quinta-feira, 31 de março de 2022

Eutanásia

 

Um famoso ator francês, que se tornou astro da arte cinematográfica, por sua participação em grandes clássicos da Sétima Arte, escreveu mensagem em tom de despedida, que foi publicada nas redes sociais.

O astro mundial, de 86 anos, disse ao público que tem o desejo de passar pelo processo da eutanásia, prática que antecipa a morte, normalmente quando a pessoa se encontra muito doente, tendo atingido o estado terminal, em que os recursos médico-hospitalares já se esgotaram para a situação do paciente.   

O ator escreveu que "Gostaria de agradecer a todos que me acompanharam ao longo dos anos e me deram grande apoio, espero que futuros atores possam encontrar em mim um exemplo não só no local de trabalho, mas na vida de todos os dias, entre vitórias e derrotas. Obrigado".

Um filho do ator revelou, a uma revista francesa, que o pai dele pediu para que fosse organizado o processo médico no sentido de terminar a vida por meio do suicídio assistido.

No ano passado, o ator declarou que a eutanásia "é a coisa mais lógica e natural a se fazer a partir de uma certa idade, de um certo momento. Primeiro porque moro na Suíça, onde a eutanásia é possível, e também porque acho a coisa mais lógica e natural. A partir de certa idade, de um determinado momento, temos o direito de dar o fora com calma, sem passar por hospitais, injeções ou coisas assim".

O astro do cinema completou seu raciocínio, dizendo que "Envelhecer é uma m****! Você não pode fazer nada sobre isso. Você perde o rosto, perde a visão. Você se levanta e, caramba, seu tornozelo dói".

A eutanásia é processo avançado e evoluído que ajuda a abreviar o tempo de vida humana e somente é legalizado em poucos países, a exemplo da Bélgica, Espanha, Holanda, Canadá, Nova Zelândia e Suíça, onde o ator atualmente mora.

No Brasil, a eutanásia é ilustre desconhecida, além de não ser permitida legalmente, ela tem a caracteriza crime previsto em lei penal como assassinato.

A eutanásia também é vista sob os princípios da religiosidade, em que a vida é sagrada perante Deus, quanto ao poder do usufruto desse bem mais precioso para o ser humano, segundo o qual somente Ele tem o dom de concedê-la e, por isso, também de decretar o seu fim, ou seja, a vida somente é dada e tirada por Deus.

Isso não deixa de ser verdade, mas apenas sob o sentimento da ideologia religiosa, onde realmente Deus é o centro de tudo, tendo o comando da vida, mas a evolução do homem se permite compreender, também e em especial, que esse dom da vida seja o bem maior de se viver na plenitude da integridade funcional e em perfeitas condições da estrutura orgânica.

Em situação diferente disso, é possível se interpretar que a vontade originária de Deus perde o verdadeiro sentido de existência, exatamente porque a vida deixa de ser aproveitada com a sua capacidade universal de satisfatoriedade permitida para o ser humano, ou seja, a vida perde importância quando ela deixa ser plena, quando ela é travada por doença incurável, por exemplo, e isso não significa mais viver na essência.  

Daí surgiu, então, esse importante recurso da ciência, que nada mais é do que possibilitar meios para a transformação de vida quase inexistente em nova vida, pelo reconhecimento de que a vida não é mais vivida na sua plenitude, permitindo que ela volte a ser vivida em outros planos ou outras dimensões universais, pondo fim ao que seria o prolongamento do sofrimento terreno, explicação essa que parece justificar a eutanásia.   

Na verdade, o processo eutanásico, em determinadas situações, em que pese se tratar de procedimento extremamente doloroso quanto ao seu simbolismo, mas não na prática em si, se torna espetacular opção para quem tem o diagnóstico de esgotamento de todos os recursos possíveis para o tratamento da sua enfermidade que se tornou incurável definitivamente.

