domingo, 31 de maio de 2020

Pronto para a crise?


O presidente da República publicou mensagem, na data de ontem,  em redes sociais, com afirmação de que "tudo aponta para uma crise", elencando fatos acontecidos e divulgados pelos meios de comunicação acerca de atividades do Poder Judiciário e do Tribunal de Contas da União, dizendo que se relacionam com o seu governo.

O presidente do país começa dizendo que as "Primeiras páginas dos jornais abordaram com diferentes destaques, as decisões envolvendo a atuação do Supremo Tribunal Federal, da Polícia Federal, do Tribunal de Contas da União e do Tribunal Superior Eleitoral em relação ao governo Bolsonaro e seus aliados".
Ele começa fazendo referência ao envio, por um ministro do Supremo, ao procurador-geral da República de pedido de investigação sobre o deputado federal filho dele, versando sobre possível "incitação à subversão da ordem política ou social previsto na Lei de Segurança Nacional".
Na verdade, tratando-se de notícia-crime recebida pelo Supremo, que é o caso, o seu teor precisa, segundo a praxe naquela Corte, ser informado às autoridades de investigação, que é o assunto versado pelo citado deputado, que criticou decisões recentes de dois ministros do Supremo e defendeu reação enérgica contra a Excelsa Corte de Justiça.
O presidente menciona o pedido de prorrogação de prazo, por 30 dias, formulado pela Polícia Federal a um ministro do Supremo, para a conclusão do inquérito que apura se o mandatário interferiu naquela corporação, que ainda pende do depoimento do presidente brasileiro.
O presidente aponta movimentações do Tribunal Superior Eleitoral relacionadas ao inquérito das fake news, que tramita no Supremo, da atuação do TCU sobre o chamado "gabinete ódio", que funciona dentro do Palácio do Planalto e investigado pelo Supremo, e a manifestação de procuradores da República a favor da formação de lista tríplice para a chefia da Procuradoria Geral da República, a despeito de o atual procurador-geral não ter participado da última lista.
Finalmente, a mensagem presidencial cita a notícia de que o ministro da Educação teria ficado em silêncio em depoimento à Polícia Federal, ocasião em que ele poderia ter esclarecido as estapafúrdias afirmações feitas em reunião ministerial de que, na opinião dele, seriam botados "esses vagabundos todos na cadeia, começando pelo STF".
À vista dos fatos alinhados pelo presidente do país, não existe absolutamente quase nada, à exceção da citação do TSE, que possa se imaginar que isso seja capaz de ensejar qualquer crise, por menor que seja, porque, à toda evidência, os casos praticamente se relacionam a movimentações com causas absolutamente estranhas ao interesse do Estado, sem a menor importância de vinculação com o interesse público e aquele que se aproxima do TSE também não tem o peso para se lembrar de crise.
Chega a ser risível que o presidente da nação seja capaz de perceber que a maioria desses fatos refoge completamente da sua área de competência constitucional e não passa de brutal inocência ficar se preocupando com algo que é fichinha não somente para a finalidade da sustentação de crise, na forma sugerida por ele, mas também diante da gigantesca crise que grassa país afora, totalmente assoberbado com a terrível incidência do novo coronavírus, que se alastra e assombra a população, do Acre ao Chuí.
Não obstante, o presidente do país prefere vir a público para alardear iminente crise, com base em picuinhas que dizem respeito, na maioria, a questões de terceiros, dando a entender que ele está muito mais preocupado com situação pessoal de filho dele, conforme o caso mencionado no seu relato, e de outros apoiadores do seu governo, do que dos casos da saúde pública, quando ele teria a obrigação de, no mínimo humanitária, entrar de corpo e alma na condução dos trabalhos árduas de combate à pandemia do coronavírus, diante do precário desempenho pessoal dele, que tem sido contumaz menosprezador das orientações indispensáveis ao isolamento social, que é forma essencial de se evitar o contágio com o Covid-19, cabendo ao presidente liderar as políticas nesse sentido.
O presidente do país está tão preocupado com a saúde pública que o titular do Ministério da Saúde é um general intendente, que até pode entender de medicina, mas não é especialista nato, capaz de compreender, com o mínimo de profundidade, as questões próprias da área, fato este que só demonstra o grau de irresponsabilidade do governo, perante a saúde dos brasileiros.
A situação da saúde pública chega a ser tão deplorável que, depois da aprovação do protocolo da cloroquina, não se fala mais em assunto algum sobre as medidas pertinentes ao combate ao coronavírus, notadamente com relação às normas de isolamento social, que são carentes há bastante tempo, além de outras instruções próprias da competência daquele órgão.
Enfim, nem precisa de muito esforço para se perceber que o presidente simplesmente tenta se passar por vítima e, como reação pueril e irresponsável, insinua reação sobre algo que não tem a mínima ligação com República, não passando de mentalidade que valoriza as questões de terceiros, em detrimento dos reais interesses dos brasileiros, que estão mergulhados em gravíssimo sofrimento, enquanto há quem se ocupe em criar crise com base em fumaça.
É preciso ficar muito claro que as funções de presidente da República estão previstas na Constituição Federal, tendo como parâmetro institucional, em essência, o zelo e o cuidado, com competência e eficiência, da coisa pública, do patrimônio dos brasileiros, não se incluindo nenhuma obrigação relacionada com a preocupação de interesses pessoais de familiares e terceiros, embora esse fato não tem importância para presidente do país.
Enfim, é extremamente estranho que mente povoada por fantasmas possa imaginar crise com base em elementos imaginários e fora dos padrões capazes de assegurar o mínimo de requisitos para fundamentar a crise dimensionada,
É preciso que o presidente do país tenha consciência do que ele imagina sobre crise, porque a loucura da sua decretação, por motivos de pouca consistência, poderá transformar  a nação m enorme  tragédia, com base em elementos sem a menor significância, porque todos os casos por ele mencionados ainda estão sendo investigados, sem nenhuma prova concreta e mesmo que ela já existisse não seria motivo para o desespero mostrado por quem tem o dever de dar o exemplo de acatamento às decisões judiciais, à vista do entendimento de que, em todos os casos, ainda tem o remédio do recurso.
Não há a menor dúvida de que a escolha da precipitação acaba não sendo o melhor caminho para a solução das crises, que exige moderação, ponderação e inteligência para a superação dos problemas, principalmente quando elas só depende da boa vontade e da compreensão, notadamente quando, na realidade, não existe motivo algum para a sua existência.  
Urge que os brasileiros, no âmbito da sua responsabilidade patriótica, se despertem para a realidade dos fatos e repudiem, com veemência, atitudes absolutamente desvinculadas dos interesses do Estado, que tem por essencial incumbência a administração, com zelo e eficiência, do patrimônio nacional e das causas da população, com embargo de pensamentos retrógrados voltados à vinculação de casos que precisam ser tratados exclusivamente por seus interessados.      
Brasília, em 31 de maio de 2020

