sábado, 31 de março de 2018

O bom samaritano


Continua repercutindo de forma intensa, positiva e maravilhosa a crônica que escrevi recentemente, intitulada “É preciso ter heróis”, quando fiz a narrativa acerca da magnífica recepção que tive na Câmara de Vereadores de Uiraúna, não somente enaltecendo a cordialidade demonstrada pelos nobres edis uiraunenses, mas em especial pela oportunidade ímpar de defender, mais uma vez, a aprovação do título de herói de Uiraúna, tendo sido apresentado como o primeiro a ser homenageado com essa honraria o sempre prestigiado humanista Bonifácio Fernandes, a par de ter deixado ali vasta documentação para respaldar a medida justa e merecida.
Agora mesmo tenho o prazer de ser agradecido por meu singelo gesto, com bonitas palavras declinadas pela prezada prima Vescijudith Fernandes Moreira, filha de Bonifácio, que assim se expressou, verbis: “Querido Primo Antonio Adalmir Fernandes, primeiramente, agradeço imensamente sua amizade e reconhecimento por tamanha missão, lindamente cumprida por meu Pai. Sou suspeita e, ao mesmo tempo, fã do trabalho que meu Pai desenvolveu em nossa Terrinha. Abriu mão até mesmo de sua tranquilidade e privacidade para se doar ao próximo, em sua grande maioria, abarcada pela pobreza e carência daquele tempo. É um herói sim. E apoio seu projeto porque se trata de uma causa rica em simplicidade, humildade e doação ao próximo. Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão. O doar-se é estar sempre atento às necessidades e supri-las sem esperar nada em troca. É puro amor. Somente heróis possuem esse desprendimento. Pessoas sensíveis e de conhecimento à causa estarão de mãos dadas para essa interessante tarefa.”.
Certamente tocado e envolvido pelo espírito de muitíssimo acerto das colocações feitas pela estima prima, que pintou, em poucas palavras, o quadro fiel, riquíssimo e precioso de seu amado pai, tive a inspiração de escrever, em resposta, o seguinte: "O real sentido do herói está naquele que fez ou faz, a vida toda, algo que ninguém jamais consegue fazer ou imitar. Acredito que o título de herói apenas simboliza o trabalho diferenciado e apaixonado de Bonifácio, porque dificilmente alguém em Uiraúna irá superar o feito glorioso desse extraordinário ser humano, como pessoa que amava seu semelhante com a simplicidade dos humildes e imensurável bondade no coração, que tinha a grandeza dos gigantes. Nós estamos em um momento maravilhoso para dizer isso às autoridades públicas, em alto brado e som estridente, para elas compreenderem a real dimensão de um ser humano que foi, na Terra, ou seja, depois de Deus, o melhor e especial amigão de todos os doentes e também das pessoas sadias de Uiraúna, sem desmerecer o importante trabalho similar desenvolvido por outras pessoas, mas Bonifácio recebeu o dom divino de disseminar o bem e o amor entre seus semelhantes e eu posso ter tido a inspiração divina, evidentemente nas minhas singelas e limitadas condições literárias, para tentar dizer que é preciso sim ter heróis em Uiraúna e que a materialização desse relevante acontecimento não tem o condão de tão somente pôr em destaque o nome do grande herói Bonifácio, mas em especial do nome de Uiraúna, que terá a grande honra de tê-lo entre tantos heróis, porque sabemos que muitos também se sacrificaram e são dignos do reconhecimento como verdadeiros heróis ou reais heroínas. Queira Deus que as autoridades públicas de Uiraúna tenham a necessária sensibilidade de entender que a concessão do título de herói aos seus lídimos agraciados apenas traduz o mínimo de reconhecimento e gratidão pelo tanto que eles fizeram pela comunidade uiraunense, sem exigirem absolutamente nada, cabendo agora que a justiça seja feita por todos nós e que os seus nomes sejam apenas elevados e eternizados oficialmente ao patamar onde sempre estiveram em vida, que já eram sim nossos heróis de verdade, mas infelizmente isso não foi possível se dizer para eles, como podemos agora, em altíssimo e bom som: Uiraúna tem seus heróis...”.
Como se vê acima, é interessante e até impressionante se notar que, quanto mais se escreve sobre personagem especial e marcante da história de Uiraúna, que foi verdadeiro revolucionário, em termos humanitários, a encarnar a imagem verdadeira e fiel do bom samaritano, como tal reconhecido à unanimidade pela população, muito mais assunto aflora em riqueza de detalhes que somente contribuem para reforçar a convicção sobre o merecimento da láurea em referência.
Diante do exposto, percebe-se que o máximo de empenho ainda é pouco quando se sabe que a causa é nobre e a sua conquista põe em evidência a evolução cívica da população, por demonstrar, de forma espontânea e magnânima, a grandeza do reconhecimento e da gratidão.  
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 31 de março de 2018

sexta-feira, 30 de março de 2018

Os tiros na democracia

Conforme reportagem publicada pela revista IstoÉ, autoridades federais e especialistas em balística passaram a ter dúvida e pôr desconfiança na versão de dirigentes petistas sobre os quatro tiros que teriam atingido dois dos três ônibus da caravana da ex-presidente da República petista, na estrada entre Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, no Paraná.
À vista das marcas deixadas pelas perfurações, os disparos foram feitos à curta distância e com o veículo parado, embora a versão dos petistas é de que os ônibus estavam em movimento, a 55 quilômetros por hora.
Peritos ressaltam que se os veículos estivessem em movimento, os furos das balas deixariam aspecto de rasgo na lataria, enquanto que nos ônibus da caravana petista os supostos tiros deixaram marcas no exato diâmetro de uma bala, redondinhas, permitindo se concluir que os disparos foram feitos quando os veículos estavam parados e quase que à “queima roupa”.
Tecnicamente, quando os tiros são disparados de longe, o buraco no alvo fica mais largo, mas uma perita criminal do Instituto de Criminalística de São Paulo explica que somente a conclusão da perícia poderá dizer se os buracos foram feitos com arma de fogo ou não.
A veracidade sobre as informações é questionada tanto por peritos como por opositores dos petistas, como no caso do deputado federal carioca, o pré-candidato ultradireitista à Presidência da República, que esteve no Paraná logo após o incidente e foi um dos primeiros a levantar a hipótese de que os tiros foram dados pelos próprios integrantes da equipe petista, tendo dito que “É tudo mentira. Está na cara que alguém deles deu os tiros. A perícia deverá apontar a verdade”.
Um perito com formação em gestão em segurança pública foi o primeiro a lançar desconfiança sobre a veracidade da denúncia, tendo por base comparação feita por ele nas fotos dos tiros no ônibus com imagens na internet semelhantes ao suposto atentado sofrido pela caravana petista.
O mencionado perito observou que, em imagens de carros em movimento, a lataria foi rasgada pelas balas, tendo chegado à seguinte ilação: “Se me fosse apresentada uma lataria com perfuração semelhante à dos ônibus da caravana de Lula, eu diria que o atirador estaria perto do veículo e com os ônibus parados”.
Em razão das dúvidas lançadas sobre o episódio em causa, a Polícia Civil do Paraná investiga o caso e deverá esclarecer as suspeitas suscitadas, para o bem da democracia, que abomina e reprova tanto os tiros como a possível tentativa de se criar ambiente propício para se tirar proveito político-eleitoral indevido e injustificável.  
Os especialistas mais precavidos preferem aguardar o resultado das investigações pertinentes, a despeito de que, alguns alegam, quase tudo o que envolve o partido do político e seus aliados é preferível desconfiar da primeira impressão, porque muitos fatos deixaram de corresponder à realidade, depois de apurado.
Ao que tudo indica, quem arquitetou os tiros nos ônibus, na tentativa de se atingir o coração da democracia pode ter sido verdadeiro amador, ante a possibilidade de os disparos terem resvalados e tomados a direção da falta de dignidade de quem pretendia contar com os dividendos dessa maliciosa, maligna e perversa engenharia maquiavelicamente protagonizada para causar estrago política contra os adversários.
É evidente que ainda é cedo para se tirar conclusões, mas os fatos mostram a perfeição dos furos somente atingidos por projéteis à curta distância e os veículos parados, porque do contrário, estando os atiradores parados e os ônibus em movimento, os furos demonstrariam impactos próprios da velocidade, em dimensões disformes e diferentes daqueles mostrados à imprensa.
Os brasileiros precisam repudiar, com o máximo de veemência, não somente os tiros contra a democracia, caso eles tenham sido causados por adversários políticos, como a indignidade de se forjar situação para tentar proveito político, em demonstração de atitude que também não condiz com os salutares princípios republicano e democrático, embora a verdade dos fatos é sempre a senhora da razão e isso será mostrado pelos peritos. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 30 de março de 2018

