segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Quem ganhou e quem perdeu?

 

Embora seja considerado o grupo mais fisiológico da política brasileira, os partidos que integram o Centrão, sendo que este também é base política do governo, na Câmara dos Deputados, conseguiram eleger parcela expressiva dos prefeitos, nesta última eleição, somando mais 2.600 municípios, cerca de 45% das cidades brasileiras.

Em quantidade de moradores, aqueles municípios representam em torno de 78 milhões de pessoas, ou o equivalente a cerca de 40% da população do país.

O desempenho do Centrão, na disputa municipal, mereceu a análise de especialistas políticos e das principais lideranças políticas, já fazendo projeção para as eleições de 2022, com vistas ao trabalho de mobilização dos eleitores já visando à corrida presidencial, com tendência para a ampliação da força política do Centrão perante o Executivo federal, em termos de interesses próprios do jogo político, que tem sido a especialidade desse “famoso” grupo.

O resultado das eleições mostra, mais uma vez, a enorme dificuldade dos brasileiros de promover renovação dos quadros políticos, quando se confirma o poder de convencimento de políticos que têm aderência à prática da chamada política velha, em que os integrantes desse grupo, o Centrão, agem visando muito mais aos seus interesses políticos, quanto à dominação do poder e ao seu fortalecimento, em claro detrimento dos interesses públicos, à vista das coalizões postas em prática junto aos governos.    

Nestas eleições, os resultados mostram que os eleitores preferiram consagrar candidatos de partidos do centro, com evidente desprezo ao bolsonarismo e o petismo, que, de forma melancólica, tiveram enorme encolhimento, deixando muitas dúvidas quanto ao futuro deles, em especial no que diz respeito ao pleito presidencial, logo ali, em 2022, visto que o sentimento demonstrado pelos eleitores acena para o fato de que as lideranças daqueles segmentos políticos vão precisar despender muito trabalho para a urgente recomposição de suas bases políticas, que se mostraram bastante esgarçadas neste pleito eleitoral.

O resultado das urnas acena para o que parece ser realmente imprescindível que as lideranças políticas busquem, de alguma forma, se reciclarem, em termos estratégicos, porque seus ultrapassados métodos postos em prática já não satisfazem mais aos interesses de eleitores mais exigentes, que preferem que os homens públicos sejam capazes de buscar a modernização e o aperfeiçoamento dos métodos de trabalho, muito mais em harmonia com o verdadeiro sentido objetivado pela política, como ciência, que precisa assim ser entendida, ao invés do que vem acontecendo.

Vejam-se que, no caso do presidente da República, nem ainda atingiu a metade do seu mandato, tudo faz, agora, já projetando a sua reeleição, em clara atitude na contramão do que se imagina para o alcance e a consolidação das práticas políticas sérias e decentes, no sentido de tratar os assuntos no seu devido tempo, porquanto a vez agora é apenas o que seria a gestão eficiente e competente e somente se pensar na reeleição no momento apropriado, como normalmente fazem os verdadeiros estadistas, tendo em conta o bem da administração pública.

Nestas eleições, é facilmente possível se afirmar quem ganhou e quem perdeu, posto que ganharam os candidatos que comungam da velha política, ou seja, os mesmos que participam de grupos hegemônicos que praticam políticas sebosas e ultrapassadas do explícito e inegável fisiologismo, e os perdedores são os conhecidos de sempre, i.e., os brasileiros que nunca vão aprender a votar, apenas confirmando o surrado aforismo segundo o qual “o povo tem o governo que merece” e certamente há de merecer os representantes com a índole política escolhidos por ele.

É verdade que a pandemia do coronavírus pode ter contribuído para a confirmação de enorme ausência às urnas, em muitos casos superando a 30%, como em São Paulo, onde a abstinência e os votos brancos e nulos atingiram alarmantes 40,61%, que podem também representar boa parte dos paulistanos que não queriam nenhum dos dois postulantes ao cargo de prefeito da capital paulista.

Isso pode levar à ilação de que candidato mais afeito à vontade e à preferência dos paulistanos poderia se eleger facilmente com os 40,61% dos ausentes e dos votos inválidos, o que isso bem demonstra, na prática, que pouco importa a qualidade do representante do povo, mas sim que alguém seja finalmente eleito, que terá o legítimo direito de administrar toda população, mesmo a maioria dos eleitores que se abstiveram ou anularam o seu voto, em clara negação ao direito democrático de escolha de seu representante político.

Enfim, fica o recado das urnas de que ninguém ganhou por competência ou incompetência nem por ser apadrinhado de importante líder político nem muito menos pela robusteza do seu partido, mas sim por falta de candidato com mais qualidades e atributos pessoais, visto que muitos bons cidadãos, considerados pessoas sérias, genuinamente honesta e responsáveis, não se atrevem a participar da política, diante da podridão que, infelizmente, teima em permanecer impregnada e imperando nela, à vista da esmagadora vitória de candidatos que integram justamente o grupo do Centrão, que se tornou célebre pela defesa ao fisiologismo sintonizado com a abominável velha política, cuja filosofia por ele empregada não condiz com os saudáveis princípios republicanos da ética e da moralidade, entre outros.

Brasília, em 30 de novembro de 2020  

domingo, 29 de novembro de 2020

O astro decadente

 

A morte do maior atleta futebolístico da Argentina pôs ao chão as estruturas do povo desse país, porque ele era considerado verdadeiro deus por aquelas bandas, tamanha a idolatria ao herói nacional.

Diante do extraordinário feito dele nos gramados, o seu enorme prestígio era reconhecido mundialmente, à vista das homenagens direcionadas ao eterno camisa 10 da Argentina.

De acordo com as informações do laudo da necropsia, o atleta teria morrido por causa de insuficiência cardíaca aguda.

O LANCE!, jornal especialista em esportes, conversou com famoso e experiente especialista em cardiologia, que é médico em esporte do Hospital do Coração, em São Paulo, tendo obtido dele revelações detalhadas sobre a doença do ex-craque argentino, a quem prestava acompanhamento, em forma de tratamento clínico.

O mencionado especialista esclareceu que “A gente chama de edema agudo de pulmão, quando o coração não consegue bombear o sangue para a circulação de forma eficiente. O sangue se acumula no pulmão. É uma complicação final de uma doença grave chamada insuficiência cardíaca, uma doença que ele já tinha há anos. O coração dele não tinha força para bombear sangue com eficiência para o corpo.”.

Há de se convir que a vida do astro do futebol argentino sempre foi fantástica quando atuava nos gramados, com seus dribles desconcertantes e outras impressionantes jogadas, tendo se tornado grande marcador de ao  gols, alguns que passaram para a história, aquele feito irregularmente, por ter usado a mão, no final da Copa do Mundo, em 1986, contra a Inglaterra, quando a seleção de se país se tornou campeão.

O certo que é que o ex-atleta argentino mereceu os melhores elogios por suas jogadas recheadas de genialidade, mas fora dos campos, ele não conseguia manter vida saudável, equilibrada e aconselhável para ex-futebolista do prestígio mundial desfrutado por ele, que deveria ser normal, por conta da fama, em especial.

O ex-atleta nunca escondeu seus graves problemas com o vício em substâncias químicas, das mais pesadas, que foram a principal causa da doença cardíaca que o levou desta vida, ou seja, a reiterada e contumaz indisciplinada foi a grande causa do problema cardíaco.

O cardiologista declarou que “O que se sabe é que ele tinha uma dependência química muito grande de drogas lícitas e ilícitas, como cocaína e álcool, pelo o que se lê na imprensa. Isso provocou uma miocardiopatia dilatada, quando o músculo do coração perde a força e aumenta de tamanho. Então ele fica com o coração grande, um ‘coração de boi’, e perde a força. É uma situação que se pensa em transplante cardíaco, o que geralmente não se usa em caso de dependentes químicos.”.

