quarta-feira, 17 de junho de 2020

O valor da verdade

Diante das crônicas que escrevo, notadamente de cunho político, um conterrâneo de Uiraúna, Paraíba, demonstrando bastante indignação contra o conteúdo delas, resolveu me agredir de maneira deselegante, com o emprego de palavras fora do contexto da civilidade, na compreensão de que houvesse, de fato, motivo pessoal para justificar tamanho desabono a quem tem o cuidado de tratar o próximo com bastante carinho e amor, pois sei muito bem prezar o valor do respeito devotado às pessoas, sabendo também que essa e a maneira inteligente de tolerabilidade pela qual é capaz de se contribuir para o engrandecimento do homem e das relações sociais saudáveis.
Pensando exatamente assim, transcrevo o texto da mensagem dirigida a mim, vazado nestes termos: “(exclui o trecho inicial que tece elogios ao meu trabalho literário, em razão de entender que ele seria mais agrado sem sinceridade, à vista da dureza dos termos em sequência a ele) Porém, lamentavelmente o caro conterrâneo nem mesmo se da ao cuidado de tentar esconder a preferência que nutre em se opor a uma das autoridades do nosso país e por essa mesma razão talvez nem se dê ao trabalho de analisar sob o ângulo da sensatez o porquê dos distúrbios causados até por este ser diariamenre afrontado e trucidado pela oposição se tornando assim alvo do julgamento ao meu ver injusto de vez que ele luta contra uma corja de bandidos e malfeitores das piores espécies que formam os dois outros poderes juntamente com o que temos de mais podres da imprensa, até prova em contrário. Água mole em pedra dura...e quanto mais a pedra é mole mais facil ela se dissolve nessa água. Portanto, co. Isso quero dizer que não concordo no seu ponto de vista em julgar assim como se o que você defende seja a face da verdade. Seu ponto de vista para mim, com todo respeito, mas no mínimo é suspeito. Não vejo outra coisa em suas publicações políticas, que deveriam ser isentas e neutras, a não ser atacar aquele que está procurando acertar contra tudo e contra todos os males do nosso Brasil corrupto.”.
À toda evidência, na forma como se encontra redigido o aludido texto, a minha interpretação é a de que o seu conteúdo tem clara, direta e objetiva intenção de denegrir a minha imagem, de tal maneira injusta que o repilo, contesto e não o aceito, de maneira nenhuma, pelos motivos a seguir.
Refuto, com veemência, de ser insensato nas minhas análises, posto que, ao contrário do que se é afirmado, procuro seguir a linha da prudência em respeitar o equilíbrio nas palavras, tendo o  zelo de ser o mais sensato possível, justamente para não agredir ninguém, pois sei como é desagradável a insensatez.
Assumo que não sou opositor à maior autoridade do país, que mereceu meu voto, do qual não me arrependo, diante exclusivamente das circunstâncias, mas não nego que discordo, com legítimo direito de cidadão que mantém seus compromissos tributários rigorosamente em dia, de atos muitas vezes insensatos, desequilibrados, intempestivos e inconsequentes, que poderiam ser evitados, por eles chegarem às raias do absurdo, como nos de casos de confrontação com autoridades de outros poderes, em clara evidência de irracionalidade, à vista da relevância do seu cargo, que aconselha, sobretudo, que as possíveis desavenças entre autoridades sejam discutidas e solucionadas no recinto da compatibilidade com o elevado grau de importância da República, que exige ser representada por pessoas capazes de contribuir para a pacificação dos ânimos e a integração de bons e construtivos propósitos, em harmonia com os salutares princípios democráticos.   
Ao contrário do que foi dito no texto, nada que escrevo tem qualquer ranço de suspeita, notadamente porque apenas analiso e reflito os fatos noticiados do dia a dia, sem qualquer conotação absolutamente com coisa alguma, não tendo qualquer fundamento a acusação nesse sentido.
A minha linha de pensamento tem sido estritamente sob o prisma da isenção e da neutralidade, tendo em vista que não tenho compromisso senão com a minha consciência, que tem sido a mais tranquila e serena possível, principalmente porque escrever as minhas crônicas é apenas meu único hobby e o faço com muito amor, exatamente porque não preciso prestar contas nem agradar a ninguém.
Ao escrever, só tenho o prazer de externar meu pensamento em relação aos fatos da vida, que são livres e do domínio público, de quem entender e quiser interpretá-los ao seu bel-prazer, evidentemente respeitando os princípios de civilidade, como tenho feito normalmente, segundo penso, procurando ser compreensivo com quem discorda da maneira como imprimo no meu trabalho literário, sem jamais agredir de quem procede assim.