A incompatibilidade política


A 8ª turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região negou mudança na decisão que condenou o maior político brasileiro da atualidade a doze anos e um mês de prisão, no caso do tríplex, deixando livre a possibilidade do seu encarceramento.
Ainda há possibilidade de, em tese, o político apresentar recursos contra os embargos de declaração, apenas como forma protelatória processual, de vez que tem sido norma adotada pela aludida turma de nem os considerar, justamente diante do entendimento sobre essa finalidade.
A defesa do político não descarta a apresentação de recurso, mas não decidiu qual será, a depender da intimação via processo eletrônico para ciência do acórdão, dentro de dez dias para a abertura do documento pertinente, quando ela terá o prazo de mais dois dias úteis para apresentar novos embargos.
O acórdão desse último recurso deverá ser publicado em até dez dias, mas a prisão do condenado poderia ter sido executada algumas horas após esse julgamento, com base no extrato da ata da sessão, a qual não aconteceu com relação ao político, em razão de ele se encontrar blindado por decisão do Supremo Tribunal Federal, que lhe concedeu liminar garantindo a liberdade até o julgamento, nessa Corte, de habeas corpus pedido por ele.
Quando se esgotarem os recursos na segunda instância, o político poderá impetrar recursos no próprio TRF-4, em até 15 dias após a publicação do acórdão do julgamento dos embargos de declaração, já agora com endereço ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo, tendo por objetivo, respectivamente, a anulação da sentença condenatória, em caso de possíveis vícios processuais apontados pela defesa, e a existência de alguma inconstitucionalidade capaz de macular ou tornar insustentável, em termos jurídicos, os procedimentos adotados nas primeira e segunda instâncias.
Segunda reportagem publicada na mídia, analisando o resultado do julgamento do TRF-4, o político não pode ser considerado, desde já, "ficha-suja" nem ser impedido de se candidatar,porque ainda há prazo para que ele apresente novos recursos em segunda instância.”.
Em consonância com a Lei da Ficha Limpa, o político já é considerado sim “ficha suja”, diferentemente do que afirma a reportagem, quando o próprio texto diz que ele tem direito de impetrar recursos no âmbito da segunda instância, mas isso não significa que ele já não esteja incurso no entendimento de que aquele que tiver sido julgado e condenado por órgão colegiado da Justiça passa a ser considerado inelegível, que é o caso dele, que pode, a seu critério, até recorrer apenas para se insurgir contra a necessidade da substituição de algo parecido com a mudança, na sentença, de seis por meio dúzia, porque, na essência, em termos de veredicto, nada mais vai ser alterado na segunda instância, salvo melhor juízo.
Agora, ele pode até, por meio de liminar obtida em tribunal competente, para continuar no párea da disputa presidencial, mas na condição de “ficha suja”,  imposta pela citada Lei da Ficha Limpa, que tem como princípio basilar não se permitir que possa haver candidatura a cargo público eletivo de quem foi condenado por improbidade administrativa ou outro crime que seja incompatível com os salutares princípios republicanos de moralidade, honestidade, dignidade, entre outros que são indispensáveis na representatividade política, conceitos estes que são rigorosamente observados nos países sérios, civilizados e evoluídos, em termos políticos e democraticamente.
Convém que a Justiça brasileira se esforce para o aprimoramento e a consolidação dos princípios republicanos e democráticos, não permitindo que homens públicos condenados à prisão, por ilicitudes na vida pública, em especial contra a administração pública, como os crimes de corrupção com recursos públicos, ainda possam continuar em atividades político-partidárias, conquanto procedimentos deprimentes que tais, além de contrariar os conceitos civilizatórios, não condizem com a dignidade que precisa imperar nos processos democráticos da representatividade popular, que tem como pressuposto o preenchimento, no mínimo, dos salutares requisitos de idoneidade e conduta ilibada. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 30 de março de 2018

