segunda-feira, 31 de maio de 2021

Outra conversa importante?

 

Nas redes sociais, circula mensagem constando a fotografia do ex-presidente da República petista, onde se lê, verbis:Se esse pobre homem batesse na porta da sua casa pedindo ajuda, o que você diria a ele”?

A depender da conotação do sentido de pobreza, para quem o conhece, ele pode ser considerado tudo, menos pobre, em termos econômicos, porque, sob esse aspecto, isso chama-se heresia ou mais precisamente hipocrisia.

É possível que a aludida indagação tenha significância para os fins político-administrativos, tendo em vista que ele já declarou ser candidato à Presidência da República do Brasil.

Com a devida vênia de entendimento, nesse caso, não resta a mínima dúvida de que realmente ele é extremamente pobre, por falta de pior adjetivação para qualificá-lo, diante da pessoa pública que conseguiu incorporar à sua imagem os atributos das mais sublimes vilezas possíveis de indignidade, à vista do que se imagina de pureza e imaculabilidade para os padrões inerentes às atividades político-administrativas, quanto à rigorosa observância aos princípios republicanos da ética, da moralidade, da probidade, da transparência, da legitimidade, da economicidade, entre outros que são exigidos de todos os cidadãos representantes politicamente do povo, que têm o dever cívico de cidadania se serem modelo de autênticos condutores da lisura, da insuspeitabilidade sobre desvio da decência e do comportamento ético-moral.

Na verdade, o “pobre homem” referido acima é alvejado de inúmeras suspeitas sobre o desvio do padrão normal de moralidade, como a prática de atos irregulares extremamente lesivos aos princípios essenciais da gestão pública, com a maior gravidade de que eles teriam ocorridos precisamente quando do seu governo, onde vicejaram e se desenvolveram os famigerados e deploráveis escândalos do mensalão e do petrolão, de tão deprimentes lembranças para os brasileiros dignos e honrados, que têm motivos suficientes para abominarem todos os homens públicos envolvidos nas roubalheiras do dinheiro dos sacrificados contribuintes, que foram enganados e traídos por políticos desonestos e criminosos, que não tiveram a menor dignidade para assumir seus atos na vida pública.

No Estado Democrático de Direito, como o regime que se observa no Brasil, impera a normalidade segundo a qual há a acusação sobre fatos irregulares, o que é normal no âmbito da civilidade, enquanto, como contrapartida, existem a ampla defesa e o contraditório, assegurados por princípios constitucionais, que funciona exatamente para que o ofendido possa demonstrar a sua inocência, mas, no caso em referência, o “pobre homem” não logrou provar absolutamente nada em contrário dos casos envolvidos, cujos processos abarrotados de acusações continuam no Poder Judiciário.

Os referidos casos aguardam novos julgamentos, conquanto, em primeiros julgamentos, o político foi condenado à prisão, chegando até a cumprir parte dela, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, ou seja, em decorrência de desvio de conduta como gestor público, ficando muito claro, em termos de consciência cívica e de cidadania, que se trata homem público completamente destituído dos princípios da moralidade, da honradez, enfim, do sentimento próprio do zelo para com a coisa pública, sendo absolutamente incapaz de representar a dignidade do povo.

É preciso que se esclareça, desde logo, para os ingênuos idólatras que os processos pelos quais o político foi sentenciado culpado tinham provas suficientes e robustas para a confirmação da autoria dos atos lesivos à legislação penal, conforme não somente a certeza do aval ao veredicto pelas instâncias revisora e do Superior Tribunal de Justiça, como a manutenção da integralidade dos autos, que se mantiveram intactos quantos aos seus elementos de convicção jurídica.

Caso houvesse julgamento sem prova, a defesa seria a primeira a recorrer acerca disso, não só para anular a decisão judicial, mas, em especial, para se punir o juiz, uma vez que o magistrado que julga sem a devida prova nos autos fica passível de punição, inclusive com a perda do cargo, conforme a gravidade da sua desídia, mas, como é sabido, a sentença proferida no âmbito da Operação Lava-Jato se manteve intata, nos seus termos, até ser anulada por força de decisão do Supremo Tribunal Federal, não por mérito, mas sim por interpretação sobre a jurisdição da ação.

Tenho enorme interesse em conversar com esse político sobre muitos assuntos de relevância nacional, a exemplo de programas sociais, ética, programas de desenvolvimento do Nordeste, fisiologismo, aparelhamento do Estado, recursos aplicados no exterior, Foro de São Paulo, em termos da importância desses temas para o desenvolvimento das consciência tanto dele como dos brasileiros.

No caso do Foro de São Paulo, a ideia que se tem sobre ele é o de que se trata de entidade constituída por partidos políticos da América Latina e do Caribe, tendo o viés exclusivamente da esquerda, moldada para a consecução de ideias socialistas, para tratar de questões contrárias ao neoliberalismo e favoráveis às propostas de inclusão social, igualdade de oportunidades e integração regional na soberania, de modo que essa organização, formada por esquerdistas comunistas e grupos criminosos visa à construção do chamado socialismo democrático, mas com tendência predominantemente totalitária, o que significa, na prática, a consolidação de ditaduras regionais, absolutamente antidemocráticas.

Diante das características dessa organização, não existe absolutamente nada nela que tenha sentido ou representatividade democrática, à vista de que os objetivos desta são operados justamente por meio da vontade popular, i.e., na forma do voto do povo, enquanto os sistemas totalitários, principal objeto do Foro de São Paulo, tendo o poder sob a forma de ditadura, quem decide tudo é o próprio governo, sem a participação do povo.

Em termos democráticos, fica muito claro que o Foro de São Paulo se trata de organização contrária aos interesses dos brasileiros, sendo absolutamente inimiga do Brasil e completamente descartável, por sua inutilidade.

Diante desse assertiva, é natural que os brasileiros perguntem a esse “pobre homem” qual é a real importância para os interesses nacionais e dos brasileiros a existência de organização com finalidade tão comprometedora como o é Foro de São Paulo, que foi criada com a participação desse político, como um dos integrantes principais, que ainda carrega como projeto político ideário em defesa dessa organização, que muitos a qualificam de criminosa, sob a alegação de que ela congrega, além de partidos legais de esquerda, várias organizações criminosas ligadas ao narcotráfico e à indústria dos sequestros, que se empenham em articulação estratégica com sentimento criminoso?   

Não é novidade para ninguém que Brasil, de modo geral, mas especificamente as regiões mais castigadas e desprezadas sobre esse aspecto, como o Norte e o Nordeste têm seu povo com enorme carência de recursos públicos necessários à implantação de melhoria em obras públicas da maior importância para o desenvolvimento econômico e social, de modo a propiciar pouco mais de conforto em compensação às cáusticas intempéries climáticas.

