sábado, 31 de dezembro de 2022

Apelo à reflexão?

 

O presidente da República, cujo governo termina hoje, entrou no Palácio do Planalto bastante pequeno, em termos políticos, porque ele sempre pertenceu ao baixo-clero da Câmara dos Deputados, não tendo aprovado nenhum projeto de notoriedade, e consegue sair de lá ainda menor ainda, depois do seu obsequioso retiro medroso e desleal a partir da sua derrota nas urnas, segundo o Tribunal Superior Eleitoral.

Na verdade, a entrada dele, no referido palácio, foi triunfante e festiva, mas a sua saída, que aconteceu ontem, foi cercada de melancolia, praticamente tendo saído pelas portas dos fundos, como um escorraçado fugitivo, que não teve a hombridade nem a dignidade de honrar a grandeza do cargo presidencial, quando preferiu fugir para os Estados Unidos da América, certamente com temor de ser preso, depois de passar o cargo para um ex-presidenciário.

Aliás, só o fato de ele ter perdido a disputa presidencial, segundo a Justiça eleitoral, logo para político em plena decadência moral, uma vez que o seu adversário foi condenado à prisão, pela prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e ainda responder a vários processos penais, na Justiça, mostra que a sua rejeição por parte de brasileiros atingiu o clímax, em que pese haver fortes suspeitas de irregularidades na manipulação das urnas eletrônicas, com o atenuante de não ter sido possível se saber a verdade sobre elas, por falta de acesso ao código fonte.

A verdade é que o presidente tinha condições de obter o referido código fonte, bastava ele ter decretado a intervenção militar, que os militares cuidariam de afastar os dirigentes do Tribunal eleitoral e providenciar a recontagem dos votos, depois de se apoderarem desse valioso instrumento, que tem o poder de mostrar a verdade sobre a operacionalização das últimas eleições, por meio de fiscalização pertinente, de modo que se teria a certeza sobre os verdadeiros vitoriosos nas eleições.  

          O certo é que o presidente brasileiro preferiu enganar seus seguidores e muito mais, traí-los, porque eles permaneceram, por mais de dois meses nas portas dos quartéis do Exército, implorando por intervenção militar, tendo dado, como resposta, a famosa “banana” de braço para eles, tendo fugido, sorrateiramente, para Orlando, Estados Unidos, para supostamente se proteger, sem dar a mínima satisfação, como era do seu dever político, para aqueles que confiavam na grandeza moral e política dele.

À toda evidência, havia a inabalável esperança de que o presidente do país, mesmo em cima da hora, no apagar das luzes do seu governo, acionária o disposto no art. 142 da Constituição, por meio da tão ansiada intervenção militar, para delegar aos militares o dever de sanear a esculhambação implantada, no Brasil, por um ministro do Supremo Tribunal Federal, que também preside o Tribunal eleitoral.

          Na realidade, depois da retirada de cena política do presidente brasileiro, o clima nos grupos de seus apoiadores azedou de vez, com a perda da esperança sobre a intervenção militar, tendo surgido muita revolta, em que, por exemplo, um internauta disse que “Meu protesto nunca foi por Bolsonaro, foi pelo Brasil, foi pelas Forças Armadas”.

Uma apoiadora do presidente escreveu, no Telegram, se referindo ao mandatário: “Ele é um frouxo. Me sinto mal por ter acreditado que ele iria acionar o Exército”.

As respostas das publicações são repletas de piadas, memes e de “patriotas traídos”, conforme resume o seguinte texto: “Infelizmente nosso presidente é um covarde. O povo se uniu em setembro de 2021 e 2022, suplicou ‘eu autorizo’ e o que ele fez? Nada”.

Ressalte-se que a citada expressão “eu autorizo” foi resposta clara dada pelo povo ao apelo do presidente do país, que não se cansava de afirmar que “eu faço o que povo quiser”, mas ele nunca teve coragem para fazer absolutamente nada para impedir a implantação da ditadura do Poder Judiciário, mostrando que ele não passava de demagogo e hipócrita, que fez o povo acreditar na palavra dele, mas foi totalmente incapaz de corresponder às próprias iniciativas e isso é fato também a se lamentar profundamente.

O resumo da ópera não poderia ser o pior possível, infelizmente protagonizado por quem sempre se mostrou a síntese da bravura em defesa dos seus ideais políticos, indo para cima das autoridades da República, quando sentiam ofendidos os seus direitos e até mesmo quando muitos casos envolviam os seus apoiadores, mas essa mesma pessoa se desmilinguiu muito, de repente, logo depois das eleições, como se ele tivesse duas personalidades distintas, uma de altruísta até antes da derrota, e outra bastante acabrunhada e completamente desiludida, depois dela.

Os fatos mostram que o presidente conseguiu evidenciar pessoa absolutamente transfigurada e incapaz de pensar e agir, porque foi exatamente assim que transcorreu o seu fim de profunda depressão, quando ele mesmo disse que decidiu se recolher aos aposentos do Palácio da Alvorado, com a finalidade de não tumultuar ainda mais as eleições, mesmo que ele ainda estivesse no comando dos brasileiros, que, avidamente,  esperavam por ativa reação dele contra os desmandos impostos pela ditadura da toga, que tantos malefícios causaram ao Brasil, mas, lamentavelmente, eles ficaram por isso mesmo: impunes.

        O silêncio obsequioso do presidente do país, antes poético e misterioso, culminou com a inexplicável fugida para outro país, em busca de refúgio, como se ele se considerasse criminoso sem ter sido julgado por delito algum, mas ninguém sai do Brasil se não tiver motivação plausível, quanto mais quando seus apoiadores tinham entregado importante missão para ele desempenhar, mas ela ficou sem resposta.

Essa incumbência seria na forma da intervenção militar, mas ele preferiu, sem prestar o mínimo esclarecimento aos seus apoiadores, abdicar do seu dever patriótico, deixando para traz muitas decepção e desolação, diante da certeza de que ele seria incapaz de se comportar como verdadeiro fugitivo, logo no pior momento da história do Brasil, que ele poderia ter se transformado em herói nacional, tendo optado, ao contrário, por abandonar o seu povo, em ato que configura a pior covardia.

Enfim, essa é mais uma melancólica história que se traduz em fatos deploráveis para os anais da República, uma vez que os brasileiros acreditaram piamente em político que se mostrava identificado com os propósitos de grandeza do Brasil, mas ele nem consegue terminar o seu governo com a cabeça erguida, quando o seu povo foi injustamente traído por ele, que resolveu fugir para outro país, com medo de ser preso, fato este que pode demonstrar o fim da sua carreira política, diante da perda de credibilidade como homem público.

Brasília, em 31 de dezembro de 2022

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Meias palavras bastam?