quinta-feira, 29 de março de 2018

É preciso ter herói


Na crônica que fiz narrando alguns episódios pitorescos sobre a minha visita recente a Uiraúna, Paraíba, minha terra natal, teve um momento muito especial que preciso deixar registrado para o conhecimento dos uiraunenses e o faço aqui por considerar que ele é da maior importância não somente na minha vida, mas para a história da aludida cidade.
Entre muitos momentos de satisfação, certamente que um deles me tocou profundamente e diz respeito à visita à Câmara de Vereadores Olinto Pinheiro, a Casa do Povo de Uiraúna, quando ali compareci a convite de seu ilustre presidente, o vereador Joaquim Marcelino de Lira Neto.
Na ocasião, tive a subida alegria de distribuir aos senhores vereadores meu livro intitulado “Lapidando os Fatos”, onde sintetizei e eternizei singela homenagem ao sempre amado Grupo Escolar Jovelina Gomes, que foi transformada em momento memorável e inesquecível, diante da acolhida e do comparecimento ao evento de queridos professoras da época, familiares e amigos, especialmente dos famosos construtores da “Catedral dos Pássaros”, os queridos primos Ciro Fernandes e Eudim de Amâncio, acompanhados de familiares.
A recepção na Casa do Povo não poderia ter sido melhor, porque fui honrado pelo convite para compor a mesa, juntamente com Ciro e Eudim, tendo sido prestigiado pelos nobres vereadores, a começar por seu presidente, já mencionado acima, que também me franqueou a palavra, conforme transcrevo abaixo, em forma de apelo que fiz aos nobres vereadores.
Estavam presentes à sessão, além do presidente, os ilustres vereadores Francisco Marcondes da Silva, Francisco Benevenuto Claudino de Almeida, Francisco Alves de Queiroz, Antonio Carlos Olímpio da Cruz e José Fernandes Moreira, que demonstraram extrema generosidade nas suas palavras, pondo em relevo meu trabalho literário, sobrelevando-o como sendo de grande relevância para o engrandecimento do nome de Uiraúna, por eu ser seu filho, cujas manifestações me causaram enorme satisfação, pela forma carinhosa como eles se expressaram também em nome de meus conterrâneos.
Quero destacar que também considero da maior importância o uso da palavra que me foi franqueada, como disse antes, pelo senhor presidente, que foi vazada exatamente nos termos a seguir:
É grande honra para mim fazer uso da palavra nesta colenda Câmara de Vereadores.
Tenho a satisfação de me dirigir a Vossas Excelências, para propor a criação dos títulos de “Herói de Uiraúna” e de “Heroína de Uiraúna”, na forma de artigo de minha lavra e de projeto de lei e respectiva justificativa, além de esclarecimentos sobre o significado do que seja “Cidadão Uiraunense” e “Moção de Aplauso”, em relação ao título de “Herói de Uiraúna”, cujos documentos entregarei ao senhor presidente.
A concessão do título de “Herói” é forma sublime de reconhecimento prevista no âmbito nacional, com relação àqueles que deixaram legado inigualável na sua vida, com amparo na maior forma de expressão cívica e humanitária da maior relevância para a cidade, a evidenciar trabalho ímpar e fora de série, servindo de exemplo para as gerações.
Os homens públicos precisam se dignar a reconhecer o esforço daqueles que se dedicaram em prol de causas nobres e que, no sacrifício pessoal, conseguiram contribuir para o benefício da comunidade e Bonifácio Fernandes preenche os requisitos exigidos para o honroso título de “herói”, à vista do seu fantástico legado de dedicação e amor ao ser humano.
Uiraúna precisa eleger seus heróis, para que isso sirva de marcante exemplo para as gerações, como forma de demonstração de valor cívico a ser cultuado nos corações dos cidadãos.
Nesse sentido, faço apelo aos Excelentíssimos Senhores vereadores de Uiraúna que aprovem a criação dos títulos de “Herói de Uiraúna” e de “Heroína de Uiraúna”, de modo a se materializar e se resgatar a importância daqueles que deram seu sangue em prol dos uiraunenses, que precisam ser lembrados como verdadeiros heróis, no estrito sentido modelar a ser seguido.
Muito obrigado.
Uiraúna, PB, em 23 de fevereiro de 2018.”.
Tão logo fiz a entrega dos mencionados documentos ao senhor presidente da Câmara de Vereadores, tive o cuidado e a sinceridade de informá-lo de que eu teria chegado bem antes do início da sessão, objetivando falar com ilustre vereador que vinha cuidando da matéria em causa, naquela Casa, com vistas a me informar sobre o andamento do projeto e as perspectivas sobre a sua aprovação, mas ele, infelizmente, não pôde comparecer e eu precisava aproveitar não somente a oportunidade de estar ali, mas sobretudo de defender a aprovação desse projeto, que é considerado de importância cívica de extrema prioridade para a cidade, por ser forma pioneira na região, além de Uiraúna poder mostrar que é preciso reconhecer e valorizar as magníficas qualidades daqueles que se diferenciaram, de forma positiva e benéfica, na sua riquíssima história.
O senhor presidente me afiançou que explicaria os fatos ao nobre vereador, a quem agora apresento escusas, diante da falta de maiores informações sobre em que fase se encontravam a tramitação e a apreciação desse projeto bem mais do que especial, que, extreme de dúvidas, há de preencher sentida lacuna da cidade, no que diz respeito ao sentimento cívico de seu povo, que tem na alma o aflorado instinto do amor ao próximo, além da gratidão àqueles que foram pródigos em servir, com paixão, ao seu semelhante.  
De outra feita, estando na cidade, quis me inteirar sobre o cabimento ou não da medida em comento, junto a pessoas da comunidade e obtive interessantes e alvissareiras respostas, a exemplo destas, de que a população não a aprovaria 100%, mas sim 200%, e outra que simplesmente impressiona, em que o doente acometido de forte dor de garganta vai até à casa (seu consultório especial) de Bonifácio e, lá chegando, foi imediatamente atendido pelo “doutor”, que lhe passou seis injeções, mas, na primeira, já se sentia o poderoso efeito da milagrosa receita.
Os aludidos fatos bem demonstram o indiscutível acerto de medida justa aplicável a quem tem reais merecimentos ao título pleiteado para ele e para outros heróis, cuja iniciativa inédita pode ser estendida para muitos uiraunenses que se destacaram por atitudes e práticas efetivas da maior nobreza, em termos cívicos e humanitários.   
Por se tratar de objetivo da maior justiça, todo empenho tem sido demonstrado para se evidenciarem as qualidades heroicas de quem fez por merecer essa majestosa láurea e isso se torna muito prazeroso quando envolve o nome especial do “doutor” Bonifácio Fernandes, pessoa da maior simplicidade, mas de grandeza imensurável naquilo que fazia com incomparável maestria, sendo insuperável em termos de sentimento humano, posto a serviço voluntário do seu semelhante, sendo realmente merecedor da eterna gratidão dos uiraunenses, em especial daqueles que tiveram a graça divina de ter sido assistido por suas mãos caridosas, benevolentes e abençoadas por Deus.
O esforço do reconhecimento e da gratidão é apenas um gesto nobre que ficará registrado para sempre na carreira política daqueles que entenderam o verdadeiro sentido da valorização do trabalho generoso e humano, tudo reunido em uma só pessoa, que se tornou símbolo de humanismo e que soube compreender o verdadeiro princípio cristão, de servir ao seu semelhante e de amá-lo por meio de seu maravilhoso ofício de caridoso prático em farmácia, que, na essência, representava verdadeiro médico generalista da época, com as desculpas aos médicos de verdade, que eram raríssimos ou quase nem existiam na região.
Em razão da importância desse projeto especial, reiteradamente defendido, por objetivar, na essência, ser apenas sensível ao exclusivo desejo de justiça humanitária, não é exagero se enaltecer e se mostrar à saciedade que Uiraúna tem obrigação de pôr em destaque, em termos cívicos e patrióticos, as pessoas que contribuíram, de forma efetiva, para que ela seja a cidade que é hoje, fruto do trabalho difícil e ardoroso de muitos pioneiros que mostraram o sentimento de amor às pessoas e à vida, bem assim para ressuscitar e implantar o espírito cívico que toda cidade precisa cultuar, de forma permanente, no seio de seus habitantes.
Há muita esperança de que a proposta em referência seja transformada em realidade, posto que as condições necessárias e ideais são inquestionáveis e cristalinas, precisando apenas de gesto magnânimo e vontade política para que se materialize algo que é tanto notório como justo e defensável.
Melhor exposição do que essa só tem sentido se o anseio da sociedade uiraunense for efetivamente atendido pelas autoridades públicas, que precisam auscultá-la e decidir em harmonia com o seu sentido de amor, reconhecimento e gratidão às pessoas marcantes que contribuíram para o bem e o progresso de Uiraúna.
Meu muitíssimo obrigado.
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 29 de março de 2018

Basta de violência!


Dois dos três ônibus do comboio do petista foram alvejados por tiros, na estrada entre Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, no interior do Paraná, não havendo registro de feridos.
O maior líder petista disse que “não é homem de correr da briga” e que os tiros disparados contra sua caravana não o intimidam, tendo ressaltado que “O que estamos vendo agora não é política. Porque se quisessem derrotar o PT seria muito fácil. Lança candidato, vão para a urna, quem ganhar toma posse e quem perder vai chorar, como eu chorei quando perdi as eleições em 89, 94 e 98”.
O político disse que “Se eles acham que fazendo isso vai nos assustar, não vai”, porque “Isso vai motivar a gente a fazer muito mais coisa, porque nós não podemos permitir que depois do nazismo e do fascismo a gente permita grupos de fanáticos nesse país.”.
O petista lamentou o episódio, fazendo essa indagação: “É inadmissível, ainda mais atacar um ônibus que tem a imprensa. Se fosse eu até ficariam felizes porque não querem que eu dispute as eleições, mas o que é que a imprensa tem com isso?”.
O político lançou o seguinte desafio: “Se querem brigar comigo, vamos brigar. Eu gosto da briga, eu não sou um homem de correr da briga. Mas vamos respeitar a democracia nesse país. Democracia pressupõe a convivência na adversidade. Cada um faz a opção que quiser”.
Ainda não houve a identificação de quem teria disparado contra a caravana petista, embora a Polícia do Paraná tenha informado que investiga o caso e confirma que um ônibus foi atingido por tiros, quando transportava jornalistas de blogs e sites independentes, que faziam a comunicação da caravana petista e repórteres estrangeiros.
A Secretaria de Segurança Pública do Paraná informou que foram deslocadas para o local do incidente equipes do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), grupo de elite da Polícia Civil do Estado, para reforçar as investigações sobre os tiros disparados contra veículos da caravana do ex-presidente.
Segundo a citada secretaria, já foi instaurado inquérito policial pertinente para apurar o caso e o laudo pericial do ônibus deve ficar pronto nos próximos dias.
Aquela secretaria disse que não houve pedido formal de escolta para a caravana ou para o ex-presidente e que sequer tem conhecimento do “paradeiro” dele, embora tenha reafirmado que a Polícia Militar do Estado reforçou o policiamento nos locais indicados pela caravana.
Após o incidente em comento, petistas acusaram as autoridades da área de segurança, tanto federais como estaduais, de omissão em relação aos atos de violência contra a caravana, registrados ao longo dos oito últimos dias.
É evidente que uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas essa forma de violência tem sido própria dos petistas, a exemplo do que ocorreu antes do julgamento que resultou na condenação à prisão do todo-poderoso, quando a presidente do partido dele disse que, para prendê-lo é preciso haver morte, dando a entender que a militância fanatizada petista seria capaz de protegê-lo, se possível sob risco de mortes.
Enquanto isso, um senador fluminense, na mesma linha de incitação à violência, ameaçou partir para a briga nas ruas, com práticas de guerra fraticida, no caso da efetivação da prisão do seu líder-mor, em clara manifestação que sinalizava senão o confronto, a baderna e, enfim, a violência extremada, que, infelizmente, de certa forma, foi envolvida a comitiva da caravana do partido petista, cuja caravana certamente transcorreria em clima de paz e harmonia se não houvesse a irresponsabilidade e a demência de ameaças impensadas e absolutamente desnecessárias, em se tratando de decisão judicial, que, contra a qual, somente existe o remédio do recurso também no âmbito da Justiça, como assim entendem e praticam os homens públicos dos países sérios, civilizados e evoluídos, em termos políticos e democráticos.
Não se pode dizer que os petistas estão pagando pelo preço de suas atitudes políticas insensatas e irresponsáveis de incitação à violência, mas se pode afirmar que talvez não tivesse tanta perturbação da ordem pública, nos últimos tempos contra eles, se suas atuações fossem sob o primado, no mínimo, de prudência e respeito ao bom senso e à razoabilidade nas relações sociais, principalmente no que se refere aos princípios democráticos, que têm como pressuposto a multiplicidade de opinião, pensamento e ideologia, em terreno de plena harmonia, sem a bestialidade de que deva prevalecer sobretudo o sentimento partidário, em detrimento das liberdades de expressão e individualidade, bem assim de nacionalismo. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 29 de março de 2018

