domingo, 30 de junho de 2019

Pensamento na reconstrução do Brasil

Um ministro do Supremo Tribunal Federal, que é defensor do projeto da mordaça aprovado pelo Senado Federal, que institui punição para autoridades que cometerem abuso, avalia que esse é apenas o ponto inicial da reforma na legislação e da correção de rumos contra exageros cometidos por juízes, promotores e policiais.
Na opinião dele, entre as questões que precisam ser revisitadas estão a lei das delações premiadas e as ações sobre prisão após segunda instância, porque a "A experiência indica que a gente não pode fugir dos temas problemáticos".
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o ministro rebateu, com veemência, a atuação da força-tarefa da Operação Lava-Jato, que enxerga na lei de abuso de autoridade forma de dificultar o trabalho de juízes e investigadores.
O ministro disse acreditar – sem citar o então juiz responsável pela aludida operação, mas é nítida a sua intenção de cutucá-lo - que o projeto pode evitar o surgimento de "falsos heróis", que cometem excesso "em nome supostamente" de combate à criminalidade, dando a entender que ele tem conceito diferenciado da normalidade sobre o que seja realmente esse verbete.
O ministro fez questão de afirmar, na citada entrevista, que (...) a mídia em algum momento transformou em herói e, quando se revela a sua inconsistência, a mídia lhes dá um enterro silencioso. Se a mídia já tivesse feito um exame, talvez a gente não tivesse de conviver com esses falsos heróis da atualidade. Em geral, não têm vida longa. O cemitério está cheio desses falsos heróis. (...) O que eu acho é que faz parte do nosso processo civilizatório. Nós temos de encerrar esse ciclo de ficar na busca de heróis. Eles são apresentados por vocês (mídia) como tal e eles passam a acreditar nisso. Depois, coitados, passam a ter um grande problema de depressão, obviamente antes de desaparecerem por completo.”.
O magistrado recebeu a equipe do referido jornal, em seu gabinete, no dia seguinte à sua defesa da liberdade provisória para o ex-presidente que se encontra preso pela prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, até o julgamento do pedido de suspeição do ex-juiz federal e atual ministro da Justiça e Segurança Pública.
Ou seja, com nítida evidência e insistência, o ministro mostra muita sabedoria em tentar, sem o menor escrúpulo, porque isso não condiz com as normas éticas da Lei da Magistratura Nacional, denegrir escancaradamente a imagem de juiz, como ele, que, cumprindo o seu dever funcional, julgou alguém com base nas provas constantes dos autos e apenas aplicou a pena prevista no regramento jurídico pátrio, mas, ao mesmo tempo, se mostra magnânimo em propor a liberdade de condenado pela Justiça, que não teve capacidade pessoal para comprovar a sua inocência, apesar de todos os recursos disponíveis e ainda contando com batalhão de mais de vinte juristas da maior qualificação jurídica.
A perplexidade mesmo fica por conta do inconformismo demonstrado por parte dos defensores de condenado pela Justiça, a despeito de ser mantida a sentença proferida pelo magistrado a quem o ministro atribui, sabe-se lá por qual motivação, o título de “falso herói”, em clara demonstração de desrespeito, aceite ou não, ao profícuo trabalho, ao ser humano e ao desempenho de pessoa que integrou igualmente como ele o Poder Judiciário brasileiro, ou seja, o ministro, sem a menor falta de sensibilidades cívica e humanitária, tenta agredir a instituição que serve, que tem como consagrado princípio o acatamento às respeitáveis decisões judiciais.
Não é novidade de ninguém que as decisões judiciais, no caso de serem consideradas questionáveis, devem e podem ser contestadas normalmente, nos termos da legislação cabível, exclusivamente pelos envolvidos e na via judicial apropriada, não cabendo crítica fora do mundo do Judiciário.
De maneira muito evidente, o ministro, repita-se, que faz parte do Poder Judiciário, se mostra na contramão da história e dos fatos, porquanto, o que se percebe, na prática, é que há magistrados que, sob a égide do ordenamento jurídico, prendem criminosos com base em ações devidamente legitimadas, mas existem outros que tanto determina a soltura de condenados de alta periculosidade como ainda, quando não tem autoridade para tanto, propõe a soltura de outros, apenas com base na sua “perspectiva”, ao seu alvedrio, por considerar que há “plausibilidade jurídica”, por ser “algo muito singelo.”, ou seja, o que importa mesmo é apenas o sentimento de singeleza que faz com que muitos togados propugnem pela simples liberdade de criminosos condenados, sem se levar em conta que eles precisam cumprir, na forma da lei, as penas aplicadas a eles pela soberana Justiça, em razão dos danos causados à sociedade.   
A importância tal dada à Operação Lava-Jato tem o mesmo sentido de que o seu então juiz titular fez renascer a luz da claridade solar e da transparência que sempre existiu na Justiça, porém não era translúcida para a sociedade antes dessa operação, para mostrar aos brasileiros que os magistrados com coragem, dignidade, competência, responsabilidade e amor ao Brasil podem fazê-la funcionar com os reais poderes,  ou seja, apenas querendo, no pleno exercício do seu magistério, é possível prender mais de centena de importantes políticos, empreiteiros, executivos e outros aproveitadores de recursos públicos e ainda determinar a devolução de milhões de reais aos cofres públicos, algo que não se tinha notícia antes da citada operação, porque sempre prevaleceu a força poderoso da influência dos falsos políticos tupiniquins, igualmente respeitados e idolatrados por falsos magistrados.
Exemplo clássico da evidência da lentidão e da omissão do Poder Judiciário acontece no tocante a quem tem a incumbência de julgar os criminosos de colarinho branco, a despeito de que, depois de mais de cinco anos da implantação das atividades de investigações pertinentes ao petrolão, somente foi julgado um único processo de suposto desvio moral, quando o então juiz da Lava-Jato proferiu mais de duzentas sentenças condenatórias à prisão de criminosos e determinantes à devolução de dinheiro de onde jamais deveria ter saído, ou seja, aos cofres públicos.
Ressalte-se ainda que muitos criminosos de colarinho branco estão exercendo normalmente cargos públicos eletivos, exatamente contando com o imperdoável beneplácito de órgão do judiciário, cujos desinteresse e omissão permitem-se que supostos criminosos sejam ilegalmente representantes do povo, diante da imaculabilidade que se exige deles, fato esse que contradiz os princípios da moralidade, da dignidade e do decoro na administração pública.  
É induvidoso. quer queira ou não, que a Operação Lava-Jato mostrou que a verdade pode sim ser revelada, ser dita e demonstrada, mesmo diante da influência e do poder de autoridades da República, conforme foi exposto pelo então magistrado a quem o ministro atribui o título de “falso herói”, que não teve menor temor em puder ser execrado, como vem sendo por pessoas que não têm a mínima sensibilidade ética sobre o que seja o verdadeiro sentimento de brasilidade, moralidade, honestidade e dignidade, quando se estão em jogo autênticos interesses dos brasileiros, no que dizem respeito aos nobres objetivos cuidados e perseguidos pela operação em comento.
Mesmo diante dos opositores aos responsáveis pelas investigações e pelos julgamentos pertinentes aos crimes do petrolão, não se pode negar, diante da avaliação isenta de qualquer forma de paixão, ideologia ou o que seja, levando-se em conta tão somente os resultados positivos por ela alcançados, extremamente favoráveis aos interesses nacionais, tem-se a certeza absoluta de que há esperanças no horizonte da República brasileira, à vista do enorme alívio com o desbaratamento e a quebra da estrutura da maior e mais poderosa organização criminosa assentada naquele esquema criminoso, que foi implantada no governo para o desvio de milhões de recursos dos cofres da Petrobras; a prisão de importantes criminosos; e a devolução de vultosos valores aos cofres públicos.