Embora nem se possa considerar a eutanásia como algo com finalidade louvável à vida, que não é mesmo, porque se trata do fim dela, mas a sua invenção tem o condão de contribuir para pôr termo ao sofrimento tanto da pessoa vitimada por doença gravíssima como de seus familiares, que são obrigados, em vida dela, ao acompanhamento de quem apenas se abate em vida, que, na realidade, nem é viver mais, sob intenso padecimento e ainda cercada de desesperança e de martírio pelo carregamento de enfermidades crônicas e incuráveis.

É evidente que, sob rigorosa interpretação no campo da religiosidade, é possível sim se entender que a eutanásia também é obra de Deus, porque se trata de procedimento que se encaixa perfeitamente no plano espiritual do livre arbítrio, em que o homem possa ter o pleno domínio das suas atitudes, segundo a sua avaliação de que tudo o que ele possa fazer sempre há de resultar em seu benefício.

Então, sob esse valioso raciocínio, é possível se concluir que a eutanásia pode ser considerada mal necessário, que certamente tem a permissão divina, porque nada existe sem o aval de Deus, para possibilitar procedimento capaz de se evitar prolongados e injustificáveis sofrimentos, quando ficar comprovado que nada mais resta de recurso para a vida.

Com o meu sentimento de cristão, lamento que a eutanásia seja procedimento escolhido para se concluir a linda vida desse genial ator, que foi excelente profissional das magistrais artes cinematográficas, tendo interpretado magníficos papéis e divertido multidões, mas a representação até mesmo da vida tem limite, restando a esperança de que ele dê continuidade às suas brilhantes atuações, no seu novo destino.

Brasília, em 31 de março de 2022

quarta-feira, 30 de março de 2022

A decadência da educação?

 

Os fatos mostram que o Brasil tem um das piores sistemas de educação do mundo, que é consequência natural da maneira como ele é executado e cuidado pelos governos, em total desrespeito ao seu real valor como ferramenta capaz de propiciar o desenvolvimento de seu povo.

Pode-se até se perguntar de quem é a culpa pelas mazelas logo por essa importante política de interesse da sociedade, porque entram e saem governos, mas o atraso apenas se intensifica e se consolida ao longo dos tempos, como se isso fosse a terrível sina de nação condenada ao indesejável atraso do saber e do conhecimento?

A história mostra, com raríssimas exceções, que a educação sempre funcionou precariamente, precisamente em harmonia com a falta de prioridade que precisa ser estabelecida pelos governos, que normalmente não enxergam a real relevância nos seus planos políticos, que estão voltados muito mais para os seus interesses de poder, sem a menor preocupação com o desenvolvimento intelectual do povo, ao se conformar com o status quo.

Caso o Brasil encontre-se na estagnação com relação aos planos educacionais, não é exatamente por falta de alertas vindos do mundo, porque os estudos, as pesquisas e os comparativos de outros países mostram continuamente que esta é uma das nações do planeta que não se envergonha de figurar entre as piores nações que se situam nos últimos patamares da educação e do ensino internacionais.

Essa triste realidade se confirma com as informações no sentido de que, em pleno século XXI, a sociedade brasileira contabiliza 45% de analfabetismo; metade dos lares que não possui sequer saneamento básico; matança, por assassinato, de 60 mil pessoas, por ano; perda de cerca de 60 mil vidas só em acidentes de trânsito; entre outras tantas mazelas sociais, mas os governos nada fazem, em forma de medidas públicas prioritárias, com vistas à implantação de reformas capazes de combater diretamente caso a caso, para que os cuidados pertinentes possam solucionar as precariedades e melhorar, de forma significativa, esse quadro angustiante, em especial, com a implantação de novo, globalizado e aperfeiçoado sistema educacional.  

Se houvesse boa vontade e interesse político, especialmente por parte do poder público, seria possível sim a melhoraria de todas as políticas governamentais, que devem merecer destaque, em termos de políticas prioritárias, a começar pela educação, que é a política mãe de todas e tem reais condições de oferecer as técnicas necessárias à equação dos problemas da nação e indicar a sua solução, exatamente por meio da melhoria do conhecimento da sociedade.

