu arrumo a roupa, e é meu marido que liga a máquina de lavar, e geralmente é à noite, porque a energia elétrica está mais disponível e não há pressão, e o mais importante é ter cuidado para não causar qualquer inconveniente para os vizinhos, felizmente, a parede que separa nosso apartamento dos vizinhos é grossa.  Ela disse a eles: ‘Eu esperava que vocês me perguntassem sobre os sucessos e fracassos de nosso trabalho no governo?’. A Sra. Merkel mora em um apartamento normal como qualquer outro cidadão.  ‘Ela já morava nesse apartamento antes de ser eleita Chanceler da Alemanha.  Ela não o trocou e não possui uma vila, empregados, piscinas ou jardins.’. Merkel, a agora ex-chanceler alemã, a engenheira da maior economia da Europa!”.

Em tom de brincadeira irônica, parece até que essa maravilhosa senhora, extremamente competente, aplicou, no governo alemão, as relevantes lições hauridas dos decadentes e miseráveis políticos tupiniquins, sabendo que todos sempre deixam seus cargos já no maior sufoco, quando ninguém mais aguenta tantos desvios de finalidade, incompetência, deficiências e precariedades na prestação dos serviços públicos, insatisfações, entre tantas outras mazelas na gestão pública, que eles realmente merecem aplausos em sentido inverso, precisamente por terem ido embora tão tardiamente e sem deixarem a menor saudade, diante dos péssimos exemplos de pura mediocridade no exercício de cargos públicos eletivos.

          Pobre Brasil, que, em termos de gestão pública, se encontra nas trevas e, o pior, sem a menor perspectiva de se encontrar o rumo do caminho certo, ante a gritante falta de interesse da sociedade em se evoluir politicamente, no sentido de se aprimorar na escolha de seus representantes na política, quanto à verdadeira seleção das reais qualidades deles, em termos de comprometimento com a exclusiva defesa dos interesse da população.

É simplesmente inacreditável como o país com a grandeza do Brasil somente apareçam homens públicos da mesma estirpe, com a mesma mentalidade medíocre, tendo como principal pensamento a divisão dos brasileiros, entre “nós contra eles”, cujo nefasto resultado tem ajudado a contribuir cada vez mais para a desgraçada polarização e a desunião, que têm o condão de atrasar o progresso de todos.

Aplausos para os alemães, que, de maneira inteligente, souberam escolher pessoa certa para cargo certo e o resultado é isso aí: aplausos para quem faz jus pelos louros do  seu brilhante e reconhecido pelo importante trabalho em defesa e satisfatoriedade dos alemães, que se beneficiaram pela competência, eficiência e responsabilidade do trabalho dedicado ao bem comum, como assim deve ser para servir de exemplo para o mundo que ainda engatinha, em termos de política e administração de qualidade e responsabilidade públicas.

Com base nos espetaculares ensinamentos de vida pública da ex-ministra da Alemanha, a dama Angela Merkel, os brasileiros bem que poderiam se interessar em aprender, finalmente, a maneira certa de votar nas pessoas certas, com a finalidade de escolher os melhores candidatos para exercerem os relevantes cargos púbicos em defesa de seus interesses, tendo a certeza de que, com isso, os resultados hão de vir exatamente por meio do trabalho compete e voltado exclusivamente para a satisfação da sociedade.

Associo-me aos aplausos dos alemãs a essa servidora pública de estirpe nobre e superior, que se tornou símbolo e exemplo de qualidade a serem seguidos pelos países cujo povo precisa deliberar pela sua grandeza, em termos de gestão pública de competência e responsabilidade.

          Brasília, em 12 de agosto de 2021 

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