Impende de se sublinhar que, fora de qualquer dúvida, nada disso, mas absolutamente nada mesmo, teria acontecido contra a organização criminosa que sugava dinheiro público para fins escusos, sem a efetiva, competente, eficiente, eficaz e obstinada participação dessa importante operação, porque, por certo, nenhum outro órgão da estrutura do Poder Judiciário teria promovido algo nesse sentido, a exemplo do que sempre acontecia tranquilamente no passado recente, porquanto, depois disso, a bandidagem identificada, julgada e condenada à prisão simplesmente teria continuado o saboreio do que melhor e espertamente sempre fez na vida pública, se beneficiando indevidamente de dinheiro que teria a destinação para algo de interesse público.
Esses fatos mostram, por si sós, a extrema importância dos integrantes da Operação Lava-Jato para os interesses do Brasil e, ao contrário, a mais triste e desprezível mentalidade, em termos de amadurecimento cívico, amor à moralidade e ao Brasil, daqueles que somente esculhambam e desprezam a atuação brilhante desses servidores públicos que foram pagos exatamente para a prática do bem e, em se tratando de caso especial, com papáveis resultado em benefício da nação, queira ou não, têm sim as características de verdadeiros heróis nacionais, diante daqueles que, infelizmente, igualmente são pagos pelos contribuintes para o exato cumprimento do bem, com zelo e eficiência, o seu dever funcional, mas agem diferentemente.
Ou seja, convém se observar que servidores públicos também subsidiados ou remunerados pelos cofres públicos não têm a mesma dignidade de também representar e defender os interesses dos brasileiros, com as mesmas coragem, disposição e intensidade, demonstrados pelos operosos servidores da Lava-Jato.
O sentimento que se tem, diante daqueles que pensam de forma diferente sobre a importância da instituição com a finalidade de nobreza da missão do quilate da Operação Lava-Jato é de que eles estão em outro mundo, cujas bases podem não ter o menor padrão de moralidade, honestidade e probidade com relação ao patrimônio público, nos moldes do que acontece com o trabalho dessa operação, em clara evidência de que apenas se confunde com algo sem a menor responsabilidade ou importância e muito menos com o zelo próprio, em se tratando do interesse público.
No mais, em termos de bom senso e razoabilidade, não é de bom tom que alguém mostre, em público, de maneira provocativa e acintosa, o sentimento de antipatia contra outrem, procurando apenas acusar, denegrir e desfazer o primoroso trabalho realizado, que é indiscutivelmente notado a olho nu, fato que mostra pura vontade de desmerecimento perante a opinião pública, em  demonstração de contrariedade ao trabalho da Operação Lava-Jato, diante dos resultados em estrita harmonia com o combate aos métodos de corrupção e aos aproveitadores dos recursos públicos, que sempre foi a essência da missão desempenhada por daquela operação.
Por seu turno, o ministro se mostra coberto de razão quando se coloca a favor da urgente e imperiosa necessidade, segundo ele, que "Temos de encerrar o ciclo de falsos heróis" e, com a mesma disposição, de se mandar para queimar na fogueira das vaidades os verdadeiros vilões, porque estes somente desmerecem e denigrem a imagem do Brasil e da boa e saudável Justiça.
É preciso se cultuar os verdadeiros brasileiros que vêm demonstrando amor e zelo pela defesa dos sagrados princípios da verdade e da moralidade, como única forma possível de reconstrução do Brasil, que foi e vem sendo dilapidado por sentimentos de brasileiros que não enxergam senão os interesses de ideologias que nem sempre estão em sintonia com o espírito de amor ao Brasil, mas a determinada instituição ou pessoa, em dissonância com o sentimento de patriotismo e civismo.
O sentimento sobre falso herói, herói verdadeiro, vilão etc. é muito relativo como forma de merecimento, mas a credibilidade sobre quem faz afirmação nesse sentido tem muito a ver com o seu histórico como homem público, que precisaria, no mínimo, ter o respeito dos cidadãos e não demonstrar simpatia e muito menos apoio a quem quer que seja condenado pela Justiça, sob pena de prejudicar, de morte, o conceito sobre suas afirmações públicas.
Nenhum homem público pode se considerar dono da verdade, porque isso conspira contra si, quando é questionável a sua personalidade, levando-se em consideração que é preciso, sobretudo, respeitar os sentimentos alheios, principalmente porque a sua verdade pode ser contestada facilmente, diante dos fatos, que são legitimamente passíveis de interpretação pela sociedade, que merece, à luz do saudável Estado Democrático de Direito, ser respeitada, em consonância com o pressuposto da civilidade.
Que o então juiz da Operação Lava-Jato não possa ser considerado verdadeiro herói brasileiro, porque isso faz parte do sentimento pessoal, mas é absolutamente inquestionável que a Justiça brasileira passou a ter importante marco divisor de qualidade, sob o conceito do juízo de valor da sociedade, com relação ao período anterior à Lava-Jato e depois dela, à luz do seu impressionante feito alcançado em benefício dos princípios republicanos da moralidade, ética e dignidade na administração pública, não havendo o menor sentido em se tentar desmerecer o seu trabalho, senão por motivações estritamente pessoais.
A verdade é que até antes dessa operação, havia o consolidado entendimento segundo o qual a Justiça era lenta, como continua sendo, e simplesmente não prendia ninguém, mas esse sentimento foi completamente invertido com a dinâmica imprimida pelo titular daquela operação, que passou a prender todo mundo, inclusive importantes políticos, executivos, empreiteiros e outros “majestosos” criminosos de colarinho branco, sem distinção, que jamais havia sido presos nas mesmas condições, nas formosas terras tupiniquins, em que a Justiça tinha a fama de somente prender ladrões de galinha, ou seja, gente sem a menor influência na sociedade, mas esse deplorável conceito foi desfeito e mudado a partir dessa operação, que ganhou real relevo diante do sentimento dos brasileiros que anseiam pela moralização do Brasil.
Só isso e somente isso já é o bastante em forma de sentimento da quebra de parâmetro de má qualidade da Justiça brasileira e de se considerar a capacidade do magistrado que trabalhou em prol dos interesses nacionais, além do seu ardente desejo de mudanças, com vistas à moralização do Brasil, demonstradas com a implantada de nova dinâmica sobre a premente necessidade de se prender criminosos e não de se colocá-los em liberdade, sem a menor plausibilidade jurídica, diante do sentimento social de que criminoso condenado precisa ficar preso, enquanto não provar a sua inocência ou cumprir o total período da prisão, em sintonia com o dano causado à sociedade.
Não tem o menor cabimento, em termos de seriedade e razoabilidade sociais, que haja voz destoante da ansiedade de um povo, de uma nação do porte e da grandeza do Brasil, da necessidade urgente do aprimoramento dos princípios éticos e morais na gestão pública, quando as degradantes práticas de dilapidação dos recursos públicos, a exemplo do terrível retrato emoldurado no famigerado petrolão somente deixou trágico rastro de destruição de toda ordem para o país e os brasileiros.
A síntese que se pode extrair dos lamentáveis acontecimentos é a de que o Brasil precisa sim ser urgentemente repensado como pátria e que os brasileiros somente têm a única alternativa do desarmamento das ideias que não sejam voltadas para os interesses nacionais, em que cada pensamento possa convergir exclusivamente em defesa dos valores de brasilidade, com embargo do triste sentimento antagônico da prevalência das melhores ideologias, porque essa malograda preocupação somente contribuiu para o distanciamento da retomada dos componentes desejáveis de desenvolvimento socioeconômico do Brasil.
É verdade e também senso comum que ninguém concorda com a prevalência de falsos heróis, mas é preciso se distinguir o joio do trigo, para que não sobressaiam no seio da sociedade os vilões e os falsos heróis, em detrimento do autêntico amor à verdade e àqueles que realmente merecem ser cultuados como heróis de verdade, principalmente as notáveis pessoas que trabalharam e continuam exercendo importantes cargos públicos, sempre em defesa dos interesses do Brasil e dos brasileiros, em termos da imperiosa construção dos saudáveis princípios da ética, da moralidade, da dignidade e do decoro na administração pública.
Brasil: apenas o ame!
       Brasília, em 30 de junho de 2019