Um vídeo que circula nas redes sociais, afirmava que “para os bons entendedores, meias palavras bastam”, a despeito dos rumores que poderia haver intervenção militar adotada pelo Executivo.

          Nada mais justa essa assertiva, quando realmente houver sinceridade entre os interlocutores, porque elas condizem precisamente com o sentido de quase tudo que se pretende fazer acontecer, mas, no caso vertente, ainda faltava o detalhe mais importante, que era a inabalável vontade da produção do objeto planejado ou ansiado por brasileiros, quanto à pretendida intervenção militar, que parece ter sido mero sonho.

No caso específico, existia sim apenas a esperança de que algo substancial se efetivasse como medida necessária à tentativa de frear os disparates que grassam impunes na República tupiniquim, em especial com vistas a se viabilizar a transparência desejável quanto à legitimidade da operacionalização das urnas eletrônicas.

O ideal mesmo teria sido à correspondência da necessária ressonância à maravilhosa mobilização organizada pacificamente pelos verdadeiros patriotas, que se preocuparam com o porvir do Brasil, principalmente no sentido de não se permitir a nefasta e terrível volta da esquerda ao poder, com toda a deplorabilidade de seus esquemas criminosos já praticados com absoluto e absurdo sucesso, nos governos passados, inclusive quanto ao merecimento benfazejo da impunidade para os criminosos de colarinho branco.

Não obstante, essa grandeza por parte das autoridades públicas, na pessoa do presidente da República e das Forças Armadas não aconteceu e nem vai acontecer, como seria do dever de lealdade ao tamanho do esforço e da dedicação que foram demonstrados ao longo dos 60 dias transcorridos depois do segundo turno eleitoral.

Na live de despedida, que foi ao ar hoje, o presidente da República, insensível aos clamores de seus seguidores, disse que “não queria tumultuar mais ainda”, se referindo ao resultado da eleição, em evidente estranho conformismo.

Ele também foi muito enfático, ao se referir aos movimentos em frente aos quartéis do Exército, tendo dito que, in verbis:Essa massa, atrás de segurança, foi para os quartéis. Eu não participei desse movimento. Eu me recolhi. Eu acreditava - e acredito ainda - que fiz a coisa certa de não falar sobre o assunto para não tumultuar mais ainda. A imprensa, sempre ávida para pegar uma palavra errada minha, uma frase fora do contexto, para me criticar. O que houve pelo Brasil foi uma manifestação do povo”.

Como se vê, é extremamente frustrante o presidente da República omitir a verdade, ao dizer que a população foi para a frente dos quartéis do Exército, pasmem, “atrás de segurança”, quando, pelo visto, somente ele não tinha conhecimento de que a massa referida por ele se dirigiu e ainda se encontra lá para implorar, em caráter de urgência, por intervenção das Forças Armadas, nos exatos termos do artigo 142 da Constituição Federal, cuja medida saneadora se harmonizava perfeitamente com a competência funcional dele, o que vale dizer que ele estaria agindo dentro das quatro linhas da Lei Maior.

A aluda medida poderia sim já ter sido adotada se o presidente dos brasileiros tivesse tido o mínimo de consciência sobre a imperiosa vontade dos eleitores que votaram nele, no sentido de resistir ao máximo e não entregar, de mão beijada, o poder à esquerda, que é algo nesse sentido que ele pouco se esforçou para evitar, a despeito dos fortes sinais de irregularidades vislumbrados, inclusive pelas Forças Armadas, na operacionalização das urnas eletrônicas, com as quais, ao que parece, ele se conforma com elas.

O certo é que a live do presidente teve o sabor de tristonha despedida, com os ares de completo abandono do rebanho, no melhor sentido, que só demonstrou fidelidade à pessoa dele, até o apagar das luzes do governo, cujo titular passará para a história brasileira, por ser inevitável, como o mais covarde de todos, por ele ter deixado de adotar as necessárias medidas, em termos de intervenção militar contra as arbitrariedades impostas pelo poder usurpador da Constituição.

Essas medidas estariam respaldadas na Constituição, que poderiam ter por exclusiva finalidade a transparência sobre o resultado das urnas, na forma de fiscalização, com o emprego do código fonte, sobre a regularidade da votação, de modo a se confirmar a veracidade acerca dos candidatos proclamados vitoriosos.

Tudo isso se fazia à luz do disposto no artigo 142, onde ali diz que as Forças Armadas, se convocada, deve assegurar a garantia da lei, a tanto negada pelo Tribunal Superior Eleitoral, que não forneceu o código fonte às Forças Armadas, que pretendiam fiscalizar o resultado das urnas, mas elas não tiveram acesso a esse mecanismo eleitoral, fato este que contraria dispositivo constitucional, ex-vi do disposto no art. 37, que diz: “A administração pública direta (...) obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e, (...).”.  

Enfim, o restinho de esperança de que o presidente da República ainda pudesse decretar a intervenção militar foi para o espaço sideral, com a notícia de que ele sorrateiramente fugiu, antes do término do governo, para Orlando, Estados Unidos da América, tendo conseguido frustrar muitos de seus seguidores que acreditavam que ele seria capaz de interpretar, como homem público, o sentimento de seus eleitores.

A verdade é que fica o imperdoável sentimento de que ao faltar com a verdade para com os seus seguidores, permitindo que eles ficassem, em vão, por tanto tempo à frente dos quartéis do Exército, o presidente da República não teve a hombridade de dialogar com eles, no sentido de dizer a verdade do que pretendia fazer.

O presidente do pais precisava ser sincero ao povo, por meio de explicação claras, objetivas e honestas, como, por exemplo, a de que não teve o necessário apoio das Forças Armadas para a intervenção, que nunca foi tão necessária, ante as circunstâncias, diante da delicadeza dos graves problemas existentes no Brasil, em especial quanto ao resultado das eleições, que vão passar para história como um dos mais suspeitos de fraudes consentidas pelas autoridades constituídas.

Agora, fugir do Brasil não poderia ter sido a pior alternativa optada pelo presidente da República, uma vez que ela poderia ter sido mais bem compreendida se ele tivesse a humildade de esclarecer os fatos que o levaram a se refugiar em outro país, dando a ideia de que algo muito errado ele teria praticado, que a melhor solução era a procura de proteção pessoal.

Esse fato só aumenta a insatisfação das pessoas que se sacrificaram por absolutamente nada, diante da pouca importância dada por ele, que poderia ter evitado tamanho desgaste se ele tivesse sido sincero, desde o início, sobre a sua injustificável fuga, como salvo conduto pessoal, no apagar das luzes de seu governo, dando a impressão sobre dívida não saldada.