quarta-feira, 28 de março de 2018

Retribuição das provocações


Após os confrontos durante a passagem do principal político brasileiro e sua caravana pela região Sul, ele afirmou que, “se provocados, os petistas vão retribuir.”.
Na última semana, manifestantes antipetistas bloquearam vias em cidades pelas quais a comitiva do político passou e provocaram confrontos com os apoiadores dele.
Teve um dia que a comitiva decidiu desistir de passar por Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, por falta de segurança e risco iminente e intenso de confronto, após ruralistas e apoiadores do deputado federal carioca, o ultradireitista também pré-candidato ao Palácio do Planalto, bloquearem a estrada de acesso à cidade, com a finalidade de impedir que o petista cumprisse seu compromisso da agenda.
O ex-presidente ressaltou, em discurso, que "Este ano vai ser um ano duro. Tem gente que está se organizando como se fossem paramilitares. Tem gente que está se preparando até para invadir comício de outro. Nós somos da paz. É só olhar para a cara de vocês. Aqui tem estudante, trabalhadores, professores. Mas não nos provoquem. Se derem um tapa na nossa cara a gente não vai apenas virar para o lado, a gente vai retribuir até eles aprenderem a viver democraticamente".
Durante o discurso do político, um grupo menor protestava contra a presença dele na cidade, inclusive apresentando faixas pedindo a sua prisão.
Os manifestantes, que traziam bandeiras do Brasil e camisetas a favor do deputado carioca, estavam separados por alguns metros e uma fileira de policiais militares, mas não houve relatos de conflitos nem de agressão de nenhum dos lados.
Em seu discurso, o político ainda fez promessas de campanha presidencial, como a isenção de Imposto de Renda para quem ganha menos de cinco salários mínimos e o fim do teto de gastos públicos.
Causa enorme estranheza se permitir que pré-candidato à Presidência da República se aventure Brasil a dentro, em plena campanha eleitoral, como no caso referido no parágrafo anterior, em que ele chegou até a prometer para a plateia a execução de seu plano de governo, o que caracteriza que ele está em plena campanha eleitoral ao principal trono do país, quando a legislação eleitoral é muito clara, ao proibir que isso seja feito antecipadamente ao prazo previsto legalmente.
Essa tal caravana tem por base o principal argumento de que o político vai correr o país para conhecer seus problemas, mas, na verdade, tudo não passa de engodo, porque o seu objetivo mesmo é manter contato com simpatizantes para dizer a eles que a sua situação no momento é de pessoa injustiçada, que teria sido condenada à prisão sem provas e sem motivos que justificassem tal procedimento, de modo que ele se acha no direito de se passar por vítima de seus opositores, por estarem interessados no impedimento da candidatura dele à Presidência da República.
Não obstante, o que se vê mesmo são os discursos inflamados, recheados de críticas à imprensa, à oposição e principalmente à Operação Lava-Jato, incluída aí a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Justiça Federal, porque é assim que o político entende que as investigações tratadas no processo referente ao tríplex conseguiram contextualizar mentiras que foram placitadas pelos juízos das primeira e segunda instâncias, que, neste último caso, os desembargadores, segundo o político, sequer leram os autos e muito menos a sua defesa, tendo julgado sob pressão e condenado um inocente.
Agora, o sentimento de muita repulsa de parcela expressiva dos gaúchos se evidencia exatamente por meio da reprovação contra o envolvimento do político nos fatos denunciados à Justiça, que denotam a maior gravidade para o homem público que já foi presidente da República e jamais poderia sequer pensar em participar de atividades político-eleitorais, como ele vem fazendo, na forma explícita da sua caravana pelo Sul do país.
Conviria, antes, que ele provasse a sua inocência, de forma cabal e definitiva, por meio de elementos de provas juridicamente válidas, junto à Justiça, de modo que não se levantasse contra ele o mínimo questionamento quanto ao seu impedimento moral para fazer campanha política, ante o seu atual histórico horroroso de homem público, que não conseguiu impugnar os fatos inquinados de irregulares, cuja autoria dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro é solenemente atribuída a ele.
Não tem como se acreditar em político que garante que é inocente, mas não consegue transformar isso em provas válidas para a Justiça, cujos magistrados preferiram acreditar, com razão ou não, nas provas da materialidade constante dos autos, ante a uniforme e a unânime convicção de que há consistência e robusteza nos elementos coligidos pela força-tarefa do Lava-Jato, a confirmarem a materialidade dos fatos denunciados à Justiça e sua autoria.
A evidência da autoria dos crimes perpetrados nos autos se consolida exatamente diante da ausência de recursos da defesa alegando a nulidade das provas e exigindo sanções aos julgadores, em razão de terem sentenciado à prisão sem que, nos autos tivessem provas suficientes para tanto, fato este que apenas confirma que a condenação do político foi inquestionavelmente com respaldo em provas consistentes e plausíveis, em que pesem as alegações de inocência, absolutamente destituídas de comprovação.
Urge que os brasileiros se conscientizem de que o Brasil precisa passar por mudanças radicais e abrangentes na política, não permitindo mais que homens públicos envolvidos com casos ilícitos possam sequer participar de reuniões, encontros e comícios públicos ou político-eleitorais, como forma de respeito à dignidade do povo e à preservação da integridade dos princípios da ética, moralidade, dignidade, entre outros que são fundamentais ao fortalecimento da República e da democracia. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 28 de março de 2018