sábado, 29 de junho de 2019

Saudades eternas


O querido sobrinho Clauber postou no Facebook, a título de memória da saudade, uma fotografia do inesquecível Cláudio, quando ele, pela última vez, precisamente no dia 19 de janeiro deste ano, visitou o famoso museu do time de Pelé, o Santos da Vila Belmiro, de onde ele me mandou, pelo WhatsApp, as fotografias abaixo.
Essa foto me traz recordação um tanto quanto pitoresca e trágica, porque, nesse mesmo dia da visita, Cláudio aproveitou para assistir ao jogo do Santos, quando aconteceu fato que ele me contou logo após o seu retorno a Brasília, lastimando o ocorrido.
Pois bem, ele me disse que tudo transcorria às mil maravilhas antes da entrada no estádio, mas as coisas mudaram repentinamente quando ele se sentou na arquibancada, no momento que meteu a mão no bolso da bermuda e percebeu que estava vazio.
Era precisamente ali que ele transportava a sua secretária confidencial e inseparável: o celular, onde ele tinha majestoso arquivo de tudo que era de mensagens, fotografias, registros etc., mas, para surpresa dele, sem que ele tivesse percebido, o ladrão chegou a estragar o zíper do bolso da bermuda e o levou, sem deixar que ele nem minimamente notasse.
Ele me contou essa façanha do ladrão de celular e se sentia incrédulo, exatamente por não ter percebido qualquer movimento suspeito.
Realmente, quem conheceu o Cláudio, sabia que não era fácil enganá-lo, mas esse caso do celular, de tão intrincado, ele vai mesmo desvendá-lo, se possível, com a ajuda de Deus, se Ele se dinar a entregar os mágicos que conseguiram ludibriar a atenção e a sagacidade do meu não menos esperto irmão, que jamais acreditaria que poderia ter sido enganado tão facilmente.    
Já disse, em palavras, muitas adjetivações e qualificações traduzindo um pouco do bastante que foi meu querido irmão Cláudio, mas certamente ainda há espaço para muitas outras palavras sem fim, sempre depois do verbete saudade, que nunca vai ter a companhia do ponto final, porque é assim que se imagina do tanto que representou para nós a figura de pessoa que soube atrair a atenção das pessoas que o amavam por suas simplicidade e voluntariedade.
Que o amor de Deus seja a permanente companhia de Cláudio e que ele continue com a sua eterna inquietação em encontrar alguma forma de praticar o bem que, por incrível que pareça, somente ele arranjava artifício para apresentar uma sugestão, buscar uma ideia ou mesmo solucionar diretamente a demanda de alguém, mesmo que isso lhe custasse algum sacrifício da sua parte.
Se Deus permitir, o Cláudio já deve ter movimentado e revolucionado a tranquilidade celestial, na tentativa de se relacionar com seus novos companheiros e se entrosar amistosamente com eles, em busca de solução para os problemas insolúveis do céu.
Essa sua forma voluntaria de socialização foi uma de suas qualidades postas em prática diuturnamente, entre nós, porque ele sempre tinha uma história para contar, um exemplo a mostrar, uma maneira diferente de se relacionar, com sua costumeira empolgação de ter contabilizado mais umas de suas engenhosas façanhas, sempre relacionadas com as questões sociais, que eram as suas especialidades e características preferidas.
Muitas das vezes, ele contava um de seus feitos e até ria de engraçado, como nem acreditando que ele teria sido capaz de protagonizá-los, mas terminava mesmo feliz, por saber que ele tinha essa capacidade de procurar fazer boas ações, em benefício de seu próximo, que fazia questão de acolhê-lo com a sua amabilidade incomum, com o que sempre foi pessoa correspondida no seu amor que distribuía espontaneamente, sem jamais buscar nada em troca, como recompensa.
Como já disse alhures, essas qualidades intrínsecas de Cláudio certamente têm o condão de potencializar a saudade que sentimos dele, justamente por ele ter tido o dom de aglutinar algo especial enquanto teve vida, que foi a inteligência de captação das vicissitudes sociais, que poucas pessoas, mesmo querendo ou tentando, não conseguiam enxergá-las facilmente.
Mais uma vez, meu coração se enche de alegria para dizer mais um punhado de palavras acerca do pouco da personalidade do meu querido irmão Cláudio, que foi vocacionado a angariar o carinho de todo mundo, por sua maneira respeitosa e elegante de se relacionar com o seu semelhante, procurando ser agradável e amigo com todos.
Peço a Deus que continue acolhendo o Cláudio exatamente como ele foi aqui Terra, porque o que ele fazia se ajusta aos Seus propósitos de magnanimidade, bondade e amor. Amém!
Brasília, em 29 de junho de 2019

sexta-feira, 28 de junho de 2019

Por que não a esperança?