Diante dessa inafastável constatação, os verdadeiros brasileiros querem saber desse “pobre homem” o que levou o seu governo, sob as suas orientação e deliberação, a enviar recursos públicos, em bilhões de dólares, a fundo perdido, ou seja, sem retorno ao país, drenados que foram dos bolsos dos brasileiros, para países das América Central, América do Sul e África, todos comandados por desumanos ditadores, que tiveram aplicação em importantes obras fora do Brasil, a exemplo de porto, aeroporto, metrô, estrada, usinas e tantas outras construídas naqueles países, que seriam de extrema utilidade para os brasileiros, diante da natural carência existente.

É sabido que a eficiência da gestão pública, no caso do quadro de pessoal, se avalia por meio de critério da competência no gerenciamento, mas, no caso da gestão desse político, o que funcionou mesmo foi o critério partidário, conhecido como o “aparelhamento” da máquina pública, com a prevalência da enormidade da criação de órgãos, entidades e cargos, tudo para a colocação de apaniguados no serviço público, ainda que não seja nada necessário ao interesse público, como é aconselhável nesses casos, diante do aumento descontrolado das despesas públicas, em contrariedade ao salutar princípio da economicidade, que precisa ser defendido pelos governos competentes, eficientes, responsáveis e zelosos para com a coisa pública.

Nesse caso, eu diria ao político que ele precisa repensar a sua ideia quanto à gestão de pessoal, no serviço público, no sentido de priorizar o interesse da administração pública, com vistas à economicidade do orçamento pertinente, de modo a se pensar na eficiência do funcionamento do Estado, em detrimento dos interesses do partido, que não pode se beneficiar da máquina pública, como aconteceu visivelmente no passado, diante da nítida caracterização do desvio de finalidade pública e da materialidade de grave irregularidade administrativa.

Uma das piores desgraças já havidas na administração do Brasil foi, sem a menor dúvida, a implantação do recriminável e danoso fisiologismo, instituído justamente pelo político em referência, que se sustentava no governabilidade de coalizão, por meio de espúrias alianças entre o governo e partidos, que recebiam, de mão beijada, ministérios e empresas estatais, para serem dirigidos por políticos incompetentes e irresponsáveis, em troca de apoio aos projetos do governo no Congresso Nacional, em verdadeiro balcão de troca, que foi institucionalizado como o vergonhoso sistema do toma lá dá cá, que se tornou marca registrada do partido desse político.

Diante desse dantesco retrocesso político-administrativo, que envergonhava e indignificava a gestão pública brasileira, à vista de também tornar a máquina pública precária e deficiente, na prestação dos serviços à população, em razão de os partidos somente darem prioridade aos programas destinados às suas áreas de interesse, para a facilitação da eleição de seus políticos, os brasileiros se manifestam no sentido de que são absolutamente contrários a essa excrescência na administração do Brasil, à vista da facilitação da corrupção e da roubalheira do dinheiro público e da incompetência e da precariedade dos serviços prestados, em demonstração de evidente irresponsabilidade para com a res pública.

Os fatos mostram, diante da índole ideológica do partido desse político, que a sua preferência, como linha de governo, tem sido a prioridade, de maneira potencial, aos programas e às atividades de natureza social, de modo que haja estreita e direta vinculação não do governo, mas sim do partido com o povo.

Essa estratégia de governar diz muito com o sentimento ideológico próprio do partido, que tem nas suas entranhas a louca perseguição ao poder e à perpetuidade nele, de modo que a melhor política para ele, como visto, é a preferência pelo social, que rende bons resultados eleitoreiros e tem o condão de contribuir para a formação dos famigerados e deprimentes “currais eleitorais”, com expressiva força política, em condições de pesar nas disputas eleitorais.

É preciso se atinar para o fato de que a priorização somente das atividades assistenciais, como mostram os resultados das gestões desse político, há nítido direcionamento das ações do governo como se elas fossem do próprio partido, para que este possa receber os louros decorrentes do que for feito por aquele.

Outra constatação preponderante é a ausência de obras públicas de impacto em nível nacional, porque estas se transformam em investimentos da maior importância para o desenvolvimento nacional, tanto em termos de benefício para a população, pelo seu usufruto direto, como pela criação de emprego e de maior consumo.

À vista das mencionadas ações, eu diria ao político que é muito importante o incremento dos programas sociais oficiais, mas acrescesse da maior relevância maciços investimentos públicos em polos de desenvolvimento regionais, de modo que possa haver a facilitação da criação de indústrias em lugares remotos, com vistas, em especial à criação de emprego e da produção, porque o assistencialismo não passa de ações paliativas, que nunca passam disso, em termos de satisfatoriedade da pretendida melhoria das condições sociais.

Nessa mesma linha de pensamento, o país poderá ter maior possibilidade de se desenvolver com a construção de grandes obras, de impacto nacional e internacional, levando-se em conta tão somente aspectos relacionados com o crescimento do produto nacional, sem qualquer conotação com os interesses do partido nem de sus integrantes, como tem acontecido até o momento, quando tudo gira em torno deles.  

Enfim, diante dessa breve digressão, fica muito evidente que o “pobre homem” a que se refere esta análise, em termos de moralidade e decência pública, jamais mereceria sequer ter seu nome mencionado, em termos de pretensões ao exercício de cargos públicos, caso o Brasil fosse nação minimamente com seriedade, em termos político-administrativos, diante da falta do preenchimento, por ele, dos requisitos essenciais de conduta ilibada e ficha corrida limpa, referentes aos seus precedentes na vida pública, com a ressalva de que nada impede que, o indispensável o conserto de tudo, i.e., com a comprovação da inocência referentes às graves suspeitas, ele se habilite a qualquer cargo público.

Ou seja, há necessidade de que seja comprovada a inculpabilidade desse político perante a Justiça brasileira e mostrado o pertinente nada consta, que representa o seu passaporte de credibilidade e confiabilidade como homem público de verdade, acima de qualquer suspeita e em respeito à imagem do país e à dignidade dos Brasileiros, que não merecem ser representados por quem não se respeita nem mesmo a si, diante da demonstração da incapacidade de defender a sua honra moral, à vista das graves suspeitas.

Não obstante, é preciso deixar bastante claro que esse “pobre homem” jamais tentaria pretender voltar a exercer relevante cargo da República se brasileiros tivessem o mínimo de vergonha na cara, se primassem pelos princípios republicanos fundamentais na administração dos interesses do Brasil e se enxergassem o tanto do quanto é deplorável para a imagem do país e do próprio povo a simples concepção de pessoa sem dignidade e insignificante, em termos político-administrativos, conforme mostram cabal e definitivamente os fatos, querer se passar como pessoa normal, sem antes provar a sua inocência sobre as graves suspeitas da prática de irregularidade.

A propósito, impende ficar evidente que não tem o menor cabimento, muito menos justificativa ou plausibilidade que brasileiros honrados e de boa índole sejam incapazes de perceber que o muito do que esse “pobre homem” possa ter feito, no seu governo, em benefício do povo, em especial do Nordeste, tenha o condão de merecer o benefício da dúvida ou do  perdão por seus atos maléficos e prejudiciais aos interesses dos brasileiros, a ponto de se imaginar que ele seja mal necessário para o Brasil, que verdadeiramente não o é.