Mensagem de Adauto para dona Lourdinha


Diante da mensagem que elaborei em homenagem à professora Lourdinha Bastos, por motivo da sua passagem para o plano superior, o conterrâneo Adauto Galiza escreveu a seguinte mensagem: “Justíssima homenagem a essa imponente personalidade uiraunense. Fui seu aluno no colégio estadual de desenho e artes. Era impossível vê-la fora de sua fleuma vidagal. Foi um exemplo as mocas daquela época de como uma mulher podiam ser nobres e humildes ao mesmo tempo.”.
Em resposta à aludida mensagem, em que, infelizmente, não cheguei a ser aluno dela, mas apenas acompanhei, como seu contemporâneo, pouco tempo no Jovelina Gomes e na vida normal, sendo o suficiente para que eu a admirasse pela beleza ímpar das suas qualidades como pessoa excepcional, em todos os sentidos, exatamente pela finesse da sua formação moral, social e intelectual, que impressionava positivamente a todos, sendo digna e merecedora do respeito e da admiração.
Uiraúna perde pessoa que foi referência para a sociedade, que tinha prazer em ser gentil, prestativa, amorosa e humilde, em termos de relacionamento com as pessoas.
Ressalte-se que ela deixou formidável legado, em especial nas áreas da educação, da cultura e das artes, tendo contribuído com o melhor dela para a formação de grandes e ilustres filhos de Uiraúna.          
Sinto-me feliz a agradecido a Deus pela bondade de me permitir falar, com carinho de gratidão, de pessoa com as qualidades da professora Lourdinha Bastos, porque há um sentimento de alegria que invade o coração, cheio de muita saudade.
Que a paz de Deus seja o paraíso da alma dela...
          Brasília, em 28 de maio de 2020

sábado, 30 de maio de 2020

Liberdade de expressão

O ministro da Educação e outros investigados no inquérito sobre ataques ao Supremo Tribunal Federal, sob a suspeita de divulgação de fake News, alegam estar exercendo o direito à liberdade de expressão.
Diante disse, alguns juristas explicam as claras diferenças entre esse direito democrático e os atos caracterizados de difamação, calúnia e ataques à honra, que podem constituir proibições puníveis  por lei, ou seja, o direito de se expressar livremente não pode ferir direitos constitucionais dos ofendidos com as agressões verbais.  
Na forma da Constituição brasileira, a liberdade de expressão é importante e essencial direito assegurado aos brasileiros que não pode ser negado a ninguém, por constituir princípio fundamental em sociedade livre, porque ele tem por pressuposto ajudar a consolidação da democracia do Brasil.
Um professor de direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro disse que “A liberdade de expressão é a forma pela qual os seres humanos constroem a sua identidade, a sua visão de mundo, se comunicando uns com os outros. Do ponto de vista político, ela é a mola mestra da democracia, porque é só através de um ambiente de livre informação e de livre discussão de ideias que as sociedades se informam sobre a verdade”.
A Carta Magna brasileira garante a liberdade de expressão, quando estabeleceu que "é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;" e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença", ex-vi de disposição no art. 5*, incisos IV e IX, da referida carta.
Ao atacar, com veemência, a operação da Polícia Federal, acontecida esta semana, a mando de ministro da Excelsa Corte de Justiça, de busca e apreensão contra blogueiros, empresários e políticos, no inquérito que investiga fake news, ofensas e agressões contra aquela Casa e seus ministros, o presidente da República alegou ter havido desrespeito à liberdade de expressão, em claro menospreza aos seus verdadeiros primados, que se assentam exclusivamente na verdade, na informação digna e no respeito ao direito da cidadania.
O presidente assegurou que “E a liberdade de expressão é sagrada, me coloco no lugar de todos aqueles que tiveram suas propriedades privadas invadidas na madrugada. Me coloco, fosse cidadão, no lugar deles. Repito, não teremos outro dia igual ontem. Chega. Chegamos no limite. Estou com as armas da democracia na mão. Eu honro os meus compromissos no juramento que fiz quando assumi a presidência da República (sic)”.
A verdade é que a Lei Maior do Brasil assegura o sagrado direito de se manifestar livremente, mas, por outro lado, também impõe limites que impedem a invocação da liberdade de expressão para ameaçar, caluniar, difamar alguém, fazer campanhas e insuflar o ódio contra autoridades e instituições públicas e tudo isso já foi além da liberdade de expressão para tudo, menos para ofensas morais, com danos à imagem do agredido.
A liberdade de expressão não quer dizer que a pessoa fica imune de responsabilidade se tentar destruir a imagem de autoridades, pessoas e instituições e ficar por isso mesmo, como se não tivesse acontecido absolutamente nada, com relação à imagem de quem foi atingido com as agressões verbais.