A verdade é que os países com os maiores IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) normalmente são aqueles que, invariavelmente, possuem os melhores resultados em educação, que merecem investimentos em termos de qualidade e modernidade do sistema educacional, evidentemente em contrariedade do que vem acontecendo no país tupiniquim, cujos governos desconhecem e desprezam os importantes princípios norteadores do desenvolvimento do seu povo.

A verdade é que muitos países conseguiram deixar para trás o subdesenvolvimento e a pobreza, quando decidiram priorizar as importantes políticas educacionais, a exemplo de Israel, Coréia do Sul, Irlanda, Cingapura, entre outros que se cansaram da humilhação do atraso do seu povo, mas isso não incomoda os governantes brasileiros, simplesmente porque eles não se despertaram para a importância da evolução da sociedade.

A princípio, não se pode afirmar que o negligenciamento, em especial, da educação aconteça de propósito, para que os aproveitadores e a escória política que domina os negócios do Estado possam ser beneficiários dessa trágica situação de pobreza intelectual, quando eles bem que poderiam fazer o que pode de melhor para não mudar esse quadro nefasto e prejudicial aos interesses da sociedade em geral.

A verdade é que a crônica tragédia da educação se materializa nas três esferas da administração pública, como a municipal, a estadual e a federal, que praticamente funcionam em harmonia com as precariedades, conquanto ninguém se incomode com a ineficiência de resultados e a falta de efetividade e eficácia da educação, embora seja certo que as notórias deficiências nessa área tão importante não sejam por falta de recursos, porque são gastos rios de dinheiro, mas os resultados são os piores possíveis, conforme mostram as estatísticas oficiais.  

O atual governo vem mostrando exatamente o que é preciso para a manutenção e a consolidação da pobreza da educação, em especial, porque já transitaram por sua direção quatro ilustres ministros, que deixaram as suas marcas de incompetência na área da educação, em que pese ela se tratar da maior importância de qualquer governo cônscio da sua responsabilidade com a eficiência na gestão pública.

Na verdade, o que se poderia esperar de boas políticas da parte de governo que sequer prioriza a educação, que é a área capaz de mostrar a sua real grandeza, como forma de promoção do desenvolvimento do povo, mas, ao contrário, os piores exemplos de gestão pública, no atual governo, foram protagonizados no MEC, com a presença apenas da incompetência e da experimental inúteis, sem que seus titulares tivessem a iniciativa de implantar qualquer ideia voltada para o aperfeiçoamento ou a modernidade da educação?

Com relação ao sistema educacional, o atual governo patina em lições que jamais deveriam ter sido ministradas para os brasileiros, porque elas somente mostraram péssimos ensinamentos vindos de quatro mestres que não contribuíram em nada para a melhoria da educação, quando a passagem deles somente confirmou a desgraça que vem predominando na educação, quando deveria ser necessariamente o contrário, em especial, no aperfeiçoamento e na modernidade do sistema pertinente.

O legado deixado por esse último ministro foi ainda o pior de todos, por ele não ter conseguido realizar trabalho algum em prol da melhoria da educação e ainda ter saído do cargo esculachado, pela porta dos fundos do ministério, sob a pecha de ter facilitado o inescrupuloso exercício da corrupção com dinheiro público, exatamente a mando do presidente da República.

Segundo o então ministro disse que o presidente do país pediu para ele priorizar a liberação de verbas para prefeitos amigos de pastores, que eram estranhos aos quadros de pessoal do governo, conforme consta de clara confissão gravada em vídeo, cujo conteúdo foi divulgado.    

Agora, o mais grave é que, ao que tudo indica, o que já estava péssimo poderá se agravar ainda mais, porque o novo ministro da Educação será indicado pelo presidente do PL, partido do presidente do país, simplesmente por se tratar de notório corrupto, condenado e preso por ter se beneficiado no escândalo do mensalão, dando a entender que a educação brasileira continuará sendo a cara do governo, comandada pelas incompetência e ineficiência, que tendem a se consolidar em conluio com as mazelas da administração pública brasileira.