O corregedor do Conselho Nacional do Ministério Público houve por bem determinar o arquivamento de apuração acerca de denúncia se os procuradores da República e outros integrantes da força-tarefa da Operação Lava-Jato teriam cometido "falta funcional", em razão de troca de mensagens divulgadas pelo site The Intercept.
O aludido site jornalístico reproduziu diversas conversas no aplicativo Telegram, atribuídas ao então juiz responsável pela Operação Lava-Jato e o procurador-chefe na força-tarefa.
De acordo com o site, eles teriam tratado de assuntos investigados pela operação e, segundo o site, o então juiz teria orientado ações aos procuradores e cobrado novas operações.
Diante de pedido de investigação, formulado por quatro procuradores, o mencionado corregedor determinou a instauração de procedimentos preliminares destinados à apuração dos fatos narrados por eles.
Os conselheiros denunciantes juntaram à petição o teor da reportagem publicada, tendo afirmado que "faz-se imperiosa a atuação do conselho".
Na ocasião, os denunciantes afirmaram que "Cabe apurar se houve eventual falta funcional, particularmente no tocante à violação dos princípios do juiz e do promotor natural, da equidistância das partes e da vedação de atuação político-partidária".
De acordo com o corregedor, há elementos que apontam que as mensagens divulgadas pelo site foram obtidas de forma ilícita, tendo afirmado, em síntese, que ainda não há indícios de infração funcional nos diálogos.
Em forma de decisão para o arquivamento da denúncia, o corregedor do Conselho Nacional do Ministério Público ressaltou que, "Por todo o exposto e em face da inexistência de elementos de prova (mensagens que, se existentes, foram obtidas de forma ilícita) ou mesmo pela inexistência de ilícito funcional nas mensagens, se fossem consideradas, impõe-se o arquivamento da presente Reclamação Disciplinar, com fundamento no artigo 77, I, do RICNMP22, sem prejuízo de eventual desarquivamento diante de novas informações".
Com amparo constitucional, na forma dos princípios da ampla defesa e do contraditório, os procuradores acusados da prática de desvio funcional disseram ao corregedor do CNMP, basicamente, que: a) “houve ilicitude dos elementos do pedido de apuração porque ‘as supostas mensagens foram obtidas de forma ilícita, com violação ao sigilo das comunicações’”; b) “não há motivos para prosseguimento da apuração ‘em razão de descrição deficiente de fatos’"; c) “não houve infração funcional ‘por ausência de conluio com o magistrado mencionado nas representações’"; e d) “o uso das mensagens geraria ‘insegurança jurídica na apuração’”.
À toda evidência, é muito provável que tenha havido indispensáveis e importantes ajustes de entendimentos operacionais entre os integrantes da força-tarefa, evidentemente sem ferir de morte os princípios fundamentais da legalidade, o que é natural no âmbito de órgão que fora estruturado especialmente com a composição de servidores públicos experientes e preparados, para a execução de missão com objetivos diferenciados das investigações comuns, em que não se exigem especificidade senão de se alcançar objetivos em benefício do Brasil.
A Operação Lava-Jato foi criada com a finalidade especialmente destinada às investigações extremamente delicadas, ante a imperiosa necessidade do combate implacável à corrupção e à impunidade, forma de cânceres que vinham carcomendo, de maneira agressiva e criminosa, recursos públicos, com a exclusiva finalidade de prover meios e instrumentos imprescindíveis à sustentação de projeto mega ambicioso de manutenção no poder, de maneira perene, e absoluta dominação das classes política e social, onde não se havia a observância dos mínimos princípios de pudor e escrúpulo em saquear os cofres públicos, a exemplo do que ocorreu com a maior e importante empresa petrolífera do Brasil, conforme ficou cabalmente comprovado por meio das trabalhosas, competentes e eficientes apurações e investigações levadas a efeito pela citada operação.
São mais do que sabidos e conhecidos pela opinião pública, não somente em nível nacional, mas internacionalmente, os primorosos e relevantes resultados contabilizados em beneficio do Brasil, no que concerne, em especial, ao desbaratamento da maior organização criminosa já implantada na história republicana, e, pior, com estrutura enraizada no seio do governo, totalmente envolvido com as falcatruas e roubalheiras, segundo os resultados das investigações vindos a público, incontestavelmente confiáveis e seguros, diante do referendo em todas elas do Poder Judiciário, que as valida em todas as suas extensão e integridade.
Além dessa primorosa e preciosa destruição da famigerada organização criminosa, a Operação Lava-Jato promoveu o julgamento de mais de centena de processos, tendo condenados à prisão, por sentença com base nos fatos devidamente comprovados sobre as materialidades das suas autorias, em que a Justiça vem confirmando a veracidade das roubalheiras perpetradas por importantes e influentes políticos, empresários, executivos e outros assemelhados aproveitadores de recursos públicos.
Nessa mesma linha de competência e seriedade, a Operação Lava-Jato já conseguiu recuperar milhões de reais saqueados dos cofres públicos, que foram reintegrados ao patrimônio dos brasileiros, tudo graças às maravilhosas investigações conduzidas pelo então juiz que muitos antibrasileiros e antipatriotas, ao que se pode imaginar, tentam manchar a sua reputação, com objetivos desesperadamente visíveis em benefício de quem está preso é considerado, pela aludida operação, elemento da maior influência nos fatos tidos por contrários aos interesses do Brasil e dos brasileiros, inclusive de muitos que estão defendendo a anulação dos únicos resultados conseguidos em benefício do interesse público.
À toda evidência, os resultados da Lava-Jato são estranhamente notáveis, em termos palpáveis de seriedade e substancialidade, em forma de moralização da administração pública, que fora conduzida, nos últimos tempos, com viés de nítida irresponsabilidade quanto ao zelo na aplicação de recursos púbicos, conforme mostram os resultados das investigações levadas a efeito pela supracitada operação, que sempre agiu em sintonia com os sentimentos de moralidade e brasilidade.    
Enfim, a quem interessa a ignorância sobre tantos e notáveis benefícios conseguidos em prol da construção da moralidade, que antes havia sido jogada na lama por políticos e outros homens públicos da pior espécie, que não tiveram o menor sentimento de brasilidade em liderarem ações delituosas contra os interesses do Brasil, tudo comprovado na forma das investigações conduzidas pela Operação Lava-Jato, que, mesmo que tivesse utilizado mecanismos revestidos de mera formalidade, tanto mais se justificaria o seu majestoso trabalho em benefício dos interesses do Brasil, que estão acima de causas particulares?
Diante dos fatos absolutamente incontestáveis, cujos resultados são visivelmente favoráveis aos interesses nacionais, notadamente como contribuição aos sacrossantos princípios da moralidade e da dignidade na administração do Brasil, além da interrupção do funcionamento sistêmico e endêmico da maior organização criminosa que já existiu na República brasileira, conforme tudo supradescrito, não há a menor justificativa nem cabimento, em se agir na defesa de criminoso preso por decisão confirmada pelo Poder Judiciário, quanto mais se alegar anulação de decisões judiciais tão somente com base em elementos e informações obtidos por meios ilícitos, cujas fontes são igualmente irregulares, por serem anônimas, fato este que se equivaleria a chancelar o ditado popularmente conhecido de que, no Brasil: o crime compensa.
Dá para entender perfeitamente toda sorte de manobras destinadas a apequenar e desmerecer o trabalho realizado pela Lava-Jato, diante dos auspiciosos resultados dela em benefício do Brasil, a par da sua profícua obra, que tem o condão de resgatar a esperança dos brasileiros no sentido de ter ficado provado que a moralização da administração pública é sim viável, bastando apenas que os homens públicos tenham vontade política para a aceitação do sacrifício de apenas exercerem seus cargos visando tão somente à defesa do interesse público, certamente com embargo de seus planos de poder e de dominação das classes política e social, por não condizerem com o interesse público.
É inacreditável que, possivelmente somente com a mentalidade antipatriótica, mesmo diante de situações concretas e da verdade real, como nesse caso envolvendo os trabalhos da Operação Lava-Jato, a ideologia ainda tente mudar a história brasileira, evidentemente com base em pressupostos que não têm a mínima relevância em relação aos substanciais interesses nacionais.   
          Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 28 de junho de 2019

