domingo, 8 de agosto de 2021

Parabéns, papai Vaneir!

 

Uma palavra minúscula de apenas três letras, chamada carinhosamente de pai pode ter expressão graúda e significado infinito na vida de seus filhos, por conter na sua figura paterna a força, as virtudes e a marcar do seu DNA representativos da sua personalidade.

Certamente que os atributos ínsitos do pai podem ser capazes de nortear para sempre a vida de seus filhos, pelos bons exemplos tanto de sustentabilidade familiar, por ser normalmente o principal líder da sua célula, como também a pessoa que tem a incumbência de ser símbolo de coragem, disposição, dignidade e sobretudo do autêntico tutor das boas ações de seus descendentes.

É evidente que meu pai Vaneir, nos seus tempos áureos das suas robusteza e higidez serviu de meu herói, como pessoa que eu o admirava, por sua disposição para o trabalho, tendo enorme senso de responsabilidade sobre o dever do pai que tinha a obrigação de levar alimentos para casa e isso ele fazia com a ferocidade dos bravos.

Eu o admirava por sua dedicação quando encarava o cabo da enxada, da foice, do machado e dos demais equipamentos próprios da agricultura, porque eu sempre estava com ele na roça e o acompanhava em todos os duros serviços inerentes à plantação.

Eu era menino e tinha o dever de estar com ele em todos os serviços da roça, onde se plantavam o milho, o feijão, o arroz, o algodão.

O cuidado dessa lavoura exigia a capina e era aí que a porca torcia o rabo, porque eu tentava acompanhá-lo no eito, mas era tarefa impossível, posto que papai tinha muita garra, que era imbatível no comando da enxada e eu não chegava nem perto dele, por mais que me esforçasse.

Essas memórias fazem parte das boas lembranças do meu amado papai Vaneir, em especial quando ele ainda tinha saúde e o verdadeiro sentimento da responsabilidade sobre a criação de enorme família, que crescia seguidamente e dependia basicamente do trabalho na lavoura, popularmente conhecida de subsistência.

Esse trabalho muito desgastante, que exigia muito esforço, papai fazia com inexcedíveis gosto, dedicação e amor, embora o resultado de todo sacrifício se resumia na colheita dos legumes necessários à alimentação da família até a próxima invernada.

Diante disso, posso afirmar que muitas lições aprendi de papai e as colecionei como serventia para a vida, porque ele sempre enfrentou as piores intempéries da vida, na roça, com coragem e disposição, sem nunca fraquejar nem reclamar, absolutamente de nada, porque ele sabia que o malhar à terra era a sua inafastável incumbência, mesmo em ambiente de extremas dificuldades, quando nem assim era recompensado com colheitas cheias de farturas, passíveis de venda dos excessos, algo que pudesse servir como lucro, em termos do benefício por tanto esforço.

Papai ficava feliz pela dádiva divina da certeza de que a produção era proveitosa e suficiente para alimentação da família.

É assim que prefiro me lembrar do meu querido papai Vaneir, que me ensinou o quanto o trabalho dignifica o homem e as suas expressivas lições foram de tamanha importância que eu, em momento algum, consegui abandoná-las, tão marcantes que elas foram na minha vida.

Muito obrigado papai, pelos “bondosos castigos” da roça, porque bem sei que eles foram de extrema valia para o resto da minha vida, que, praticamente, sentiu na pele, de forma definitiva, o real significado do amor ao cultivo dos alimentos indispensáveis à vida.

Hoje, como agradeço a papai por seus bons exemplos de heroico mestre no controle soberano de tão difícil que era manobrar os rudimentares equipamentos agrícolas, dados às pessoas vocacionadas ao trabalho duro e penoso, tendo por objetivo a essência da causa que fazia parte da obrigação de chefe de família responsável e digno, como sempre foi o meu querido papai Vaneir, na época da minha convivência com ele.

O certo é que aquelas tarefas não eram nada agradáveis, mas elas eram necessárias, pelos motivos descritos acima, cuja prática ainda serviu para mostrar o quão ela deixou marcas indeléveis de excelentes exemplos para a vida, a ponto de, agora, eu me lembrar, com muita saudade da convivência e da companhia do meu amado e saudoso papai Vaneir, que, ali na roça, evidentemente sem sequer imaginar o tamanho da importância daquele trabalho para a vida de seu filho, que o aprendeu para sempre.

Saudades sim de ser filho de Vaneir, que foi o meu primeiro professor da mais preciosa profissão que me capacitou para trilhar os caminhos da vida, por ter aprendido o senso da perfeição e do amor ao trabalho bem-feito e com muito zelo, como ele assim fazia, em faina dura e sacrificante da roça, que servia como importante escola para a vida.

Sinto sim orgulho de ser filho do meu saudoso papai Vaneir e saudades eternas por suas importantes primeiras lições de vida.

Agradeço a Deus por este momento de agradecimento ao engenhoso e artífice da minha vida, que também foi ele a pessoa a quem primeiro me fez espelhar por tudo de bom que seu filho tem procurado realizar em honra do seu legado de carinho e amor aos seus filhos, que o parabenizam no seu merecido Dia dos Pais, pedindo ao bondoso Deus que continue cuidando de papai Vaneir, porque ele cumpriu com amor a sua importante missão de pai.

Parabéns aos maravilhosos pais, pela comemoração do seu merecido Dia dos Pais!

Brasília, em 8 de agosto de 2021

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