Ontem,
as mortes causadas por Covid-19, no Brasil, ultrapassaram de 50 mil vítimas,
conforme levantamento consolidado a partir dos números divulgados pelas
secretarias estaduais de Saúde.
O
controle registra a média de mil mortes diariamente e os casos confirmados de pessoas
infectadas já superaram de um milhão de pessoas, mantendo a média de trinta mil
casos por dia.
Os
especialistas estranham o fato de que o Brasil tenha ultrapassado de um milhão
de infectados, mas ninguém tem conhecimento sobre a real dimensão dos destinos
da epidemia, em termos claros quanto à sua evolução, em especial em relação à avaliação
a respeito do seu pico, se ele já houve ou quando ele irá acontecer, estando
tudo sem informação precisa para tranquilizar a população.
Segundo
a Organização Mundial de Saúde, a América Latina já responde por metade do
número de novos casos no mundo.
O
estado de São Paulo vem liderando a quantidade diária de mortes por Covid-19,
já tendo atingido mais de doze mil casos, em decorrência dessa doença, vindo, em
segundo lugar, o Rio de Janeiro, que já contabilizou quase nove mil óbitos.
Na
última quinta-feira, o número de contágios foi de mais de 55 mil e de mais de 1.200 de óbitos, fatos estes que
mostram que a situação ainda está longe de ser controlada, em definitivo.
O
Brasil é hoje o segundo país do mundo em números de mortes e casos confirmados
em decorrência da doença.
O
Brasil é, sozinho, o país responsável por cerca de 12% dos diagnósticos pela
doença no planeta, de acordo com levantamentos realizados pela Universidade
Johns Hopkins, enquanto os Estados Unidos da América continuam a ser o país
mais afetado pelo novo coronavírus, com mais de 2,2 milhões de diagnósticos e
119 mil óbitos.
É
evidente que os elementos que evidenciam alarmantes casos de infectados e
mortes no Brasil é, em grande parte, reflexo das políticas de combate à
pandemia do novo coronavirus, onde o governo preferiu adotar, de forma sistemática,
sistema confuso, tumultuado, dispenso, contraditório na condução das medidas necessárias
ao atingimento de resultados capazes de se evitar a perda desnecessária de
muitas vidas.
Com
absoluta certeza, o efetivo controle da pandemia teria muito mais eficácia se o
governo tivesse tido a sensibilidade da criação de grupo gestor da crise referente
ao coronavírus, com a concentração nele de especialistas sobre saúde pública,
com a coordenação do Ministério da Saúde e a participação das Secretarias de Saúde
dos Estados, de modo a propiciar melhores condições para os levantamentos sobre
a dimensão e a evolução da incidência do Covid-19.
A
mesma comissão teria todos os elementos em seu poder, que eram necessários à elaboração
de normas imprescindíveis, entre tantas providências cabíveis, à prevenção e ao
controle do coronavírus, algo até agora inexistente, o que demonstra a gritante
falta de preparo e condições para se lidar com gravíssimo problema que
prejudicou, sobremodo, as melhores maneiras de combate à pandemia.
Ainda
para complicar mais a bagunça e a irresponsabilidade na condução esse seríssimo
caso de calamidade pública, o presidente do país resolveu, de forma sistemática
e insensata, contrariar às orientações pertinentes ao isolamento social e interferir
nas políticas conduzidas pelo Ministério da Saúde, tendo exonerado dois
especialistas titulares da pasta, para deixá-la acéfala, que se encontra sob o
comando de militar formado em Intendência, quando a crise exige a presença de médico
entendido e capacitado para compreender o que realmente sejam os meandros da
pandemia.
Ou
seja, a triste e a trágica realidade já consumada, em termos dos danos causados
às vidas de muitos brasileiros, certamente que não seria possível evitá-la, mas
o estrago não teria alcançado tamanha dimensão se tivesse havido a adoção de políticas
cuidadosas de prevenção, em nível nacional, em harmonia com a delicadeza e a
gravidade da situação, que exigia competência, humildade e principalmente capacidade
humana para se reconhecer a grandeza que é a vida das pessoas, que sempre há de
exigir o melhor dos sentimentos humanitários, de voluntariedade, solidariedade,
convergência e boa vontade para o atingimento do bem comum.
Enfim,
o objetivo deste texto é mostrar que a pandemia não dá trégua na sua escalada
de intranquilidade social, por ainda mostrar resultados extremamente preocupantes,
que exigem continuados cuidados preventivos dos brasileiros, notadamente com a
sua obsequiosa permanência em casa ou, na pior das hipóteses, em caso de
necessidade de sair, que o faça sem participação em aglomerados de pessoas, bem
assim não descurando do uso de máscara e álcool em gel ou sabão, neste caso, para
a higienização das mãos.
Brasília,
em 21 de junho de 2020
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