Mal comparando, mas é o mesmo que a pessoa ter a posse de arma, assegurada por lei, e sair por aí matando quem bem entender, sob a condição e o entendimento que a autorização do uso da arma dá o direito de usá-la da maneira que bem quiser, sem precisar prestar conta sobre seus atos ilícitos e criminosos.
É preciso se entender que o princípio da legalidade tem como pressuposto que a liberdade dos atos pessoais tem como parâmetro o respeito aos ditames das leis, ou seja, é livre sim a expressão, mas é conveniente e precisa se acatarem as normas sobre a proibição de agressões verbais às pessoas e às instituições, no estrito sentido segundo o qual o nosso direito termina onde começa o direito do outro, o que vale dizer que ninguém gostaria de ser agredido verbalmente, nem mesmo quem agride.
A liberdade de expressão não pode se sobrepor a outros direitos constitucionalmente garantidos, como o direito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem, enfim, à dignidade, que exige respeito recíproco, em uma sociedade dita democrática, onde os direitos e os deveres são na mesma paridade, em que não pode haver privilégios para ninguém, nem mesmo para as autoridades públicas, cuja primazia é a de ser respeitado, nas mesmas condições em relação à sociedade em geral, em consonância com o princípio constitucional da isonomia.
A liberdade de expressão pressupõe o compromisso com a verdade, ou seja, esse direito não pode proteger quem mente para agredir verbalmente a imagem de pessoas ou instituições, porque, depois do dano causado, bastava alegar a blindagem contida no direito à livre expressão, fato que contraria os princípios da fidelidade e dignidade sobre a verdade, ínsitos do ser humano, que precisa evoluir sob o pálio da honestidade de seus atos.
Em última análise, tem-se que a expressão da verdade presume-se a essência da manifestação do pensamento humano, enquanto a mentira não passa de criação normalmente com a finalidade de distorcer a verdade dos fatos, para, em muitos casos, servir da propagação de algo inventado e agressivo ao convívio social, tendo por característica a busca de resultados ilícitos, imorais e indignos, configurando crime capitulado na legislação protetora da ordem pública.
Infelizmente, os ambientes virtuais passaram a oferecer múltiplas facilidades para o surgimento de verdadeiras milícias digitais, por meio das quais a inteligência humana desenvolve volume extraordinário de ideias mirabolantes, sob a forma de manipulação de fatos fraudulentos e falsos, que são facilmente disseminados nas redes sociais, com poderes enormes de desinformação com o objetivo de ofender, desmoralizar e desacreditar pessoas, grupos e instituições, em ambiente absolutamente contrário ao primado do direito da liberdade de expressão.
Essa maneira de procedimento é condenável, por destoar completamente da essência da liberdade de expressão, à vista da caracterização de conduta criminosa que não pode, de modo algum, contar com o beneplácito de ditame constitucional que existe exatamente para proteger o livre e sadio exercício de cidadania, em termos de expressão da palavra, de puder defender suas ideias livremente, mas no sentido de pureza e construtivo, como forma de aprimoramento dos princípios democráticos.
Não tem o menor cabimento, em um país sério, se tentar pôr sob a proteção do direito da liberdade de expressão, as notícias que objetivam a disseminação de fatos inverídicos e manipulados, tendo  por finalidade a destruição de imagem e prejudicar direitos de terceiros, para se propiciar benefícios artificiais e ilicitamente, por meio de processo espúrio e vergonhoso e depois os envolvidos ficarem impunes, sob a indevida alegação do direito da liberdade de expressão.
O mais grave dessa imoralidade é que, normalmente, ela tem o financiamento de grupos poderosos e influentes da política e do mundo empresarial aproveitadores, sendo que, alguns deles, nem se robustecem em defender essa indignidade como sendo liberdade de expressão, por considerar que é direito sagrado, mesmo nessas condições de degradação do princípio da verdade, que não pode se  afastar dos sentimentos humanitários.
Com vistas à defesa da dignidade humana, urge que sejam desvendados os casos ilícitos e identificados os autores dos crimes contra a liberdade de expressão, porque se trata sim de atividade degenerativa da dignidade social, em especial em razão da necessidade da proteção e preservação do salutar e fundamental princípio da liberdade de expressão, como forma do aperfeiçoamento e da consolidação de um dos principais pilares da democracia moderna, que precisa ser defendida e exercida com o maior senso de responsabilidade possível.
         Brasília, em 30 de maio de 2020