 Convém ficar claro, de maneira precisa, que os fatos sobre a gestão pública e as irregularidades havidas são absolutamente distintos e não há qualquer ligação entre eles, em termos compensatórios, como se os atos ruins ou falhos pudessem ser relevados diante das eventuais bondades geradas no governo, mesmo porque se houve alguma melhoria para o povo, além da obrigação da incumbência do Estado, como algo extraordinário ou sobre-humano, no governo dele, isso apenas faz parte das prioridades de qualquer gestão pública, na prestação dos serviços de incumbência do Estado, como no caso dos programas assistenciais.

No caso do governo dele, a prioridade era muito nítida da perpetuidade no poder e uma das formas visíveis era exatamente o cuidado especial e prioritário dos programas de assistência social feitos e preparados com muitos esmero e competência, precisamente para a específica formação de “currais eleitorais”, que foram sendo construídos e consolidados, infelizmente, ao longo do tempo e do seu governo, foto este que somente demonstra a extrema pobreza intelectual do povo, na compreensão do seu direito sagrado de votar.

Esse importante direito jamais deveria ser empregado como forma de recompensa pelo que o governo fez ou deixou de fazer, diante do sentimento primordial de que o voto deve servir para o aprimoramento democrático de se escolher os melhores candidatos, que posam trabalhar e defender, com dignidade e seriedade, os interesses do Brasil e dos brasileiros.

Isto posto, de tanto plasmar mentiras, que se repetem uma sobre a outra, numa volúpia mais do que escancarada, que o Brasil se encontra nesse mar de desmoralização, em que um cidadão se envolve em muitos casos de suspeitas de irregularidades, a ensejar a prática de crimes contra a administração pública, à vista daqueles já julgados pela Justiça, ante o levantamento de robustas provas, que não foram infirmadas pelo então réu, tendo sido julgado e condenado à prisão, justamente porque a Justiça não aceitou nenhum esclarecimento, justificativa ou contraprova apresentados por ele.

Embora, sobre isso, as sentenças tenham sido anuladas pelo Poder Judiciário, não em razão do exame de mérito das então denúncias, cujas suspeitas continuam integralmente válidas, o que vale dizer que a pecha de ficha suja desse cidadão, lamentavelmente, permanece devidamente autuada em vários processos em poder da Justiça brasileira, que, como se sabe, nunca antes teve interesse em julgar ninguém poderoso, principalmente político influente, salvo a Operação Lava-Jato, que se transformou em exceção à regra, por ter mandado para a prisão importantes políticos, empresários, executivos, empreiteiros e tantos outros aproveitadores do dinheiro público.

Caso esse cidadão me desse a honra para bater a minha porta para pedir ajuda, eu teria o maior prazer de ficar, pelo tempo necessário diante dele, para conversarmos sobre muitos assuntos de interesse, em especial, do Brasil e dos brasileiros, todos relacionados, evidentemente, com os princípios da moralidade, ética, honorabilidade, dignidade, humanidade, entre outros que dizem diretamente com a verdadeira finalidade das atividades da vida pública e da política, estritamente sob o prisma da verdade, da democracia, como forma de engrandecimento do ansiado político honrado e digno.

Eu cuidaria de explicar para ele que o Brasil e, por via de consequência, os brasileiros têm direito de serem comandados por representante eleito democraticamente pelo povo, sob a escolha de candidato que se apresente para a disputa do cargo presidencial depois de cumprir rigorosamente os requisitos exigidos para o exercício do principal cargo brasileiro, apresentando ficha corrida de nada consta em quaisquer instâncias sobre a sua vida pregressa, mesmo porque isso faz parte dos princípios republicanos, de que não tem cabimento que, nem nas piores republiquetas, alguém se digne a comandar o Brasil carregando sobre seus ombros uma carrada de suspeitas da prática de atos irregulares que não condizem com os conceitos de conduta ilibada e imaculabilidade na vida pública.

Com todo cuidado, eu tentaria convencê-lo a fazer o possível e o impossível para se candidatar à Presidência da República, porque é o principal cargo ansiado por todos os políticos que amam o Brasil e gostam, por ser vocacionado, de servir ao povo, mas, em atenção e respeito à honradez e à dignidade dos brasileiros, somente depois de provada a inculpabilidade dele com relação aos casos pendentes na Justiça, porque é exatamente assim como procedem os homens públicos sérios, honestos e dignos, que, mesmo sob a consciência da inocência perante si, é preciso que isso seja devidamente atestado e comprovado perante os brasileiros, por meio de atos jurídicos próprios, mesmo para aqueles que acham que isso é apenas um detalhe, mas não é não, porque não basta dizer que é inocente, porque é preciso sim provar, no dizer popular do matar a cobra e mostrar o pau, para que não reste qualquer dúvida nesse importante processo político.

É evidente que é do rosário apenas da própria pessoa e absolutamente de mais ninguém, mas é de se notar a maneira natural como pessoas normais, inteligentes, conseguem, de espontaneidade prazerosa, ignorar que político, sob o prisma especificamente da moralidade, não reúne a menor condição para representar nada, nem mesmo ele próprio, que precisa, urgentemente, se afastar da vida pública, para, antes, cuidar da sua defesa contra as suspeitas sobre a prática de atos irregulares, na vida pública, que são extremamente comprometedores diante do exercício de cargos públicos eletivos, que exigem dos seus ocupantes conduta exemplar de moralidade e dignidade.

Esse sentimento pessoal de normal aceitação da prática da escandalosa imoralidade na administração pública precisa ficar restrito a si, conquanto o exercício de cargo público tem abrangência ao interesse público, razão pela qual convém que seja respeitado o sentimento dos demais brasileiros que primam conscientemente pela dignidade na gestão pública, o que vale dizer que quem apoia político nesses condições também deixa de valorizar os sentimentos daqueles que defendem a grandeza moral do Brasil.

Enfim, eu diria para ele que o sublime valor do homem público reside na grandeza de ser sustentado sob os pilares da verdade, do sentimento do dever cumprido em todas missões confiadas a ele, sem que nunca tenha sido acusado de coisa alguma de errado e a grandeza maior ainda é ter consciência de se afastar imediatamente da vida pública enquanto estiver na batalha pertinente à obrigação de provar a sua inocência sobre os fatos inquinados de irregulares, exatamente porque isso é prova maior de amor ao povo honrado e digno, que não merece ser comandado por presidente que não teve nem tem condições de provar que sempre agiu na vida pública com probidade e honradez.

Brasília, em 31 de maio de 2021

domingo, 30 de maio de 2021

Conversa importante?

 

Vem circulando, nas redes sociais, mensagem constando a fotografia do presidente da República, onde se lê, verbis:Se esse pobre homem batesse na porta da sua casa pedindo ajuda, o que você diria a ele”?

