sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Uma lição de cidadania

 

Um autêntico brasileiro, com sangue na veia de cabra macho, como se diz lá na querida Paraíba, abriu a caixa de ferramentas da gramática pátria e extraiu dela uma carrada de palavras bem apropriadas para mostrar, com minudência, não todas, porque aí já seria necessário um comboio para caber tudo, mas parte das ruindades e precariedades colecionadas nos governo anteriores ao atual.

Ele elencou importantes mazelas disseminadas com o poder do dinheiro público, como o sucateamento do ensino público, a precariedade da educação, a inoperância da segurança pública, a falta de investimentos em obras públicas, o assistencialismo maquiavelicamente planejado para a formação de currais eleitorais, o aparelhamento da máquina pública, a implantação da desgraçada fisiocracia na gestão pública, o trágico financiamento com dinheiro de brasileiros de obras públicas no exterior, em países comandados por ditadores desumanos, entre outras malsinados atos patrocinados com recursos dos eternos e penalizados contribuintes, que não suportam mais pesados tributos sobre seus ombros, para a manutenção de governos incompetentes, ineficientes, aproveitadores e insensatos.

Ao que tudo indica, o objetivo do citado texto era apenas refrescar a memória de idólatras da esquerda, porque, mesmo diante de monstruosas desgraças, conforme mostram os fatos investigados, ainda pensam em apoiar logo o principal artífice dos danos causados aos brasileiros e ao Brasil, dando a entender apenas que os rombos generalizados fazem parte da normalidade de gestão, em cristalina demonstração de conformismo completamente inadmissível e recriminável.

Diante da beleza de texto, eu parabenizei o autor dele, dizendo que a mensagem mostra a realidade nua e crua dos fatos da vida.

É muito triste que a ideologia, tanto de direita como de esquerda, tenha conseguido depravar e cegar por completo muitos brasileiros, que preferem alimentar o seu ego desavergonhado e indigno do fanatismo, da idolatria, em defesa de políticos visivelmente na pior decadência moral e ética, que são dignos apenas do afastamento obsequioso das atividades da vida pública, em respeito à dignidade do povo, do eleitor honesto, que clama pela moralização da administração pública, diante do vergonhoso e deliberado detrimento dos interesses maiores do Brasil.

A verdade é que os brasileiros vêm há muito tempo convivendo com homens públicos desavergonhados e impudicos, que não conseguem praticar um ato sequer na linha da retidão a que se referem os princípios republicano e democrático, quanto ao dever da honestidade, da dignidade, da legalidade, da moralidade, enfim, da verdadeira vergonha cara, que é o mínimo que todo cidadão público ou não tem obrigação de observar como princípios de conduta e decência como ser humano e esse estado deplorável precisa mudar, o mais rapidamente possível, em defesa de sociedade desejavelmente sadia e livres de abutres do dinheiro público.

Pobre é o Brasil que vem sendo obrigado a se submeter à desgraça da insensatez e da insensibilidade de muitos de seus filhos, que são verdadeiros infiéis aos princípios da dignidade e do amor às causas justas da decência.

O autor do elogiado texto me agradeceu em mensagem, dizendo o seguinte: “Partindo de um grande cronista, em muito me apraz poder contemplar essa fluidez e nítida beleza vernacular na concatenação das suas boas ideias no seu discurso. Obrigado, Adalmir!”.

Em primeiro lugar, agradeço pela adjetivação de “grande cronista”, que até posso me considerar assim, por já ter escrito quase cinco mil crônicas, mas jamais pela qualidade como escritor.

Como de costume, eu desejei ao amigo que continuasse a escrever com tantas versatilidade e sabedoria, para esclarecer e mostrar às pessoas as presepadas resultantes do descaminho que é abraçar a ideologia vazia de conteúdo patriótico e democrático, mas cheia de inutilidades cuja destinação é o generalizado empobrecimento de muitos brasileiros, considerando que alguns dos quais se idiotizam e ainda acham que estão surfando na melhor das ondas.

Vá em frente, amigo, com seus textos cheios de ensinamentos de brasilidade e sinceridade, porque o Brasil precisa de pessoas como você, para darem lição de amor à pátria e defenderem os bons princípios e as verdadeiras condutas de moralidade e dignidade.

Brasília, em 13 de agosto de 2021

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