Elogios de Xavier Fernandes


Diante do anúncio da conclusão de meu 44* livro, que foi dedicado do ao meu tio Dior Queiroga, o festejado escritor, historiador, músico e professor Xavier Fernandes houve por bem escrever importante mensagem, vazada na seguinte mensagem, que tem sentido bastante generoso em elogiar o meu trabalho literária.
O mencionado texto tem a seguinte mensagem: “Caríssimo irmão e ilustre ESCRITOR: Antônio Adalmir, QUERO parabenizá-lo por mais uma obra da sua vasta e brilhante enciclopédia autoral. O seu 44. Livro, que com certeza é mais uma relíquia de Grande e importante valor literário, que nos orgulha, são textos primorosos da sua lavra, incansável escritor, historiador, analista e comentarista que nos traz com Grande complexidade tantos assuntos e temas interessantes que resgatam com brilhantismo as histórias da vida e também da nossa terra, como também dos nossos grandes e importantes personagens, da nossa gente tão especial que fizeram com que toda essa história acontecesse durante décadas. Seu Trabalho é prefeito, impecável e admirável pela riqueza do seu conteúdo vocabular e a originalidade com que trata com conhecimento profundo, cada um dos seus artigos. O ilustríssimo conterrâneo é a nossa maior referência, literária, Cultural e intelectual historiador, Já está com uma obra magnífica que as futuras gerações terão como primorosas fontes de pesquisas e informações seguras e fidedignas, escritas por um sábio e intelectual escritor, que tem prazer e dedicação em registrar com perfeita inspiração e conhecimento os valores das personalidades e os fatos importantes que fizeram parte e são das nossas raízes, foram todos esses fatos e acontecimentos que nos fizeram está aqui. E principalmente VOCÊ. Pra contar com estilo e elegância essa linda história. Parabéns também pela homenagem ao seu Tio Dior, conheci muito, um grande cidadão de caráter, digno, trabalhador, comerciante, Agricultor, Era um homem muito alegre, brincalhão, participativo nos eventos da cidade. Gente muito boa que tem uma história respeitável de um excelente chefe de família. Casado com sua tia Dona Maria da Conceição formavam um casal exemplar, constituíram uma família 6 filhos de homens e .Mulheres de bem ilustres cidadãos de. Caráter e responsáveis. Parabéns pela merecida homenagem e por mais uma Obra da sua Brilhante coleção. Um forte abraço. Saúde!”.
Em resposta, eu que disse ao estimado e respeitável mestre Xavier Fernandes que as suas ricas, profundas e incisivas manifestações sobre as minhas obras literárias já não me surpreendem mais, porque são todas dotadas do mais elevado nível de sabedoria e intelectualidade que me dão o enorme prazer, a ponto de ficar inebriado com as suas palavras que têm o poder de extravasar, de forma exagerada, meus modestos merecimentos de dedicado e apaixonado escravo da escrita, simples, sem pretensões, senão de procurar ser o mais objetivo na exposição dos fatos da vida, por ter entendido que é algo que me satisfaz prazerosamente e isso me faz ainda mais feliz quando recebo homenagem com tamanha magnanimidade, vinda do notável historiador, escritor, professor, músico e, como eu, eterno apaixonado pela nossa terra natal, mestre Xavier Fernandes.
Ao qual agradeço de coração essa especial honraria, que tem o condão de marcar meus sentimentos, pois sei muito bem que isso é forma generosa de me estimular a ser mais cuidadoso e primoroso na elaboração de minhas crônicas, notadamente na certeza de que elas estão sendo lidas por pessoas de fino gosto literário, que exige textos muito bem elaborados, sob pena de eu deixar de ser merecedor de obra-prima como esta que acabo de degustar, com o primor extremamente cativante, que somente me sinto na obrigação de agradecer por meio do coração eternamente sensibilizado com essa forma de manifestação atenciosa.
Muito obrigado, mestre Xavier Fernandes, rogando a Deus que amplie, se ainda for cabível, os seus níveis de bondade e intelectualidade, dizendo que as suas falas vieram com tonelada de responsabilidade sobre meus ombros, pela compreensão que tenho quanto à necessidade de, senão manter o padrão da escrita, mas de aprimorá-lo ainda mais, sob pena de perder a oportunidade de colecionar tão estimulantes elogios.
Brasília, em 30 de maio de 2020