Não é verdade que procuro atacar o presidente do país, mas não posso deixar de dizer a verdade que sinto - embora ela possa desagradas às pessoas cegas pela doentia ideologia - sobre os fatos envolvendo a pessoa ele, que, infelizmente, se tornou o foco das atenções das notícias e é exatamente sobre elas que escrevo a maioria de minhas crônicas, em quantidade de assuntos que nem consigo acompanhar a velocidade deles e quase todos somente se relacionando com casos que não têm nada a ver com o interesse público.
Na maioria das discussões elevadas entre membros dos demais poderes da República era absolutamente evitáveis, mas a importância atribuídas a elas levaria ao entendimento de que governar o país cingir-se à manutenção de disputas sobre banalidades, quando a agenda nacional fica relegada a planos secundários, a exemplo da saúde pública, que, à exceção do protocolo da cloroquina, ele somente contribuiu para contrariar as orientações do próprio governo, como o isolamento social e o uso de máscaras, assuntos para os quais o presidente precisava ser exemplo para a sociedade, mas há quem ache elegante atos de rebeldia, mês que em evidente prejuízo à boa e salutar causa.
É preciso que as pessoas entendam o verdadeiro sentido de estadista, que tem enorme responsabilidade de conduzir os interesses do país, com o maior senso de compreensão sobre as prioridades das políticas nacionais, como saúde, educação, segurança pública, infraestrutura, saneamento básico e por aí afora, entre outras importantes atribuições inerentes à modernização da máquina pública, consistindo nas reformas administrativa, tributária, fiscal, trabalhista, educacional, econômica, política, tecnológica, de transportes, etc., as quais não existem nem em pensamento, o que permite que o gargalo do desenvolvimento continue em forma de gigantesca cunha, em todos os quadrantes do Brasil.
Como forma de se permitir o culto ao prejudicial comodismo nas ações administrativas, ou seja, para melhor se justificar não se fazer absolutamente nada em benefício do desenvolvimento socioeconômico, em termos de impacto nas realizações públicas, o governo, de maneira estratégica, criou e recebeu o apoio de seus seguidores, esse estranho e monstruoso fantasma de que há perseguição de tudo que é lado contra o governo, que fica alimentando a sua própria desgraça, para se passar de vítima, quando todos que pensam exatamente assim deveriam se conscientizar mais precisamente sobre as reais responsabilidades pertinentes à agenda construtiva, voltada para os importantes cuidados dos interesses nacionais e das políticas públicas prioritárias, tão ansiados pelos brasileiros.      
Posso garantir que eu escrevo exatamente a minha verdade, i.e., aquilo que seja o meu pensamento verdadeiro sobre o fato sob análise. 
Tenho absoluta convicção de que, com o que escrevo ninguém está obrigado a concordar e isso é mais do normal, sob o entendimento decorrente do salutar Estado Democrático de Direito, em que o pensamento é livre e cada qual pode se expressar na forma que bem entender, evidentemente respeitando os princípios da civilidade e da cidadania.
Quero deixar muito claro que escrevo, com todo respeito, exclusivamente porque isso me agrada e me satisfaz, no pensar racionalmente, medindo as palavras que acho adequadas para o tema em análise.
Lamento profundamente que as pessoas não concordem comigo, mas isso é mais do que natural, à vista dos princípios do livre arbítrio e, como disse antes, da democracia moderna, que possibilitam que o homem reflita melhor sobre os fatos da vida.
Isso é maravilhoso que aconteça, porque já dizia, tempos atrás, o maior dramaturgo brasileiro, Nelson Rodrigues: "toda unanimidade é burra", ou seja, é preciso que haja dissonância de interpretação dos fatos, como forma do aprimoramento dos conhecimentos.
As pessoas precisam entender que a minha verdade é realmente verdadeira (com as desculpas pela repetição), o que significa dizer que não tenho sentimento de prazer em tentar distorcer os fatos, porque eles estão aí, à mercê da interpretação de cada pessoa, evidentemente a seu modo.
Eu não tenho a mínima condição de afirmar que a verdade das pessoas não seja a verdade delas, mas a minha é real e reflete exatamente o que sinto sobre os fatos em análise, que pode nem agradar a ninguém, senão certamente a mim.
No meu caso, a partir do momento que eu perceber que não digo mais a verdade sobre os fatos da vida, eu somente escrevo para mim ou simplesmente paro de escrever, porque não existe coisa pior do que se transmitir inverdades para as pessoas, que merecem muito respeito.
Eu não mais teria condições de escrever sobre fatos que não sejam condizentes com a minha verdade, ou seja, o que venho escrevendo ultimamente e sempre é exatamente a minha verdade que vejo sobre eles, principalmente acerca daqueles que veem do governo, mesmo que as pessoas pensem diferentes de mim, exatamente porque elas têm a verdade delas, que, evidentemente, não combina nem precisa combinar com a minha, mas eu a respeito tranquilamente, porque isso não me incomoda em nada.