O cardiologista esclareceu que as drogas afetam o corpo humano de diversas maneiras, a depender do conteúdo utilizado, cujas substâncias podem afetar diretamente a atuação em campo e isso pode levar a acreditar que ele tenha se beneficiado, nos gramados, em razão dos efeitos das drogas.

No caso do ex-atleta argentino, que era usuário de drogas ilícitas, a exemplo de cocaína, o risco cardíaco era potencialmente maior e funcionava como uma bomba prestes a explodir a qualquer momento, como de fato veio a acontecer, à vista da sua morte aos sessenta anos, ainda em condições absolutamente favoráveis de vida longeva, em se tratando dos benefícios decorrentes, desde que ele tivesse se cuidado.

O especialista esclareceu que a abstinência é dependência poderosa de ordem psicológica e química e que, por isso, o viciado encontra enorme dificuldade em parar com as drogas, à vista dos efeitos decorrentes da abstinência, que são parecidas com as da overdose, em forma de arritmia e forte mal-estar no organismo.

Sem dúvida alguma, o mundo perdeu grande ex-atleta do futebol arte e genial, que encantou plateias do mundo com suas jogadas mirabolantes que as dominava com facilidade, chegando a cativar todo povo do seu país, como ímpar dono da bola.

Na verdade, tem-se em única pessoa, verdadeiro herói, ante o grande atleta que foi nos gramados, com a comprovação da sua genialidade nas conquistas de títulos mundiais para o seu país, e pessoa extremamente fracassada como ser humano, por ter sido incapaz de controlar e eliminar seus perniciosos vícios em drogas praticamente letais, o que o torna péssimo exemplo para as gerações.

Outro lado extremamente nefasto e triste do ex-atleta argentino convém ser ressaltado, à vista de ele ter se tornado importante homem público da história mundial, que foi a sua nítida e irresistível idolatria por ditadores, pessoas desumanas e cruéis, responsáveis por comandarem nações de regimes totalitários socialistas, que têm notório histórico de fuzilamento de seus opositores, como os Castros e outros brutamontes de outros países, inclusive da Venezuela, o que bem demonstra o seu insensato desprezo à dignidade do ser humano.

Dessa forma, o poderoso astro do futebol arte argentino poderia muito bem ter passado para a história como importante, grandioso e reverenciado jogador astro dos gramados, porque ele foi considerado o segundo maior jogador mundial de todos os tempos, só perdendo para o eterno rei do futebol, o brasileiro este que poderia muito bem ser alcunhado até mesmo como o deus brasileiro do futebol, mas o título honorário de rei já é suficiente para mostrar que ele foi o melhor dos campos de futebol, de todos tempos, por ter sido o melhor jogador que tratou a bola com espantosos carinho e amor.

O ex-craque brasileiro conseguiu mandar a bola para as redes tantas vezes como ninguém jamais fez, no total fantástico de 1.283 gols, marca extraordinária esta que, certamente, nunca será igualada ou ultrapassada na história do futebol mundial.

Na verdade, o grande e inacreditável legado deixado pelo astro do futebol argentino, que poderia ter sido as marcas das suas jogadas geniais e fantásticas, nos gramados, deve ser mesmo a sua triste lição de ex-atleta que faleceu prematuramente em razão de incontrolável vício em drogas pesadíssimas, suficientemente capazes para deteriorar por completo o seu coração, que não suportou suas diabruras com o uso do pior veneno letal, até mesmo ante os maiores atletas do planeta, como ele, conforme o relato de especialista.

Brasília, em 29 de novembro de 2020  

sábado, 28 de novembro de 2020

O poder da fiscalização

 

Um vereador de Uiraúna, Paraíba, postou nas redes sociais denúncia sobre obra que vinha sendo executada em terreno particular, com o uso de máquinas e equipamentos sob a administração da prefeitura daquela cidade ou contratados por ela, cujas imagens podem evidenciar possíveis irregularidades na aplicação de recursos públicos.  

Diante de crônica sobre esse episódio, um atento conterrâneo escreveu mensagem, nestes termos: “Quando escrevi dizendo que é muito difícil acabar com esses privilégios na nossa Terra não quis dizer que era impossível. Agora do jeito que a coisa anda é complicado. Só sabe quem vive o dia a dia.”.

Em resposta à mensagem que põe em dúvida o que pode acontecer no futuro, lá em Uiraúna, eu digo que é perfeitamente compreensível o entendimento ali esposado, diante das circunstâncias, em especial sobre a permissividade que há na aplicação de recursos públicos, onde muitos agentes públicos pensam que têm poderes ilimitados e podem autorizar tudo, inclusive obras em terreno particular, como visto nesse lamentável flagrante.

Tudo indica que, agora, depois da veemência da denúncia do vereador, com a vexatória e indiscutível exposição de obras inegavelmente irregulares, que têm o condão de mostrar algo realmente podre, que felizmente (por detonar o uso indevido de dinheiro público) e infelizmente (por mostrar que, em pleno século XXI, ainda tem administrador que não se envergonha de participar de esquema condenável de desvio de recursos públicos) vai se tornar mais difícil a realização de obra dessa envergadura, em Uiraúna e isso é o que se pode deduzir.

A denúncia em referência veio à lume em excelente momento, por haver coincidência com a proximidade do início de nova administração de Uiraúna, que se associa a mudanças, o que pode contribuir para se tornar quase impossível a repetição de ato da maior gravidade como esse, ante o cuidado que o administrador público precisa ter para se evitar cair no ridículo de ser considerado desmazelado  com a coisa pública, uma vez que o fato mostrado, nas redes sociais, inegavelmente, conduz inapelavelmente a esse triste entendimento.

À toda evidência, o administrador público precisa ser não somente execrado, em caso de reincidência, à vista da repercussão negativa sobre o uso do dinheiro público em obras particulares, como responsabilizado, na forma da lei, por autorizar ou delegar que alguém o fizesse em seu nome, o desvio de dinheiro do cidadão, por meio do uso de máquinas, equipamentos, pessoal e combustíveis da prefeitura, para a realização de obras em propriedade privada, algo absolutamente impensável nem mesmo nas piores republiquetas, onde certamente há o sagrado respeito ao patrimônio público, por parte do agente público honrado e digno.

É preciso se incutir na cabeça do gestor público de que o dinheiro do cidadão tem gigantesco carimbo, sinete oficial, na sua "fronte", dizendo claramente que ele se destina à exclusiva satisfação do interesse público e que o desrespeito a esse importante princípio tornam os agentes envolvidos, bem assim as pessoas beneficiadas passíveis de arcar com a recuperação do dano causado ao erário, na forma da lei, que é muito clara quanto à imperiosa necessidade de responsabilização daqueles que derem causa a prejuízo aos cofres públicos.

Convém lembrar que quem age fora da lei somente merece a reprovação da sociedade, que precisa se conscientizar, urgentemente, de que ele não tem mais a mínima condição de cuidar da coisa pública, exatamente porque os fatos pertinentes à irregularidade mostrada no Facebook são cristalinos, não dando margem à nenhuma dúvida quanto à dimensão do prejuízo ao interesse da população.

Ante o exposto, é aconselhável que os uiraunenses se conscientizem de que é da maio importância o reforço da fiscalização sobre a aplicação dos recursos públicos, de modo que o seu precioso cuidado obrigue o administrador público a somente autorizar a realização de obras que possam satisfazer aos interesses da sociedade, tendo o zelo de denunciar prontamente aquelas que estejam sendo executadas em terrenos particulares, porque elas são indevidas e irregulares, à vista dos princípios da moralidade e da  dignidade no uso do dinheiro dos contribuintes.