terça-feira, 27 de março de 2018

A perda da moralidade


A partir da rejeição, por unanimidade, do recurso contra a condenação do maior político brasileiro, a doze anos e um mês de prisão, pela prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região o transforma em criminoso de segunda instância, ou seja, condenado por órgão colegiado da Justiça.
Em conformidade com a Lei da Ficha Limpa, a sentença proferida por órgão colegiado torna, de forma irremediável, o condenado em “ficha-suja”, sendo considerado inelegível, salvo se o envolvido conseguir, por meio de recurso à Justiça, anular a punição, por algum vício reconhecido.
Não obstante, o partido do político condenado insiste em mantê-lo como seu pré-candidato à corrida presidencial e garante que o vai registrar na Justiça Eleitoral competente, no prazo legal.
Em que pese se tratar de candidato juridicamente inviável, diante da sua incompatibilidade perante a legislação eleitoral, uma vez que ele não atende aos requisitos de idoneidade e conduta ilibada, ele é, fora de dúvida, o presidenciável mais ativo de todos, como mostram as caravanas que vem realizando Brasil afora, fazendo campanha eleitoral abertamente em afronta às normas eleitorais, que não a permitem fora de época, ou seja, antes de 15 de agosto.
Vejam-se que já houve caravanas no Nordeste e em Minas Gerais e Espírito Santo e, por último, na região Sul, sob a alegação de conhecimento dos problemas das localidades visitadas, mas, na verdade, tudo não passa de superexposição à memória da plataforma social de seu governo e ao apelo ao apoio do povo contra a sua condenação à prisão, sob o argumento de eterno injustiçado, por se considerar inocente, que o político se considera injustiçado, por ter sido punido sem provas, justamente para afastá-lo da corrida presidencial, à vista dos resultados das pesquisas de intenção de voto, que o colocam na liderança entre os possíveis candidatos ao Palácio do Planalto.
O certo mesmo é que a decisão adotada pelo TRF-4 coloca o político muito próximo da cadeia, fato que ainda não aconteceu por força da liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal, que o deu sobrevida até o dia 4 próximo, quando será decidido sobre a concessão ou não de habeas corpus, mantendo-o em liberdade, embora o entendimento da Corte é pela prisão na segunda instância, requisito este já plenamente satisfeito pelo político.
Na verdade, o Brasil passa por momento de muita expectativa e instabilidade política, por ter pré-candidato à Presidência da República condenado à prisão, mas, mesmo nesta condição, ele se encontra liderando as pesquisas de intenção de voto, em clara demonstração de que importante parcela dos eleitores não faz a mínima ideia do que seja o sentido da moralidade, idoneidade e conduta imaculada, em termos de representatividade política, que não se compatibiliza nem mesmo com meras suspeitas sobre práticas de irregularidades com recursos públicos, quanto mais já havendo condenação, com base em provas substanciais sobre a materialidade dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, que precisam ser afastados perante a Justiça, em termos formais, para que o político possa realmente disputar pleitos político-eleitorais.
No momento, é preciso se reconhecer que a candidatura a cargo público eletivo de alguém já condenado à prisão pela Justiça e ainda respondendo, como réu, a outros processos caracteriza inédita anomalia política que não tem como aderir à seriedade e à dignidade que se impõem nas atividades político-eleitorais, considerando que isso não se harmoniza com administrador público responsável pela execução dos orçamentos públicos, que não pode ser confiada a quem se encontra envolvido ou implicado com denúncias de irregularidades com recursos públicos.
Impende se ressaltar que a Justiça Eleitoral não registra candidatura de quem apenas tenha suas contas julgadas irregulares pelos tribunais de contas, o que vale dizer que nem precisa ter sido condenado à prisão, para ser considerado inelegível, diante da legislação que exige que suas contas estejam regulares, demonstrando lisura na gestão de recursos públicos.  
No caso do político, não há como insistir na sua candidatura, em razão do seu enquadramento no critério que considera "ficha suja" aquele que tenha sido condenado por órgão colegiado, fato este que nem precisa que fosse dito pela legislação eleitoral, porque restava apenas o povo se conscientizar de que a simples suspeita da prática de irregularidade já seria motivo forte e suficiente para a incompatibilização do político com a representatividade popular, que exige sobretudo a sua comprovação do preenchimento dos requisitos da ética, da moralidade, do decoro, da dignidade, entre outros conceitos inerentes à imaculabilidade na vida pública.
Diante dos fatos, os brasileiros precisam se conscientizar, sob o prisma da responsabilidade cívica e patriótica, de que os homens públicos representantes do povo perdem plenamente as condições de moralidade e dignidade para exercerem cargos públicos eletivos, à vista da prevalência e da supremacia dos salutares princípios republicanos essenciais ao fortalecimento do zelo e do cuidado que se impõem à integridade do patrimônio público, que não pode ser confiado a quem tenha sido condenado à prisão por crimes contrários à lisura e à idoneidade moral. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 27 de março de 2018

Inadmissível condescendência


Um general da reserva que é a favor do fechamento dos Poderes da República se os princípios constitucionais não forem devidamente observados, criticou duramente, nas redes sociais, a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a concessão de salvo-conduto ao principal líder político petista, até o próximo dia 4, quando a Corte irá analisar o mérito do habeas corpus solicitado por ele.
O militar afirmou que se sentiu "envergonhado" pelo que chamou de "covardia moral" dos ministros da Corte Suprema, tendo ressaltado, ipsis litteris, que "Sinto-me envergonhado pela falta de espírito público, pela covardia moral, pela linguagem empolada - destinada a enganar o homem comum -, pelas falsidades e, principalmente, por observar que uns merecem mais que outros ante os olhos daquele colegiado. Fica claro que os que possuem 'pertences' jamais cumprirão a pena que merecem por haver surrupiado o bem público. Fica o alerta de soldado, cuidado com a cólera das legiões!!!!".
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o general afirmou que o país vive momento crítico e que a Justiça deveria ser um dos pilares para solucionar os problemas brasileiros, "ou vamos viver o caos".
O militar ressaltou ainda que "O Judiciário tem que exercer sua responsabilidade ou vão fazer justiça com as próprias mãos. Os presídios estão cheios de presos pobres e os de colarinho branco soltos, com o Judiciário sentado em cima dos processos".
Na cerimônia de despedida da caserna, o general aproveitou o ensejo para criticar a intervenção no Rio de Janeiro e a classe política, tendo também anunciado apoio à candidatura à Presidência da República do deputado federal carioca ultradireitista, na expectativa de que ele possa endireitar os erros que grassam no país, principalmente no diz respeito à segurança pública.
Não há a menor dúvida que as pessoas honradas e de bem ficaram frustradas e desiludidas diante da postura antipatriótica de alguns ministros do Supremo, que se manifestaram pela a liberdade de transgressor contumaz das leis, de forma costumeira e desrespeitosa, que ainda se julga o dono das terras Brasis, sendo por isso considerado inalcançável pelas leis e muito menos pela Justiça, deixando muito claro que não é aplicável a ele o princípio segundo o qual todos são iguais de direito e obrigação.
Não tem como se conformar que um fora da lei declarado pela Justiça possa imaginar que possa fazer e desfazer o que bem entender, tendo inclusive o poder de tirar a credibilidade da Justiça do país, ao mostrar que o Supremo, seu órgão máximo, queda-se aos seus desejos, por se curvar ao seu poder, que não ver problema algum em rasgar a Constituição Federal, para atender aos caprichos de quem foi considerado pelo Ministério Público Federal como o poderoso comandante da organização criminosa que foi mantida no seio de seu partido.
Nos países sérios, civilizados e evoluídos, em termos políticos e democráticos, os ex-presidente são respeitos por seu legado de lisura e probidade na administração do patrimônio público, não tendo o menor respeito em se tratando de ex-mandatário que tenha sido condenado à prisão pela prática de crimes contra os princípios da moralidade, do decoro, da legalidade, da dignidade, entre outros que precisam integrar a índole dos homens públicos, que são tratados com os rigores da lei, que tem aplicação de forma isonômica para todos, sem qualquer privilégio, nem mesmo para ex-presidentes da República, porque criminoso não pode merecer tratamento diferenciado, conquanto isso constitui afronta aos princípios constitucionais de igualdade entre os cidadãos.
O que impressiona é a facilidade com que se consegue encontrar o jeitinho, a fórmula mágica para se achar a melhor saída, o desvio em benefício exatamente de quem fez por não merecer qualquer maneira de magnanimidade, mas sempre termina sendo o valido pelo esforço de quem precisa mostrar inflexibilidade e intolerância contra o fora da lei, que deve ser tratado com os rigores do ordenamento jurídico, por se tratar de pessoa que teria a obrigação moral de dar bons exemplos de dignidade, idoneidade e conduta sobre quaisquer suspeitas, por ter sido presidente do país, o cargo máximo da nação.
Ao mostrar condescendência com criminoso julgado e condenado pelas primeira e segunda instâncias, o Supremo Tribunal Federal mostrou não somente que foi apequenado e diminuído, em termos de respeito e dignidade, como instituição máxima do Poder Judiciário, que teve a sua imagem chamuscada com o desprezo dos brasileiros honrados e esperançosos do efetivo combate à corrupção e à impunidade, por ele ainda ter permitido que advogado de defesa o orientasse como deveria atuar diante de caso que precisava ter somente a marca indelével do rigor da aplicação da lei, sem a menor condescendência nem a concessão de privilégio, mas o que se viu foi que o interessado estivesse simplesmente acima da lei e de tudo, inclusive da própria Corte. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 27 de março de 2018