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Publicação do meu 39º livro

Mais uma vez, digo que me sinto muito feliz diante do anúncio da conclusão de mais um livro meu, aproveitando o ensejo para agradecer a magnanimidade de Deus, que me deu a vocação para elaborar importantes crônicas, evidentemente sob a minha visão de ser extremamente generoso comigo mesmo, de modo que meu coração possa se sentir lisonjeado com o que gosto de fazer na vida, fato que se traduz em estímulo à continuidade do meu trabalho literário.
Trata-se do meu 39º livro, intitulado “A EXUBERÂNCIA DE FATOS”, que versa, como de costume, sobre a análise de fatos da vida, na forma como gosto de interpretá-los, com destaque para as matérias mais importantes do quotidiano, obviamente sob a minha ótica de avaliação.
Importa se enfatizar que a análise do noticiário político continua sendo destaque nas minhas crônicas, por também merecer o holofote da mídia, diante da acalorada discussão, em nível nacional, sobre a reforma da Previdência, em que, até o momento, não se conseguiu atrair a convergência do pensamento da classe política, para a sua aprovação, algo que precisa ser resolvido o quanto antes possível, como forma da importante obtenção da retomada do crescimento econômico.
Nessa mesma linha de análise dos fatos, despontam, nas minhas crônicas, matérias relacionadas com a administração do país, entre outros assuntos que são modelados e analisados diariamente, versando, em especial, sobre a abordagem, o esclarecimento e a opinião pessoal, sempre enfocados com minúcia, envolvendo temas da atualidade, com a devida relevância para a sociedade.
Como já houve a institucionalização, como praxe, nos meus livros, sempre renovo o prazer de se prestar carinhosa e merecida homenagem, em forma de dedicatória, a uma figura considerada importante na minha vida, que é digna da sua lembrança, nestes momento e local especiais.
Desta feita, como não poderia ser diferente, eu quis que essa importante e muito valiosa homenagem, especialmente para mim, recaísse na pessoa maravilhosa de meu querido e inesquecível irmão Francisco Cláudio Fernandes, que foi chamado, de forma bastante prematura, para a companhia mais próxima de Deus, cujas qualidades como pessoa procuro descrever na forma do texto a seguir, sobressaindo o seu transparente amor ao próximo, porque era exatamente dessa maneira que ele gostava de viver, em permanente estado de felicidade, praticando o bem, sem olhar a quem...
A fotografia da capa do livro em referência mostra lindo e encantador céu de Brasília, onde se percebe duplo arco-íris, em tarde ensolarada, que eu quis que isso combinasse com a lembrança especial da nova casa de meu querido Cláudio.
Eis a seguir a citada dedicatória:
                                        “DEDICATÓRIA
Embora com muita tristeza no coração, diante do amargurado acontecimento, presto homenagem ao querido e amado irmão Francisco Cláudio Fernandes, ao dedicar (in memoriam)  este livro. A vida nada mais é do que passagem por este planeta Terra e a do meu querido irmão Cláudio foi muito especial, tão marcante que será inesquecível, pela simplicidade de pessoa que sabia dignificar seu próximo, com seu jeito camarada, alegre e cativante, não importando a sua origem, porque a sua sensibilidade humanista corria lépida nas suas veias, em sintonia com os sublimes ensinamentos de Deus, que lhe deu o coração com total capacidade para compreender as vicissitudes de seu próximo, em fiel harmonia com um dos princípios bíblicos, segundo o qual é preciso "amar o próximo como a si mesmo". Foi exatamente isso que ele fez por toda a sua vida, em gesto espontâneo e natural, como a se mostrar que o valor da vida se encerra precisamente nesse lindo e maravilho contexto, de que a vida não tem sentido se não houver amor para com as pessoas. Certamente que Deus quis que Cláudio fosse essa pessoa com atributos especiais, notáveis e diferenciados da maioria dos seres humanos, no sentido de ter a compreensão própria e na forma do amor que era peculiar no seu coração, por sempre encontrar algum jeito de agradar o seu semelhante com bondade e carinho que somente ele conseguia fazer, com muita sabedoria e humildade, sem precisar ser notado que aquilo era seu estilo mais natural, que agradava e reconfortava o seu coração cheio de ternura e amor. O certo é que Deus fez tudo conforme a sua sábia vontade, de delegar a Cláudio esse destino marcante de pessoa simples e humilde, mas que tinha enorme inteligência para captar o sentimento das pessoas e agir, na medida do possível, em benefício delas, porque a sua índole sempre foi dessa maneira: ansiosa em querer ajudar naquilo que estivesse ao seu alcance. O sentimento que se tem é o de que Deus fez Cláudio justamente assim para que a sua partida precoce fosse tão sentida quanto dolorosa, ficando a lacuna absolutamente notada pelo resto de nossas vidas, porque a sua passagem na Terra foi realmente dádiva do Criador: como marcante exemplo de vida. Alegramo-nos todos, em agradecimento a Deus, pela oportunidade especial de termos tido o Cláudio em nossa família, a quem ele foi sempre atencioso e amoroso, tendo participação voluntariosa, ativa, alegre, altivo e generosa. Nutrimos a esperança de que a importante obra de magnanimidade realizada por Cláudio tenha desdobramento maravilhoso em outras paragens, onde a sua luz cristã possa ter continuidade como fonte inspiradora de amor para quem tiver a oportunidade do convívio com ele. A sua ausência definitiva tem o condão de nos lembrarmos de suas preciosas lições de amor ao próximo, que foi a sua marca indelével de vida. Firma-nos nossos aplausos a Deus, em agradecimento pela pessoa de nosso querido Cláudio, que nos cativou com o seu dom de simplicidade, bondade, presteza, amabilidade e sobretudo dignidade como modelo de cidadania e cristandade.”.
Com o meu muito obrigado.
          Brasília, em 27 de junho de 2019

quarta-feira, 26 de junho de 2019

Perseguição política?