Enfim, é fato que, conforme mostra a história da administração do país, numa das principais políticas da administração federal, que tem a incumbência de executar, zelar e cuidar da educação brasileira, impera o caos, expondo a mediocridade da gestão também nesse setor que exige urgente prioridade, mas não se consegue implantar nele medidas capazes de alavancar atividades coerentes com a melhoria do ensino e da educação, que são essenciais ao progresso da sociedade.

Brasília, em 30 de março de 2022

terça-feira, 29 de março de 2022

Em defesa de vidas humanas

 

O presidente da Ucrânia disse que seu país está preparado para discutir a adoção de status de “neutralidade” como parte de acordo de paz com a Rússia, tendo acrescentado que essa medida terá que ser submetida aos ucranianos, por meio de referendo.

Para que isso possa ser negociado, o presidente daquele país disse que é preciso que as tropas russas deixem o território ucraniano, sob as “Garantias de segurança e neutralidade, status não nuclear de nosso Estado. Estamos prontos para isso. Esse é o ponto mais importante”.

Sob essas condições, o presidente ucraniano confirmou que está disposto a aceitar o status neutro e não nuclear do país, como exige a Rússia, em troca de garantias de segurança e de paz para o seu país.

O presidente ucraniano ressaltou que “é impossível que os líderes do Reino Unido, dos Estados Unidos, da Polônia e da Turquia assinem qualquer documento como possíveis fiadores enquanto a guerra estiver em curso.”.

          Aquele presidente disse que “Os fiadores não assinarão nada se houver tropas. Isso está sendo trabalhado profundamente, mas não quero que seja outro documento como o Memorando de Budapeste de 1994, que concedeu garantias de segurança à Ucrânia em troca da renúncia ao arsenal nuclear herdado da antiga União Soviética e que Zelenski disse que nunca se materializou. “Estamos interessados em que seja um acordo sério”.

O presidente ucraniano disse ainda que está disposto a discutir com o presidente russo, “em qualquer lugar do mundo, para chegar a acordo com assinaturas, selos e até sangue. Isso bastaria para iniciar o processo de retirada. As tropas devem ser retiradas, os fiadores vão assinar tudo e fim”.

Não obstante, o presidente ucraniano lembrou que mesmo assim o trabalho não estará concluído, porque a Ucrânia terá de alterar a sua Constituição, onde consta a aspiração do Estado de aderir à Otan e que uma mudança pode demorar até um ano.

Quanto à exigência russa de que a Ucrânia reconheça a península da Crimeia como parte da Rússia e a independência das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk, o presidente ucraniano chegou a declarar de forma vaga que essa é uma questão que “deve ser abordada e resolvida”, mas, em demonstração de inflexibilidade, ele refutou a possibilidade de fazer concessões nesse sentido e enfatizou que uma das suas prioridades é assegurar a soberania e integridade territorial da Ucrânia.

As delegações da Rússia e da Ucrânia vão se reunir ainda esta semana, numa nova rodada de negociações presenciais, o que demonstra, de certa forma,  interesses recíprocos em se discutir medidas que possibilitem o cessa fogo e a paz.

Entrementes, representantes diplomáticos dos dois países  reconheceram que as negociações estão sendo “muito difíceis” e que ainda não há consenso nas questões mais relevantes, em que pesem os estragos causados à Ucrânia, em termos de perdas de vidas e destruição do patrimônio da população.

O negociador russo disse que “As posições estão convergindo em pontos secundários. Mas, nas principais questões políticas, continuamos afastados”, enquanto o negociador da Ucrânia confirma as dificuldades para o atingimento de “consenso” entre as partes.

A ideia defendida pela Rússia é a de que seja obtido “tratado abrangente”, que inclua suas exigências de neutralidade e desmilitarização da Ucrânia, bem como o reconhecimento da soberania russa da Crimeia e da independência das regiões separatistas do Donbass.