Inicialmente, é preciso se reconhecer, a bem da verdade, que não passa de demagogia se afirmar que o cidadão a que se refere a mensagem seja "pobre homem", salvo se a referência for em relação a alguns atributos dele mostrados ao longo do seu governo, diante de inúmeras deficiências que certamente poderiam ter contribuído para o incremento de tantas mortes causadas pela Covid-19.

À vista disso, eu procuraria ser o mais generoso, sincero e honesto possível para com esse considerado assim “pobre homem”, de maneira certamente equivocada, no sentido de recebê-lo na minha casa e manter com ele conversa do mais alto nível de educação e inteligência, no âmbito de pessoas adultas, conscientes das responsabilidades cívicas, em especial, quanto aos sentimentos de brasilidade e cidadania, para tentar transmiti-lo um pouco das verdades que ele parece ter dificuldades para enxergar e compreender, em nível de racionalidade, competência e humanidade, obviamente sob o meu prisma de compreensão sobre os fatos da vida.

Eu diria para ele que a desgraça que acontece contra os brasileiros, em especial quanto ao combate à crise da pandemia somente tem a culpa da insensibilidade, da incompreensão e do negativismo por parte de quem tem a incumbência de adotar as medidas pertinentes à grave situação da saúde pública, procurando mostrar que, em momento de dificuldade, têm vários e bons caminhos a serem seguidos, sendo que um dos principais é precisamente o diálogo amplo e transparente com as pessoas de boa vontade e realmente interessadas para a produção de medidas eficientes e efetivas contra todos os males, sob a compreensão de que o inimigo a ser combatido é o vírus, exigindo que todos se unam contra ele.

Para tanto, é sempre importante a participação mais ampla possível da sociedade, inclusive dos principais adversários políticos também envolvidos nas questões, no sentido de convencê-los ao empenhamento na busca das melhores iniciativas que levem à imediata solução dos gravíssimos problemas dos brasileiros, para o fim da qual não interessa agradar somente a A ou B, mas sim a todos os governantes, que precisam se conscientizar sobre a necessidade de se encontrar a paz e a união para cuidar da saúde dos brasileiros de mãos dadas.

Eu diria para ele que a irresponsabilidade que vem sendo alimentada por disputas políticas, sem precisar indicar os principais interessados nessa forma deprimente de se cuidar de calamidade humanitária, não encontra a menor justificativa plausível, senão para se demonstrar completa irracionalidade por parte das principais lideranças nacionais para se cuidar de tão importante e grave problema causado pela Covid-19.

Eu diria para ele que causa perplexidade não aparecer ninguém de bom senso para levantar a bandeira branca da paz e afirmar que todos são insensatos, por estarem interessados em somente salvar seus planos políticos, mesmo ao meio de intensa crise pandêmica, em completo detrimento das causas da população, que vem padecendo e se sacrificando no torvelinho dessa guerra violenta e injustificável alimentada por disputa política, diante do envolvimento de essenciais vidas humanas, que merecem e exigem todo sacrifício para o seu salvamento, que vem sendo prejudicado justamente por falta de consenso entre os políticos insensatos e prepotentes, muitos dos ainda elegem a Justiça para tentar dificultar ainda mais o relacionamento que poderia ser feito por meio do diálogo e do entendimento entre pessoas normais, que são os meios recomendados para a mediação das questões envolvendo vidas humanas.

Eu diria a esse “pobre homem” que é com muita tristeza que se percebe o longo tempo já perdido se discutindo fúteis e inúteis interesses apenas de natureza política e relacionados estritamente a causa pessoal, sem levar a absolutamente nada, em termos de benefício social, enquanto a vida dos brasileiros permanece exposta ao sabor da insensibilidade, da incompetência e da irresponsabilidade administrativas, apenas se deteriorando à espera de milagre que jamais irá acontecer, diante desse horroroso quadro sob a incumbência de quem já demonstrou a sua incapacidade de agir e decidir em nome do interesse da população.

Eu diria, com muita sinceridade, honestidade e respeito a esse considerado "pobre homem" exatamente o muito que ele deixou de fazer em benefício do interesse público, que a participação dele como gestor do combate à crise da pandemia foi sim estrondoso e decepcionante fracasso, precisamente porque ele tinha o poder para tomar a iniciativa de priorizar, a todo custo, as atenções do seu governo para lutar brava e penhoradamente contra o pior inimigo da saúde dos brasileiro, mas o que se viu foi a dispersão das ações e omissão generalizada, inclusive sob o comando do principal órgão incumbido da execução das políticas governamentais referentes à saúde pública, que ficou acéfalo, por quase um ano, quando poderia ter sido o principal agente indutor do ferrenho combate à pandemia.

 Na verdade, eu diria para ele que a indiferença à gravidade da crise, em princípio, tratada com desdém, foi a marca patenteada pelo governo, em cristalina demonstração de descaso à mais grave calamidade humanitária que se abateu contra a população, que apenas mereceu a atenção e o tratamento minimamente necessários, sem nada de extraordinário como deveria ter sido feito em benefício da preciosidade da vida dos brasileiros.

Diante da longa conversa, com certeza, era inevitável a alternativa do aconselhamento para ele meditar longamente sobre todos os atos adotados e não praticados no seu governo, como forma de avaliação sincera e honesta sobre a sua gestão e, ao final e ao cabo, se ele chegasse à conclusão de que tudo se houve em conformidade com os sentimentos do administrador que realmente merecem os brasileiros, mesmo diante da montanha de mortes causadas pela Covid-19, seria o caso da imediata desistência dos planos políticos da reeleição, à vista da disparidade do que seja razoável, em termos humanitários.

Eu diria para esse “pobre homem” que, certamente, o sucessor dele, se tiver o mínimo de perspicácia político-administrativa, jamais permitirá que a população seja tão castigada como vem sendo nesse governo com as marcas da insensibilidade, incompetência e irresponsabilidade, no que se referem aos cuidados próprios do combate à pandemia do coronavírus, à vista da contabilização de mais de 450 mil mortes de brasileiros, sendo que muitas das quais são decorrentes da falta de medidas preventivas, em especial do imunizante, que chegou com bastante atraso e diminuta eficácia e outras inerentes ao emprego de mecanismos de prioridade, conforme discutido acima.

Eu aproveitaria o ensejo para dizer a esse “pobre homem” que ele simplesmente perdeu excelente oportunidade para se tornar o político mais querido, venerado, idolatrado e até endeusado da história deste país, ao receber precisamente no seu governo, embora em circunstância extremamente nefasta e indesejável, algo que nenhum outro presidente brasileiro mereceu tamanha oportunidade para se destacar acima das nuvens, precisamente com o aproveitamento dessa desgraça da pandemia do coronavírus, tragicamente recebida como espécie de “presente” milagroso do deus da Covid,  para, sobre o terrível mal, operar verdadeiro milagre de bondade, generosidade, acolhimento, compaixão e acima de tudo caridade à população.