Brasília, em 28 de novembro de 2020  

Por que não a honestidade?

 

Agora, em plena campanha eleitoral para o cargo de prefeito, em capitais e grandes cidades do país, vem circulando, nas redes sociais, lindíssima mensagem que mostra as extraordinárias e mirabolantes qualidades do regime socialista.

A aludida mensagem faz apelo para que se votem nos candidatos do partido com a sigla que é identificada com a ideologia de esquerda e estampa o que de melhor um representante do povo pode traduzir e conseguir para a sociedade que já perdeu os valores da fraternidade, da compaixão, da solidariedade, da igualdade de direitos e do respeito às diferenças.

A mensagem diz precisamente, ipsis litteris:Por um mundo humano e justo é urgente votar 50 em São Paulo! Pelo resgate dos valores de fraternidade, compaixão, solidariedade, igualdade de direitos e respeito à todas as diferenças, é urgente votar em Boulos e Erundina! (sic)”.

De repente, fiquei completamente extasiado com o extraordinário poder que a mensagem procura transmitir para os eleitores paulistanos, no caso, diante da promessa do “resgate dos valores de fraternidade, compaixão, solidariedade, igualdade de direitos e respeito à todas as diferenças,”, dando a entender, pelo menos na minha modéstia maneira de interpretar tão importante texto, que a vitória dos citados candidatos irá transformar aquela metrópole em verdadeiro paraíso terrestre, com o poder do usufruto, em síntese, da dignidade humana, já perdida.

As pessoas que escrevem texto nesse sentido e as que o compartilham poderiam ser um pouco mais sensatas e realistas, tendo a dignidade e a honestidade de ser menos hipócritas e demagógicas, no sentido de não transmitirem mensagem tão impossíveis de materialização, porque isso só demonstra sublime falta de caráter e extrema desumanidade diante do seu semelhante, ou seja, o eleitor, por encampar no texto promessa completamente inviável e impossível de ser traduzida em realidade, à vista do seu patente distanciamento da realidade.

O que custava se fazer mensagem própria das condições de trabalho dos candidatos, dizendo ali que eles vão se esforçar, por exemplo, para se arranjar mais empregos, melhorar a prestação dos serviços públicos de incumbência da prefeitura, construir mais moradias, ao invés de se promover, por meio de violência, invasões, que é a especialidade de um candidato, e outras providências com plenas condições de realização, em caso de vitória, porque isso condiz precisamente com o sentimento de sinceridade e honestidade que todo homem público precisa defender, em nome da pureza na política.

Quando, meu Deus, que aqueles candidatos vão ter condições político-administrativas de resgatar os valores de fraternidade, compaixão, solidariedade, igualdade de direitos e respeito às diferenças?

Fica-se a imaginar como as pessoas que contribuem para as campanhas eleitorais poderiam ser menos ridículas e desonestas, quando procurando transmitir mensagens realistas, que fossem em condições de mostrar o que são capazes de realmente realizar os candidatos, em termos estritamente compatíveis com os seus verdadeiros valores, atributos e capacidade de trabalho.

Seria razoável se dizer a especificação das suas metas realistas de governo, porquanto, honestamente, eles jamais teriam competência, realisticamente falando, para tornar o mundo mais humano e justo, como meros prefeito e vice-prefeito, porque isso não passa de absurda ficção argumentativa e jamais se poderia afirmar isso em propaganda eleitoral, onde se exigem sinceridade e objetividade, quando os candidatos têm bons propósitos e pretendem respeitar os eleitores, no sentido de conformar as promessas de campanhas com as suas possibilidades de executá-las na sua gestão.

Do mesmo modo, eles nunca serão capazes de resgatar os valores referentes à fraternidade, à compaixão, à solidariedade, à igualdade de direitos e ao respeito às diferenças, porque isso é absolutamente impossível de realização no cargo de prefeito, com o que se pode deduzir facilmente que as pessoas que ficam compartilhando textos nesse sentido são apenas irresponsáveis e mal intencionadas, por propagarem publicidade enganosa, com a exclusiva finalidade de se conquistar o poder, com o uso de promessa que estão ano-luz distanciadas das condições de trabalho dos candidatos, que até podem importantes qualidades, mas por que não as mostrarem, ao invés de tentarem a indicação de algo absurdo, que se torna risível, caricato, diante da sua inviabilidade no exercício do cargo de prefeito.

Esse vergonhoso artifício, por ser condenável até mesmo nas piores republiquetas, mostra, de maneira cristalina, como esquerdistas tupiniquins, especificamente nesse caso, são mentirosos, mal intencionados e desonestos, em razão do uso de propaganda absolutamente irreal e impossível de ser realizada, em caso da conquista do poder, diante da falta de parâmetro para ampará-la, porque não se tem conhecimento de precedentes tão miraculosos como aqueles anunciados na mensagem, daí o desprezo que seus termos merecem.

Aliás, infelizmente, para se conquistar o poder, muitos partidos da esquerda são capazes de fazer até aliança com o diabo, como já foi declarado por uma candidata à Presidência  da República, o que não chega a ser novidade que, agora, apareça essa propagando com o fito de tentar enganar os eleitores, por mostrar e prometer, quando fala em resgate, algo completamente impossível e inviável, para os padrões brasileiros.

Enfim, quem se associa a essa forma de propaganda com o cunho de desonestidade explicita, além de estar se enganando, pela disseminação de propaganda ilusória, ainda contribui para deformação dos princípios da honestidade, sabendo, mais do que ninguém, sobre a realidade, a prática do regime socialista, à vista do que acontece nos países que o adotam, a exemplo da Venezuela, que certamente incutiu na cabeça dos eleitores exatamente mensagem com promessas maravilhosas como essa, em que pessoas insensatas e irresponsáveis transmitem nas redes sociais, mostrando outra face da ideologia socialista, de puro sonho completamente impossível de ser alcançado, quando a sociedade merece ser tratada com honestidade e sinceridade.

Além da monstruosidade em apreço, causa enorme estranheza, a esquerda não ter a sinceridade e a dignidade de mostrar aos brasileiros o que significa, na prática, o deprimente regime socialista, como vem acontece na Venezuela, que somente põe por terra qualquer ilação que se possa fazer ao mundo humano e justo, escrito na mensagem, visto o que realmente vem acontecendo naquele país de completo desrespeito aos princípios humanitários e aos direitos das pessoas.       

Diante da evolução da humanidade, com as conquistas científica e tecnológica, convém que as pessoas se conscientizem sobre a urgência de tratar o seu semelhante com o respeito que ele bem merece, somente cuidando de ser honesto, justo, humano e respeitoso, inclusive no que diz respeito às promessas nas campanhas eleitorais, onde não há mais cabimento que partidários disseminem mensagens enganosas, mentirosas, hipócritas e desonestas, com a exclusiva finalidade de conquistar o poder, que certamente seria exercido sob o pálio da inverdade e da traição à boa vontade do eleitor, que merece ser tratado com o máximo de respeito, à luz dos sagrados princípios da ética, da moralidade e da dignidade, que precisam imperar nos pleitos eleitorais.

Brasília, em 28 de novembro de 2020  


sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Não é construtivo?

        Em mensagem, um filho do presidente brasileiro, que é deputado federal, fez menção à adesão simbólica do Brasil à Clean Network (Rede Limpa), iniciativa diplomática do governo norte-americano, para tentar frear o avanço de empresas chinesas no mercado global da tecnologia 5G.

O mencionado parlamentar celebrou aquele fato como sinal de que “o Brasil se afasta da tecnologia da China. O governo Jair Bolsonaro declarou apoio à aliança Clean Network, lançada pelo governo Trump, criando uma aliança global para um 5G seguro, sem espionagem da China”.

