Um dos filhos do
presidente da República, que é representante do povo de São Paulo, na Câmara
Federal, zombou pesado e de maneira desumana de deputada federal inimiga
dele, quando ficou sabendo que ela tinha sido diagnosticada com o novo
coronavírus.
Tão logo ela anunciou
a confirmação de que estava infectada pelo Covid-19, o filho do presidente
escreveu, em forma de deboche, em seu Twitter, ipsis litteris: “Não
sabia que coronavírus dava em porco também”.
Tempos atrás, esse
mesmo parlamentar já tinha tecido comentários gordofóbicos sobre a mesma
deputada, ao chamá-la de Peppa Pig (uma personagem infantil representada por
uma porca).
Em suas redes
sociais, a deputada comentou sobre a repercussão de sua doença em meio aos
apoiadores do presidente, quando, em tom bastante irônico, ela comentou a
maneira nada elegante mostrada por defensores do presidente, tendo afirmado:
"Vejam como os cristãos bolsonaristas reagem ao saber que estou com o
coronavírus. Realmente são pessoas muito boas, defensores da família, da moral
e dos bons costumes e seguem os exemplos de Cristo como essa senhora aí.",
em referência a uma postagem feita por uma mulher que endossava os dizeres do
deputado.
Em outra postagem, a
deputada compartilhou outras publicações ofensivas de supostos apoiadores da
família do deputado federal que começou com as agressões verbais.
Ela chamou a atenção
para o fato de que “É assim que os bolsonaristas
conservadores, CRISTÃOS, pró-família agem. Uma coisa é discordar de uma pessoa
politicamente, outra é chegar nesse nível baixo e canalha.”.
O nível dos
comentários sobre a deputado é extremamente degradante e inadmissível, por
demonstrar nítido desprezo ao sentimento de civilidade e desrespeito ao ser
humano.
As pessoas precisam
entender que essa forma agressiva de ódio não condiz com a sensibilidade humana
e o amor ao próximo, permitindo se intuir pela mentalidade digna de piedade,
principalmente quando o mentor do rancor teria o dever de tratar as pessoas com
o mínimo de respeito, mas, ao contrário disso, ele não se incomoda de mostrar a
sua índole de pessoa com sentimentos atrofiados e merecedores de dor.
Da mesma maneira, as
pessoas que o acompanham são visivelmente insensatas e com forte ausência de
amor humano, cujo comportamento só merece repugnância, as quais sequer se respeitam
como ser humano, diante da evidencia do desprezo ao seu semelhante, quando eles
transmitem à deputada inacreditáveis sentimento e desejo de maldade, tais como:
"força para o vírus” e "ao menos uma notícia boa".
Em que pese a dureza
da manifestação do filho do presidente, a parlamentar ainda não tinha se
posicionado exatamente sobre o comentário do seu ex-aliado.
Esse
parlamentar mostra a sua verdadeira índole de pessoa bruta, em termos de
formação de cidadania, e extremamente deselegante, deseducada e desumana, pela
forma como externa em público o potencial sentimento de ódio e rancor que
existe no seu coração, quando trata o ser humano como mero animal irracional,
apenas porque a deputada se tornou sua adversária política, deixando
evidenciada a sua falta de compaixão e amor ao próximo.
Esse
mesmo parlamentar é aquele cidadão que o seu genitor queria, por que queria e a
todo custo, que ele fosse embaixador do Brasil nos Estados Unidos da América,
ficando agora precisamente comprovado e evidenciado que ele jamais teria
condições de preencher um dos principais requisitos para tão importante cargo,
que é a diplomacia, que manifesta sentimentos de racionalidade, educação e
cidadania, inerentes às pessoas, no mínimo, possuidoras de tolerância, cortesia,
respeito, dignidade, princípios, humanismo e outros importantes conceitos
próprios do pensamento humano, como tal que merece ser tratado da mesma maneira
e com a devida consideração.
Causa
enorme perplexidade se perceber que o povo de São Paulo tenha escolhido para
representá-lo na Câmara Baixa pessoa tosca, grosseira e despreparada, com nível
visivelmente incompatível com a relevância da representatividade política.
Na
qualidade de deputado federal, ele deveria dar lições de educação, boas
maneiras e princípios, porque é dessa forma de civilidade e civismo que se
comportam os homens públicos dos países sérios e evoluídos, em termos políticos
e democráticos.
Convém
que os eleitores brasileiros, não somente os paulistas, se conscientizem de que
as representações políticas, em todos os níveis, precisam ser ocupadas por
homens públicos dignos e de personalidade cívica, que tenham sentimentos nobres
e de caráter no coração e compreendam perfeitamente o verdadeiro valor do ser
humano, raça da qual ele faz parte.
Brasília, em 23 de
junho de 2020
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