Seria o caso, em se tratando de governo inteligente e competente, de ter sido feito o melhor, em termos de saúde pública, mediante a priorização do emprego dos melhores dedicação, empenho, comprometimento, interesse e boa vontade da máquina pública, que seria destinada exclusivamente ao integral combate à pandemia do coronavírus, não faltando absolutamente nada que fosse necessário para a superação de tão terrível mal.

Tudo isso no sentido do entendimento de que a vinda ou o aparecimento da Covid-19 estaria sim no encaixa da necessidade da transformação, em passe de mágica, do governo no melhor do mundo, bastaria tão somente o emprego do estabelecimento de prioridade ao combate à doença, com a determinação de que nada seria feito na administração sem antes cuidar das questões relacionadas com a crise da saúde pública e de fato tudo tivesse sido feito nesse sentido.

Eu diria a esse “pobre homem” que ele não foi capaz de atinar para a realidade sobre a crise que precisava ter sido enfrentada com a maior seriedade que um governo competente e sério poderia imaginar, sob a necessidade do emprego de políticas específicas contra as questões da pandemia, sob a conveniente prioridade da implantação de órgão próprio para cuidar exclusivamente de tudo sobre a doença, mediante a disponibilização de todos os recursos, em termos de pessoal e material, e a dedicação exclusivamente para tratar da saúde nacional, tendo a centralização, o comando e a coordenação do governo federal, com a participação das unidades estaduais e municipais, de modo que todas as ações e medidas demandadas tivessem por único objetivo a saúde dos brasileiros, sem necessidade alguma de politização nem disputas sobre influência de poder.

Eu diria a esse “pobre homem” que teria sido preciso se levar em conta exclusivamente a importância e a valorização de vidas humanas, ficando decidido que as demais questões referentes aos interesses políticos e pessoais, além dos econômicos, entre outros por mais importantes que fossem, ficariam adiados para momentos depois da solução definitiva das questões pertinentes à pandemia, durasse o tempo que fosse, porque uma nação de homens sérios, evoluídos, competentes, inteligentes e responsáveis, em termos dos cuidados sobre o interesse público, somente podem pensar, como prioridade, no bem-estar da população.

Eu diria para esse “pobre homem” que o verdadeiro estadista é o homem público que defende, com fervor, seus projetos políticos, por ser da sua essência enquanto não estiver no exercício do cargo delegado pelo povo, porque, nesta condição, é do seu dever primacial a exclusiva e prioritária defesa do interesse da população, quanto mais em se tratando de pandemia da gravidade do coronavírus, que tanto aflige a vida dos brasileiros.

Ante o exposto, concito os brasileiros imbuídos dos melhores propósitos de nacionalidade, que se juntem às pessoas que defendem os interesses da população, para possibilitar a formulação do entendimento de que todos precisam acolher o presidente da República nas suas casas, para dizerem a ele, com muita clareza, precisamente a verdade sobre o sentimento angustiante de quem sofre terrivelmente diante do descaso, da insensibilidade, da incompetência, do desprezo e da irresponsabilidade no enfrentamento da calamidade humanitária decorrente da tragédia da pandemia do coronavírus, na certeza de que tudo que possa ter sido feito não representa absolutamente nada do que realmente necessitava fazer para salvar preciosas vidas humanas.   

Brasília, em 30 de maio de 2021

sábado, 29 de maio de 2021

Esperança na salvação?

 

Em momento de descontração religiosa, já finalizando a audiência geral das quartas-feiras, no Vaticano, o papa quis ser engraçadinho, ao fazer piada logo diante de animado grupo de brasileiros.

Ao transitar pelo pátio de San Damaso, o pontífice foi abordado por um padre de Campina Grande (PB), que pediu orações para a população do Brasil, por meio do seguinte apelo: “Santo Padre, reze por nós, brasileiros?”.

Imediatamente, o papa respondeu, sorrindo, certamente em tom de brincadeira, verbis: “Vocês não têm salvação. É muita cachaça e pouca oração”, conforme mostra a parte do vídeo da agência italiana Ansa.

Esse vídeo foi divulgado nas redes sociais de correspondentes de rádio e televisão dos países latino-americanos.

Infelizmente, convém notar que o vídeo somente publicou parte da reportagem, dessa transcrita acima, porque não houve a continuidade da gravação da conversa, que não aparece nele, em clima mais ameno, sério e familiar, quando, logo em seguida, o papa teria concluído a conversa, ao dizer que “rezava sempre pelo Brasil e que tinha um carinho muito grande pelos brasileiros.”.

Depois disso, o papa continuou cumprimentando as pessoas, com a alegria habitual dele perante os fiéis.

Na verdade, pode-se se intuir que se trata realmente de brincadeira em momento fortuito, mas é certo que a grandeza da autoridade do chefe da Igreja Católica jamais se permitiria uma desconcentração com o sentido tão gravoso como o de condenar os brasileiros a não terem salvação, sob a pecha de preferirem cachaça à oração, porque isso não poderia sequer praticável nem mesmo por leigos em religião, que respeitam o livre arbítrio e os sentimentos das pessoas.

Considerando a rivalidade existente entre brasileiros e argentinos e vice-versa, mesmo em tom de brincadeira, que contou com a tentativa de conserto em seguida, isso pode até ter fundo para forma de recado aos fiéis tupiniquins, que aparentam diminuição da fé católica, possivelmente diante também de atitudes nada construtiva como essa do papa.

O santo papa teria sido muito mais elegante se apenas tivesse respondido o seu gesto de carinho aos brasileiros com a conclusão do seu discurso, tão somente no sentido de dizer que “rezava sempre pelo Brasil”, dispensando o inconveniente gracejo nada compatível com a representatividade eclesiástica pontifícia, em especial neste momento de crise causada pela pandemia do coronavírus.    

A impressão que fica é a de que o papa perdeu excelente oportunidade para marcar a sua autoridade de comandante da Igreja Católica, apenas por meio da afirmação que realmente interessava ao religioso campinense e demais brasileiros realmente desejosos de rezas papais, tendo por finalidade o recebimento da proteção contra os males que tanto afligem o povo, eis que ele tanto precisa da ajuda celestial, diante do desprezo com que vem sendo dispensado pelas autoridades terrestres brasileiras, conforme mostram os fatos de insensibilidade, incompetência e irresponsabilidade no enfrentamento do combate à tragédia humanitária do século.

É preciso ficar muito claro que o papa, mesmo em tom de brincadeira, não tem autoridade para declarar quem pode se salvar, quanto mais em relação aos brasileiros, porque o Brasil é país, graças a  Deus, de povo que trabalha, tem alegria e muita fé nas suas crenças, como forma da manutenção dos seus princípios religiosos, que são a força espiritual que alimenta e sustenta o seu amor às causas divinas.

