quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Somente as verdades?

 

A blogueira Raquel Santana, paraibana, disse que estava de volta ao Facebook, depois do seu bloqueio, por 30 dias, sob o argumento, segundo ela, de tão somente publicar verdades, que concluiu que incomodam muita gente e sabe que é o preço que ela diz que vai pagar para sempre, mas, mesmo assim, ela promete que não terá medo de publicar seus posts.

Diante disso, eu disse para a Raquel que é mais do que sabido que a verdade realmente dói, mas é preciso que ela seja dita, doa quem doer, não é mesmo?

Agora, tem verdade que é dita muito além do necessário, com um pouco mais de dureza, e isso realmente pode doer ainda mais e até ferir a susceptibilidade de alguém envolvida no caso.

Eu aplaudo o trabalho social dessa brava mulher, que se dedica no enfrentamento de muitas e importantes causas nas redes sociais, com muitas coragem e valentia, porque é preciso que haja a participação de gente com as suas competência e disposição para lutar contra a maldade das mentiras, que determinam deformando os fatos da vida, tendo por propósito a defesa da prevalência da verdade.

Sem nenhuma crítica, é muito importante que essa verdade seja dita apenas no que diz respeito à vontade de mostrar o fato em si, como forma de contribuir para a melhor reflexão sobre ele, sem necessidade alguma de se embrulhar junto com ela aquela pitadinha de esculhambação, que pode ser entendida como agressão, falta de educação etc., mas que termina indo junto como "agrado" desnecessário como forma de pura cortesia.

Esse algo além da verdade pode caracterizar desagrado ou provocação, que, convenhamos, é próprio do brasileiro, que normalmente o faz para não perder a viagem, completando o serviço de quarto por completo, com o envio do principal que convém, com o adicional das malcriações que, às vezes, nem precisam, mas é exatamente aí, nesse ponto, onde a porca torce o rabo.

Muitas pessoas de bom senso entendem que o importante princípio da liberdade de expressão compreende exatamente se puder dizer abertamente tanto a verdade como mais aquilo que gostaria de também de se falar uma coisinha a mais, só que, em muitos casos, ela pode se tornar desnecessária e inconveniente, mas, para muitas pessoas, a verdade sem unas grosseirazinhas não faz sentido algum, não é mesmo?

A verdade é que, se conselho fosse agradável, ele jamais seria de graça e o seu preço seria altíssimo, mas, mesmo assim, eu me atrevo a sugerir que a inteligente e corajosa amiga Raquel, paraibana arretada de raiz, continue mandando ver as suas importantes verdades, tendo o cuidado, o zelo de maneirar na doze dos ingredientes que normalmente pegam carona nelas, porque é precisamente aí onde mora o perigo, que não convém para seus fiéis seguidores qualquer pausa com os seus importantes comparecimentos nas redes sociais, por sempre trazerem e anunciarem preciosas lições normalmente com o cunho de civilidade, brasilidade e paraibanidade (eu gostei deste verbete, porque eu sou paraibano de Uiraúna e não me canso de dizer verdades, que são necessárias e devem fazer parte do convívio social).

Desejo que o sucesso da Raquel Santana seja sempre crescente e que prevaleçam as suas verdades, porque estas certamente jamais serão censuradas se forem somente verdades mermo, porque contra elas não fato.

Brasília, em 12 de agosto de 2021

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