A Comissão de Anistia decidiu adiar, em atendimento de pedido formulado pela relatora do feito, a análise do processo em que a presidente da República afastada pede indenização por se sentir que fora perseguida política, no regime militar (1964-1985). 
A votação do pedido da interessada foi adiada em razão de a conselheira-relatora ter alegado que precisava de mais tempo para a conclusão do parecer, ante à complexidade dos fatos envolvidos na questão de que se trata.
A Comissão da Anistia é composta por 27 membros, a qual exerce função consultiva, porquanto a decisão definitiva sobre a concessão ou não do benefício é da competência da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos. 
A titular da aludida pasta, desde que a assumiu, tem demonstrado interesse em rever reparações dadas nos últimos anos e abrir o que foi chamado de “caixinhas” da comissão.
No presente caso, a ex-presidente pede indenização e contagem de tempo para efeitos de aposentadoria do período em que foi presa, em 1970, até a promulgação da Lei da Anistia, nove anos depois. 
O valor solicitado pela petista à Comissão de Anistia é do valor de cerca de R$ 10,7 mil mensais, evidentemente "com efeitos financeiros retroativos". 
Em seu requerimento, a ex-presidente relata que, após ter sido colocada em liberdade, em 1972, foi impedida de retomar o curso de economia na Universidade Federal de Minas Gerais. 
Isso a obrigou a prestar novo vestibular, em 1974, desta vez para ingressar na Faculdade de Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Ainda antes de se formar, ela disse, no pedido, que teria trabalhado na Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul, onde permaneceu até 1977.
A ex-presidente disse que passou a ser pressionada pela direção da instituição a se demitir do cargo.
A ex-presidente alega que o seu desligamento era exigido pelo SNI (Serviço Nacional de Informações), órgão de inteligência da ditadura, em razão de ela ser considerada pessoa subversiva ao regime. 
No processo, a ex-presidente disse ainda que teria sido incluída na lista elaborada por um general, conhecida dos supostos “97 comunistas infiltrados” em órgãos públicos.
A titular da pasta havia sinalizado, em entrevista a uma revista, que pretendia negar o pedido de indenização em tela, em razão de ex-presidente já ter recebido reparações, no valor total de R$ 72 mil, por comissões estaduais de análise de pleitos de perseguidos pela ditadura, em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. 
A lei que regulamentou a anistia política no Brasil veda “a acumulação de quaisquer pagamentos ou benefícios ou indenização com o mesmo fundamento, facultando-se a opção mais favorável”. 
Na entrevista, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos disse que a petista “já está indenizada três vezes pela dor e pelo sofrimento que ela passou”. 
Não obstante, a ex-presidente classificou a possibilidade de a Comissão da Anistia barrar seu pedido de indenização como “perseguição política” e disse que doou as reparações que recebeu dos governos do Rio de Janeiro e São Paulo ao grupo Tortura Nunca Mais.”. ​
Nunca se viu, neste país de tantos aproveitadores, uma lei feita sob encomenda para beneficiar diretamente seus autores, como no caso das lideranças, dos políticos, dos governantes e outros assemelhados interessados nesse processo comparável peculato aos cofres públicos, ante a artificialidade do objeto a ser indenizado, ou seja, indenização, argumentada por parte de quem recebe ou ainda tenta recebê-la, por algo nitidamente injusto, por ser indevida qualquer forma de recompensa por algo que o regime militar o fez por força exclusivamente do ordenamento jurídico vigente, que estabelecia tratamento duro para aqueles que se opusessem à situação reinante, conquanto nada acontecia contra aqueles que o respeitavam.
Ou seja, todos aqueles que foram presos praticaram qualquer ato contrário à ordem pública ou ao regime militar, que apenas seguia o que estava legalmente prescrito, que era inegavelmente a maneira, à moda da época, estabelecida para combater, na forma da lei, os opositores, o que não poderia ser diferente, porque nenhum país de exceção consegue impor a ordem pública distribuindo flores e beijos a terroristas, que usavam explosivos e armas pesadas para matarem, assaltarem e espalharem o terror, em forma de clara demonstração contra o regime.
A ex-presidente do país, que agora reivindica indenização por alegar que fora perseguida política, deveria, juntamente com todos que já receberam e continuam recebendo milionárias indenizações, ter o mínimo de sentimento cívico, em termos de moralização que o ser humano pode e precisa representar diante da sociedade, que se sacrifica para pagar pesados tributos, destinados à sustentação desses insensatos brasileiros, que nem esboçam vergonha diante desse quadro de pura indignidade, sabendo-se que quase todos já são aposentados e ganham boas aposentadorias, fato que simplesmente também evidencia forma de insensibilidade cívica.
Todos sabem que essa senhora participava diretamente de organização criminosa que assaltava bancos, matava inocentes e praticava as piores violências, em termos clássicos de terrorismo, tendo sido presa estrita e justamente em razão de seus atos de violência contra a sociedade, que fora terrivelmente infernizada por ela e seus comparsas, mas todos, sem o mínimo pudor nem escrúpulo, com a maior desfaçatez, exigem indenização, sob a mais injusta forma de argumentação: perseguição política, que, a bem da verdade, simplesmente não houve, à vista dos fatos acontecidos e ela sabe muito bem disso, melhor do que ninguém.
Na verdade, não se trata, em absoluto, de nenhuma forma de perseguição, porque aqueles que foram presos ou tiveram contato com a repressão, todos, sem exceção, praticaram atos contrários ao regime militar e outros, como a ex-presidente, fizeram algo que extrapolaram os princípios humanitários e cívicos, matando inocentes, assaltando bancos e dilapidando o patrimônio alheio, não cabendo, de maneira alguma, o julgamento imparcial de ter havido perseguição política.
Essa indignidade chamada indenização por perseguição política não passa de verdadeira falta de caráter das pessoas que foram presas ou tiveram envolvimento com a repressão, todas, na forma da lei vigente, e todas sabiam perfeitamente que estavam praticando atos contrários ao regime, cujas consequências, no caso se apanhadas, não seriam de carinho, mas sim de dureza, na extensão de seus crimes, principalmente no caso da ex-presidente que fez miséria e não nega, conforme também foi declarado, com os mínimos detalhes, por seu marido da época, ou seja, ela deveria se acanhar em pedir indenização pelos maus praticados por ela à sociedade e à pátria, antes e agora, com esse pedido mais do repugnável e absurdo.
Não se tem conhecimento de nenhum caso em que alguém tenha sido preso ou perseguido sem que tenha praticado qualquer ato contrário ao regime militar ou à ordem pública nem participado de organizações criminosas com essa finalidade, como fizeram todos aqueles que tiveram que se explicar, evidentemente na forma do regime próprio adotado para combater terroristas, entre os quais a ex-presidente do país, que demonstra, entre todos que assim se comportaram, pedindo indenização extremamente injusta, porque indevida, à luz dos princípios ético e cívico, fato que evidencia compostura extremamente contrária aos conceitos de cidadania, dignidade e honestidade, eis que o pleito não existe nada a justificar o merecimento, quando se sabe que tudo aconteceu exatamente na forma das circunstâncias, ou seja, as pessoas foram presas porque fizeram, conscientemente, alguma coisa em dissonância com o regime sabidamente de exceção.
É preciso que os brasileiros saibam que muitas indenizações estão na faixa do pagamento de benefício mensal vitalício entre os valores de R$ 15 mil a R$ 20 mil, além de indenização retroativa do valor milionário, em média, de R$ 2 milhões, de uma só tacada, a título de absolutamente nada, porque perseguição mesmo nunca existiu, conquanto o que houve mesmo foi a reação natural diante de atos terroristas contrários ao regime, que não poderia ser carinhoso com quem praticasse violência e atrocidade.
Os benefícios pagos com base na Lei de Anistia têm se mostrado absolutamente inadmissíveis, diante da exorbitância dos valores envolvidos, mostrando a sua desconformidade com os princípios de razoabilidade, isonomia e proporcionalidade, havendo necessidade da atualização dos parâmetros estabelecidos na lei de regência, principalmente para a sua imprescindível adequação, em especial, aos escassos recursos públicos.
Ainda em respeito aos contribuintes, mesmo nessa vergonhosa forma de indenização vigente, a lei em vigor poderia estabelecer valor-teto para o benefício, que seria também inacumulável, ou seja, ao se estabelecer, por exemplo, o limite de R$ 20 mil mensais, ficando estabelecido que, quem ganhasse acima disso, não faria jus à indenização e quem já estivesse ganhando proventos inferiores a esse teto, passaria a receber a complementação, porque não parece justo que alguém receba, de forma imoral – não se trata de indevida, porque a indenização existe com base na lei -, valores livres de limites, quando, no serviço público, há teto para os servidores do Estado.
Convém deixar muito claro que o pedido de indenização se apresenta como forma de inteira justiça, tanto que a lei trata precisamente dessa maneira de reparação por danos causados pelo Estado, mas é preciso, sobretudo, que o objeto a justificar tal medida corresponda exatamente à causa alegada, de modo que o saneamento da questão se conforme, necessariamente, com a verdade dos fatos, não sendo concebível, no caso concreto, a aceitável de perseguição política, porque, na realidade, isso jamais existiu, diante de todas as evidências, que são sobejamente públicas.
A contrario sensu, se aceitando a famigerada alegação de perseguição política de todos aqueles que, comprovadamente, tiveram participação em atividades contrárias à manutenção da ordem e da segurança públicas, destinadas deliberadamente a causar perturbação ao regime militar, que foram, por isso, fichados nos órgãos de repressão, seria o mesmo que se afirmar, mesmo diante das evidências, que eles simplesmente não teriam participado de absolutamente nada, o que valeria dizer que eles teriam sido injustiçados e perseguidos, quando não fizeram nada de anormal, mas, mesmo assim, tiveram que se explicar perante aqueles órgãos.
Não obstante, todos estão impiedosamente mentindo, porque eles estiveram na ala da maldade, praticando crimes contra a sociedade, a pátria, pouco importando a defesa da sua ideologia, mas, para a obtenção de benefícios do Estado, em forma de indenização injusta e indevida, eles alegam, na mais legitima forma de desonestidade, descabida perseguição política, como se eles tivessem se comportado, por todo tempo, como verdadeiros anjinhos, que foram buscados, sob brutal violência, na santidade de seus lares, como se nem soubessem do que acontecia no regime de exceção, evidentemente a justificar a dita e desavergonhada mentirosa perseguição.
Causa perplexidade se perceber que brasileiros, dotados de inteligência e sabedoria, se consideram autênticos donos da razão, mas são enforcados pelas ignorância e cegueira de nada enxergarem, nesses fatos, forma lídima de corrupção, porque o que se pretende como benefício, de forma indevida, quando se alega causa inexistente, é sim a caracterização de crime contra o Estado, mesmo que ele os referenda, porque, na verdade, perseguição nada mais é do que que castigo, punição ou qualquer outra prática sem que haja causa plausível para tanto.          
Diante dos insensatos e absurdos valores pagos a título de indenização por suposta perseguição política, convém que a norma de regência seja urgentemente aperfeiçoada e modernizada, para o fim do estabelecimento de parâmetros de racionalidade e bom senso, no sentido de que sejam observados critérios justos de indenização, em atenção ao sacrifício dos contribuintes, devendo os interessados, mesmos os que já estão recebendo o benefício, precisar justificar exatamente que não participaram de organizações terroristas nem, isoladamente, de qualquer movimento de violência contrário à sociedade, à ordem pública ou ao regime militar e, mesmo assim, foram indevidamente perturbados, de modo a se caracterizar que houve realmente perseguição política, no exato termo da palavra, ficando terminantemente excluídos da indenização todos aqueles que tiveram seus nomes fichados pelos órgãos oficiais, com a evidência da sua participação em atos contrários à ordem ou à segurança públicas, em razão de que isso, por si só, já evidência ausência de perseguição.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 26 de junho de 2019