Infelizmente, o mundo lá fora enxerga o Brasil bem assim como fez o santo papa, como tendo o povo com a mentalidade bastante desconectada do juízo normal, que adora malfeito e tirar vantagem de tudo, em especial no que se refere ao mundo político, onde, via de regra, há plêiade de homens públicos infames cuidando exclusivamente de seus interesses, em detrimento das causas da população.

Se há pretensão de se mudar essa horrível mentalidade preconcebida de país de preguiçosos e de pessoas sem noção, que servem de motivo para piada mundial, como essa infeliz do papa, é preciso gigantesca campanha para se mostrar, com a maior seriedade possível, que aqui se trabalha e se cultua práticas voltadas para o bem comum, de modo a se tentar a obtenção do respeito das outras nações, inclusive do papa, infelizmente.

A verdade é que a piada papal foi extremamente inconveniente, porque feita em momento de concentração popular em busca da ajuda divina para questões relacionadas com a crise da pandemia, que exige, antes de tudo, seriedade e respeito à dignidade dos cristãos brasileiros, com a sua saúde tão afetada pelos maus-tratos no combate à doença, à vista da enorme quantidade de mortes.

Não obstante, com todo respeito ao pontífice, os brasileiros agradecem as suas orações aos céus, no sentido de nos ajudar neste momento de dificuldade, de alguma forma, com a sua sabedoria religiosa, dizendo que o momento não é de piadas, mas sim de seriedade e respeito, sendo que este precisa ser mútuo.

Sem a menor dúvida, o Brasil é o país que concentra o maior rebanho católico do mundo, cujo povo, não somente os cristãos seguidores da Igreja Católica, foi atingido indistintamente pela indevida piada papal, não merece desrespeito de maneira alguma, quanto mais em momento crucial como este onde grassa a pandemia do coronavírus, de forma avassaladora contra os brasileiros.

Enfim, espera-se que os brasileiros levem em conta a verdade sobre a piada do papa, já que ele não se dignou a pedir desculpas ao povo, no sentido de procurar beber bem menos e rezar muito mais, na esperança da obtenção da salvação.  

Brasília, em 29 de maio de 2021

sexta-feira, 28 de maio de 2021

lembrança da minha escola primária

 

Circulou recentemente, nas redes sociais, a fotografia do saudoso Grupo Escolar Jovelina Gomes de Uiraúna, Paraíba, a propósito do anúncio sobre o início, nesta semana, dos estudos nessa instituição, conforme se vê abaixo, na certeza de ter autorização, sem pedi-la previamente, do seu autor (a), para publicá-la.

Diante disso, eu disse, na ocasião, que se tratava de linda fotografia do querido Grupo Escolar Jovelina Gomes de muitas e eternas saudades, lembrando que foi daí onde nasceu o esplendoroso facho encimado de poderosa ponta de lança do conhecimento e do saber, com o prenúncio de que, dali, partiria verdadeiro intrépido guerreiro na busca de permanentes conhecimentos sobre a vida e o mundo.

Todo conjunto do meu patrimônio do saber, que sei nem caber em um dedal, nasceu precisamente nesse amado Grupo Escolar, que tem sido importante berço do saber de infinidade de ilustres e dignos uiraunenses que ajudam no desenvolvimento do Brasil.

A saudade é forma especial de se mostrar o quanto se ama algo na vida e a minha passagem pelos bancos escolares desse educandário diz muito do que sou e da grandeza dos seus ensinamentos.

A minha eterna gratidão ao Jovelina Gomes se traduziu na linda homenagem que fi-lo, em momento especial onde quis exaltar o meu amor, em agradecimento, à sua contribuição prestada no arranco da minha vida escolar.

Imagino que o início dos estudos foi uma das fases mais importantes da minha vida, por fazer parte de mim pretender alcançar algo especial na vida, que até posso não ter chegado a tanto, mas certamente consegui atingir o topo que jamais imaginei um dia.

Isso diz muitíssimo com a preciosa aprendizagem haurida nessa saudosa escola primária, onde existia uma plêiade de professoras acima da competência especial para ensinar e educar, cuja viva lembrança somente memorizei, infelizmente, de três das minhas professoras ali, das quais me recordo bastante de seus estilos de lecionar.

Sei perfeitamente das excelentes professoras Expedita Veloso, Maria do Céu Fernandes e Juvanira (in memoriam), às quais sempre presto meu mui afetuoso carinho, em respeito à dedicação para com este atencioso discípulo delas, que reconhece, penhoradamente, a importância de seus valiosos ensinamentos, dizendo que eles foram muito bem aproveitados, porque as suas lições se consolidaram em mim e foram impregnadas para sempre na consciência do saber.

Minha homenagem de carinho ao amado Grupo Escolar Jovelina Gomes, às queridas professoras Expedita Veloso, Maria do Céu Fernandes, Juvanira e às outras minhas queridas professoras que não me lembro delas, dizendo do meu eterno amor às bondosas "tias" (nem existe isso na época). Kakaká

          Brasília, em 28 de maio de 2021

Desprezo à saúde?

 

O presidente da República decidiu recorrer ao Supremo Tribunal Federal contra os decretos estaduais e municipais que preveem lockdown e toques de recolher em razão da pandemia da Covid-19.

O presidente brasileiro pede ao Supremo que sejam declaradas inconstitucionais as medidas de governadores e prefeitos.

A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) foi apresentada pela Advocacia Geral da União, entidade que representa juridicamente o presidente e servidores federais, embora a ação seja assinada pelos presidente do país e advogado-geral da União.

Como justificativa de argumento, a AGU afirma que o presidente do país não está questionando decisões anteriores do Supremo, que reconheceu direito de governadores e prefeitos decretarem medidas sanitárias de restrição ao deslocamento, mas sim que “algumas dessas medidas não se compatibilizam com preceitos constitucionais inafastáveis”.  

A AGU diz ainda, basicamente, que a intenção da ação é invalidar juridicamente esses decretos, mas, também, que sejam considerados “os devastadores efeitos que medidas extremas e prolongadas trazem para a subsistência das pessoas, para a educação, para as relações familiares e sociais, e para a própria saúde – física e emocional – da população”.   

Em primeiro lugar, o governo, com essa ação, ignora e põe para o espaço sideral as graves questões causadas pela crise da pandemia do coronavírus, que precisam ser tratadas com muito carinho e extrema prioridade, por envolver vidas humanas, que exigem cuidados excepcionais e absolutos das instituições incumbidas da saúde pública, que é algo praticamente inexistente nesse governo.

Uma situação de extrema complexidade, como se apresenta a maléfica Covid, precisa ter tratamento especial e apropriado, sem necessidade do uso de medidas judiciais, senão para obrigar que as autoridades públicas sejam sensíveis e atentos aos cuidados sob a sua responsabilidade de zelar prioritariamente da saúde dos brasileiros.