Enfim, certamente que hoje é um dia cinéreo para a história política brasileira, em que o presidente da República se retira do poder antes do término do governo, ao meio de forte crise, sem que ele tivesse a humildade de prestar explicação aos seus seguidores, em especial, que se solidarizaram com ele, desde o momento da derrota dele, sendo, por isso, em forma de respeito, merecedores de palavras esclarecedoras, em resposta aos seus anseios.

A verdade é que, mais uma vez, termina uma gestão, mas fica o registro sobre a inteligência do adágio popular quando diz que o povo tem o governo que merece, pelo visto, tanto este como certamente o futuro.


          Brasília, em 30 de dezembro de 2022

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Adeus, rei Pelé!

 

          O rei do futebol, Pelé, considerado o maior jogador e atleta da história universal, se despediu dos brasileiros.

          O atleta do século se tornou lenda do futebol e umas das pessoas mais conhecidas do mundo, sendo considerado astro da maior intensidade entre os jogadores, por quem ele era venerado.

          A jornada do rei Pelé foi marcada por muito talento, inigualável inspiração e o bastante amor ao esporte, porque ele foi capaz de encantar a todos com sua genialidade nos gramados, tendo participado de obras sociais no mundo inteiro e espalhado o que mais acreditava ser a cura para todos os problemas da humanidade: o amor.

O rei Pelé deixa importante  mensagem no seu legado de vida para as futuras gerações, por ter praticado o futebol com paixão e amor, sendo exemplo a ser seguido como aquele que foi o maior de todos os jogadores, por todos os tempos.

Pelé jogava tanto que chegou a ser comparado a extraterrestre, porque somente ele conseguiu fazer artes com a bola, para transformar os jogos em espetáculos e dar show no futebol.

Os especialistas do futebol dizem que o rei Pelé foi o jogador que conseguiu fazer as melhores jogadas já feitas por todos os melhores jogadores da história do futebol e é exatamente por isso que ele foi o rei no seu ofício.

Além disso, o genial Pelé tinha todos os melhores atributos que qualquer jogador poderia ter, por ter sido o mais ágil, o mais habilidoso com a bola, o mais vez veloz na disputa da bola, o mais forte, o mais inteligente, o mais resistente e o maior feitor de gols da história mundial, mais de 1.280.

Como Pelé não dispunha da tecnologia esportiva de agora, ele foi transformado no melhor atleta apenas com o preparo das técnicas extraterrestes, que encontram nele pessoa geneticamente perfeita para traduzir as genialidades possíveis com a bola, que foi tratada com o melhor carinho possível, cujos feitos são considerados de outro planeta, exatamente porque ninguém consegue imitá-lo, tal qual como ele fez.

O rei Pelé, além de ser considerado o maior jogador da história do futebol, ele detém importantes recordes, em que pese ele ter se aposentado do futebol em 1977, mas ainda detém impressionantes números, e que dificilmente serão superados, tamanha a sua façanha nos campos de futebol, o que demonstra a sua genialidade.

O seu prestígio do rei do futebol foi tanto que fez um famoso jornalista e dramaturgo a afirmar que "Pelé podia virar-se para Michelangelo, Homero ou Dante e cumprimentá-los com íntima efusão: 'Como vai, colega?'", porque ele tinha assento na melhor cátedra do futebol, sendo reconhecido o maior dos jogadores.

A grandeza de Pelé, nos campos de futebol, alcançou apogeu mundial e, por isso, ele foi eleito, em 1980, "o atleta do século 20”, tendo jogado e vencido três Copas do Mundo de Futebol, marcando gols em todas elas, onde mereceu aplausos por suas brilhantes jogadas.

A verdade é que os brasileiros têm preito de eterna gratidão ao rei do futebol, por ele ter conseguido eternizar o Brasil como o país do futebol, graças às genialidades do rei Pelé, que teve o merecimento de melhor domínio da esfera cilíndrica chamada bola de futebol, sendo protagonista de feitos memoráveis e inigualáveis, conforme mostra a história.

Enfim, vai-se uma lenda e fica conosco as lembranças de quem foi realmente o máximo na arte de jogar bola.

Adeus, rei Pelé, com os agradecimentos por sua grandiosidade como o maior e mais brilhante de todos os jogadores de futebol.


Brasília, em 29 de dezembro de 2022

Insensibilidade?

 

Em crônica, escrita alhures, eu mostrei completo desânimo diante da insensibilidade não somente humana, mas em especial administrativa no combate à gravíssima crise da pandemia que então grassava sobre os brasileiros.

É evidente que, nessa ocasião, há dois anos, eu, em análise bastante crítica, mostrei meu inconformismo com o destino do governo, em ceder à evidente insensibilidade aos princípios humanitários, quanto à falta de racionalidade para a condução das políticas necessárias ao efetivo combate à mais grave crise enfrentada pela saúde pública.

A crítica situação exigia a adoção de medidas urgentes e de qualidade para o enfrentamento da desgraçada pandemia do coronavírus, que foi capaz de ceifar a vida de milhares de vidas humanas, que, certamente, muitas das quais poderiam ter sido poupadas se essa crise tivesse sido administrada apenas pela tecnicidade recomendada pelo sentimento humanista, de extremo amor à vida humana.    

Na verdade, a minha ideia de ter afirmado que o Brasil não merecia governante com mentalidade alheia aos princípios humanitários, como verdadeiramente era o que se evidenciava naquela ocasião, conforme mostravam os fatos, à saciedade, eu propugnava por administrador que fosse capaz de compreender que o ser humano merecia, como ainda merece, ser tratado com todos e os melhores recursos à disposição possível apenas para o salvamento de vidas, obviamente sem a interferência, por mínima que fosse, de dúvidas nem negacionismo nem questionamentos absolutamente desnecessários ao processo sanitário exigido para a gravidade da situação existente.

Hoje, pode-se dizer que os apelos da época estavam respaldados pelas evidências, que foram retratadas, caso o resultado das urnas esteja sob o prisma da verdade, a despeito de muitas suspeitas de desajustamento dos processos eleitorais aos princípios constitucionais da legitimidade e da transparência, quanto ao desmerecimento de governante que se distanciava dos sentimentos humanitários, a tanto reconhecidos por brasileiros.

A verdade é que brasileiros decidiram abonar à volta ao poder de pessoa que, por seus atributos de notória intimidade com a desonestidade na gestão pública, à vista do seu envolvimento com escandalosos esquemas criminosos, também não tem como merecer ao Brasil, por ser inaceitável que ex-condenado à prisão, pela prática do gravíssimo crime de improbidade administrativa possa exercer o principal cargo da República.