terça-feira, 25 de junho de 2019

A pureza do amor de mãe


O site do G1 publicou notícia para lá de emocionante, contando a magnífica história de uma senhora da cidade de Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá (MT), sobre a sua decisão de adotar, como filho, um menino de apenas um ano, hoje com 12 anos, que nasceu com agenesia do corpo caloso, má-formação congênita, com o que, diante de tal doença, inexiste estrutura para a conexão dos dois hemisférios cerebrais.
O garoto também sofre de neuropatia crônica, possivelmente causada pela falha na formação do cérebro, que atinge o sistema nervoso e afeta o desenvolvimento de funções como a postura e os movimentos.
A criança permanece, por todo tempo, deitado na cama e seu olhar e a única maneira de comunicação com o mundo, sendo assistida e acompanhada 24 horas por dia, pela mãe, uma heroína enfermeira de 56 anos.
Há exatamente uma década, eles se encontraram pela primeira vez e o amor que ela sentiu pelo garoto fez com que ele fosse adotado por essa senhora.
Os graves problemas de saúde fizeram com que o garoto fosse abandonado pelos pais biológicos antes de completar um ano, quando a mãe adotiva o conheceu e quis cuidar dele, em definitivo e de forma integral.
É interessante o carinho que a mãe adotiva demonstra pelo garoto, por ter dito que "Eu sinto o mesmo amor pelos meus três filhos. Mas sei que me dedico mais ao garoto do que me dediquei aos outros dois, porque eles sempre foram saudáveis, se desenvolveram normalmente e foram saindo das minhas asas. Já o Ronei, sei que vai estar sempre aqui e sempre vai precisar dos meus cuidados".
A decisão de adotar o garoto, que sempre viveu em estado vegetativo, causou espanto entre alguns conhecidos da enfermeira, porque, segundo ela, "Algumas pessoas me desaconselharam, me disseram para viver uma fase mais tranquila, pois meus filhos já estavam criados. Mas eu não tive dúvidas de que deveria cuidar do Ronei. Ele é meu filho, assim como os outros dois que eu pari.”.
Depois da piora do quadro de saúde da criança, antes da adoção, após uma crise de broncoaspiração, ele foi levado para um lar para crianças, após pedido da equipe médica, pois os profissionais consideraram que ele não recebia os cuidados adequados por parte da família biológica.
Diante dessa difícil situação, a enfermeira disse que "Fui atrás dele na casa dos pais biológicos e da avó, mas ele não estava. Me disseram que ele estava no Lar da Criança. Depois, descobri que ele estava internado no Pronto-Socorro de Cuiabá".
O garoto teve alta, mas não tinha lugar para ser levado, para a internação domiciliar, porque os pais biológicos davam sinal de que não teriam condições de cuidar dele, foi daí que a mãe adotiva resolveu adotá-lo judicialmente.
A enfermeira trabalhava em dois empregos, mas foi obrigada a pedir a dispensa de um deles, para se dedicar aos cuidados com a criança.  
Ela disse que "A juíza me convocou e pensei que os pais queriam a guarda dele. Eu disse a ela que, caso eles quisessem de volta, seria um direito deles. Mesmo que isso me entristecesse, não poderia fazer nada. Mas a juíza me disse que os pais falaram que não tinham condições psicológicas, nem financeiras, para ficar com o Ronei. Eles abriram mão do filho, disseram que eu poderia criá-lo".
Segundo a mãe adotiva, a juíza insistiu na explicação de que “Ela não era obrigada a continuar com o garoto, caso não quisesse. Se a enfermeira não criasse Ronei, ele seria levado a um lar para crianças aptas à adoção. Não tive dúvidas, disse que o Ronei era meu filho e que ficaria com ele.".
A mãe adotiva relatou que ela teve o apoio dos dois filhos e "A juíza me perguntou duas vezes, porque queria que eu tivesse certeza da responsabilidade que teria pela frente. Novamente, disse que era aquilo que eu queria. Não iria abrir mão do meu filho.".
A enfermeira disse que a decisão dela comoveu a magistrada, em razão do que ela lhe declarara de que "A juíza me disse que nunca tinha chorado, mas chorou naquele momento, porque ficou comovida com o meu caso.".
O garota recebe ajuda profissional durante o dia, que o acompanha por força do serviço incluído na home care.
A mãe adotivas trabalha em um hospital no período da manhã e, fora do serviço, ela faz tudo para não se distanciar do garoto.
Diante da invalidez da criança, a mãe adotiva recebe um salário mínimo, referente a um benefício que faz jus junto ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), para ajudar nos cuidados com o filho, principalmente com serviços médicos.
Um médico especialista ressaltou que não há cura para a grave enfermidade do garoto e que, disse a mãe, essa falta de esperança de melhor futuro para ele, a entristece, mas, apesar disso, ela afirmou que não se arrepende de ter passado grande parte da última década se dedicando aos cuidados do filho, tendo afirmado: "Parei muita coisa por ele. Mas é normal uma mãe fazer isso por um filho. Uma médica me disse que ele viveria somente até os oito anos, mas ele está aqui comigo até hoje. Acho que o que mantém vivo é o amor que ele recebe".
À toda evidência, esse é o tipo de história de vida que se resume em sublime amor ao próximo, por que em meio às mais graves situações apresentadas por um ser humano, com esse quadro de doença simplesmente irreversível, em que a vida praticamente quase nem existe, em razão de o garoto ser mantido por meio de aparelhos, para continuar apenas com o coração sob os efeitos da ajuda de criatura sobre-humana, em relação aos demais filhos de Deus.
Nesse cenário de extrema delicadeza, aparece um ser humano ímpar, uma criatura com as qualidades angelicais e os dons divinos para cuidar com o verdadeiro amor maternal de criança excepcional, acometida de doenças gravíssimas, mostrando o sentimento de pureza extraordinário, que se revelou depois que os pais biológicos decidiram abandonar seu filho, evidentemente diante das comprovadas dificuldades psicológica e financeira.
O gesto da enfermeira somente encontra definição no âmbito do intrínseco amor de mãe, que, no pior das dificuldades, ainda encontra espaço no seu coração para adotar e acolher criança praticamente sem vida e em condições de vida vegetativa, diante das limitações impostas pelas graves doenças degenerativas.
Isso mostra que há sim, neste mundo de Deus, muita nobreza no coração de pessoas sensacionais, vinda das luzes divinas, que são capazes de propiciar ilimitada disposição para a incorporação de tamanha dedicação ao ser humano, mesmo em condições de extremo e imensurável sacrifício, em contexto que é muito difícil se encontrar palavras apropriadas para esse belíssimo gesto humanitário.
Seria apenas simplista se denominar amor incondicional, por se tratar de algo que deriva da magnanimidade de Deus, que permite que pessoa iluminada se sacrifique tanto para ajudar seu semelhante, com o sentimento mais nobre e autêntico, que é o da perfeição de mãe.
Essa triste realidade faz suscitar a necessidade de se discutir o real valor da vida, quando muitas pessoas defendem a eutanásia, para situações gravíssimas como essa, em que a saúde do ser humano é decretada pela ciência como sem possibilidade da recuperação plena, em condições normais de relações de sociabilidade, quando os doutos poderiam ter o poder de demonstrar, por meios técnico-científicos, sobre a inviabilidade de reversão do difícil quadro mórbido de saúde, em que o possível sofrimento do doente poderia ser normalmente abreviado, como forma de se permitir o verdadeiro sentido da vida, diante de situação fática e inexorável, com todo respeito às crenças religiosas, que não podem permanecer à margem dessa cristalina realidade sobre os fatos.
Há quem seja contrário até mesmo em se pensar nessa terrível ideia de eutanásia, mas valeria a pena a existência de vida que, na verdade, não se vive e ainda em se pensar que mais tempo, menos tempo, o destino do doente nessa situação de decretação de não vida é apenas indiscutível realidade?
O caso desse garoto, à luz do sentido da eutanásia, sem dúvida, pode ensejar o despertar sobre a necessidade quanto à reflexão, por parte de interessados, religiosos e especialistas, em harmonia com a evolução da humanidade, à luz da evolução da ciência, em especial.  
Voltando ao cerne da questão propriamente, verifica-se que a humanidade não está perdida, porque ainda há muita gente que vive conscientemente o verdadeiro o amor pregado por Deus, sob o princípio segundo o qual é preciso que nós nos amemos na plenitude do sentido de cristandade, fraternidade e união no seio dos filhos do Criador.
Sem dúvida alguma, é admirável e louvável a Deus a existência de pessoa com as qualidades dessa enfermeira muito além de heroína, que nem as graves adversidades a impediram de demonstrar o seu enorme amor a uma criaturinha absolutamente doente e rejeitada pelos pais biológicos, que realmente não tinham como cuidar de seu filho, em condições delicadíssimas de saúde, conquanto a enfermeira fosse a pessoa com condições ideais para administrar situação bastante complicada e ainda de forma permanente, em evidente amor a um filho apenas do coração.
Essa é uma interessante lição de vida que tem como princípio o ensinamento de que é preciso se olhar o ser humano muito além da forma física, diante da enorme possibilidade de que Deus se faz presente em todos nós, de forma misteriosa, com a sua grandiosa luz de amor nos corações das Suas criaturas, com disposição para amar o seu próximo e que isso nos convida ao desafio de se olhar mais vezes para as pessoas e os objetos antes do julgamento em definitivo sobre as coisas e os fatos.
Talvez essa mulher especial veja o mundo com a luz resplandecente de Deus e, na sua singeleza de amor, seja a luz que precisa brilhar nos corações dos homens, com a intensidade do amor.
Em síntese, trata-se de história de mulher-mãe maravilhosa e abençoada por Deus, que certamente fora escolhida por Ele por ter alma iluminada e lindo coração entre os seres humanos, para mostrar absoluta grandeza do sentimento de amor que precisa existir na natureza dos homens, a par de disseminar fantástica e belíssima lição humanitária e de acolhimento ao próximo, em sintonia com o sagrado Evangelho de Jesus Cristo, na parte que se resume ao ensinamento de que é preciso amar ao próximo como a si mesmo, não importando as condições de vida.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 25 de junho de 2019