segunda-feira, 26 de março de 2018

Reiteração do calote


O governo da Venezuela, atolado em graves e gigantescas crises, principalmente econômica, deixou de pagar ao Brasil dívida do valor aproximado de R$ 1 bilhão.
No início desta semana, o BNDES houve por bem acionar o Fundo Garantidor de Exportações, ligado ao Ministério da Fazenda, que tem como função oferecer cobertura às garantias prestadas pela União em operações de crédito à exportação.
O citado fundo será acionado porque o dinheiro foi tomado para contratar empresas brasileiras, que contaram com a garantia dele, o que significa que o Brasil funcionou como espécie de “fiador” do empréstimo tomado pelo governo venezuelano, quando essa função teria que ter sido feita pelo Tesouro daquele país, em clara demonstração da inversão das responsabilidades. 
Em que pese o calote aplicado até agora, a Venezuela ainda deve ao Brasil, por conta de financiamentos concedidos àquele país, pelo BNDES, cerca do valor de R$ 3,1 bilhões, sendo que R$ 2,3 bilhões se referem a obras executadas por empreiteiras do Brasil, quase todas elas envolvidas nas investigações pela Operação Lava-Jato.
Em janeiro deste ano, a Venezuela pagou o valor de R$ 860 milhões, referente a outra parcela que estava atrasada desde setembro de 2017, que havia deixado de pagar.
Além da Venezuela, que vem deixando de honrar os compromissos financeiros com o Brasil, Moçambique também deixou de pagar dívida do valor de US$ 22 milhões e acabou não quitando o débito, fato esse que obrigou a União a devolver o valor de R$ 124 milhões ao BNDES.
Diante dessa lastimável situação, percebe-se que o Brasil é duplamente lesado, por ter deixado de aplicar os referidos recursos no próprio país, que tem carência crônica de obras necessárias ao desenvolvimento socioeconômico, e pela contingência de ter que se conformar com o calote, cujo prejuízo vai imputado aos bestas dos contribuintes brasileiros, que são obrigados a pagar escorchantes tributos, para servirem, injustificadamente, de financiamento de obras em países comandados por ditadores e tiranos, que desrespeitam os salutares princípios democráticos e de direitos humanos.
O que mais dói, nesse episódio, é que o Brasil expõe rosário interminável de obras públicas, precisando urgentemente de investimentos em infraestrutura, educação, saúde, segurança pública, saneamento básico, entre múltiplas obras necessárias à prestação de serviços públicos à população, mas os governos ditos de esquerda entenderam de melhor alvitre mandar montanhas de dinheiros para a realização de obras importantes em países socialistas, a exemplo da Venezuela, que se encontra sem dinheiro e sem condições de honrar suas astronômicas dívidas, embora as obras já tenham sido concluídas e o usufruto é do povo daquele país.
Não há menor dúvida de que esses financiamentos não pagos são horrorosos legados deixados por governos brasileiros socialistas, que fizeram agrado a governos com a mesma desgraçada ideologia, com dinheiro dos brasileiros, os quais jamais retornarão ao Tesouro Nacional, a exemplo do substancial calote dado agora pela Venezuela.
Na verdade, ao que se tem conhecimento, os empréstimos concedidos por governos passados a países comandados por terríveis ditadores deveriam ter sido autorizados previamente pelo Congresso Nacional, por envolver o patrimônio dos brasileiros, mas certamente nenhum centavo foi autorizado legal e constitucionalmente, o que caracteriza crime de lesa-pátria, estando passíveis de responsabilização os agentes públicos que autorizaram o desvio de montantes gigantescos de recursos públicos, para finalidades absolutamente estranhas ao atendimento do interesse público, pela clara demonstração de desvio de finalidade que se enquadra como crime que precisa ser investigado, para o fim de atribuição de responsabilidades àqueles que autorizaram e se envolveram nesses empréstimos sem a menor garantia por parte do credor, que já recebeu e gastou os recursos, inclusive sob suspeitas do pagamento de propina, conforme resultado dos levantamento promovidos pela Lava-Jato.
Não há a menor dúvida de que essa forma de financiamento sem autorização do Parlamento e, mais grave ainda, sem a devida garantia sobre a cobertura do pagamento pelo governo da Venezuela, é o caso ensejador não somente de responsabilização dos envolvidos na liberação dos recursos, mas da sua prisão, como forma preventiva do cuidado que se deve ter, no zelo do patrimônio dos brasileiros e da coisa pública, indo muito além de se mostrar às novas gerações de administradores públicos que o dinheiro dos brasileiros somente podem ser aplicados no Brasil.
Esse calote dado pela Venezuela inspira a premência com que as investigações relacionadas aos financiamentos a países da América Latina e da África, como forma de levantamento das irregularidades que causaram enormes prejuízos ao patrimônio dos brasileiros, as quais precisam ser esclarecidas, cujos danos devem ser atribuídos aos agentes envolvidos, porque essa desastrada maneira de administrar recursos públicos não pode ficar impune, sob pena de se incentivar a má gestão, a incompetência administrativa e as irregularidades com recursos públicos.
À toda evidência, essa forma de financiamento de recursos dos brasileiros, sem garantia e sem autorização legislativa, constitui cristalina e grave prática de corrupção, eis que o dinheiro de que se trata foi desviado para fora do país e jamais voltará para a recomposição do patrimônio dos brasileiros, demonstrando que isso é mais um péssimo legado deixado por governos com a marca da irresponsabilidade de ter autorizado empréstimo sem a certeza de receber de volta o dinheiro pertinente.
Os brasileiros precisam conhecer o que está acontecendo com os financiamentos concedidos por governos do passado, que custearam obras em países comandados por ditadores, com recursos do povo, cujas empreendimentos deveriam ter sido realizadas exclusivamente no Brasil, para o usufruto dos brasileiros, mas algumas nações, como a Venezuela, não estão honrando os pagamentos da dívida, a ensejar que os fatos pertinentes sejam devidamente investigados, ante a suspeita de que os empréstimos não foram legalmente autorizados pelo Congresso Nacional e a garantia pelo não pagamento foi feita pelo próprio governo brasileiro, quando deveria ter sido pelo governo do país beneficiado pelo financiamento, de modo que os administradores públicos envolvidos sejam responsabilizados pelos prejuízos causados aos cofres públicos, além de serem condenados penalmente, na forma da lei. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 26 de março de 2018

