sábado, 6 de junho de 2020

Também é ofício sacerdotal...


Diante de crônica da minha lavra, versando sobre a visita do principal líder da esquerda brasileira ao papa, onde a tônica eram as críticas da mídia ao pontífice, justamente por receber em seus aposentos um anticristão, que apoia ditadores sanguinários, houve quem discordasse do meu texto.
É o caso de um conterrâneo meu da cidade de Uiraúna, Paraíba, que se manifestou nestes termos: “Jesus também foi perseguido, Por fazer refeições na casa de cobradores de impostos, de se encontrar com prostitutas, de se acompanhar com um traidor e tantos outros pecadores a olhos vistos, o nosso Papa é um representante/seguidor dele, portanto... para Cristo, Assim como para o papa, não importa o pecado mas o pecador. Obrigado por me fazer meditar, e perceber como o papa é um exemplo de cristão.”.
De antemão, percebe-se claramente que há abissal diferença entre os episódios colacionados acima e as muitas atitudes do santo pontífice.
Há de se notar, sem o menor esforço, por se tratar de citações bíblicas, que aqueles pecadores que andaram e gozaram da aceitação e magnanimidade de Jesus Cristo se submeteram, respeitosamente, aos mandamentos do cristianismo, pelo arrependimento obsequioso, e se tornaram cristãos de verdade, seguindo fielmente os mandamentos pertinentes, enquanto o "todo-poderoso" brasileiros e outros esquerdistas, apesar, no caso dele, das investigações, das provas robustas e dos julgamentos pela Justiça, além de muitos processos penais contendo denúncias sobre graves irregularidades cuja autoria é atribuída a ele, ainda se julga o mais puro da face da Terra, somente se igualando, pasmem, ao Mestre Jesus Cristo.
É preciso sim se meditar, tendo por base elementos capazes de se fundamentar opiniões com justiça, com desprezo daqueles que não se aplicam aos fatos sob exame.
No caso em comento, a meu juízo, respeitando quem pensa em contrário, o pontífice não se houve como exemplo de cristão, porque, quem professa o Evangelho de Jesus Cristo, não pode valorizar quem vive em estado de pecado mortal diante da Igreja Católica, que tem como alicerce a inafastável defesa dos princípios sagrados da moralidade, da dignidade e, em especial, dos direitos humanos, com os quais estão em desarmonia o político brasileiro, condenado pela prática de crimes reconhecidos pela Justiça, poder competente para sentenciar quem comete delito, além de o mesmo ser confesso defensor de ditadores que maltratam, judiam e infernizam a vida de seres humanos.
Ao que penso, o verdadeiro cristão não pode aceitar que pessoa que não acredita em Deus, tendo vida extremamente nebulosa perante a Justiça, acolhe normalmente as ditaduras desumanas e ainda se acha que está acima das leis do país e das instituições e autoridades constituídas, não merece ser tratada com afago, muito menos pelo papa, enquanto permanecer nesse estado de nebulosidade, que não condiz com o verdadeiro cristão, que tem como dogma a imaculabilidade material, ou seja, sem pecado diante Deus.
Embora passados mais de dois mil anos, as lições maravilhosas de Jesus Cristo poderiam sim ter sido verdadeiramente aproveitadas para o aperfeiçoamento do sentimento sobre a valorização do ser humano, nesse particular relacionamento do santo papa com pessoas impiedosas que se aliam com ditadores que tiram a vida do seu semelhante, como é o caso do líder esquerdista brasileiro e muitos outros que ele tem se encontrado, sem nenhuma restrição quanto a esse fato, que poderia ser que poderia simplesmente não manter relações com esses criminosos ou, as fazendo, que procurasse condenar publicamente os casos de violência que ocorrem, com frequência, nos países socialistas, cujas práticas são contrárias aos princípios cristãos, intrinsecamente de competência missionária e evangélica do papa.
Ou seja, o santo papa precisa defender, de maneira intensa, os paradigmas e princípios humanitários como orientação divina de preservação e integridade da vida, por meio da disseminação dos sublimes sentimentos de fraternidade e amor também na consciência dos ditadores e das lideranças políticas que os apoiam normalmente, tendo em vista que aquelas lições foram sabiamente instituídas por Jesus Cristo, como ensinamento universal para a proteção do maior patrimônio do homem, que é a vida.
Deflui dessa digressão, que compete originariamente ao santo pontífice orientar e até admoestar os tiranos, ditadores e outros políticos de mentalidades atrofiadas que cometem genocídios em defesa do poder, no sentido de que seus atos cruéis, sanguinários e desumanos são contrários aos ensinamentos sacramentados por Nosso Senhor Jesus Cristo, que disseminava o amor entre os homens e principalmente o respeito à sua integridade. 
    Diante do exposto, ressalvo, humildemente, a sabedoria e a inteligência de quem pense diferentemente de mim, porque a sua evolução certamente já ultrapassa estágio que ainda me encontro ano-luz de distância, o que há de me exigir bastante meditação para a superação da minha grandiosa ignorância sobre o que seja cristianismo de verdade, que tem a compreensão de magnanimidade, sem necessidade de se sopesar aspectos questionáveis, sob o prisma da valorização dos princípios cívicos e humanos.
Brasília, em 6 de junho de 2020

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