sexta-feira, 29 de maio de 2020

Demonstração de insensibilidade


O presidente da República disse, ao ficar sabendo que alguns veículos de comunicação deixaram de fazer a cobertura de notícias diretamente do Palácio do Alvorada. por questões de falta de segurança, que eles estão se vitimizando.
Conforme foi noticiado pela mídia, a Folha de S.Paulo, o UOL e os veículos do Grupo Globo deixaram a cobertura naquele local, após uma série de incidentes envolvendo os apoiadores do presidente, que ficam próximos do espaço destinado à imprensa, proferindo ameaças e agressões verbais, que se tornaram constantes e insuportáveis, a ponto de prejudicar o relacionamento entre ambos.
A Folha de S.Paulo decidiu suspender, temporariamente, a cobertura jornalística, até que o governo federal ofereça segurança aos profissionais de imprensa, sendo que medida idêntica também foi tomada pelo Grupo Globo, que abrange os jornalistas de suas emissoras de televisão, os jornais O Globo e Valor Econômico e o portal G1.
Ao terminar a entrevista, o presidente do país, em tom de provocação aos jornalistas, perguntou se não havia nenhum repórter dos veículos que tinham decidido não participar dessa cobertura, fazendo a pergunta: "A Folha não está mais aqui, não? O Globo não está? Estadão também não", com o que se seguiram risos de seus militantes.       
O jornal O Estado de S. Paulo também não compareceu nesta terça-feira.
Em seguida, ao ouvir explicação de um jornalista sobre a decisão de alguns veículos de não estarem ali por questão de segurança, o presidente houve por bem atacar esses grupos de mídia, afirmando que "Estão se vitimizando. Quando eu levei a facada, eles não falaram nada. Não vi a Folha falando quem matou o Bolsonaro". (A expressão “... falando quem matou Bolsonaro” foi copiada da reportagem do G1, exatamente nestes termos, não se precisando que o presidente teria dito exatamente isso, mas, se foi dito assim, o texto não corresponde à realidade, porque o presidente se encontra vivo).  
Logo em seguida, como forma de desmascaramento e ao contrário do informado pelo chefe do Executivo, a Folha de S.Paulo informou que se manifestou sobre a agressão ao então candidato à Presidência, em forma de editorial, de maneira imediata, condenando o ato de violência acontecido na campanha eleitoral.
No editorial intitulado "Repúdio Geral", o jornal afirmou, em 7 de setembro de 2018, que o "atentado contra Bolsonaro não tem acolhida num país que está comprometido com a democracia".
Em seguida, o presidente argumentou que nunca promoveu nenhum ato contra a mídia e que defende uma imprensa livre, tendo ressaltado que "Nunca persegui ninguém, mas o ditador sou eu", ou seja, nesse caso, ele aproveitou o ensejo para se vitimizar.
Em razão das agressões à parte da imprensa, o Gabinete de Segurança Institucional informou que "Continuaremos aperfeiçoando esse dispositivo, para que o local permaneça em condições de atender às expectativas de trabalho e de livre manifestação dos públicos distintos que, diariamente, comparecem ao Palácio do Alvorada.”.
Na nota, aquele gabinete afirmou que avalia "ininterruptamente as condições de segurança dos locais onde o presidente esteja ou possa vir a estar. Em decorrência desta avaliação, implementa as medidas necessárias e suficientes para garantir a segurança adequada.".
Com as vênias de estilo, essa decisão adotada por meios de comunicação, de se retirarem de local costumeiro de o presidente se relacionar com a imprensa, é da maior gravidade e diz muito com a sensatez e a sensibilidade da compreensão humana, diante das condições hostis estabelecidas no local, que é, pasmem, a entrada da casa do presidente do país, o que, por isso, demonstra total indiferença por parte dele, quando ele prefere, de maneira insensível à gravidade do fato, apenas caracterizar como sendo ato de vitimização o afastamento de meios de comunicação do local, dando a entender que é problema dos citados órgãos e não da segurança no local.
O presidente deixa de atentar para o fato grave, como mostrado pela mídia, de que os jornalistas e repórteres foram realmente agredidos verbalmente, de forma violenta, sem houvesse oficial nenhuma segurança para defendê-los, o que seria natural, repita-se, à vista de se tratar de local especial, onde não é permitido segurança particular.
À toda evidência, trata-se de situação que não condiz com os princípios de cidadania e civilidade, pelo menos na visão própria dos países com o mínimo de seriedade e evolução, em termos de sentimento humanitária, independentemente do relacionamento entre o presidente da República e as empresas ofendidas, porque é preciso distinguir a obrigatoriedade da segurança de trabalho, que é o caso, com as querelas existentes entre ambos, porque o bom senso e a racionalidade dizem que esses assuntos precisam ser resolvidos na esfera apropriada, como, se for caso, na via judicial ou em outro que possa contribuir para a sua solução civilizada, como tem sido feito, de forma normal e inteligentemente, nas nações desenvolvidas, que procuram resolver as questões o mais rapidamente possível, ao contrário do país tupiniquim, cuja autoridade máxima fica alimentando disputas a ad eternum, como se o caos possa oferecer benefício para alguém.
Mesmo que as empresas tivessem aproveitando o incidente da agressividade para se vitimizarem, não compete ao presidente fazer ilação nesse sentido e ainda com tamanho despropósito, em razão da relevância do cargo de estadista que ele exerce, que exige que, no mínimo, ele compreendesse a gravidade da situação e determinasse, de imediato, a adoção de medidas necessárias ao saneamento do problema, em oferecimento de garantia ao trabalho da imprensa, com total tranquilidade, segurança e conforto, com o que ele demonstraria sentimentos nobres de sensibilidade e inteligência.
Assim procedendo, o presidente evidenciaria espírito de tolerância e valorização do trabalho da imprensa, podendo até mencionar que, apesar das rusgas entre ele e as aludidas empresas, os fatos pertinentes não se confundem com a falta de condições de trabalho, que é imprescindível para a sociedade.
Ao se indagar se as referidas empresas de comunicação estavam presentes, provocando risos de todos, há evidência de sentimento de explícito sadismo, diante dos semblantes de incontidos prazer e satisfação em relação a algo que não é normal que aconteça, cuja circunstância exigiria que as empresas ausentes pudessem estar também ali, cumprindo regularmente o seu papel de trabalhar em benefício da sociedade, na forma de noticiar os fatos mais importantes também do país.
Trata-se de procedimento deplorável, diante da demonstração de alegria pela ausência de profissionais da imprensa, por força de situação nitidamente triste que, ao contrário, em governo sensato, cumpriria lamentar o ocorrido e adotar as medidas necessárias ao saneamento da questão e não ficar se vangloriando do infausto.
Ou seja, ao contrário de se valorizar ou se promover, no sentido de aparentar homem público com gesto de sensibilidade e nobreza, que poderia se materializar se houvesse aceitação e compreensão às queixas das empresas de comunicação, garantido pessoalmente a segurança para elas, o presidente preferiu acusá-las de promover a própria vitimização.
À toda evidência, isso só demonstra brutais indiferença e insensatez para situação da maior gravidade, além de ficar patente que ele achou foi bom que isso tivesse acontecido da forma animalesca e incivilizada nada admissível para os padrões de respeito, tolerância e compreensão que precisam prevalecer nas relações sociais e que o governo com o mínimo de sensatez jamais poderia ser complacente com ato dessa natureza.
Certamente que a maneira deselegante e desatenciosa do presidente da República, quando houve por bem entender que a questão em causa se trata de processo de vitimização, por parte das empresas de comunicação que alegaram falta de segurança, para deixarem de fazer a cobertura jornalística, na entrada do Palácio da Alvorada, só demonstra insensibilidade diante de situação extremamente delicada que, ao contrário, a sua solução contribuiria para elevar o moral do homem público, que tem consciência sobre a distinção dela de outros casos, porque realmente eles são diferentes.  
Brasília, em 29 de maio de 2020