O representante da Ucrânia afirmou que a Rússia pretende dividir a Ucrânia, na “tentativa de criar as Coreias do Norte e do Sul na Ucrânia”, em alusão à divisão da Coreia após a Segunda Guerra Mundial.

Enquanto a guerra avança no território ucraniano, a ofensiva bélica  militar russa na Ucrânia já matou, pelo menos, 1.119 civis, incluindo 139 crianças, e feriu 1.790, entre os quais 200 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A deplorável guerra já provocou também a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo quase 3,9 milhões de refugiados para países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos, fatos estes que bem demonstram a desestruturação do país.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A visível deplorabilidade da situação exige urgência, urgentíssima adoção de medidas efetivas capazes de se encontrar solução para esse injustificável caos, que afeta, em especial, diretamente muitas e preciosas vidas humanas.

Diante das informações vindas do front das negociações, as exigências da Rússia são muito claras e objetivas, tendo sido indicados os seus objetivos que, mais cedo ou mais tarde, serão todos alcançados, mesmo que à custa de muitas mortes e incalculáveis destruições.

A verdade é que a Ucrânia não tem a mínima condição de resistência para evitar o domínio do seu país, que dispõe bem menos de dez por cento do poderio bélico russo, o que bem demonstra que se trata de disputa inglória e totalmente arriscada em somente haver continuado e permanente massacre do povo ucraniano e da deformação das estruturas da nação.

Diante dessa triste realidade não resta outra alternativa para o presidente da Ucrânia senão se render, o mais rapidamente possível, em nome da preservação do seu povo, porque se trata de enorme irresponsabilidade da sua parte em continuar em condições visivelmente desumana, sob pesado fogo cruzado, submetendo o povo ao curral da morte, mesmo sabendo que o seu país não tem a mínima condição de resistência, diante da completa fragilidade das ferramentas para os necessários combates e contra-ataques à altura do inimigo, ficando muito claro que essa cruel guerra tem a nítida caracterização da luta representada pela figura de David contra Golias, só que o resultado será o mais horroroso que se possa imaginar, diante da realidade dos fatos.

Exatamente nas condições da guerra atual, que não tem mais como ser interrompida por mera bondade por parte do horroroso monstro presidente da Rússia, se o presidente da Ucrânia tivesse algum miolo no cérebro cuidava de buscar imediatamente o acordo que fosse, exatamente nas condições exigidas por Golias, tendo como justificativa maior a preservação das vidas do seu povo, que não podem ser destruídas e, ao final, depois de tenebrosas perdas totais, ser simplesmente obrigado a conceder não somente os pontos ora exigidos, mas certamente todo o domínio da nação, quando fica a certeza de que o estrago foi muito mais intenso, bem além do que se as negociações fossem ultimadas agora, mesmo que sejam concedidas as exigências da Rússia, porque elas são inevitáveis.

A verdade é que, nesse caso de guerra, sempre há de prevalecer a vontade do mais forte, que é o agressor, que tem o comando da destruição e vai seguir minando e arruinando cada vez mais as estruturas da Ucrânia, até a rendição total, mas somente depois que não restar mais nada e isso é terrivelmente inaceitável, quando o bom senso aconselha que esse país ceda em tudo, justamente para se evitar mal ainda maior do que já é.

Nem precisa ser estrategista de coisa alguma, muito menos de guerra, para se perceber que o fim da Ucrânia é somente questão de tempo, mas depois quando tudo já estiver arruinado, devido à sua inferioridade bélica, incapaz de se evitar estragos ainda mais horrorosos.

À toda evidência, a rendição não acontece agora porque o presidente da Ucrânia e todos os seus colaboradores serão colocados na linha de frente do fuzilamento e eles preferem sacrificar a população por esse martírio inglório, quando seria muito mais humano que eles fugissem agora do país e deixassem que a Rússia completasse seus planos de plena dominação, com a vantagem da preservação de muitas preciosas vidas e outras graves destruição.