Além de fazer a declaração acima transcrita, o parlamentar também disse que o Partido Comunista Chinês se tratava de “entidade agressiva e inimiga da liberdade”, fazendo claro juízo de valor sobre o governo chinês, em atitude extremamente deselegante e inadequada, por que em clara violação dos princípios diplomáticos, por meio de pronunciamento de termos agressivos e injustificadamente sobre a soberania da China.

Incontinenti, a embaixada da China refutou as declarações do filho do presidente, tendo afirmado que “Na contracorrente da opinião pública brasileira, o deputado Eduardo Bolsonaro e algumas personalidades têm produzido uma série de declarações infames que, além de desrespeitarem os fatos da cooperação sino-brasileira e do mútuo benefício que ela propicia, solapam a atmosfera amistosa entre os dois países e prejudicam a imagem do Brasil. (...) Instamos essas personalidades a deixar de seguir a retórica da extrema direita norte-americana, cessar as desinformações e calúnias sobre a China e a amizade sino-brasileira, e evitar ir longe demais no caminho equivocado, tendo em vista os interesses de ambos os povos e a tendência geral da parceria bilateral. Caso contrário, vão arcar com as consequências negativas e carregar a responsabilidade histórica de perturbar a normalidade da parceria China-Brasil.”.

O governo norte-americano acusa as empresas de origem chinesa de serem obrigadas a permitir acesso do governo comunista a suas redes, o que supostamente abriria uma brecha para vigilância.

Em razão da referida nota duríssima da China, o Ministério das Relações Exteriores enviou carta à embaixada desse país, em forma de insatisfação do Brasil diante da  repreensão às críticas ao deputado filho do presidente brasileiro, por ele ter feito acusação à política de espionagem através da rede 5G, conforme reportagem do jornal Folha de S. Paulo.

A carta do Itamaraty tem o seguinte texto: “O tratamento de temas de interesse comum por parte de agentes diplomáticos da República Popular da China no Brasil através das redes sociais não é construtivo, cria fricções completamente desnecessárias e apenas serve aos interesses daqueles que porventura não desejem promover as boas relações entre o Brasil e a China. O tom e conteúdo ofensivo e desrespeitoso da referida ‘Declaração’ prejudica a imagem da China junto à opinião pública (sic).”.    

Diante desse lamentável episódio, conforme informação do jornal O Globo, representantes do agronegócio brasileiro ficaram preocupados com a fala do deputado, em razão de a China ser o principal destino dos produtos brasileiros, os quais teriam dito às autoridades chinesas que as declarações do filho do presidente não refletem a opinião da maior parte da sociedade brasileira.

É palpável a mentalidade pueril do governo brasileiro, quando demonstra absoluto desconhecimento dos elementares princípios diplomáticos, ao preferir advertir e censurar o governo chinês, por ter se defendido de acusações levianas e agressivas por parte de parlamentar brasileiro, que não tem competência para fazer a declaração insensata como a que ele se atreveu a publicar, completamente inoportuna, indelicada e desnecessária, sem que houvesse qualquer motivo para justificar essa atitude insensata de quem sequer faz parte do governo, que, ao contrário, tem obrigação de adotar medidas para se evitar pronunciamentos que não refletem o seu posicionamento sobre determinados assuntos.

O governo com o mínimo de sensibilidade e competência, em termos diplomáticos, poderia até solicitar que a embaixada chinesa se contivesse nos termos da sua manifestação, mas tão somente depois de reconhecer e declarar que o deputado não falou em nome do governo, justamente porque não estava competentemente autorizado para agir no nome dele, esclarecendo que os assuntos do Estado brasileiro são tratados diretamente pelo Palácio do Planalto e os órgãos competentes para tanto.

Diante do puxão de orelha do Itamaraty à embaixada chinesa, sem qualquer medida com relação do deputado, fica muito claro que a declaração dele representa sim o pensamento do Brasil sobre a tecnologia 5G, em cristalino alinhamento com o governo republicano norte-americano, só que o governo tupiniquim precisa ter coragem de assumir a situação com muita clareza e se pronunciar com senso de responsabilidade, por meio dos canais oficiais competentes, jamais autorizando que isso se processo por meio de entreposto, como o deputado, à vista de se tratar de assunto da maior responsabilidade, por envolver interesses nacionais.

À primeira vista, parece muito estranho que o Itamaraty tenha considerado “O tom e conteúdo ofensivo e desrespeitoso da referida ‘Declaração’ prejudica a imagem da China junto à opinião pública.”, dando a entender que é normal que o deputado brasileiro possa afirmar que o Partido Comunista Chinês é “entidade agressiva e inimiga da liberdade”, em clara discordância da intrínseca filosofia chinesa, porquanto ele deveria ter sido, no mínimo, advertido pelo governo, porque não é de bom tom que alguém, de maneira graciosa, se refira a país amigo por meio de declaração tão forte e insensata.

Urge que o governo do Brasil se conscientize de que os assuntos que interessam ao seu povo precisam ser discutidos, tratados e resolvidos sob a pauta da responsabilidade de país desenvolvido, independente e competente, como fazem normalmente as nações evoluídas, sérias e civilizadas, que demonstram satisfazer primordialmente os interesses internos, com embargo do que pensam os outros países, em se tratando, no caso, da tecnologia 5G, que precisa urgentemente ficar desvinculada dos Estados Unidos da América, para que a sua implantação no país tenha por foco as exclusivas peculiaridades do Brasil, independentemente do que o mundo possa pensar sobre ela.

          Brasília, em 27 de novembro de 2020

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Prova da incompetência?

 

A Embaixada da China, em Brasília, reagiu à acusação do deputado federal filho do presidente da República, de que aquele país praticaria espionagem por meio de sua rede de tecnologia 5G.

A diplomacia chinesa entende que o parlamentar “solapou” a relação amistosa entre o Brasil e China, por ele ter feito declarações “infames”, tendo afirmado que o Brasil poderá “arcar com consequências negativas”.

Na mensagem, o filho do presidente fez menção à adesão simbólica do Brasil à Clean Network (Rede Limpa), iniciativa diplomática do governo norte-americano, para tentar frear o avanço de empresas chinesas no mercado global de 5G.

O filho do presidente celebrou aquele fato como um sinal de que “o Brasil se afasta da tecnologia da China. O governo Jair Bolsonaro declarou apoio à aliança Clean Network, lançada pelo governo Trump, criando uma aliança global para um 5G seguro, sem espionagem da China”.

Além de escrever o texto acima, o parlamentar também listou o Partido Comunista Chinês como “entidade agressiva e inimiga da liberdade”.

Imediatamente, a embaixada da China emitiu nota, afirmando que “Na contracorrente da opinião pública brasileira, o deputado Eduardo Bolsonaro e algumas personalidades têm produzido uma série de declarações infames que, além de desrespeitarem os fatos da cooperação sino-brasileira e do mútuo benefício que ela propicia, solapam a atmosfera amistosa entre os dois países e prejudicam a imagem do Brasil. Acreditamos que a sociedade brasileira, em geral, não endossa nem aceita esse tipo de postura. Instamos essas personalidades a deixar de seguir a retórica da extrema direita norte-americana, cessar as desinformações e calúnias sobre a China e a amizade sino-brasileira, e evitar ir longe demais no caminho equivocado, tendo em vista os interesses de ambos os povos e a tendência geral da parceria bilateral. Caso contrário, vão arcar com as consequências negativas e carregar a responsabilidade histórica de perturbar a normalidade da parceria China-Brasil.”.