domingo, 25 de março de 2018

Mobilização pela vida


A propósito da crônica intitulada “É preciso acordar”, versando sobre a situação caótica do tráfego de veículos em Uiraúna, a senhora Francisca Fernandes, daquela cidade, fez esse magnífico comentário, verbis: “Me associo a este parente e filho de Uiraúna, no sentido de providências urgentes para preservar vidas de tantas pessoas que diariamente trafegam por estas ruas de forma desordenada, por falta de uma organização no trânsito. Com tanta repetição, vamos apelar pelo bom entendimento e vermos o problema solucionado para a segurança de TODOS.”.
Aproveitando as minhas tocantes incursões em questão angustiante da sociedade de Uiraúna, concito as pessoas para se mobilizarem em torno do problema no trânsito da cidade, tendo por meta o pensamento da senhora Francisca Fernandes, que também deseja ardentemente, como eu, a segurança no trânsito, para o bem de todos e a preservação da vida.
Por certo, se houver união das pessoas em torno desse propósito de cunho benéfico, as autoridades públicas vão se convencer de que a única alternativa é a urgente promoção de esforços para o saneamento do problema do tráfego de veículos da cidade, porque é inconcebível que fatos irracionais e desumanos aconteçam, de forma reiterada, e ninguém seja cobrado nem responsabilizado por tamanhas omissão e indiferença, como se tratassem de situações normais e sem a menor preocupação, quando há o especial envolvimento de vidas humanas, sempre quando ocorrem acidentes de veículos nas vias da cidade, em especial de motocicletas.
Este veemente apelo necessita ser feito aos conterrâneos, no sentido de se promover mobilização em prol da regulamentação, do controle e da fiscalização eficientes do sistema de tráfego de veículos em Uiraúna, que não pode mais continuar como está nesse estado de extrema precariedade, sendo urgente e mais do que justo que as autoridades públicas da cidade sejam cobradas a tomarem, o mais rapidamente possível, as providências saneadoras da sua alçada, porque as medidas necessárias já deixaram de ser tomadas há bastante tempo e isso certamente já causou sérios transtornos e prejuízos de toda ordem aos uiraunenses.
É preciso a intensificação de insistência junto às autoridades públicas, lembrando-as sobre a sua injustificável omissão, por tanto tempo, diante desse problema da maior relevância.
Ficam a expectativa e a esperança de que os uiraunenses resolvam se unir em mobilização para cobrar e exigir daquelas autoridades tão somente o cumprimento do seu dever funcional, no âmbito da sua responsabilidade cívica, que tem por escopo a organização e a segurança do trânsito da cidade, com vistas à preservação e à integridade da vida.
A questão que agora se debate, com redobrado empenho, diz respeito diretamente à sociedade, para que haja a compreensão de que o problema precisa ser encarado, com a necessária disposição, no presente momento, diante da convicção da sua prejudicial caducidade e do seu indiscutível incômodo, que precisa da união e do convencimento de todos quanto à premência da sua solução, que é absolutamente possível de ser viabilizada, desde que haja convergência de entendimentos entre a sociedade e as autoridades públicas incumbidas desse mister, que precisam ser sensibilizadas sobre a inadmissibilidade da continuidade de mal que tanto inferniza a vida das pessoas.
Também é fundamental que as pessoas mais esclarecidas inspirem e incentivem às demais, para defenderem causa que tem como essência o interesse da sociedade em geral, que precisa ter consciência da gravidade do problema e, enfim, sentir segurança com a organização e os devidos cuidados no tráfego de veículos da cidade.
A única maneira de possível mudança do status quo é por meio da promoção de algo como a mobilização cívica e organizada da sociedade, na maneira preconizada neste texto, para mostrar a sua inquietação sobre o que está realmente errado na cidade e cobrar as providências cabíveis das autoridades públicas incumbidas desse mister, que não podem continuar omissas e impunes, ante a sua inexplicável despreocupação diante da horrorosa falta de autoridade, que prefere se manter ausente aos terríveis problemas que grassam no trânsito da cidade.
Não há a menor dúvida de que o silêncio, a omissão e a irresponsabilidade das autoridades públicas incumbidas de solucionar angustiante situação do trânsito têm como consequência a cumplicidade não somente no descalabro da desorganização em si, mas também em cada acidente que poderia ter sido evitado se o sistema fosse devidamente cuidado, na forma prevista na legislação de trânsito, como direção de tráfego, limite de velocidade de veículos, uso obrigatório, conforme o caso, de capacete e sinto de segurança, placas de sinalização, enfim, de tudo que consta da legislação pertinente e precisa apenas ser colocado em prática, na forma mais explícita e desejável da segurança dos motoristas e dos transeuntes, como são exigidos, compulsoriamente, nas cidades onde há verdadeira preocupação com a preservação e a integridade da vida.
À toda evidência, convém que, pelo menos, os uiraunenses suscitem alguma forma de discussão sobre esse crucial problema, porque não é mais possível manter sob tenebroso silêncio algo que é danoso e incômodo para a sociedade ávida por sua urgente solução, que é absolutamente viável.
O que é inadmissível, diante da caracterização de crime de ordem pública, é o reconhecimento público de terrível situação existencial, que vem sacrificando vidas ou deixando graves sequelas em corpos humanos, para que tudo fique absolutamente do mesmo jeito, simplesmente à mercê do descaso e da omissão de alguém que tem a responsabilidade de agir e atuar, mas se esconde por trás da própria autoridade para se distanciar de gravíssimo problema social.    
É importante que a sociedade organizada, a maçonaria, as associações de classes ou quem tiver interesse em abraçar causa justa em benefício da sociedade possa liderar esse especial e importante movimento de mobilização pelo trânsito funcionalmente organizado, que precisa ser iniciado com prioridade, sem perda de tempo e com o máximo de urgência, sob pena de nossos apelos caírem no vazio e as autoridades públicas continuarem tranquilamente no conforto de seus gabinetes, na certeza de que não mais serão incomodadas e tudo há de permanecer no real caos de sempre, a prejudicar a vida das pessoas e incomodar a sociedade, o que não é justo nem normal, quando a evolução da humanidade não pode permitir que isso ainda seja admissível na atualidade, em que a modernidade aconteceu justamente para o benefício do homem, que precisa ter visão e inteligência para entender o que é melhor para as relações sociais.
Urge que os uiraunenses se deem as mãos, para, em união e em conjunto, dizerem às autoridades públicas ligadas ao problema em comento, com clareza e bom tom, que “Nós queremos sempre voltar para casa, com integridade e paz no trânsito”.  
Muito obrigado, dona Francisca Fernandes, que tenho a honra de ser minha parente, por seu singelo, mas importantíssimo apoio a causa de sublime interesse da sociedade de Uiraúna, que precisa contar com a sua disposição e das demais pessoas para a tão desejada mobilização de reivindicação às autoridades públicas incumbidas de cuidar e zelar pelos interesses de seus representados, posto que ela é de fundamental importância e imprescindibilidade para o convencimento de quem detém o poder para solucionar os gravíssimos problemas do tráfego de veículos da cidade. Acorda, Uiraúna!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 25 de março de 2018