Neste momento de calamidade pública, o governo com o mínimo de sensibilidade humana e competência e responsabilidade administrativas, deveria recorrer aos bons princípios da racionalidade e da consciência cívicas e humanas no sentido de se reunir com as partes envolvidas no enfrentamento das graves questões que abalam a saúde dos brasileiros, de modo que as tratativas em conjunto com as autoridades da federação possam contribuir para decidir sobre as melhores medidas a serem adotadas para o verdadeiro e efetivo combate a essa desgraça, que já eliminou a vida de mais de 450 mil brasileiros.

Enfim, quais seriam as dificuldade para que as autoridades federal, estadual e municipal, incumbidas legalmente de cuidar da saúde dos brasileiros, não possam se reunir e discutir, em conjunto, os graves problemas que existem desde a origem dessa tragédia humanitária, que somente se intensifica dia após dia, sem que não seja possível surgir ninguém com capacidade intelectual e disposição para o diálogo construtivo, senão apenas para criticar e censurar o trabalho de quem vem fazendo a sua parte, na linha de frente e direta do problema?

Na ação do governo, fica muito claro o interesse por tudo, menos pela vida dos brasileiros, quanto aos cuidados diretos com as causas da pandemia, que exigem cuidados específicos e excepcionais, o que vale dizer a atenção especial da máquina pública nacional, com vistas exclusivamente para cuidar e zelar da vida dos brasileiros.  

Na ação em referência, o governo, mais uma vez, deixa cristalina a sua completa incompetência administrativa e democrática para tratar de importante assunto de interesse da população, em nível nacional, ao dá destaque a questão de natureza jurídica, deixando de lado o principal assunto que envolve a matança incontrolável de vidas humanas, que estão acontecendo com a maior naturalidade, sem que seja movida uma pena, no sentido da mobilização emergencial, geral e prioritária, com vistas às medidas necessárias, ao menos, à minimização dessa tragédia humanitária, mesmo que seja apenas para mostrar interesse em salvar vidas humanas, porque esta é a maior causa que o país pode mostrar para o seu povo, ou seja, a valorização da preciosa vida dos brasileiros, quando o resto, enfim, as causas jurídica e econômica, não dizem absolutamente nada, em se tratando de pandemia que consome vidas.

Ora bolas, que “preceitos constitucionais inafastáveis” foram redigidos especificamente para serem aplicados em tempos de pandemia, quando milhares de vidas já se foram, certamente por causa da insensibilidade daqueles que estão muito mais preocupados com disposições constitucionais e princípios econômicos?

Por questão de sentimento humanitário, as autoridades públicas deveriam estar muito mais preocupadas, a ponto da loucura, mas tão somente à procura de soluções para o salvamento de vidas humanas, como fazem normalmente, com muitíssima competência, os governantes conscientes da sua incumbência de estadistas revestidos dos sentimentos de responsabilidade cívica e humana?    

          É penoso se verificar o alto grau intelectual do governo federal dedicado aos assuntos jurídicos, quando as questões prioritárias, voltadas diretamente ao enfrentamento das causas da pandemia do coronavírus, estão sendo absolutamente relegadas a lugar secundário, porque estas sim deveriam ter extrema preferência de cuidados, com o envolvimento, em conjunto, das forças máximas necessárias ao combate à Covid-19, em nível nacional.    

Brasília, em 28 de maio de 2021

quinta-feira, 27 de maio de 2021

Insensibilidade humana

 

A Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid, do Senado Federal, ouviu o diretor do Instituto Butantan, que, em sua explanação inicial, explicou sobre a negociação da vacina CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac e desenvolvida no Brasil pelo Instituto Butantan, com a participação do governo federal. 

Aquele diretor disse que as negociações se encontravam bastante adiantadas, em que o Instituto Butantan já havia recebido "sinalização positiva" do Ministério da Saúde, para oferecimento de 100 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, mas as tratativas foram bruscamente paralisadas após o presidente da República ter afirmado que teria mandado cancelar a compra da CoronaVac.

O diretor disse que, no dia 7 de outubro de 2020, o Butantan ofereceu 100 milhões de doses de vacinas ao Ministério da Saúde, das quais 45 milhões seriam produzidas ainda em 2020, com previsão da entrega do último lote para março deste ano.

Segundo o diretor do Instituto, no momento, houve sinalização positiva da pasta, inclusive, com a possibilidade da edição de medida provisória, para a formulação do acordo, na forma acertada com o governo. 

Diante disso, no dia 20 de outubro, em reunião com governadores, o então ministro da Saúde anunciou a intenção de assinatura do protocolo de intenções, tendo o diretor do Butantan sido convidado para a cerimônia onde a vacina seria anunciada.

Não obstante, no 21 de outubro, o presidente da República afirmou, de forma peremptória, que mandou cancelar o protocolo de intenções de compra de 46 milhões de doses da vacina CoronaVac

Em tom ditatorial, que realmente tem competência para decidir exatamente assim, mostrando completa insensibilidade humanitária, o mandatário supremo do país decretou, verbis: A da China nós não compraremos, é decisão minha. Eu não acredito que ela transmita segurança suficiente para a população. Esse é o pensamento nosso. Tenho certeza de que outras vacinas que estão em estudo poderão ser comprovadas cientificamente, não sei quando, pode durar anos”.

No dia seguinte, o então ministro da Saúde apareceu ao lado do presidente do país, em transmissão ao vivo na televisão, e disse, como tentativa de justificar o injustificável, com a cara mais lisa e desmoralizada, que “um manda e outro obedece”, ou seja, o general da ativa foi desautorizado pelo presidente após anunciar a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, evidentemente sem qualquer justificativa plausível, senão em cumprimento do capricho do todo-poderoso presidente.

Por incrível que pareça, no seu depoimento à CPI, o general, em monstruosa mentira e em desrespeito não só aos brasileiros, mas ao seu Exército, disse que o seu então chefe nunca havia interferindo na compra da CoronaVac.

Perguntado, na CPI, quando o presidente do país havia comunicado que o Ministério da Saúde não poderia comprar a vacina CoronaVac, o mentiroso general respondeu que o presidente "Nunca comunicou nada disso", não sabendo que é crime mentir para a comissão.

Isso deixa muito claro, evidentemente sem margem de dúvida, que os interesses dos brasileiros são realmente decididos por pessoa prepotente e completamente incapaz e incompetente para tal ofício, por ter o pensamento segundo o qual a vacina chinesa não transmite segurança para a população, passando por cima das autoridades do Ministério da Saúde do governo e do instituto especializado na matéria, que vinham cuidando com as devidas competências do assunto, que foi posto por terra com simples canetada, mostrando para a população que a autoridade leiga sobre vacina tem muito mais poder do que os órgãos incumbidos dos exames sobre a eficácia do medicamento imunizante.

Quando o resto do mundo estava cuidando de adquirir os imunizantes, o presidente brasileiro decidia, ao seu alvedrio, que a vacina brasileira depende da decisão dele, conforme a determinação acima, embora, por falta de alternativa, ele foi obrigado a engolir a seco a sua prepotência e o seu injustificável pensamento de sabedor de tudo, inclusive de medicamentos, em especial, de vacinas e cloroquina, para, depois, precisar comprar exatamente os imunizantes desprezados pelo governo, em razão da falta de comprovação científica, sem que nada tivesse sido acrescentado, depois disso, à formula criticada, ficando o governo com cara de paisagem e ainda ficar implorando pelas doses do imunizante.