O Clean Network tenta convencer governos estrangeiros, mais por meio de pressão política e até com oferta de financiamento, a somente permitir em suas redes 5G equipamentos de fornecedores não-chineses, que eles consideram “confiáveis”.

O governo norte-americano acusa as empresas de origem chinesa de serem obrigadas a permitir acesso do governo comunista a suas redes, o que supostamente abriria uma brecha para vigilância.

Os Estados Unidos pretendem que o Brasil decida banir a empresa Huawei como fornecedora, após o leilão do 5G, previsto para 2021, algo que ainda se encontra em estudos pelo Palácio do Planalto.

O governo chinês diz que a iniciativa do governo norte-americano “discrimina a tecnologia 5G da China”, enquanto a Huawei é uma das principais fornecedoras de estrutura de telecomunicações no Brasil, usada pelas maiores operadoras de telefonia, tendo por isso vantagens no entendimento de executivos do setor.

Não obstante, a China reage às ações do país de tio Sam, afirmando que “O governo chinês incentiva empresas chinesas a operar com base em ciência, fatos e leis enquanto se opõe a qualquer tipo de especulação e difamação injustificada contra empresas chinesas. Os EUA têm um histórico indecente em matéria de segurança de dados. Certos políticos norte-americanos interferem na construção da rede 5G em outros países e fabricam mentiras sobre uma suposta espionagem cibernética chinesa, além de bloquear a Huawei visando alcançar uma hegemonia digital exclusiva. Comportamentos como esses constituem uma verdadeira ameaça à segurança global de dados”.

A diplomacia reativa orientada pelo presidente chinês afirmou que as declarações do parlamenta brasileiro são “infundadas e prestam-se a seguir os ditames dos EUA no uso abusivo do conceito de segurança nacional para caluniar a China e cercear as atividades de empresas chinesas. Isso é totalmente inaceitável para o lado chinês e manifestamos forte insatisfação e veemente repúdio a esse comportamento. A parte chinesa já fez gestão formal ao lado brasileiro pelos canais diplomáticos”.

Como não poderia ser diferente, foi com preocupação que o governo brasileiro recebeu a reação natural do governo chinês aos ataques insanos, indevidos e intempestivos do filho do presidente brasileiro, diante da possibilidade de perda para o Brasil se houver crise diplomática com a China, que é o maior parceiro comercial brasileiro.

A maior gravidade de tudo isso é que, como filho do presidente do país, em muitos casos, há interpretação de que a fala dele pode se confundir ou estar refletindo o pensamento do próprio presidente, motivo pelo qual é preciso ter cuidado redobrado ao se referir a assunto que deve ser encaminhado pelos canais diplomáticos, que são as vias normais de negociações entre nações evoluídas e civilizadas.

O filho do presidente deixa visão muito clara que ele (que pode até ser o pensamento do Palácio do Planalto, por falta de informação) se alinha, em claro prejuízo aos interesses do Brasil, ao discurso do presidente americano e ainda acusa o Partido Comunista Chinês de pretender fazer  espionagem, o que nada disse se insere na sua precípua atividade parlamentar, salvo por ele ser integrante da família do mandatário tupiniquim, que também é totalmente impróprio, porque os assuntos de Estado devem ser tratados exclusivamente pelos órgãos competentes do governo.

A situação é tão ridícula que é como se o parlamentar estivesse falando em nome governo, mas ele não tem competência para tanto, para se pronunciar como se a mensagem realmente partisse da sede do governo, que, nesse caso, fica a impressão de que ele não tem coragem de se expor diretamente contra os interesses dos chineses, permitindo que o parlamentar se intrometa em assunto extremamente delicado, com o propósito apenas de tentar complicar as relações diplomáticas, de forma injustificável e desnecessariamente.  

Não há a menor dúvida de que se trata de equívoco fenomenal o Brasil querer manter esse debate ideológico contra a China e ainda por canal inapropriado, em sintonia automático com presidente norte-americano.

Não faz o menor sentido o Brasil querer adotar tom beligerante e antidiplomático na discussão da tecnologia 5G, que se trata de prioridade para os Estados Unidos, independentemente de governo.

Ainda na campanha presidencial, o candidato republicano tinha interesse estratégico, em termos políticos, para atacar fortemente a China, especificamente com relação à tecnologia 5G, ou seja, em momento de eleição americana, mas, ao contrário disso, nada justifica o Brasil entrar nessa briga de cachorros grandes, que tem a marca da ideologia entre extrema-direita e comunismo, porque ele só tem a perder se entrar nesse affaire, quando o ideal é o insensato filho do presidente se fingir que o Brasil sequer existe, deixando que essa questão fique a distância e seja tratada e resolvida pelo país do tio Sam, junto com a China.

No sentido estritamente diplomático, a nota da embaixada da China comete grave e grosseiro equívoco, quando considera a declaração do filho do presidente como se ela fosse do próprio governo, quando é visível o distanciamento entre um e outro, à vista de não haver absolutamente nada que possa se fazer, com segurança, tão absurda ligação, salvo pelo simples fato de o parlamentar ser filho do presidente da República, mas isso não significada nada, porque qualquer deputado poderia ter dito a mesma coisa e isso seria ridículo em se afirmar que ele estaria falando pelo Palácio do Planalto.

Não obstante, esse rapaz demonstra não ter a menor estatura intelectual, política nem diplomática, em que pese ele ter sido cogitado para ser embaixador brasileiro nos Estados Unidos, mas, apesar dos pesares, ele insiste em exercer o cargo de premiê tupiniquim, sem ter nenhum estofo para a função, que exige preparo,  capacidade, maturidade e responsabilidade.

A desastrada declaração do parlamentar chega a ser da maior prematuridade, principalmente porque ela pode ter implicação tanto diplomática como comercial, com substanciais prejuízos aos interesses nacionais, por meio de distanciamento de relações e dificuldade nas negociações entre os dois países.

Causa enorme perplexidade o silêncio do governo, nesse episódio, por ter o dever constitucional de defender os interesses nacionais, caso em que é preciso que haja imediata manifestação para refutar a declaração em tela, para se afirmar, de forma peremptória, que ela não condiz com a sua orientação.

Convém que o governo deixe claro que não se responsabiliza por posicionamentos pessoais, por meio dos quais nenhuma nação tem o direito de fazer inferência e muito menos ameaças em razão deles, ante a fragilidade do seu objeto, à vista de não haver absolutamente nada de concreto, nesse caso, que ligue as declarações, que foram pronunciadas por particular, por se tratar de parlamentar, com os interesses do Estado, com o que se pode concluir pela farta ingenuidade da embaixada da China, em pretender tratar a matéria em apreço como se fosse oriunda do governo brasileiro.

O filho do presidente teve tanta certeza de que havia cometido gigantesca besteira que a sua irresponsável declaração foi logo deletada, certamente por ele perceber que teria ido longe demais, ao se imiscuir em assunto bastante relevante da República que refoge à sua competência legislativa.

Os brasileiros esperam que o parlamentar se conscientize de que a importância do Brasil não admite a atitude impensada e irresponsável praticada por ele, que precisa se concentrar exclusivamente nas atividades pertinentes às relevantes funções parlamentares.

O governo brasileiro precisa mostrar firmeza nesse caso e em todos os outros que envolverem os interesses nacionais, no sentido de adotar posição clara e objetiva sobre a sua autoridade acerca de assuntos que competem exclusivamente ser tratado por ele, procurando esclarecer que as posições e manifestações de interesse do Estado são tratados diretamente pelo presidente da República e pelos órgãos competentes, ficando muito claro que ninguém mais tem autorização para fazer declarações sobre assuntos vinculados à administração dos negócios do Brasil.

Brasília, em 26 de novembro de 2020  

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Preso trabalhar?