quinta-feira, 28 de maio de 2020

Publicação do meu 44* livro


Outra vez, meu coração se revitaliza em regozijo, envolto em felicidade, em razão do anúncio da conclusão de mais uma importante obra literária que se junta à minha coleção de livros, constituindo motivação maior para a continuidade da vida, ante a compreensão que tenho de que Deus me deu o dom de gostar e amar da escrita de meus singelos textos, para dizer exatamente o que sinto sobre os fatos da vida, que vêm merecendo a aprovação, o incentivo e o carinho de leitores amigos, que se devotam em apoiamento ao que redijo no dia a dia.
É com muito carinho que agradeço a generosidade do Criador, pela dádiva da abundante inspiração para escrever e elaborar as minhas crônicas, a evidenciar a graça que sempre tem acontecido com o surgimento de mensagens que são a razão maior da vazão às ideias colocadas no papel, que me fazem feliz e me animam ao envolvimento continuado e permanente, para o deleite pessoal e o teste da generosa tolerância de seguidores à espreita de novos textos que possam atender ao seu gosto pela leitura.
Diante dessa perspectiva, digo que a enorme motivação para escrever tem sido a energia que me move e anima a viver com a alegria de tentar, com incansável insistência, organizar ideias e resumi-las em palavras, crônicas e livros, vivendo momentos maravilhosos em cada instante da vida, exatamente por eu me inserir nesse maravilhoso mundo mágico propiciado pela sublime arte de mexer e trabalhar continuamente com as amáveis letras do alfabeto pátrio.
A conclusão de mais um livro me incentiva a escrever cada vez mais e me mostra que meu coração bate forte de felicidade e diz que se encontra em permanente estado de graças, por merecer o fantástico presente dos deuses da literatura à minha pessoa, por me permitir o mínimo domínio da fantástica arte de escrever.
Trata-se do meu 44º livro, que tem o título “Denotação de fatos”, cujas crônicas discorrem, como de costume, sobre a análise de fatos da vida, na forma como gosto de interpretá-los, com destaque para as matérias mais importantes do cotidiano, evidentemente sob o meu prisma de avaliação.
É Importante frisar que a análise do noticiário político-administrativo merece forte realce nas minhas crônicas, que é também o foco natural dos meios de comunicação, diante das calorosas discussões sobre as políticas e os projetos de interesse da sociedade.
São muitos os assuntos modelados e analisados diariamente por mim, compreendendo a abordagem, o esclarecimento e a opinião pessoal, sempre enfocados com minúcia e imparcialidade, envolvendo temas da atualidade, normalmente com relevância para a sociedade.
Dando sequência à praxe, pela primazia da dedicatória dos meus livros a pessoas importantes e queridas, tenho enorme satisfação de prestar carinhosa e merecida homenagem a personalidade considerada muito importante na vida de Uiraúna, Paraíba, por seu carisma e alegria entusiasta de viver, que são dignas da lembrança daqueles que conheceram o homenageado.
Como não poderia ser diferente, é com muita alegria que a pessoa homenageada tem a minha especial estima e merece a minha admiração, por ter conquistado o respeito e o carinho de seus familiares e amigos, ante o seu legado de amor e dedicação a estes e isso justifica perfeitamente a homenagem que faço, com sublime merecimento, a pessoa de muita nobreza d’alma.
Este livro é dedicado, com muita honra, ao querido e inesquecível tio Dior Queiroga, em nome da minha gratidão, sentida por pessoa iluminada por Deus.
A fotografia da capa do livro em apreço mostra importante e especial vista panorâmica do Sítio Canadá, local que tenho a honra de nascer, cuja imagem não mostra o encantamento e o glamour do sítio de abundantes frutas de outrora, vendo-se, adiante e ao longe, o imponente casarão e o vislumbre da querida cidade de Uiraúna, Paraíba.
Eis a seguir a citada dedicatória registrada, com muito carinho, no meu 44º livro:
                                                 “DEDICATÓRIA
“É com satisfação especial que dedico este livro ao querido tio Dior Queiroga (in memoriam), por ele ter demonstrado muita grandeza n’alma, em que pese ter ido para o plano superior espiritual muito precocemente, quando praticamente ele estava no que se pode chamar: na flor da vida, exalando os melhores conteúdos da bondade produzida no seu coração, em benefício da sociedade. Ele deixou enorme lacuna em nossos corações, que o amavam por sua beleza de pessoa, que dava espontânea e voluntaria lição de como viver em plena e constante harmonia com os princípios do amor e da felicidade. Ele foi pessoa muito querida, excepcional, em todos os sentidos, porque o seu jeito peculiar de relacionamento social conquistava amizade e admiração, em razão da sua candura especial e própria de ser humano feliz na vida. Tio Dior foi verdadeiro cavalheiro como pessoa, que emanava, onde estivesse, contagiantes ares de felicidade e prazer, evidenciando, com isso, a maneira diferenciada de valorização do seu círculo de amizade. A sua marca registrada foi o largo e agradável sorriso, que mostrava espontânea e extremada alegria de viver com intensidade e na plenitude das suas disposição e voluntariedade. Tio Dior cultuava, com carinho e paixão, e não escondia isso de ninguém, dois importantes amores na vida. O principal deles era a família, a quem se dedicava acima de qualquer coisa, oferecendo o que de melhor tinha no seu coração amoroso, com predileção de atenção e carinho especiais à sua amada esposa, a prendada e extremamente cuidadosa com os deveres do lar, tia Maria da Conceição, e aos filhos, que tiveram bons exemplos e ensinamentos de princípios e formação de bons e honestos cidadãos. O outro amor foi reservado para o trabalho, para quem ele crescia os olhos e tinha o prazer de afagar o coração de alegria, em demonstração de que o homem se valorizava quando o cultuava com devoção e dedicação. Eu me lembro que ele me chamava carinhosamente de Toinho de Vaneir e sempre fazia questão de tomar a minha bênção, em demonstração de atenção a mim. Tio Dior foi pessoa que deixou muitas saudades, porque o seu estilo de vida simples conquistou a amizade e o carinho de todos, indistintamente, que o amavam como ser extraordinário que ele realmente foi, por sua maneira simples e carinhosa de se relacionar com as pessoas. O querido tio Dior certamente foi chamado precocemente para junto de Deus, como forma amável de se levar, para o seio dos eleitos do céu, pessoa que inspirava a certeza absoluta que poderia prestar excelente contribuição às obras divinas, somando-se aos colaboradores especiais, responsáveis pelos hábitos de conservação e aperfeiçoamento das maravilhosas obras construídas no plano celestial, sob a proximidade e a orientação direta do nosso Pai verdadeiro e poderoso. Por certo, Deus reservou para tio Dior missão especial, tendo por finalidade trabalhar para o benefício e o engrandecimento  do bem, porque isso foi exatamente o que ele fez de melhor na Terra, entre outras benfeitorias que eram próprias da sua índole, de ser gentilmente útil e agradável ao seu semelhante. Tio Dior foi cristão legitimo, autêntico, que professava a sua fé religiosa em estreita sintonia com a prática do amor ao próximo, na melhor forma traduzida pelos ensinamentos do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Muitas saudades do querido tio Dior, por quem eu tinha enorme admiração e o amava como pessoa realmente notável, por ser merecedora da minha eterna lembrança de pessoa da melhor qualidade, em termos de amizade e empatia familiar. Tio Dior é digno do meu reconhecimento de gratidão por meio desta singela dedicatória, que procura mostrar lances marcantes da história de vida dele e enaltecer as suas qualidades especiais de importante filho de Uiraúna. A dedicatória deste livro ao saudoso tio Dior é prova de minhas sinceras e justas homenagens à pessoa que foi segura e indiscutivelmente exemplo de amor ao seu semelhante.”.
Com o meu muito obrigado.              
Brasília, em 28 de maio de 2020

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Homenagem à professora Lourdinha Bastos