sábado, 24 de março de 2018

Injustificável distanciamento


A imprensa nacional registrou manifestação, de forma veemente, de expressiva parcela dos políticos, lamentando o assassinato da vereadora pela cidade do Rio de Janeiro, morta em atividade, no centro da capital fluminense, em repúdio ao trágico acontecimento, além do reconhecimento sobre a generalização quanto à insegurança que grassa naquele Estado, que se encontra totalmente dominado por organizações criminosas.
Ao contrário do que fez a maioria dos políticos e autoridades nacionais e internacionais, os meios de comunicação lembram que o deputado ultradireitista fluminense, que é pré-candidato à Presidência da República, se manteve silente sobre o lamentável episódio, deixando de deplorar tal ato de extrema violência, bem assim de prestar, como é de praxe, condolências à família da ex-vereadora.
O deputado carioca preferiu não repudiar o crime bárbaro e a violência contra a vereadora, além de ter se negado, pelo silêncio, a cobrar rigorosas investigações sobre o abominável caso.
É preciso se reconhecer que a morte da vereadora fluminense deixou o mundo perplexo e horrorizado, ante a forma bárbara como tudo aconteceu de muito degradante contra o ser humano, por se encontrava absolutamente indefeso e que tinha por propósito, na vida pública, a luta pela defesa dos direitos humanos e busca da proteção de pessoas marginalizadas e desprotegidas da lei e da ordem pública, a exemplo da denúncia feita por ela, dias antes do crime, de que o Batalhão de Irajá (41ºBPM) estava "aterrorizando e violentando moradores de Acari", comunidade da zona norte do Rio, fato este que, no mínimo, ensejaria investigações para se averiguar a veracidade ou não sobre os fatos alegados.
O homem público com intenção de ser presidente do país tem o dever moral de se manifestar diante de brutal assassinato de pessoa também parlamentar, porque o crime em si choca a consciência do ser humano, não importando que essa forma de criminalidade tenha se tornado mera banalidade, principalmente em se tratando do Rio de Janeiro, onde a violência já ultrapassou os limites da tolerância e da civilidade.
Todo homem público, não importando a sua índole político-partidária ou ideologia, precisa se manifestar em condenação aos métodos violentos contra a sociedade, sem necessidade de entrar no mérito das circunstâncias e motivações do crime em si, mas sim acerca do repúdio que o ser humano precisa demonstrar, como forma de inconformismo e indignação contra os atos bárbaros perpetrados em desfavor da vida humana.
O homem público precisa ter consciência de que ele não representa somente parcela, mas sim a integralidade da sociedade, que tem o dever cívico de pagar escorchantes tributos para a manutenção da segurança e da ordem públicas.
O homem público que pretende comandar o país, como o deputado carioca ultradireitista, não pode se omitir em nenhum momento da vida pública, como se ele tivesse obrigação de aparecer somente em momentos que lhe são favoráveis, quando o presidente da República representa toda nação, inclusive os integrantes de partidos que lhe possam ser eventualmente hostis, por força das circunstâncias políticas, mas o sentimento de mandatário da nação precisa ser incorporado ao verdadeiro espírito de integração e união entre os brasileiros, respeitadas as convicções individuais, inclusive quanto às convicções político-ideológicas.
Convém que os homens públicos tupiniquins se conscientizem de que a vida pública também precisa passar pelo saudável processo do aperfeiçoamento e da modernização, de modo que a sua atualização política possa contribuir para a superação das arraigadas e abomináveis disputas paroquianas que são essencialmente prejudicais às atividades produtivas da representatividade política.
Para o bem do Brasil e das relações entre os homens públicos, é aconselhável que haja convergência de pensamento saudável entre os políticos, no sentido de que a união de ideologia contra a criminalidade e a violência resulte em benefício da preservação de vidas humanas, que têm sido prejudicadas em razão do injustificável distanciamento entre eles, motivado certamente por questões de ideologias políticas que somente contribuem para dificultar as saudáveis ações públicas em benefício da população. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 24 de março de 2018

sexta-feira, 23 de março de 2018

Vamos acordar!


Na noite de ontem, aconteceu mais uma colisão entre duas motos no centro de Uiraúna, tendo causado ferimentos em duas pessoas, que precisaram ser socorridas no local do acidente.
Houve a confirmação de que os veículos seguiam em sentido contrário e bateram de frente, cujo impacto das motos resultou na queda dos condutores no asfalto.
Equipes do SAMU prestaram imediatamente os primeiros socorros das vítimas, que foram depois transportadas para hospitais de Sousa e Cajazeiras, de acordo com a gravidade verificada em cada um deles.
Segundo a Cofemac, o rapaz levado para o hospital de Sousa teve o diagnóstico de fratura em duas costelas e pancada no pulmão, além de cortes no pescoço e na perna, tendo a confirmação de que seu estado de saúde é normal, não inspirando maiores cuidados.
Com relação à outra vítima, aquele site ainda não tinha notícia sobre seu estado de saúde.
Diante desse terrível acontecimento, a senhora Maria Dias disse, verbis: “Estamos assistindo isto todo santo dia. Virou rotina. Parece ser mais fácil levar os pacientes aos hospitais do que tomar as providências que são inerentes a este trânsito. Até quando veremos vidas sendo ceifadas e familiares chorando a perda de um ente querido? Autoridades e familiares têm culpa. Vamos acordar.”.
À toda evidência, o apelo veemente da mencionada senhora toca profundamente nos corações das pessoas sensatas e preocupadas com a preservação da vida, que não pode mais ficar à mercê da insensibilidade das autoridades públicas incumbidas de zelar e cuidar da ordem e da segurança públicas, incluída aí a integridade do ser humano.
A preocupação daquela senhora tem absoluta pertinência e salta aos olhos das pessoas, principalmente daquelas que estão vivenciando, no cotidiano, essa grave situação existente no sistema de tráfico de veículos em Uiraúna, que tem como principal causa a indiferença e a omissão de quem deveria assumir a responsabilidade para adotar efetivas medidas no sentido de convocar os mecanismos capazes de pôr fim a esse caos no trânsito da cidade, evitando que vidas humanas e de animais sejam, de alguma forma, prejudicadas por mortes ou ferimentos e sequelas sempre graves e incômodos.
Eu, que moro em Brasília, estando em Uiraúna, no mês passado, me preocupei muitíssimo com o verdadeiro problema existente no tráfego de veículos da cidade, tanto que deixei essa preocupação patenteada e muito bem registrada em dois artigos que escrevi, sendo que um deles trata exclusivamente de convocar a sociedade de Uiraúna para discutir, com urgência, essa horrorosa questão.
Os referidos artigos foram publicados no portal da Cofemac (um na minha coluna, sendo que seu título é até bem sugestivo, por fazer "Apelo à vida", e o outro foi intitulado "Minha visita a Uiraúna", os quais estão publicados também na minha página da internet, qual seja: www.adalmir01.blogspot.com.br).
É importante que, de tanto as pessoas mostrarem preocupação sobre essa terrível situação, isso possa causar o impacto esperado pela sociedade na sensibilidade das autoridades públicas de Uiraúna, que têm a incumbência de cuidar e zelar pela integridade, saúde e pelo bem-estar da população da cidade, com o despertar da sua consciência cívica de que urge a necessidade da mobilização das pessoas, com vistas à solução desse gravíssimo problema inerente à falta de organização e estruturação funcional no trânsito da cidade.
Certamente que haverá enorme recompensa social se as autoridades públicas e a população em geral de Uiraúna se dignarem a refletir sobre a mazela do tráfego de veículos, o mínimo que seja, sempre que ocorrer caso semelhante ao de ontem, em que houve a necessidade do urgente socorro a duas vítimas, que tiveram ferimentos e outros transtornos em seus corpos, de modo que fato idêntico até poderia ter sido evitado caso o trânsito de veículos já tivesse sido regulamentado e implantado na cidade, que tem sensível evolução em diversos setores importantes, principalmente da sua economia, mas infelizmente fica a desejar no aspecto do sistema de trânsito de veículos, que pode ser solucionado, a depender da vontade política.
Não há a menor dúvida de que, para que possa haver reais melhorias na prestação dos serviços públicos, é preciso que a população exija e cobre de seus representantes na administração pública a execução dos serviços e das obras prioritárias e indispensáveis ao seu bem-estar, à sua segurança e, enfim, ao seu conforto como cidadão, à luz dos tributos que são recolhidos por ela, na forma da lei.
Convém que a população de Uiraúna se mobilize e mostre seu veemente inconformismo com a lamentável situação referente à falta de regulamentação, controle e fiscalização sobre o tráfego de veículos na cidade, para exigir posição de efetividade e responsabilidade das autoridades incumbidas das medidas pertinentes ao saneamento desse grave e inadiável problema, de modo a se permitir a viabilização do desejo e do apelo da senhora Maria Dias de “Vamos acordar”, porque já passou do tempo de se despertar para essa triste realidade. Acorda, Uiraúna!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 23 de março de 2018