Vem circulando nas redes sociais a mensagem segundo a qual, verbis: “PRESO TRABALHAR! O governo Bolsonaro quer presídios privados, detentos trabalhando e pagando seus custos. Você apoia?”.

A pergunta que não quer se calar: por que o governo ainda não o fez ou mandou o projeto pertinente para o Congresso Nacional, para examiná-lo?

O aleijão de governos é falar feito louco e realizar nada ou quase nada daquilo que pensa.

É pena de que ideias objetivas e importantes fiquem nas nuvens, sem aproveitamento.

Seria preferível não ter ideias, mas realizar muitos projetos em benefício da sociedade ou do erário.

Essa ideia genial vem circulando de longa data nas redes sociais, mas apenas ela se renova, sem medida concreta quanto ao seu aproveitamento.

Se o governo transformasse esse maravilhoso projeto em realidade, certamente já seria um dos legados dos mais importantes do seu governo, tão criticado por falta de iniciativa, em que pese ele esteja abarrotado de mentes extraordinárias e intelectualizadas.

O que precisa mesmo são de coragem e ação efetiva para pôr os projetos para darem resultados em benefício da sociedade.  

O pior de tudo isso é que logo o governo termina e ele não consegue realizar obras simples, que são prioritárias e da maior importância social e econômica, a exemplo dessa, que precisa sair da ideia e se tornar realidade, o mais rapidamente possível.

É mais do que lógico que toda pessoa sensata e com o sentimento de brasilidade na veia só apoia ideia que tem por finalidade, em síntese, alguma forma de modernização e moralização do sistema prisional brasileiro, que, além de servir como escola da maldade, da criminalidade, ainda é bastante oneroso para a sociedade em geral, que termina assumindo enorme ônus, ao ser obrigada a pagar altíssimos tributos para sustentar delinquentes encarcerados, que ficam na ociosidade planejando perversidades contra a própria sociedade que os alimentam e garantem boa vida para eles, às custas dos tributos.

O dinheiro gasto com a manutenção deles poderia se destinar, por exemplo, para hospitais, segurança pública, escolas etc., em benefício das pessoas de bem.

A verdade é que a maioria dos encarcerados é gente jovem e tem condições perfeitas para o trabalho produtivo, podendo contribuir efetivamente para o seu sustento e o desenvolvimento socioeconômico do país, inclusive no sentido de contribuir para a aprendizagem de profissão, que pode facilitar a vida do preso quando da sua ressocialização depois do cumprimento da pena.

É inacreditável que o governo não tenha ainda adotado medida visivelmente saudável nesse sentido, que é altamente benéfica para o próprio preso como para a sociedade, pela evidência dos resultados positivos em termos da efetiva redução dos custos sociais e do oferecimento de aprendizagem e profissionalização dos presos.

Essa forma cristalina de desgoverno só evidencia perda de tempo e enorme prejuízo para o interesse público, quando ideias aparentemente simples poderiam se transformar em excelente contribuição para a sociedade, diante de a obrigatoriedade do trabalho no presídio puder se constituir em fator propositivo para a redução da criminalidade, tendo em vista que muitos delinquentes se profissionalizam na arte da maldade justamente por serem avessos ao trabalho.

Nesse caso, eles passariam a pensar bastante sobre a hipótese de cometer crime, ser condenado e, na condição de preso, ainda precisar trabalhar para se sustentar, estando trancafiado, quanto seria preferível procurar fazer a coisa certa e trabalhar estando em liberdade, em harmonia com os princípios de civilidade e cidadania.

A verdade é que ideias maravilhosas existem sim, mas faltam vontade política, inteligência e competência por parte de quem tem a incumbência legal para pô-las na prática, em sintonia com a tão ansiada execução de obras pretendidas pela sociedade.

          Brasília, em 25 de novembro de 2020   

terça-feira, 24 de novembro de 2020

A UNIÃO FAZ A FORÇA?

Nos últimos dias, tenho escrito algumas crônicas acerca da denúncia feita por vereador de Uiraúna, Paraíba, na qual ele mostrou obras que vinham sendo executadas em propriedade particular, com o uso de retroescavadeira, caçambas, combustíveis e pessoal sob a administração da prefeitura daquela cidade, evidenciando possíveis irregularidades da aplicação de recursos públicos.  

Muitas pessoas se manifestaram em solidariedade aos meus textos, sendo que um conterrâneo escreveu mensagem dando a entender o seu sentimento de desilusão, por vislumbrar que essa pouca-vergonha do uso de bens públicos, em propriedade particular, sempre aconteceu de longa data, naquele município, e continuará existindo, insinuando que se trata de prática enraizada na cultura da cidade, que será muito difícil a sua eliminação.

Não obstante, o atento e cuidadoso cidadão Rinaldo Firmo Rodrigues, que tem brilhante histórico de zeloso, ao extrema, da coisa pública, escreveu importante mensagem, vazada nestes termos: “Meu amigo, fico feliz por ver você, sempre sensato, dando lição a um falso defensor dos interesses do povo de sua cidade. Pena que não queira exercer atividade política, pois certamente iria trabalhar em prol de seus conterrâneos, tornando sua cidade modelo para as demais. Peço desculpas a seu primo, mas é devido ele e milhares de brasileiros acharem "que é muito difícil de acabar essa mamata", que o nosso BRASIL está vivendo toda esta crise. É bom ele saber que ainda temos muitos milhares de ADALMIR, patriotas, que podem fazer com que o nosso BRASIL sirva exemplo para os demais países.”.

Em resposta à lúcida ponderação, eu digo ao ilustre cidadão Rinaldo Firmo que o seu importante apoio aos meus textos mostra a sua valiosa visão sobre a necessidade do zelo com o patrimônio dos brasileiros, quanto à preservação e a boa aplicação do dinheiro dos contribuintes, que poderia ser melhor cuidado se a população fosse mais conscientizada sobre o seu verdadeiro valor.

É bem provável, ao que tudo indica, que lá em Uiraúna, já apareceu o paladino em defesa do interesse público, na pessoa do vereador que denunciou o uso de máquinas e equipamentos da prefeitura em obras particulares.

Pelo menos, tem-se a esperança de que ele, doravante, seja vigilante permanente e intransigente, como agente compromissado com a defesa da causa pública, não aceitando mais que os protegidos da situação venham a se beneficiar de serviços graciosos com a facilitação do governo local, no caso da nova administração, que foi eleita tendo por principal lema a marca das mudanças, onde se inserem, por certo, o aprimoramento dos serviços públicos da sua incumbência legal e a moralização da administração do município.

Realmente, se fosse possível, eu gostaria muitíssimo de administrar a minha querida cidade, nem que fosse por pouco tempo, somente o suficiente para eu mostrar um pouco da minha experiência de mais de 30 anos de serviços prestados ao Tribunal de Contas do DF, com o valioso adjutório do tempo prestado à Aeronáutica.

Não obstante, impende lembrar que não basta somente a experiência do administrar público, porque a boa gestão pública depende muitíssimo da colaboração, da ajuda, da compreensão e, em especial, da boa vontade da população, porque nenhum gestor consegue realizar excelente administração se ele se isolar e se considerar o dono da verdade, desprezando a imprescindível colaboração do povo em geral, por ele ser exatamente a razão de existir o líder, o cabeça do município, que precisa trabalhar em conjunto com as pessoas, de modo que essa união de propósitos seja capaz de contribuir para a superação de dificuldades e o atingimento dos melhores objetivos sociais e econômicos, capazes de se promover o desenvolvimento do município.