Na prática, isso é a prova cabal da demência moral de um povo, que conscientemente contribui para dá vida política a quem não consegue provar a sua inculpabilidade com relação aos fatos suspeitos de irregularidades, o que bem demonstra a sua deplorável índole de homem público e também a péssima ou nenhuma qualidade de seus apoiadores, que mostram extremo desprezo aos verdadeiros sentimentos de moralidade, honestidade e dignidade na administração pública, como se isso não tivesse a menor importância no emprego dos dinheiros públicos, que são originários também desses insensatos eleitores.

A verdade é que a crise de insensibilidade aos princípios humanitários está prestes a ser substituída pela indiferença aos sentimentos de moralidade, probidade e dignidade na vida pública, à vista da comprovação dos fatos, que foram ignorados por força do império da recriminável ideologia socialista, que desconhece, por completo, os direitos humanos e os princípios individuais e democráticos, cuja absurda troca tem como vítima os próprios brasileiros.

Brasília, em  de dezembro de 2022

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

A síntese da dor

 

Nos mais tenebrosos momentos da história, os bons exemplos da população são no sentido de que, diante das piores tragédias, é preciso que prevaleçam a ordem, a compreensão e a solidariedade com quem mais precisa de ajuda, conforto e amor cristãos, como importante contribuição à superação e à reconstrução da vida.

Pensar diferentemente disso, certamente é a pior maneira de lidar com as dificuldades, porque a ideia de cada um por si e Deus por todos só demonstra falta de sentimentos e princípios humanitários diante de situação que precisava de urgente saneamento, para que a vida voltasse à normalidade.

Na realidade, o sentimento prevalente da época da crise, no Brasil, era o de que os princípios da  cooperação e da solidariedade estavam adormecidos em algum lugar bem distante, porquanto teria sido mais simpatizante a ideia do pânico e do pior melhor para harmonizar-se com planos políticos, geralmente alardeado por autoridades públicas, possivelmente visando lucrar sobre a tragédia que invadia contra o povo, diante do inafastável pressuposto de que não há mal que não possa piorar, quando a população se tornava fora de controle.

Diante desse quadro de descontrole social, homens públicos possuídos pelo poder costumam apelar para a força bruta, com a finalidade de se evitar mal maior, diante de cenário que somente existe na mentalidade deles e isso pode resultar em consequências desastrosas para a nação e o seu povo.

O Brasil viveu o terrível pesadelo da pandemia do novo coronavírus há pouco tempo, que se transformou, mal comparando, na noite dos bombardeios sobre as cabeças da população, sob intensos e incessantes ataques, sem tempo para se avaliar a nossa verdadeira capacidade de puder juntar os destroços e reconstruir o que ainda restava de competência, inteligência e humanidade, ante à enorme incapacidade de diálogo, consenso e compreensão sobre a real dimensão dos estragos causados pela Covid-19.

Na realidade, as terríveis bombas em forma de Covid-19 se potencializam por muito tempo e conseguiram causar imensurável rombo sobre a humanidade de quase 700 mil mortes, ante a enorme dificuldade para se compreender que faltou seriedade para combatê-la com a maior intensidade possível, quando se sabe que se tratava de vírus letal que sofreu mutações e se tornou ainda mais contagioso e mortífero.

A situação se tornou mais ainda mais grave quando, diante da tragédia humana, havia insensatas ideias em forma de fingimento de que ela nem existia, o chamado negativismo, mesmo que seus estragos tivessem sido terrivelmente visíveis e inevitáveis.

Os fatos mostraram que os alertas sobre a gravidade da crise foram simplesmente ignorados, permitindo que as variantes se fortalecessem e avançassem sobre multidões incautas e ingênuas, a despeito de ideias contrárias ao isolamento, ante a inexistência suficiente de vacinas.

A verdade é que, a doença, na visão do “especialista” palaciano, somente tinha o condão de ameaçar idosos, pessoas com deficiência ou com comorbidades, devido à pouca imunidade, conseguiu dizimar multidão de brasileiros produtivos e com histórico de muitas mortes, agora também já avança sobre crianças e jovens, que temem pelo seu futuro, diante da falta de perspectiva sobre as aulas presenciais, que contribuiriam para a verdadeira propagação de infecção dos pais e responsáveis.

Não há a menor dúvida de que houve evidências de que a condução errática da crise causada pela pandemia permitiu aglomerações e a consequência foi a natural e inevitável superlotação nos hospitais de doentes da Covid-19, onde as pessoas morreram à espera de atendimento, diante da carência de recursos materiais e humanos para o pronto atendimento, com a necessária presteza, que foram inexistentes, exatamente diante do sobrecarregamento dos profissionais da saúde, que trabalhavam muito além do seu limite e da sua capacidade humana.

               O cenário se tornou ainda mais fúnebre diante da aposta pesada, vinda do comando da crise, segundo a qual havia evidência de pânico, com mais mortes e o surgimento de fome, diante da possibilidade da implantação, por muito tempo, do isolamento social, quando se temia pelo pior dos mundos, com automortes, saques generalizados, violência na família, entre outros transtornos sociais graves, que, felizmente, nada disso aconteceu.

Tudo isso parecia o cenário ideal para servir de pretexto perfeito para candidatos a regimes ditatoriais, quando antes eles deveriam ser sensíveis e solidários com os familiares dos brasileiros que perderam a vida, nessa lamentável situação de muita omissão, incompetência e falta de interesse para se enxergar a verdadeira dimensão da tragédia, que exigia declaração de desgraça social, com a devida e inadiável decretação de estado de guerra contra a triste calamidade humanitária.

Ao contrário disso, a terrível situação foi tratada com absoluta tranquilidade, a exemplo do que nada é feito pelo principal órgão incumbido de cuidar, de maneira prioritária, da saúde pública, que ficou sendo dirigido por estrategista em almoxarifado do Exército, por quase um ano, mesmo diante dos estridentes e mortais bombardeios caindo, cruel e impiedosamente, nas cabeças da população.

Diante do caos instalada na saúde dos brasileiros, o mandatário do país se encarregou de povoar a sua mente com os fantasmas do impeachment, por quem temia ser jogado o seu plano de reeleição no lixo, com a irrecuperável perda da credibilidade popular, que só despencava por força da inércia administrativa e insensibilidade humana, demonstradas pela omissão no combate à pandemia, a ponto do suscitamento da decretação do estado de sítio ou atos institucionais com o intuito de botar sob rédeas curtas o controle das medidas de isolamento social, comandadas, ao seu alvitre, pelos governadores estaduais.

A sociedade não tinha motivo algum por esperança sobre a premente cessação dos bombardeios que atormentam a sua paz, diante da permanente desorientação que somente tinha capacidade para boicotar as medidas sanitárias contra a Covid-19, em especial no que se referia ao isolamento social, desde o princípio, a par da alimentação da paranoia contra ele, o tempo todo, sob alegações de que “governadores e prefeitos embolsaram os repasses para o combate à pandemia e lucram com o caos”; “vacina produz morte e invalidez”; “isolamento é ditadura”, além de tantas afirmações negacionistas que somente contribuíam para a disseminação de descrédito perante a população, que esperava por atitudes proativas contra a doença.