Foi com o coração muito triste que soube da passagem da nobre professora Lourdinha Bastos para junto do nosso Criador, dando por encerrada, em definitivo, a sua maravilhosa missão na Terra, que pode ser considerada, com absolutas certeza e tranquilidade, repleta de proficiência, zelo e amor, na forma incumbida por Deus.
Tive a honra de conhecer dona Lourdinha na tenra idade, desde menino, e a acompanhei até o tempo que vivi em Uiraúna e ainda guardo na memória a imagem sublime de pessoa muito bonita, muito linda, como se diz no popular, tanto por fora como por dentro, porque ela era realmente diferenciada e especial.
Dona Lourdinha foi privilegiada com os dons divinos, tendo recebido a bênção de Deus para a prática eterna do bem, pois ela era dotada dos princípios próprios da corte, por sua candura, simpatia e gentileza para com as pessoas, embora com as qualidades de princesa, ela vivia normalmente entre os plebeus, como ela sempre foi pessoa do povo, com muita simplicidade.
A verdade é que os seus semblante e comportamento se mantinham como os de verdadeira nobreza, pela forma doce, elegante, educada, amável, enfim, especial de se relacionar com as pessoas, sempre muito atenciosa e prestativa , tendo o cuidado de agradar e servir a todos com o seu sorriso a dizer que ela tinha e coração bondoso e cheio de compreensão, sempre disposto a ajudar a quem dela precisasse, porque esse era um dos dons que ela mostrava que tinha recebido de Deus, para servir ao seu próximo, com muito prazer e espontaneidade.
O legado da professora Lourdinha Bastos ao povo de Uiraúna é imensurável, como pessoa que foi símbolo de beleza d’alma, por ter construído patrimônio formidável de trabalho na área da educação, como professora de escol, orientadora, diretora, sempre atuando com alegria, voluntariedade, entusiasmo, dedicação, cooperação e amor à profissão vocacionada ao ensino, à educação e à formação de pessoas para prática do bem.
Na parte social dona Lourdinha se destacou com o seu encanto de pessoa que se tornou referência de elegância e zelo com seus cuidados pessoais, sociabilização com o povo em geral, mostrando a mais pura simpatia de pessoa dotada de esmerada educação e conhecimentos que a tornaram a pessoa mais admirada e mais respeitada que conheci na minha infância.  
Por tudo que sinto de admiração e respeito pela professora Lourdinha Bastos, quero expressar meus eternos agradecimentos de gratidão, por sua espontânea doçura de bondade, dedicação e amor ao ser humano, que a fizeram ser pessoa especial e maravilhosa, dizendo que a saudade é eterna de pessoa encantada.
Ao ensejo, é com forte pesar que me solidarizo à dor dos familiares da professora dona Lourdinha Bastos, com minhas preces voltadas a Deus, pedindo pelo especial acolhimento à alma dela,
Professora Lourdinha Bastos, siga para o lar de Deus, com o perfume e a luz que sempre estiveram na sua companhia!
Brasília, em 27 de maio de 2020

A salvação da humanidade


O mundo continua transtornado com os estragos causados pelo avassalador coronavírus, que se materializa como mal temível e marcante do século XXI, deixando rastros de perversidade e preocupação para a humanidade.
Somente no Brasil, já foram contabilizadas perdas humanas superiores a vinte e quatro mil, estando atrás apenas dos Estados Unidos da América, no triste e desanimador ranking do número de infectados e mortos pela covid-19.
Não obstante, acaba de surgir animadora notícia de que os resultados da primeira vacina, testada em seres humanos contra a doença que já tirou a vida de mais de 350 mil pessoas no mundo, são considerados promissores, em que pese a cautela que foi adotada pela comunidade científica, até o momento da completa e definitiva comprovação de sua eficácia.
A esperança tem sido a melhor possível, eis que a avaliação de infectologistas tem sido alentadora, no sentido de que a propagação do vírus possa ser controlada, enfim.
De acordo com o laboratório que criou a vacina contra o Covid-19, o testado imunizante surtiu efeito positivo e seguro em oito voluntários, que é considerado recorte de teste ainda pequeno, mas isso já é o necessário como requisito indispensável ao cumprimento do protocolo para o desenvolvimento do medicamento.
A empresa norte-americana, que vem realizando as pesquisas com vistas à criação da vacina, tem a expectativa de que a segunda fase de testes comece nas próximas semanas, nos quais deverão ser testados 600 voluntários.
A previsão é a de que, na última fase de testes, já em julho vindouro, milhares de pessoas deverão ser imunizadas, em conformidade com o planejamento estabelecido para a segurança sobre a confirmação da eficácia da vacina, com o que será possível, até o final do fluente ano, o começo da produção de milhões de doses do imunizante.
Na opinião de especialistas, os testes até agora realizados são pequenos, porém eles ressaltam que a única maneira de controlar a pandemia é através de vacina e que, enquanto ela não chegar, as pessoas não podem relaxar com o isolamento social, que realmente, até agora, tem sido a única arma disponível conhecida e segura no combate à Covid-19.
 O anúncio do novo medicamento refletiu, como não poderia ser diferente, positivamente não somente no âmbito da humanidade mundial, mas também no do mercado da economia global, que foram abalados drasticamente pela peste do coronavírus.
A avaliação mais positiva é a de que essa vacina tem expressiva importância, diante da sua capacidade de proporcionar segurança às pessoas e à economia, quando, pelo menos, 65% da população mundial estiver imunizada e o novo coronavírus não encontrar ambiente favorável ao contágio, permitindo que todas as atividades voltem à normalidade, em médio espaço de tempo.
Diante da preocupação das grandes economias, ante o aparecimento do coronavírus, existem, no momento, mais de 100 estudos e pesquisas em curso, com vistas à descoberta da tão ansiada vacina contra a Covid-19, que realmente poderá ser a salvação do mundo, que foi mergulhado em um mar de incertezas e preocupação, diante da invisibilidade do vírus e inevitabilidade da sua contaminação.
Além do anúncio dessa promissora vacina, existem outros cinco imunizantes considerados importantes, que estão sendo desenvolvidos no mundo, com enormes chances de sucesso clínico e ainda pela possibilidade de serem produzidos em grandes proporções, contribuindo para a preservação de milhares de vidas humanas.
Há informação de que as pesquisas, no Brasil, ainda estão bastante atrasadas em relação a países como Estados Unidos, China e Reino Unido, que ganham a corrida na busca da vacina, que é o único remédio seguro para a garantia da normalidade da vida humana.
Enquanto surge a auspiciosa notícia sobre a adiantada criação da vacina contra o Covid-19, paralelamente, o presidente dos Estados Unidos já anunciou que pretende quebrar a patente quando ela for aprovada, fato esse que suscitou preocupação  ao mundo.
A questão parece polêmica, porque, ao que tudo indica, a citada pretensão contraria a orientação da Organização Mundial de Saúde, que não contenta no sentido de que a futura vacina contra o novo coronavírus seja declarada “bem público”, ou seja, não sujeito às regras de propriedade intelectual.
O presidente norte-americano entende que, em momento da maior gravidade mundial, que aflige severamente a população do planeta, não pode haver cabimento para a prevalência de interesses econômicos sobre o bem comum da humanidade.
As lideranças políticas, empresariais e científicas mundiais têm obrigação de se esforçarem ao máximo e em todas as formas de investimentos, financeiros, intelectuais e científicos e até moral, para a criação da vacina contra a Covid-19 e franqueá-la o mais rapidamente para todos os seres humanos, como a maneira mais segura da salvação da humanidade e, de quebra, da economia global, porque, sem ela, o homem até consegue viver, mas sem nenhum glamour.   
Brasília, em 26 de maio de 2020

terça-feira, 26 de maio de 2020

Batida em retirada...