Tenho dito e repito, a nova administração de Uiraúna precisa se unir, se inteirar com a população, para a formulação das políticas de governo, de modo que seja possível o estabelecimento de prioridades comuns, evidentemente observados os meios e as condições ao alcance do município, se possível, com a aceitação das ponderações dos interesses das comunidades, obviamente sem olvidar as questões maiores e gerais do município.

Eu sei que nunca irei trabalhar como administrador da minha amada terra natal, diante das reais circunstâncias, mas, como gesto da maior boa vontade, me coloco à disposição para ajudar e colaborar no que for possível, na medida das viabilidades, e no que estiver ao meu alcance, porque sinto que, por mais inteligente e conhecedor das causas públicas, sempre falta ao gestor público algum detalhe que pode ser fundamental e influenciar na facilitação das medidas que possam contribuir para a melhora da vida e do bem-estar da população.

É justamente pensando assim que me ofereço para contribuir com a minha experiência, que imagino possuir, para a melhoria da qualidade de vida e do bem-estar dos meus conterrâneos.

Como contribuição pioneira, sem que ninguém tenha pedido, mas por se tratar da maior importância para o município e a população de Uiraúna, em início de trabalhos, faço apelo à nova administração no sentido de que promova urgente medida no sentido de eliminar a perniciosa e inaceitável divisão que sempre existiu entre a população, consistente na dicotomia entre situação e oposição, tendo enorme influência na prestação dos serviços públicos da prefeitura, onde há maior interesse no atendimento, com maior facilidade, para as pessoas que apoiam o prefeito.

O exemplo clássico disso é a prestação do serviço de saúde pública, entre todos, onde o pessoal que apoia a situação tem mais facilidade ao seu acesso, enquanto as pessoas da oposição têm sim atendimento, mas aos costumes, na medida do possível e isso é nefasta cultura que precisa ser eliminada no primeiro dia do novo governo, com o anúncio em público da decretação da saudável prática de acabar com esse terrível e inaceitável apartheid.

Assim, é aconselhável que a nova administração do município se esforce para eliminar, com urgência, essa deplorável situação, que tem o condão de expor pequenez humana e incompetência administrativa, tendo por princípio de que o gestor público não pode promover discriminação entre pessoas sob o emprego de recursos públicos, posto que a prestação dos serviços públicos visa, indistintamente, à satisfação da população, como forma do atendimento do interesse público.

Há a esperança de que essa triste realidade tenha fim, em definitivo, na querida Uiraúna, porque a sua população não merece essa herança maldita, principalmente sob os ares das mudanças prometidas, que devem ter por base somente brilhantes ideias, em benefício da sociedade e em harmonia com saudáveis princípios de civilidade e cidadania.

         Brasília, em 24 de novembro de 2020   

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Seja bem-vindo pé de caju

             

          Olá, família!

Ontem, foi dia muito especial e todos reconhecem, por meio das manifestações pessoais, com o que eu também concordo e aplaudo.

Eu tinha uma revelação para fazer, no evento, mas preferi ser cruel comigo mesmo e fiquei calado.

O instinto da culpa me obriga a revelar a verdade nua e crua, precisamente agora.

Depois de muitas tentativas frustradas, utilizando, evidentemente, os métodos e as experiências tradicionais, jamais havia obtido sucesso, mas, agora, certamente com a ajuda do deus da natureza, penso que obtive esplendoroso êxito.

Consegui me tornar pai novamente e olha que não foi nada fácil, não!

Eu havia tentando, por diversas vezes, e olhem que eu tenho algumas experiências nesse ramo, mas nunca havia conseguido nada.

Confesso que eu já me considerava pessoa fracassada.

Tenho certeza de que Deus é poderoso e sempre atende às nossas expectativas, não é mesmo?

Pois bem, sem delongas, preciso revelar para meus queridos familiares importante fato, que me enche de muita satisfação, porque vocês não imaginam que eu vou ter que assumir a paternidade, apesar de toda a minha idade.

Só que eu fiz o máximo para que isso realmente acontecesse e veio exatamente em boa hora, porque a expectativa já era enorme demais.

É chegado o momento crucial de dizer que vou ser pai novamente e isso eu sou obrigado a assumir, porque agora não tenho como negar.

Eu plantei a semente com muito carinho, evidentemente na esperança de que ela vicejasse e nascesse um filhote forte e robusto, para que seus descendentes possam fazer muitas pessoas felizes.

Enfim, digo que acaba de nascer um pé de caju e eu assumo a paternidade dessa linda plantinha, da raça verde-vegetal.

Ontem, pensando onde meus bisnetos poderiam se fartar com a delícia de se seus frutos, já achei o lugar ideal, caso Alysson esteja em condições de apadrinhar seu amado irmãozinho, que espera pelo carinho de toda família.

Espero que tenham gostado desta brincadeira em tempos de isolamento. Beijos

          Brasília, em 22 de novembro de 2020

Em defesa da democracia...

 

Uma senhora venezuelana disse que, em 1980, a velhice era algo muito distante e lembrou, com nostalgia, que "Eu tinha 27 anos, e dançava salsa com meu marido nas discotecas. Gostávamos muito do Oscar de León e da Célia Cruz (cantores latinos). Às vezes, comíamos comida chinesa em um restaurante, e nos fins de semana íamos à praia".

Essa venezuelana, de 67 anos, disse, em reportagem sobre a atual situação da Venezuela, que seus dias passam de maneira bastante diferente do que ela imaginava, tendo dito que a sua aposentadoria começou no valor equivalente a R$ 925 ao mês, mas agora ela representa apenas R$ 7,00, em razão da continuada desvalorização do bolívar, a moeda daquele país.

Ela disse que o sistema previdenciário da Venezuela está falido, diante da insignificância das contribuições dos trabalhadores, porque muitos deles, principalmente os mais qualificados, deixaram o país e, de modo geral, os salários são baixos, em razão da desvalorização do bolívar e boa parte das pessoas está no setor informal da economia, que não contribui para o sistema.

Naquele país, a principal fonte de renda é o petróleo, de onde vem nove em cada dez dólares que entram no país, mas, por falta de investimentos no setor, a extração do ouro negro foi reduzida de forma drástica, já há algum tempo, contribuindo para que o Estado tenha entrado em extremo colapso, ficando cada vez mais empobrecido, sem recursos, sem outras fontes de produção e ainda tendo a necessidade de encarar a maior inflação do mundo, que se tornou incontrolável.

O colapso econômico do país teve reflexo direito na qualidade de vida da população em geral, com enorme incidência no âmbito dos idosos, que não têm oportunidade de emprego e a sua vulnerabilidade cresceu assustadoramente, como no caso dessa aposentada que, recebe, por mês, dinheiro que não dar para comprar sequer um quilo de carne.

A mencionada venezuelana disse que, além do dinheiro da aposentadoria, ela também recebe adicional para aposentadoria, que é espécie de título distribuído pelo governo para tentar amenizar a deterioração, cujo somatório chega-se ao valor de R$ 27 por mês, o suficiente, agora, para comprar um quilo de carne.

Ela disse que o dinheiro que recebe se destina à compra de remédios para regular a pressão arterial, embora o governo também mantenha sistema de distribuição de medicamentos, mas nem sempre eles são entregues no prazo.

Mesmo assim, ela disse que "Não consigo comprar uma caixa cheia, mas pelo menos compro meia caixa, que dá 20 comprimidos".

Ela declarou que "Graças a Deus, estou sem remédio há apenas alguns dias. Às vezes, meu filho faz um esforço e compra para mim. Quando não tomo, não consigo dormir, fico assustada".

Ela disse que se alimenta graças às cestas básicas que o Estado distribui para as pessoas de baixa renda, conforme foi descrito por ela que "A cesta chega a cada mês e meio. A última veio com dois quilos de arroz, dois pacotes de farinha para fazer arepas (um tipo de panqueca), dois quilos de macarrão, alguns pacotes de grão de bico e café. Desta vez, não veio açúcar".