Os fatos mostraram absurdos pronunciamentos e argumentos destituídos de nexo e reais evidências científicas, atribuídos à principal autoridade do país, como os que o “vírus pega quem está em casa também”; o “isolamento não funcionou em lugar nenhum do mundo”; a “fila de hospital sempre existiu, mas agora é explorada por razões políticas”; o “meu primo pegou e não morreu”; “a fome mata mais”; “estão tratando quem quer trabalhar como bandido”; e o “decreto inconstitucional não está acima da minha liberdade de ir, vir, me contaminar e contaminar quem eu quiser”.

Diante da gigantesca dimensão da tragédia humanitária, nada do que foi dito acima faria o menor sentido, em termos de responsabilidade quanto aos cuidados da saúde dos brasileiros, como tentativa de justificar a enormidade da incompetência, da omissão e do desprezo à desgraça que imperava com a força devastadora da Covid-19.

Na realidade, os desnecessários e prejudiciais ataques contra tudo apenas alimentavam a extensão da tragédia e contribuíam para desanimar e minar a esperança de dias melhores para a saúde dos brasileiros, justamente porque eram evidentes os sinais de desestímulo que partiam da principal autoridade que tinha a incumbência de dar o grito de guerra contra a Covid-19.

Ao contrário disso, as suas atitudes enveredavam por caminhos não do saneamento do mal, tendo o cabimento de ideias absurdas de combatê-lo por meio da decretação de estado de sítio, que ainda contava com o apoio da turba fanática e enlouquecida, também completamente insensível aos apelos da cessação dos bombardeios contra a população, por meio de medidas condizentes com os fatos terríveis.

Enfim, a realidade dos fatos mostrara, que a desesperança no porvir era fruto da total perda de perspectiva, que tinha sido fortalecida com a vacinação tardia e lenta e mais ainda por força da demonstração de desinteresse em enxergar a gravidade e a letalidade do coronavírus, fatos estes que contribuem para a falta da adoção das necessárias e urgentes medidas sanitárias, ficando cada vez mais difícil manter, ainda que minimamente, fio de esperança à vista dos efeitos práticos e efetivos da negação que era alimentada pelo deformado senso de coletividade e solidariedade.

Brasília, em 28 de dezembro de 2022

A simplicidade do sertão!

 

Diante de texto escrito sobre a vida no sertão, mostrando a convivência do seu povo em ambiente alegre de muita simplicidade, mas com bastante ânimo no trabalho e na reafirmação do amor às origens, eu escrevi o comentário a seguir, porque sei perfeitamente o valor que os sertanejos representam para o Brasil, principalmente em termos culturais e religiosos.  

O sertão encanta por tudo que oferece de abundância nos seus modos e comportamentos criativos como forma peculiar de vida do seu povo, culturalmente mantido de acordo com a natureza regional, completamente descomplicada e despreocupada senão com os próprios padrões de viver, no ritmo da sua rica cultura que se amolda às suas peculiaridades e tradições regionais.

Sem dúvida alguma, a identidade do sertanejo é própria e atávica, absolutamente diferenciada das demais regiões brasileiras, que tem sido vista como que se acostumada com as suas vicissitudes, na forma conjunta e mesclada das bonanças e das dificuldades, na certeza de que esse é o melhor processo de se viver em paz e harmonia.

Tenho saudades da minha meninice nas ricas terras de Uiraúna, meu berço, onde o meu viver foi o mais proveitoso possível, porque pude  usufruir de uma gama de atividades existentes nessa exuberante região, tendo participado das brincadeiras e dos eventos próprios para os meninos do meu tempo.

Ah se fosse possível, em passe de mágica, a regressão ao passado, para se reviver exatamente todo o meu passado de menino sertanejo, evidentemente sem se mexer em nada com o presente, que também é maravilhoso, nas circunstâncias da vida, que precisa seguir o seu curso, com a normalidade pré-estabelecida pelas generosidade e sabedoria do Criador.

Agradeço a Deus, por ter nascido exatamente no local mais fantástico do sertão, com a abundância das suas diversidades e multiplicidades regionais, cheias de ricas lições de vida, que certamente me proporcionaram grandes aprendizagens em meu benefício, como forma apropriada para melhor enfrentar as metas pretendidas e alcançadas.

Muito obrigado, meu Deus, por eu ter nascido no sertão da Paraíba, onde a simplicidade que ali tem morada certamente me ajudou a encontrar a felicidade na vida.

Brasília, em 28 de dezembro de 2022

 

Perplexidade?

 

Diante de vídeo que circula, agora, nas redes sociais, e mostra um filho do presidente da República apresentando o plano de governo para a próxima gestão, eu escrevi o comentário abaixo, mostrando meu entendimento sobre a intempestividade desse anúncio.

Causa perplexidade o presidente da República vir, precisamente agora, lançar plano de governo em momento em que não existe absolutamente nada definido quanto às bases do pseudo governo que ele pretende realizar mirabolantes realizações para as quais ele já teve quatro longos anos para implementá-las, mas nada fez e somente em momento de indefinição ele apresenta as metas para o futuro.

Ou o presidente está delirando ou os brasileiros que ainda acreditam nele são um bando de imbecis, que ainda não caíram na realidade de que o tempo urge e se comprime ao máximo o espaço necessário para a execução das medidas capazes para a implementação das ações ansiadas pela sociedade, em especial sobre a transparência referente ao resultado das eleições presidenciais, que imaginasse seja o cerne da resolução desse imbróglio acerca da posse de quem: da pessoa dele  ou do outro. Isso, pelo visto, com o lançamento desse plano, só aumenta a eterna indefinição sobre o futuro do Brasil.

Seria muito mais importante que o presidente do país tivesse a consciência de tratar os assuntos sob a sua incumbência com o maior zelo possível, em especial em termos de transparência, procurando informar aos brasileiros o que realmente tem pensado efetivamente como metas viáveis, no caso de primeiro o que existe sobre a possibilidade de continuidade no governo e como pretende viabilizar isso, em termos jurídicos, já que o candidato eleito, conforme a proclamação do resultado das urnas, pela Justiça eleitoral, é outra pessoa, pelo menos por enquanto. Depois disso, então seria possível o anúncio das metas ora reveladas para o seu novo governo, que não passa de verdadeira incógnita.