Nada se pode considerar atos de bravura a resistência à guerra pondo em risco e destruição as vidas humanas, que são muito mais importantes do que os interesses do país, notadamente quando se sabe que ele é impotente para combater em defesa do seu povo, que apenas vai servir como natural bucha de canhão, ou seja, trata-se de luta com fim mais do que sabido e o resultado será o pior possível para a Ucrânia e o seu povo, que é algo visivelmente injustificável e desumano.

Neste momento crucial, sem saída alternativa, em que a Ucrânia se encontra cercada e encurralada, que apenas será inapelavelmente tragada pela gigantesca máquina bélica russa, à vista da sua fragilidade armamentista, a melhor e mais honrosa medida a ser tomada, sem perda de tempo, é levantar a bandeira branca da rendição e concordar com a assinatura dos acordos necessários, tudo em harmonia com a importante preservação das vidas dos ucranianos, que não merecem ser trucidados lentamente até a chegada do momento fatal da rendição depois de prejuízos infernais que poderiam ser encerrados agora, evitando-se milhares de mortes e imensuráveis destruições.

Ante o exposto, apelam-se para que sejam colocados na mesa de negociação os salutares princípios do bom senso e da racionalidade, tendo em conta, em especial, a relevância dos sentimentos humanitários, na certeza da preservação de preciosas vidas humanas, de modo que a Ucrânia se renda e assine os acordos pretendidos pela Rússia, antes que a tragédia da guerra produza muito mais estrago na população desse já arrasado país.

Que Deus seja o intermediador da melhor solução para a população da Ucrânia, permitindo o fim dessa sangrenta e injustificável  guerra, que só causa muito sofrimento ao povo desse país, que luta bravamente em vão, ante os motivos da sua indiscutível inferioridade de resistência.   

Brasília, em 29 de março de 2022

segunda-feira, 28 de março de 2022

Violência na Academia

 

Um ator ganhador do Oscar agrediu outro ator, que apresentava o Oscar do melhor diretor, com soco no rosto dele, causando perplexidade no ambiente da solenidade, mas o espetáculo continuou normalmente.  

Tive o desprazer de acompanhar a cena extremamente deplorável de violência, em plena solenidade da entrega do Oscar.

Sob meu ponto de vista, trata-se de péssimo exemplo de falta de equilíbrio emocional e psicológico, em ambiente de alto nível, que surpreendeu a todos pela forma irracional e impensada como acontecido, que jamais poderia ter havido episódio de tamanha indignidade humana, de forma absolutamente brusca, surpreendente e covarde, perante o mundo que, talvez como eu, não esperava que situação tão deprimente pudesse acontecer em noite de glamour.

Alguém pode até dizer que o agressor estaria dando lição a quem teria agredido com piada deselegante a imagem da sua linda esposa, em razão de crítica indevidamente feita contra ela.

Sim isso pode ter ocorrido exatamente com essa finalidade, tanto que o agressor ainda alertou para o agredido tirar o nome da mulher dele da boca, algo assim, dando a entender que ele ficou muito aborrecido e contrariado com a brincadeira em tom deselegante do ator-humorista.

Sim ele teria todo direito de revidar, porque se sentiu ofendido e quem é agredido pensa realmente em revide e isso é normal entre os homens. Agora, a forma animalesca processada pelo agressor merece a reprovação do mundo civilizado, que vive angustiado pela injustificável violência por causa de pequenos desentendidos do dia a dia, cada vez mais carregados de incompreensões entre os homens, que precisam se esforçar bastante para servirem de exemplos para as gerações.

Nas circunstâncias, teria sido mais elegante que o agressor fizesse uso, igualmente, do microfone para manifestar ao agredido, aos presentes e ao mundo o seu real sentimento de muita insatisfação pela forma extremamente desagradável como a sua esposa foi indevidamente tratada, uma vez que isso teria causado constrangimento para ela, seus familiares e amigos, conquanto tudo poderia ter ficado circunscrito no âmbito dos princípios da racionalidade e da civilidade, como assim precisam ser tratados os desentendimentos que são normais nas relações sociais.