No meu pensamento, de sã consciência, acho que defendo a minha verdade, a verdade que sinto sobre os fatos da vida.
Essa mesma verdade pode não ser para as outras pessoas, mas eu a respeito, porque trata-se do sagrado direito de pensamento democrático.
Eu jamais teria coragem de diz que as pessoas não são verdadeiras, porque a verdade delas é o que mais sagrado se pode conceber na vida e é preciso que isso seja respeitado de maneira recíproca, por se inserir nos conceitos básicos da civilidade e da cidadania, que são exatamente forma de aceitação da livre opinião sobre os fatos da vida.
Sei perfeitamente que muitas pessoas leem minhas crônicas e podem não concordar comigo, exatamente por elas terem a sua verdade, ou seja, cada qual tem a sua verdade.
A pureza da verdade do ser humano é ter o prezar de expressá-la com autenticidade, em harmonia com o seu pensamento.
A minha linha de análise dos fatos tem sido exatamente, como forte marca, a crítica aos fatos que eu considero errados ou que devem ser interpretados à minha maneira, sob a minha ótica, justamente para oferecer forma de reflexão às pessoas, não para mostrar que a minha verdade seja imposta a elas, porque sempre respeito naturalmente o seu ponto de vista.
Assim, penso em escrever para mostrar exatamente opinião diferente da normalidade, dando opção para as pessoas discordarem normalmente sobre o que penso e isso é muito importante no contexto social.
Jamais escreveria na tentativa de ofender suscetibilidade das pessoas, de maneira sistemática, para suscitar provocação ou algo que o valha, porque isso jamais será o meu propósito.
Ou seja, penso que escrevo de maneira construtiva, sem intenção de desagradar às pessoas, mas, se isso vier a acontecer, me perdoem na compreensão de que eu sei o que digo e quando isso deixar de ser verdade, decido guardar a caneta e vestir o pijama, em definitivo.
Aproveito o ensejo para pedir desculpas às pessoas que se sentirem ofendidas pela forma como escrevo, reconhecendo que o exercício da leitura é absolutamente livre, o que significa dizer que ninguém tem obrigação de ler nada e muito menos o direito de se rebelar contra a autoria de texto, diante do direito privativo da individualidade intelectual, exatamente por falecer competência para tanto, em nível de cidadania e civismo.
Enfim, meus textos, como não poderia ser diferente, mostram somente  a minha verdade, que é óbvia que ela pode até contrariar a verdade de pessoas, porque isso é compreensível, no âmbito do Estado Democrático de Direito, onde o pensamento é livre, espontâneo e verdadeiro, para se dizer e se manifestar opiniões a favor ou contrária, em especial, à gestão pública, em consonância com o espírito de cidadania e civilidade, próprias da democracia participativa em direitos e obrigações da vida pública.
Finalizando, como forma de aperfeiçoamento do meu trabalho literário, eu ficarei bastante agradecido pela indicação dos casos em que eu tenha escrito algo que desse conotação de insensatez, falta da verdade, parcialidade, falta de neutralidade ou outra falha que eu possa ter cometido, por certo, involuntariamente, porque tenho procurado me policiar, no sentido de jamais ofender a suscetibilidade de meus queridos seguidores, dos quais faço questão de continuar tendo o honroso prestigio, esclarecendo que não ganho absolutamente nada com que escrevo, senão o carinho costumeiro apoiadores amigos.
Lembro, a propósito, que as verdades podem variar entre as pessoas, segundo o anglo de interpretação do fato, à vista da longa explanação precedentemente.
Por último, digo que fiquei muito triste de ter sido ofendido com palavras duras e injustas, obviamente na minha opinião - respeitando o prisma da avaliação sobre o meu trabalho literário -, na forma nada elegante como assim entendi, principalmente vinda de pessoa da minha alta estima, diante da relação de respeito mantida no âmbito do Facebook, mas não há de ser nada, porque a vida continua, na paz e no amor.    
Eu posso garantir que a minha verdade é exatamente o que penso, independentemente de ideologia, partidarismo e ou que seja nesse sentido, porque acho que o Brasil estaria bem melhor se cada poder da República tivesse a consciência de que cada qual precisa cuidar exclusivamente das suas funções e, em casos da existência de querelas, que elas sejam discutidas pelas vias democráticas, em alto nível de maturidade política, em pensamento de tolerância, harmonia e moderação, sem necessidade de agressões, ameaças e intimidações verbais, de modo que sejam construídas muitas pontes – aqui no sentido figurativo - para o progresso do Brasil e que o governo se volte para a implementação das múltiplas reformas tão ansiadas pelos brasileiros.
          Brasília, em 17 de junho de 2020  

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