Uma pessoa houve por bem se manifestar, no grupo, para dizer que “Não concordo com vc. Imagino a movimentação nos bastidores que não devemos saber ainda. A presidência futura, a se manter os moldes divulgados, será uma destruição sem precedentes, onde honra, honestidade, moral etc não terão voz. Bolsonaro é um homem e nós, milhões que deixamos o barco a deriva por décadas. Sempre ele, culpado, antes do crime. Esse país é nossa responsabilidade, da poltrona não mudamos nada, porém dizer que ele não fez nada em quatro anos beira a irresponsabilidade. Vamos lembrar da pandemia, da guerra, do aparelhamento do judiciário e órgãos, vamos lembrar que herdou um caos político, administrativo, financeiro e pode, Deus não permitirá, entregar em condições de voar. Não sou imbecil e por isso tenho feito minha parte para que o caos se evapore.

Diante das manifestações, reli meu texto para sentir se falei o que não deveria, mas nada observei de anormal nele.

Eu analisei nele o plano agora revelado, que não foi executado no atual governo, tanto que ele é apresentado agora, quando deveria ter sido feito antes das eleições, em termos de consonância com o princípio da eficiência da gestão pública.

A crítica fora de contexto pode mostrar possível má vontade ao meu texto.

Não vi nada de mais de eu ter dito “ou os brasileiros que ainda acreditam nele são um bando de imbecis, que ainda não caíram na realidade de que o tempo urge e se comprime ao máximo o espaço para…”.

Quem quiser entender que ainda tem bastante tempo para a realização das medidas saneadoras das questões que afligem o país, tudo bem, por tratar de entendimento pessoal, o que é normal.

O direito de expressão não foi desrespeitado com o meu texto e ainda reclamam de um certo ministro e com razão.

Eu me considero ofendido, exatamente por ter externado meu pensamento, sem ofender ninguém, que também é livre para dizer o que bem entender, sem necessidade de qualificar pessoa de irresponsável, quando eu nem tinha criticado as realizações do governo, mas sim, frise-se, as metas ora apresentadas.

Sei que seria pedir muito, mas convém que haja um pouco de tolerância das pessoas, em especial na exata interpretação dos textos, como forma de respeito ao sagrado direito da liberdade de expressão.


Brasília, em 28 de dezembro de 2022

Respeito à ideia

 

Um líder da Turma 162 da Escola de Especialistas da Aeronáutica decidiu, a propósito das comemorações do 48º aniversário da nossa formatura, criar página no WhatsApp, com a finalidade da postagem dos assuntos relacionados com os fatos acontecidos com os seus integrantes, em especial aqueles relacionados com a nossa vida escolar, no período que passamos juntos naquele educandário.

Não obstante, começaram a aparecer muitos outros assuntos estranhos àquela finalidade, obrigando vários pedidos para que as pessoas observassem o verdadeiro propósito da página, tendo havido resistência por parte de alguns, que insistiam em aparecer, postando fatos e imagens fora da finalidade pretendida.

Diante disso, eu me manifestei, dizendo que, a propósito de opiniões contrárias às regras firmadas para a existência deste grupo, que foi instituído com a finalidade específica de ampliar, basicamente, os sentimentos e o espírito, em especial sobre os fatos maravilhosos acontecidos nas entranhas da fantástica epopeia vivenciada pela mais vibrante e unida turma que passou pela sempre amada Escola de Especialistas de Aeronáutica, é preciso que as pessoas se conscientizem sobre a necessidade do respeito às regras do jogo.

Gente, essa ideia é simplesmente sensacional, somente pelo carinho tanto de agradáveis e surpreendentes fatos já surgidos e contados aqui, principalmente com o aparecimento de novos companheiros que dizem da alegria contagiante de voltar a se contatar com os companheiros de jornadas épicas da escola.

Muitos desses companheiros até já prometeram participar dos próximos encontros da turma e isso é maravilhoso e já recompensou a genial ideia da criação exclusivamente para cuidar, repita-se, dos assuntos do que fomos no passado e somos agora, como fruto da nossa maravilhosa intimidade vivida na escola.

A importância se traduz na feliz oportunidade de se resgatar tudo de bom vivido por essa turma especial e fora de série, porque somente ela existiu com a magia que tem de peculiar, com a garra e o amor às nossas origens de bravos guerreiros e homens destemidos e vitoriosos por seus atos de bravura mostrados ao longo da nossa trajetória de amor à pátria.

É compreensível que alguém queira se insurgir contra o espírito norteador da criação do grupo, na forma que se adequa à mentalidade da maioria absoluta, porque isso faz parte dos princípios democráticos, sendo natural que alguém possa pensar diferentemente da maioria, mas essa faculdade de se entender em contrário deve ser sim apenas respeitada, sem que deva nem ser aceita nem se curvar a ela, uma vez que os verdadeiros propósitos institucionalizados com a criação do grupo deve prevalecer intatos, de forma soberana, considerando que ele, igualmente atento àqueles mesmos princípios democráticos, satisfazem aos sentimentos da maioria da querida e unida Turma 162.

Apelam-se para que, louvando o que deve ser louvado, com a criação deste magistral grupo, que precisa se consolidar exatamente com as características do seu formato original, os insurgentes abdiquem de suas ideias futuristas revolucionárias, em nome do benfazejo amor à irmandade construída entre os muros da saudosa e admirável Escola de Especialistas de Aeronáutica, porque é lindo e importante que o sentimento construído com força da amizade mereça ser preservado, para o engrandecimento da união da Turma 162.

Muito obrigada pela compreensão ao meu modesto apelo.

Brasília, em 28 de dezembro de 2022

terça-feira, 27 de dezembro de 2022

A festa da padroeira

 

Diante de texto que conta, em detalhes, como aconteciam as festas de janeiro, em homenagem à Sagrada Família, padroeira de Uiraúna, Paraíba, eu escrevi o comentário a seguir.

Antigamente era exatamente assim como descrito na excelente crônica do professor Geraldo de Magela, que aborda com muita propriedade os memoráveis eventos referentes à festa da padroeira de Uiraúna, em homenagem à Sagrada Família de Jesus, Maria e José.

Eu tive a felicidade de viver esse momento maravilhoso narrado nesse fantástico texto, que retrata quase tudo sobre os eventos que empolgava toda comunidade, envolta ao puro sentimento de sublimes religiosidade e amor às arraigadas tradições de nosso povo.

Permito-me acrescentar, por fazerem parte importante dos festejos, os inesquecíveis foguetórios especialmente fabricados sob os cuidados e a incumbência de Vitor, que dominava a arte da pirotecnia dos fogos de artifícios e do balão, que também se encarregava do maneja dos espetáculos rumo ao céu estrelado, constituindo magnífica atração à parte, porque ela sempre chamava a atenção, em especial, da meninada, que se encantava com o foguetório e a subida do balão.