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Amor ao ser humano


Uma advogada de Porto Velho resolveu, com a finalidade de "fazer o bem sem olhar a quem", ajudar o próximo, ao instalar, no muro da sua casa, um bebedouro com água gelada, ficando à  disposição, em especial, dos moradores de rua.
A advogada teve essa ideia depois de perceber, sensibilizada com o problema, que moradores de rua sofrem com doenças renais, em razão de não beberem a quantidade de água necessária para o organismo.
Diante dessa constatação, ela começou a planejar a construção de bebedouro que pudesse minimizar esse grave problema de saúde pública, bastando a colocação de equipamentos voltados para a rua, consistentes em uma pia, uma torneira e adequados aparelhos para a manutenção da água sempre saudável e gelada.
Ela disse que "Eu fiquei pensando em uma forma que eles (moradores de rua) não precisassem tocar a campainha. E não só para atender essa população, mas qualquer pessoa que passar. Afinal, a água é a fonte da vida. A sede é uma tortura".
A advogada ressaltou que, quando teve a ideia, houve clima de desconfiança por parte de familiares e vizinhos, mas depois todos perceberam a relevância da sua ação humanitária.
A advogada declarou que, "Às vezes, as pessoas têm medo, ficam preocupadas, mas a população de rua não é violenta. Hoje, a gente vê pessoas passando, enchendo a garrafinha e eu fico feliz de poder contribuir".
Ela disse que o local é limpo diariamente, pelos familiares, que também o reabastecem com copos descartáveis.
A advogada esclareceu que a vigilância sanitária já visitou as instalações, tendo inspecionado e conferido o funcionamento do bebedouro, inclusive o pessoal bebeu água da fonte.
De um modo geral, os transeuntes têm aprovado a iniciativa em apreço, como no caso de um auxiliar de serviços gerais, que disse que caminhava pela rua, procurando uma loja, e se surpreendeu ao perceber a fonte de água gelada no muro. Ele não pensou duas vezes e aproveitou a oportunidade para "matar a sede" e se refrescar.
Ele disse, em apoio à iniciativa em tela, que, "Normalmente ninguém nem quer mostrar o que tem dentro de casa. Quanto mais dinheiro, menos demonstração. Mas ela tem um bebedouro aí dentro gelando o dia inteiro. Já me ajudou, matou minha sede".
Outra pessoa afirmou que "Fiquei muito surpreso de ver pessoas assim se solidarizando com as outras. Muitas pessoas não têm dinheiro para comprar uma água engarrafada e esse bebedouro ajuda".
Segundo a advogada, ela já tem outra ideia em planejamento, qual seja, a  implantação de uma cantina, para fornecer alimentação para aqueles que vivem nas ruas da cidade.
Essa fonte de vida é, na verdade, feliz e generosa iniciativa em sintonia com os sentimentos de cidadania, humanidade e cristandade, porque a sua finalidade é fornecer bem precioso para quem precisa, como algo que representa a vida: água, que merece os aplausos da sociedade, diante da preocupação de satisfazer o próximo, em forma muito clara de amor vivo, efetivo e permanente.
Com base em obras dessa magnitude, se pode acreditar na bondade que existe no coração do ser humano, em que pesem muitas pessoas possuidoras de fortuna não terem disponibilidade, mínima que seja, para sentir as agruras daqueles que nada têm.
Não há a menor dúvida de que esse fantástico exemplo ajuda a compreender que a humanidade pode sim contribuir para um mundo melhor, além de se perceber que atitude com o mínimo de custo, como essa, tem enorme importância, em termos de repercussão humanitária, como modelo de conscientização das pessoas de que se houver boa vontade e amor no coração, é possível a construção de um mundo com mais esperança e amor, na melhor compreensão sobre o sentido da vida.
O fazimento do bem às pessoas só depende da compreensão sobre o verdadeiro sentido de compartilhamento de ações entre os homens, porque o bem que se faz ao próximo tem retorno multiplicado para o benfeitor, porquanto a sua obra é abençoada e recompensada, de alguma maneira, por Deus, em forma, principalmente, de conforto pelos sentimentos humanitário e cristão que expandem natural e generosamente dentro do seu coração, diante da prática de algo transformado em benefício da vida e da expansão do amor entre os homens.   
Certamente que a advogada merece efusivos encômios por sua obra extremamente humanitária e cristã, não somente pelo enorme benefício à vida humana, mas em especial como rica lição de que o homem que tem recursos financeiros disponíveis pode, querendo, contribuir com a ajuda ao próximo carente, como forma de se distribuir um pouco para, ao menos, minorar o enorme sofrimento daqueles que dependem muito do socorro do seu semelhante.
Nesse aspecto estritamente humanitário, em solidariedade à Boa Samaritana de Porto Velho, por seu ato em defesa da saúde de seu irmão, evidentemente com meus parabéns por importante iniciativa, chamo a atenção, em grau máximo de apelo para o bom senso e a sensibilidade humanos, dos administradores municipais, das entidades de defesa dos direitos humanos e das organizações que cuidam dos interesses comunitários que se esforcem com vistas à instalação, de forma prioritária e de urgência, em locais de maior concentração dos moradores de rua ou nos centros das cidades menores, de bebedouros, providos de água potável, em condições de salubridade, com filtragem e equipamento de refrigeração.
Nessa mesma linha de ajuda e socorro humanitários e em benefício à saúde pública, convém que também sejam construídos banheiros públicos, se possível com instalação para banho, para condicionarem limpeza e higienização adequadas, porque isso é o mínimo que o governante municipal pode gastar e disponibilizar em benefício das pessoas carentes que vivem ao desamparo do conforto de um lar digno.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 24 de junho de 2019