Alegando a falta de segurança para trabalhar, os grupos Globo e Folha de S. Paulo decidirem deixar o plantão no Palácio da Alvorada, em Brasília.
Conforme notícia publicada no G1, alguns apoiadores do presidente da República ficam lado a lado com os jornalistas e têm perturbado o trabalha dos profissionais de imprensa, por meio de insultos e agressões verbais, de forma mais intensa e desrespeitosa, de modo a constranger o trabalho deles.
Diante disso, o vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo comunicou, hoje, a referida decisão, por meio de carta, ao ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional.
Consta do documento o seguinte comunicado: “Trazemos ao conhecimento desse Gabinete uma questão que envolve a segurança da cobertura jornalística no Palácio da Alvorada. É público que o Senhor Presidente da República na saída, e muitas vezes no retorno ao Palácio, desce do carro e dá entrevistas bem como cumprimenta simpatizantes (…) Entretanto são muitos os insultos e os apupos que os nossos profissionais vêm sofrendo dia a dia por parte dos militantes que ali se encontram, sem qualquer segurança para o trabalho jornalístico.”. 
A nota diz ainda que “Assim informamos por meio desta que a partir de hoje nossos repórteres, que têm como incumbência cobrir o Palácio da Alvorada, não mais comparecerão àquele local na parte externa destinada à imprensa”.
Já a Folha de S. Paulo disse que o destrato também vem do presidente do país, conforme artigo publicado ontem, onde se afirma que ele criticava a imprensa  presencialmente, a exemplo do seu recado deixado nestes termos: “No dia em que vocês tiverem compromisso com a verdade, falo com vocês de novo”. 
Na narração, a Folha ainda comunicou que apoiadores do presidente trocam ataques sempre que possível com jornalistas, entre eles xingamentos como “Escória”, “Lixo” e “Ratazanas”.
O jornal ainda revelou que pretende apenas retomar a cobertura local após garantias de segurança serem instauradas aos seus profissionais pelo Palácio do Planalto.
É evidente que as duas empresas de comunicação que decidiram se afastar da frente do Palácio da Alvorada, por motivo mais do que justificado, demonstra falta de segurança não propiciada pelo governo, haja vista que se trata de área pública sob os cuidados da sua segurança pessoal e nem poderia ser diferente diante da proximidade da entrada da residência dele, não importando que haja desavença de opinião entre ele e parte da imprensa.
É preciso deixar muito claro que os citados órgãos de comunicação estão devidos e legalmente autorizados à prestação das notícias e informações que são de interesse da sociedade e o local dos atritos tem sido o point da imprensa para captar informações diretas da principal fonte do país, por meio do presidente, que normalmente se dispõe, de forma democrática, a trocar informações com os repórteres que ali ficam à espera desse contado especial.
Ressalte-se que as queixas e as querelas possivelmente existentes entre o presidente do país, que, aliás, são inegáveis, não podem interferir no trabalho normal da imprensa, enquanto houver permissão para o seu funcionamento, porquanto os fatos motivadores das desavenças devem ser discutidos e tratados na jurisdição adequada, que é forma de procedimento civilizado de se cuidar dos interesses das partes prejudicadas ou ofendidas.
É óbvio que somente duas empresas de comunicação enfrentam esse grave problema de insegurança para a realização de seu trabalho, no aludido local, mas, acredita-se que, por questão de solidariedade entre os profissionais, seria interessante que todos saíssem de lá, para que houvesse interesse na segurança da imprensa e na conscientização de pessoas, que precisam valorizar a importância dela, com a  liberdade próprias das nações democráticas, de modo que o seu trabalho seja respeitado e reconhecido como indispensável ao aperfeiçoamento da democracia.
Um pouco de inteligência e perspicácia, seria facilmente possível se compreender que o desconforto pelo qual foram obrigadas a suportar as aludidas empresas de comunicação tem péssima repercussão no estrangeiro, onde o conceito da imprensa merece as melhores avaliações, em termos da sua importância para o desenvolvimento da humanidade.   
Por mais que se entenda que a imprensa tem muito poder de influência, essa situação é lamentável e inaceitável, por se evidenciar que a omissão do governo pode contribuindo para a trituração de princípio essencial da democracia, qual seja o de informar e noticiar os fatos da vida.
Para o bom entendedor, que valoriza o trabalho da imprensa, isso que está acontecendo na porta da casa do presidente da República demonstra cristalina forma de retrocesso social, onde parte da imprensa é agredida na sua liberdade de trabalho, que até parece que tal atitude conta com o apoio e a concordância de quem usa meios igualmente inusuais, em determinadas situações, quando deveria ser o contrário, diante da importância do cargo que ocupa, que tem o dever cívico, patriótico e democrático de ser tolerante, compreensível e compassivo também para com a imprensa, diante da importância social exercida por ela.
Na verdade, não é difícil se compreender que esse é exatamente o caminho inverso e indesejável ao desenvolvimento da humanidade, que tanto se sacrificou para que a imprensa tenha alcançado nível de progresso com capacidade de trabalhar incansavelmente em benefício do homem moderno.
Custa creditar que a imprensa não tenha segurança para trabalhar logo na entrada da casa do povo, porque a residência do presidente da República somente lhe pertence no seu mandato, mas ela continua sendo mantida pelo povo, de forma permanente.
A verdade é que, não havendo realmente segurança para a imprensa, logo na frente da residência oficial do presidente da República, conforme mostraram os fatos recentes, não tem como os meios de comunicação, principalmente aqueles que são classificadas como antagônicos ao pensamento do mandatário da nação, desempenharem o seu relevante trabalho de informação à sociedade, naquele local, fato que constitui imperdoável nódoa atribuível ao governo, que permitiu, pela omissão da sua segurança, que houvesse injustificável perturbação da ordem pública, praticamente dentro da sua casa.
            Brasília, em 26 de maio de 2020