Meus avós moravam no sítio Canadá e vinham para a cidade para as festas, com os filhos, e ficavam na casa de tio Tonho, que reservava um quarto exclusivamente para os alimentos os mais deliciosos possíveis, principalmente os bolos, como o manzape, o pão de ló, o de leite etc., sendo que muitos deles tinham a minha participação especial, o toque final no acabamento, posto que eles eram assados sobre a palha da bananeira verde e elas eram escolhidas e colhidas, no pé, por mim, com muito carinho, porque eu tinha o cuidado de selecionar sempre as melhores para tão importante preparo culinário.

Enquanto isso, depois, eu me empanturrava de tanto comer as mil delícias vindas do casarão do Canadá.

Eita tempos fantásticos da minha infância, tendo o bom é o melhor, na casa dos meus amados e saudosos avós Juvino e Úrsula, os patriarcas da família Fernandes.

Que os encantos das festas de outrora sirvam de inspiração para o sucesso das solenidades que estão se iniciando agora, sob as graças generosas da Sagrada Família de Nazaré.

Amém!

Brasília, em 27 de dezembro de 2022

Por educação de qualidade

 

Um famoso estudioso de questões sociais afirmou que políticas públicas de ação afirmativa, como as cotas raciais e sociais, são necessárias "enquanto houver racismo", tendo concluído que a desigualdade que resulta da discriminação de negros e indígenas "é uma realidade empírica".

O Ministério da Educação adotou, em agosto de 2012, a política de cotas sociais e raciais no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), abrindo espaço para que, em 2013, as universidades federais e institutos tecnológicos destinassem 12,5% das vagas para alunos de escolas públicas e, dentro deste universo, percentual para estudantes autodeclarados pretos, pardos ou indígenas, cujos inventivos às políticas de cotas sociais e raciais foram sendo ampliadas, desde então.

          Não resta a menor dúvida de que a criação de cotas surgiu da ideia para se tentar beneficiar determinada raça, sob a alegação da necessidade de reparação histórica de chaga social, que teria prejudicado mais precisamente a ração negra, por força do escravagismo imposto e mantido pela raça branca, em que essa medida viria para reparar erros culturais e sociais, como tentativa de se contribuir para a eliminação do racismo, segundo pensamento de seus idealizadores.

Imagina-se, segundo o pensamento dos idealizadores, que as cotas serão eliminadas apenas quando não mais tiver desigualdade étnica, com a extinção da discriminação de negros, descendentes de negro, nem de indígenas, ou seja, quando não houver mais discriminação entre raças, deixa de existir a necessidade do emprego das cotas sociais e raciais.

Na verdade, essa é a verdadeira filosofia retrógrada própria do socialismo, que entende necessário potencializar as mazelas e as precariedades sociais, como forma necessária de se enxergar penúria na situação, a exigir-se, em contrapartida, a atuação da sua verdadeira ação social de amparo, que, na prática, não elimina as deficiências, mas consegue motivação de puro artificialismo a ensejar a adoção de medida absolutamente ineficiente e meramente paliativa, por não se vislumbrar a solução dos problemas sociais.

Nesse caso, seria necessário que, ao invés de cotas para beneficiar parcela da sociedade, houvesse política efetiva de criação de emprego, melhoria da educação e outras medidas que pudessem beneficiar toda sociedade, independentemente de raça, porque o branco, o preto, o indígena e outras raças são indistintamente iguais perante a lei, em termos de direitos e obrigações, não se justificando a criação de benefícios somente para negros e índios, quando os brancos são igualmente carentes de ajuda.

Não pode haver o menor cabimento que governo institucionalize política destinada à concessão de reserva especial para grupos de pessoas ou raças, quando outras igualmente carentes ficam fora desse importante bolo, fato este que contribui seguramente para aumentar a tão indesejável discriminação entre raças humanas.

Urge se reconhecer que o combate ao racismo se insere no dever-poder institucional do Estado, como forma de se buscar a eliminação da ideologia da discriminação, que é atávica de um povo, de modo que seja empregada política apropriada para cuidar exclusivamente da conscientização da sociedade de que discriminação racial é forma odiosa de relação social que somente leva ao distanciamento entre as pessoas e a involução da humanidade.

Na realidade, as cotas raciais evidenciam o propósito de fomentar o racismo, no sentido de colocar o negro, em especial, quer queira ou não, em condição de inferioridade em relação às demais raças, mais ou menos como afirmação de que ele é incapaz, que ele não tem capacidade para competir em condições de igualdade com as outras raças.

O mais grave dessa situação é exatamente os próprios negros aceitarem essa triste realidade, conquanto alguns ainda aplaudam esse sistema nefasto, sem perceberem que, nesse caso, tem peso e importa mesmo é a cor como seleção, quando ela jamais deveria servir como divisor para parâmetro de excepcionalidade entre as demais raças, em especial porque a capacidade de aprendizagem não se distingue pela cor da pele.

Na verdade, essa questão de racismo é tradicionalmente cultural, quando, nos países onde os negros são maioria, a discriminação é acentuado contra os brancos, que são rejeitados em todos os sentidos, ao inverso do que acontece no Brasil, com relação aos negros e isso é, indiscutivelmente, da própria história da humanidade, prova disso é que, em nenhum país africano, existem cotas para brancos, onde também seja permitido que o branco tenha destaque na sociedade, ante a prevalência da raça negra, o que é natural, em face da tradição cultural do seu povo.

No Brasil, os problemas sociais saltam aos olhos e não é por meio das cotas raciais que vão ser solucionadas as questões sociais, porque somente com o enfrentamento destas é que será possível se atingir o cerne das mazelas, ou seja, o bom senso sinaliza que é preciso cuidar da essência das questões sociais, como medida fundamental para se evitar discriminação contra as demais etnias, uma vez que o beneficiamento de determinada raça contribui para prejudicar aqueles que ficam fora dos programas raciais, tidos por ações afirmativas.

Enquanto o país continuar com essa medíocre mentalidade de misturar racismo, indigenista com ensino público, procurando privilegiar determinadas classes sociais, etnias, em detrimento de outras raças, em clara demonstração de analfabetismo na educação, o Brasil vai continuar marcando passo no mesmo lugar, sendo considerado um dos países subdesenvolvidos do mundo na educação, justamente por não ter competência nem capacidade para mudar a sua mentalidade protecionista, que não contribui para a melhoria dos mecanismos de ensino do país, que precisa ser uniformizados, aperfeiçoados e modernizados.

As cotas raciais são a reafirmação da insensibilidade administrativa de pensar não somente o país desenvolvido, mas o ensino público eficiente e de vanguarda, com promoção de reformas estruturais, a exemplo do que fizeram os países sérios e desenvolvidos, que foram capazes de erradicar as precariedades e as mazelas que emperravam a educação e tiveram coragem e dignidade para investirem maciçamente na melhoria do ensino em todos os níveis.

