Em crônica que foi abordada a situação de
mediocridade da educação brasileira, mostrando o descaso do governo para
assunto da maior importância para o desenvolvimento do Brasil, principalmente ante
a inexistência de interesse na sua reformulação, justamente por não haver nada em
planejamento, um fiel defensor do presidente escreveu que, verbis: “Bolsonaro
quer fazer da educação um exemplo é começou pedindo prestação de contas aos
reitores que gastam absurdamente. Quer eliminar as drogas e a doutrinação
dentro dela. Por último quer colocar reitores descentes. A questão é que: Não
querem deixar o homem trabalhar! É Só isso!!”.
Data
vênia, o presidente da República já demonstrou, com todas as letras que não quer
fazer coisa nenhuma para a educação nem para nada.
Se
ele quisesse fazer alguma coisa para melhorar o ensino, torná-lo de qualidade,
já tinha criado grupos de trabalho para reestruturar os ensinos desde o básico
até o universitário.
Essa
questão relacionada com os reitores até pode ser importante, em termos de
moralização da gestão das universidades, mas não tem nada a ver com a essência
do que estou me referindo sobre a transformação dos sistemas educacionais.
O
primeiro passo seria a colocação de ministro de verdade no ministério, com
capacidade para tratar dos assuntos da educação, recebendo orientação e
determinação para promover as reformas necessárias da educação e do ensino
brasileiros, em todos os níveis, porque eles estão funcionando muito além de
Bagdá, ou porque atenderam satisfatoriamente assim ao regime socialista, que
tem como princípio exatamente a decadência e a ineficiência da educação do
povo, porque é dessa forma que satisfaz o sistema, tendo a população com menor
nível possível de conhecimento, para serem facilitados o domínio e a
doutrinação.
Ou
então pela omissão do governante, como é o caso da atualidade, em que, sob
desculpas outras que não vão ao caso, qual seja essa dos reitores ou outros que
forem, não têm a menor influência na imperiosa necessidade da mudança
generalizada da educação, que já deveria ter começado desde o início do
governo, que até se dizia que ele era de mudanças, que realmente tem sido, mas no
sentido de se criar graves crises, uma atrás da outra, enquanto as questões
relacionadas com as políticas prioritárias, como a urgente reforma da educação,
nem em pensamento se cogita, porque realmente não há a menor perspectiva para
tanto.
A
propósito, impende seja ressaltado igual ou pior descaso do presidente em
relação à saúde pública, em que ele protagonizou as mais deprimentes cenas em dissonância
com as políticas de combate à pandemia do roronavírus, conforme mostraram os
fatos, tendo conseguido o título de pior presidente que cuidou das políticas
relacionadas com a crise da saúde pública.
Ainda
há quem fique extremamente satisfeito com governo que demonstra, sem disfarce, omissão,
desinteresse e irresponsabilidade, por permitir que a agenda presidencial
continue vazia dos assuntos que são prioritários para o desenvolvimento
socioeconômico.
Os
brasileiros sensatos e ansiosos pelas mudanças anunciadas na campanha eleitoral
estão torcendo e rogando a Deus que o presidente decida, enfim, trabalhar nas
matérias de extrema importância para os brasileiros, que tinham tanta esperança
de que ele e seus ferrenhos defensores entendessem que trabalho verdadeiro tem
muito a ver com o envolvimento direto com a implementação dos assuntos de
interesse exclusivamente nacionais, com embargo das questiúnculas de caráter
estranho à agenda nacional, como a permanência da imagem dele na mídia e outros
casos que funcionam muito mais propriamente como destrabalho.
À
toda evidência, normalmente o presidente do país é eleito para efetivamente
administrar os negócios do Brasil, ao contrário do que ele vem fazendo, mas
seus apoiadores entendem que isso é porque há quem não deixa que ele trabalhar,
como se o presidente fosse um ingênuo que não soubesse exatamente tudo o que ele
quer e sempre o faz de maneira estratégica e devidamente calculado e planejado
maquiavelicamente.
Convém
que os brasileiros se conscientizem de que, quanto mais corda for dada ao
presidente da República, com mais razão ele terá para se passar por indolente
às graves questões nacionais, a exemplo dessa que se refere ao falecimento da
educação, que não poderia estar em pior estágio de letargia, em termos de mediocridade,
mas alguém sabe dizer quais são os planos prioritários do presidente para a
educação brasileira, ou melhor, para as principais questões nacionais?
Brasília, em 15 de junho de 2020
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