A desastrada e irresponsável decisão presidencial pode ter contribuído com imensuráveis prejuízos, de toda ordem, a começar pelo irreparável atraso na aquisição das vacinas, essencial para a proteção da vida, mas em especial para se evitar muitas mortes, levando-se em consideração que a demora no começo da imunização deve ter contribuído para muitas mortes.

Isso é fato insofismável, embora não seja possível se provar por meios fácticos, mas o certo é que a vacina consegue, pela única via, proteger vidas, o que se confirma tal premissa, além de mostrar o tamanho da tragédia protagonizada por pessoa sem competência para decidir sobre matéria com implicação em preciosas vidas.

O Presidente da República pode ser considerado culpado por ter decidido sobre matéria referente à saúde dos brasileiros, sem ter, para tanto, conhecimentos de medicina e ainda sem o respaldo de estudos técnicos, para suspender a compra de imunizante, considerado da maior importância para a preservação de vidas humanas.

Nessa mesma linha é a situação do então ministro da Saúde, que foi cúmplice com o seu então chefe, além de ter mentido descarada e fragorosamente perante a CPI da Covid, quando negou o óbvio, de que o presidente nunca tinha comunicado nada disso, enquanto ele havia mandado suspender a compra de 46 milhões de doses da vacina CoronaVac.

Os brasileiros precisam se conscientizar de que se o processo referente ao combate à pandemia do coronavírus tivesse sido revestido de seriedade, boa vontade, verdade e principalmente interesse público, jamais teria acontecido essa calamidade humanitária, em especial com a contabilização de centenas de mortes de brasileiros, que certamente não chagariam a tanto não fosse esse indiscutível e generalizado descaso com a vida, representado pelas reiterada insensibilidade humanitária e incompetência administrativa.

          Brasília, em 27 de maio de 2021

quarta-feira, 26 de maio de 2021

Irracionalidade

            Diante de comentário que fiz sobre muitas negligência, incompetência, insensibilidade, desumanidade, entre tantos outros descasos na execução das políticas inerentes ao combate à pandemia do coronavírus, muitas pessoas se manifestaram em apoio ao meu texto, mas ganha destaque o comentário abaixo, de pessoa que se extremamente indignidade com os tristes acontecimentos, em especial a calamidade pública que se consolida a todo instante, no Brasil.

A referida mensagem tem o seguinte conteúdo: ”Muito triste esses acontecimentos no nosso país!! Falta de respeito e compromisso com o povo. O ex. Ministro Pazuello mentiu o tempo todo, nega que não obedecia o presidente, contrariando os fatos notadamente conhecido de todos. "Cancelei a vacina porque sou eu que mando", mente que a tecnologia desmente, foi omisso com os acontecimentos em Manaus, no Pará e etc. com a falta de oxigênio e outros recursos que poderia ter salvado vidas, Onde muitos artistas ajudaram. Pazuello msm falou: ‘Bolsonaro manda e eu obedeço’. Esse deboche é por estarem convictos da impunidade, triste Brasil!!! Lamentável é o que estamos vendo e presenciando os fatos. Esse ministro tem pedra no lugar do coração, não interessa o preço da vacina. Uma vida vale muito mais!! O povo quer ouvir uma resposta clara e verdadeira, não comentários que o senhor fez, são os desejos de muitos!.. Desculpe amigo pelo comentário gosto de dar minha opinião e tbm peço desculpa os que não gosta das minhas opiniões sobre seus textos, respeito de todos e cada um com seu modo de pensar e opinar.”.

Diante dos acontecimentos lamentáveis, não há dúvidas de que é preciso se indignar sim com a evidência de incompetência generalizada, à vista da constatação de mais de 450 mil mortes e simplesmente nada é feito de diferente, apenas se fazendo o necessário, como se todo esse flagelo fosse algo natural, como obra da natureza, quando, na verdade, os fatos exigem mais do  que medidas revolucionárias, muito além providências diante de guerra de verdade.

Sim, é horrível esse estado de coisas, em que, na qualidade de ser humano, é preciso ter coragem e dignidade para dizer o que acha errado, mesmo que isso não vá alterar absolutamente nada, como vem mostrando as autoridades que têm a incumbência de tratar da saúde dos brasileiros.

Este é o sentimento das pessoas, para se mostrarem que são adultas e têm todo direito de se posicionar contra os fatos de insensibilidade e crueldade à vida humana.

Não podemos nos preocupar com o que os outros pensam sobre o nosso sentimento diante da irracionalidade que vem sendo posta em prática com a notória falta de políticas adequadas no combate à crise da saúde pública, que nunca esteve tão distanciada da realidade dos acontecimentos massacrante da população, em todo o seu conjunto, à vista da inexistência de órgão centralizador nacional das medidas diretamente incumbidas dos cuidados exclusivamente contra a doença, de modo a se buscar, no conjunto da federação, as melhores condições para se selar da vida dos brasileiros, evidentemente entre outras providências a demonstrarem explícita priorização, em termos de interesse público, na execução das políticas governamentais relacionadas ao assunto.

Enfim, cada brasileiro tem a sua cota de viver à sua maneira, respeitando exatamente os outros como eles são, sem ninguém precisar prestar contas sobre seus atos, em forma de reciprocidade, em harmonia com o Estado de Direito.

Se eu fosse me preocupar com o que as pessoas pensam e falam sobre as minhas ideias, em especial acerca do que escrevo, do que penso sobre os fatos da vida, já tinha deixado de escrever há muito tempo, deixando, com isso, de prestar alguma contribuição para aqueles que não foram seduzidos pelas insensibilidade, incompetência e irresponsabilidade.

 É preciso que o sentimento de amor à vida humana se sobreponha à frágil ideologia política, porque esta pode ser efêmera, em especial neste momento tão difícil, onde vem predominando o negacionismo sobre tão terrível doença, tendo o condão de prejudicar fortemente a execução das políticas de combate à pandemia do coronavírus, que nem mesmo a absurda quantidade de mortes de brasileiros conseguiu a sensibilização para o caso.

É evidente que, nem com muita boa vontade, tem como explicar tanta dificuldade, por parte das autoridades incumbidas constitucionalmente de cuidar da saúde dos brasileiros, para se perceber a gravidade da doença, a ponto de nada ter sido feito de extraordinário, senão se digladiarem em vergonhosa disputa política, quando era de se esperar compreensão, dedicação e bons propósitos de todos, independentemente de partidarismo ou ideologia política, diante da calamidade humanitária a dizimar vidas, em inaceitável progressividade animalesca, explicada pela irracionalidade e principalmente pelo notório descaso para com a vida humana.

          Brasília, em 26 de maio de 2021