Em tom de amargura, a venezuelana disse que "Hoje vou comer um pãozinho de farinha no café da manhã, um café e um ovo que me deram. Ao meio-dia, grão-de-bico com um pouco de arroz e à noite de novo grão-de-bico. Faz muito tempo que não como carne, frango, leite. Nunca pensei que passaria fome na minha velhice e não estou sozinha, muitos no bairro são iguais".

Para piorar o que já é terrível, ela disse que "Quase sempre fico sem água dois dias por semana. Felizmente, quando meu marido era vivo, comprou uma caixa d'água de plástico que tenho no banheiro. Mas a água está ficando muito suja, amarela, por isso tenho que ferver.".

Por fim, a venezuelana disse que está resignada e sem expectativas de mudança que possibilite, ao menos, minimizar o seu sofrimento do seu dia a dia e sentenciou: "Não espero mais nada de bom, tudo é sempre pior.".

A deplorável história dessa sofredora senhora idosa, aposentada, doente, relegada ao submundo do desprezo, é o retrato fiel de parcela significativa dos venezuelanos, cuja administração do governo adota o regime socialista, que tem exatamente a sonhada, defendida e idolatrada igualdade social estampada na fronte da esquerda brasileira, na qual não existe nem rico nem pobre, exatamente para a harmonização da ideologia de sociabilidade igualitária.

A verdade irretocável, exatamente como mostram os fatos são nus e crus, é precisamente na maneira impingida aos venezuelanos pela truculência crueldade e desumanidade da ditadura reinante na Venezuela, no sentido de que a vida da sua população é apenas o conformismo com a atrocidade, a miséria, a crueldade, o sofrimento, o infortúnio e o ranger de dentes, à vista dessa amostra vinda à lume na melancólica história dessa desiludida venezuelana.

Adentrando-se no âmago de situação de extrema penúria como essa dos venezuelanos, fica-se a imaginar o tanto de insensibilidade e dureza no coração dos homens, quando ainda não se envergonham de fazer parte, de integrar, sem o menor sentimento de misericórdia, de grupos de defensores de drástico regime socialista, cuja filosofia, em tese, em teoria, até possa existir motivação plausível para que seres humanos tenham simpatia pela ideologia de que se trata, quando diz que é muito linda, maravilhosa a sociedade edificada no sistema da igualdade entre as pessoas, em que todos se elevam socialmente no mesmo nível, na mais perfeita compreensão de que essa é realmente a forma extraordinária da vida, tudo controlado por comando que possui como cetro a mão de ferro e, preciso, o açoite.

Não obstante, essas cabeças extremamente intelectualizadas, com a “evolução” ano-luz de sabedoria, inteligência, onisciência mesmo, não têm a mínima consciência com capacidade para perceber a síntese sobre a mediocridade que se encerra na realidade prática do regime socialista, como o que acontece em todos os países que adotam essa famigerada e abominável ideologia, que realmente tem o gigantesco poder de transformar homens livres, independentes, saudáveis, em medíocres e desprezíveis subespécie humana, manipulável pelas piores mentes criadas na face Terra, por serem dominadas pela maldade, crueldade, bestialidade e desumanidade.  

Convém se ressaltar que a aparente insensatez da esquerda que defende os princípios do regime socialista, como forma de governo, é realmente aparente, porque, em tese, os principais mentores e intelectuais jamais vão se integrar senão à classe dominante, que usufrui o banquete e o filé próprios das lideranças, que nunca serão abrangidos pela ideologia da apregoada igualdade social, por eles defendida antes da dominação do poder, ou seja, os principais disseminadores e defensores não estão nada interessados em propiciar benefícios para o povo, porque para este está reservado os piores presentes de grego, como a perda da liberdade e dos direitos humanos, recebendo em troca a cesta básica e a falta dos serviços públicos, em especial os serviços médico-hospitalares, porque eles são os piores do mundo, no caso especial da Venezuela.

As lideranças serão incumbidas de funções nobres no âmbito da ditadura, bem diferente do tratamento reservado para a população, que será contemplada realmente pelo que de pior integra a chamada igualdade social, que nada mais é do que a forma mais absurda e abusiva praticada contra o ser humano, que nunca ela será discutida com a sociedade em fase anterior à dominação, de maneira leal e transparente, como precisa e deveria, porque a evolução da humanidade exige que haja informação clara sobre os fatos da vida, mas, nesse caso do socialismo, nada se esclarece sobre as desgraças e os transtornos que estão se acumulando, dia a dia, sob o jugo da abominável Revolução Bolivariana.    

Brasileiros que se amam e idolatram o Brasil, pensem não na possível beleza da mera igualdade social disseminada pela dita maravilhosa ideologia socialista, mas sim no que realmente essa filosofia significa de horrível na prática, em que o povo passa imediata e irremediavelmente a ser muito menos do que instrumentos submetidos à vaidade de homens rudes, doentes, desequilibrados, insensíveis e desumanos, que fazem tudo para permanecerem no poder, que se resume apenas na consolidação da vontade de dominação predominante dos tiranos, ditadores e déspotas responsáveis pela destruição dos princípios humanitários.

Enfim, causa perplexidade que os esquerdistas brasileiros não se dignam à defesa do regime socialista tendo por base os resultados das práticas adotadas nos países onde tem o seu domínio, onde há exatamente a mesma situação de deplorabilidade e degeneração do ser humana, que é literalmente transfigurado em algo inútil, desprezível e insignificante, depois perder o direito à liberdade, a individualidade e a personalidade, além da retirada da sua propriedade e dos direitos democráticos, ou seja, o que antes era pessoa, possuidora da capacidade de agir e atuar como ser pensante, depois simplesmente passa a ser absolutamente nada, porque tudo que lhe pertencia passa para o domínio do Estado, que, no regime socialista, controla até o pensamento que existia no passado, permitindo apenas que as pessoas ainda possam respirar e mais nada.

Ante o exposto, alerto para a consciência dos verdadeiros brasileiros, que vivem em país fantástico, que oferece amplas condições de liberdade e opção de vida saudável, com o usufruto de plenos direitos humanos e todas as liberdades de manifestação, expressão e individualidade democrática, sobre a necessidade de repensar se lhes convém continuar sonhando com as “maravilhas” da ideologia do regime socialista, enquanto teoria, ou se preferem atentar para as preocupações decorrentes dos seus resultados de absoluto controle do ser humana, que somente tem o direito na igualdade social do recebimento da cesta básica, com a alguns quilos de arroz, pacotes de farinha de trigo, pacotes de macarrão, alguns pacotes de grão de bico, café e, quiçá, açúcar, sem mais nada, salvo se conseguir se aposentar, que passa a ter direito a proventos no valor de R$ 7,00 por mês, conforme modelo da ferrenha ditadura venezuelana, à vista de depoimento de triste e coitada senhora.

Ou seja, quem tiver amor a si próprio jamais pensaria em defender a filosofia do regime socialista, mais precisamente em razão da truculência e da desumanidade a que se referem as suas práticas, que não são recomendáveis para os mais insensíveis seres humanos, de modo que o bom senso e a racionalidade aconselham que jamais votem em homens públicos que adoram e defendem a ditadura da Venezuela e de outros países socialistas, por eles somente pensarem na própria felicidade, porquanto, para os brasileiros, a única salvação é realmente a intransigente defesa da democracia, que garante todas as formas de liberdade e dos diretos humanos como de ampla justiça para quem realmente pretende viver em permanente estado de graça e bem-estar.

Brasília, em 23 de novembro de 2020