É preciso ficar claro que a reação contrária às cotas raciais é motivada pela forma discriminatória às raças que ficaram fora desse importante processo, que não encontra amparo constitucional, que prima pela igualdade de direitos e obrigações entre brasileiros, fato este que implica se concluir que nenhuma raça pode ser privilegiada, em detrimento de outras que são impedidas do usufruto das cotas.

Ou seja, somente teria sentido em se falar em ação afirmativa se as medidas de que se tratam fossem estendidas igualitariamente para todas as etnias, evidentemente sem distinção nem pretextos algum, porque isso condiz com o sentido de justiça social, em harmonia com os princípios democráticos e civilizados.   

Enfim, não à toa que o Brasil se situa na rabeira da avaliação do Índice de Desenvolvimento Humano, em disputa terrível com países subdesenvolvidos e sem a menor expressão, justamente pela evidência da falta de priorização da educação do seu povo, quando se procura resolver graves questões sociais por meio de cotas, quando seria o ideia a completa reformulação do ensino, para aperfeiçoá-lo e modernizá-lo, com vistas ao oferecimento de educação de qualidade para todos, obviamente sem necessidade cotas.

Urge que o Brasil seja despertado da profunda catalepsia, em especial para o despertar sobre a necessidade da revolução na área da educação, por ela ser a fonte primária para o desenvolvimento do seu povo, que merece ensino de qualidade, indistintamente de raças.

Brasília, em 27 de dezembro de 2022

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Ato de amor!

 

É com muita emoção que senti no coração ao ver a distribuição de cestas natalinas à comunidade de Uiraúna, gesto este que compreende a nobreza da sensibilidade por parte da ilustre prefeita Leninha Romão, conforme vídeo que circula nas redes sociais.

Há nisso evidência, com efetividade, do verdadeiro espírito natalino de acolhimento social, como forma absolutamente de aderência à necessidade da realização do bem comum, exatamente em momento dos festejos comemorativos do aniversário de Jesus Cristo, que teve a iniciativa de mostrar aos homens que não existe amor maior do que o sentimento de acolhimento do seu próximo.

Este momento de revelação de amor ao próximo é digno de louvor ao Menino Jesus, porque certamente Ele sente feliz diante da realização de atitudes que consubstanciam os seus propósitos de propiciar a felicidade aos filhos Dele.

Parabenizo tanto a prefeita Leninha Romão, por tão importante obra social, como as famílias que foram beneficiadas com essa dádiva divina, logo por ocasião das festas natalinas, aproveitando o ensejo para concitá-la à instituição de políticas que possibilitem a distribuição mensal de cestas de alimentos, para famílias devidamente cadastradas, observadas as condições de necessidade financeira.

Fico muito feliz que o Natal esteja presente para famílias de Uiraúna, por iniciativa de gesto compatível com o verdadeiro sentimento de amor cristão.

Brasília, em 25 de dezembro de 2022

À espera de definição

 

Em vídeo que circular nas redes sociais, um cidadão fez veemente apelo para que os verdadeiros brasileiros se juntem às pessoas que estão em frente aos quartéis do Exército, como prova de amor ao Brasil.

Pensando sobre a relevância do patriotismo e do amor ao Brasil, as palavras desse cidadão têm bastante pertinência, eis que não faz o menor sentido alguém dizer que ama a pátria e, no momento que mais ela precisa, como neste momento de mobilização em torno de causa em apelo à moralização do funcionamento das instituições constituídas, simplesmente vira-se de costas para ela, sem medir as consequências sobre a sua falta de atitude.

Agora, de certa forma, é preciso se reconhecer o comportamento exemplar das pessoas que estão enfrentando as intempéries, sob sol e chuvas, condições estas as mais precárias e adversárias possíveis e imagináveis, em nome de causa que não se oferecem, à vista de nenhuma reação das autoridades envolvidas, como, em especial, as Forças Armadas e o presidente da República, a menor esperança de que ela seja atendida, na forma ansiada de saneamento, notadamente no que diz aos questionamentos sobre o duvidoso resultado das urnas.  

A verdade é que a pessoa com capacidade para tanto, que é o presidente da República, sequer sinaliza no sentido de que ele vai adotar alguma medida capaz de restabelecer a ordem institucional esculhambada por iniciativa e autoria de um único ministro, que, além de muitas barbaridades, trancou o segredo das urnas e não permite que ninguém possa conferir a regularidade sobre a operacionalização da votação.

O comportamento do mandatário é muito estranho, exatamente porque isso transmite sinais de insegurança para quem se posiciona à frente dos quartéis do Exército, a depender do que o presidente pense no que deve ser feito, se algo realmente acontecer, diante da inexistência de plano que assegure, minimamente, que alguma medida estratégica está, ao menos, em laboratório.

Diferente seria, com vistas ao aumento da mobilização de pessoas à frente dos quartéis, que o presidente informasse a sua intenção em contestar ou tentar obter a transparência das urnas, que seria forma de assegurar que a mobilização das pessoas não vem sendo em vão, à vista de tanto sacrifício, que não tem sido poupado, justamente em nome de causa justa.

Não obstante, a forma de sacrifício não tem sido correspondida à altura, quanto à certeza, em termos de reação do presidente, que vem esticando ao máximo a corda que suporta o limite até onde ele vai, inclusive na iminência de acabar o governo e somente restar a desculpa esfarrapada de que não foi possível fazer o que se pretendia, por algum motivo irrelevante, como falta de tempo, por exemplo.

Não tem sido fácil, tanto para quem se encontra nos acampamentos, que anseia por alguma medida saneadora, e também por parte de muitas pessoas que já perderam a esperança de alguma reação vinda do presidente do país, como no meu caso, que não acredito em mais nada, uma vez que, e se ele tivesse realmente pretendendo contestar o resultado das urnas, por exemplo, ele já tinha agido à altura da gravidade dos problemas, na tentativa de pôr ordem na República.

      Diante da gravidade dos problemas institucionais, é preciso que o presidente da República tenha a compreensão sobre o sentimento patriótico desses brasileiros que estão se mobilizando à frente dos quartéis do Exército, para perceber que não tem sido fácil manter o equilíbrio emocional e psicológico, por tanto tempo, no aguardo de definição, que seria simplesmente desastrosa e frustrante se nada for adotado contra os abusos de autoridade, em especial quanto à falta de transparência sobre a operacionalidade das urnas eletrônicas e o resultado da última votação presidencial.

          Apelam-se por que o presidente da República tenha a hombridade de se posicionar em definitivo, como forma de mostrar a sua verdadeira personalidade de estadista, que poderá servir para marcar o seu futuro como homem público, em respeito aos verdadeiros  patriotas que anseiam pela moralização do Brasil.   

Brasília, em 26 de dezembro de 2022