De nada adiantou o gesto de pedido de desculpas por parte do agressor, porque ele fez somente diretamente à Academia, quando ele poderia ter tido a grandeza de chamar ao palco o agredido, para apresentar seu sentimento de arrependimento, por atitude visivelmente irracional, e pedir desculpas a ele, aos presentes, ao mundo e à Academia de Ciências de Hollywood, como demonstração do reconhecimento do seu monumental e brutal deslize de comportamento.

Enfim, como se tratava da entrega do Oscar, certamente que o agressor também merecia ser laureado, por mérito, com a estatueta do Oscar, pela monstruosidade do ano, de modo que o seu desnecessário e injustificável gesto de vileza servisse de lição pedagógica para o mundo, mostrando que a violência tem o seu real valor de apenas denegrir a imagem do homem.

Uma das grandezas do homem diz com o equilíbrio mental e emocional, que tem a capacidade de sustentar seus ímpetos em momento de desconforto como esse que dominou o sentimento do brilhante ator-agressor, mas ele demonstrou ser totalmente incapaz de interpretar importante papel na vida real, deixando à mostra que sua perfeição artística precisa se voltar o mais urgentemente possível para a arte da vida real, que exige equilíbrio, tolerância e amor ao próximo, mesmo em momento difícil como esse vivido na entrega do Oscar.

Brasília, em 28 de março de 2022

Encontro do bem contra o mal?

 

O presidente da República discursou no encontro nacional do PL, que é o partido dele, tendo afirmado que a disputa política no país não é da esquerda contra a direita, mas sim do "bem contra o mal", evidentemente dando a entender que ele é o bem e o seu principal opositor é o mal.

O presidente declarou que "O nosso inimigo não é externo, é interno. Não é luta da esquerda contra a direita. É luta do bem contra o mal. O que nós queremos, juntamente com muitos que estão aqui, é deixar e entregar o comando deste país lá na frente, bem lá na frente, por um critério democrático, transparente. (Entregar) o país bem melhor do que recebi em 2019".

Ele se referiu às pesquisas de intenção de votos, tendo desacredito, sem provas, os levantamentos e sentenciado: "Uma pesquisa mentirosa publicada mil vezes não fará um presidente da República.".

O presidente repetiu ideias e princípios que agradam aos seus eleitores mais fiéis e que fazem parte do bolsonarismo radical, tendo ressaltado as suas ações ao longo do mandato, como o acesso às armas de fogo e munições, que, segundo ele, facilitaram a defesa da população civil, além de ressaltar que a sociedade armada evita golpes por parte dos governos, embora especialistas em segurança pública garantam que, na verdade, mais armas em circulação pode contribuir para aumentar a violência e a criminalidade.

O presidente disse que "Geralmente as ditaduras começam dentro do Executivo. Eu nunca vi o legislativo dar golpe, o Judiciário dar o golpe. E primeiro se desarma a população de bem. O nosso governo age na contramão disso. Não tem nada para acusar o governo de que nós estaríamos buscando censurar o nosso povo ou censurar a mídia brasileira".

O presidente garantiu que tudo fará para defender a liberdade e a democracia e adotará as medidas necessárias "Para defender a nossa liberdade, para defender a nossa democracia, eu tomarei a decisão contra quem quer que seja. E a certeza do sucesso é que eu tenho um exército ao meu lado. E esse exército é composto de cada um de vocês", não tendo esclarecido a quem ele estava se referindo especificamente como inimigo.

Sem apresentar provas, o presidente novamente levantou suspeitas sobre o sistema eleitoral brasileiro, pondo sob suspeita a contagem de votos pelo Tribunal Superior Eleitoral, em clara demonstração de generalizado inconformismo que nega até mesmo a validade da sua eleição, em 2018.

Se referindo à corrupção, o presidente não mencionou nenhum caso especificamente, mas fez questão de reclamar que o "sistema", "pessoas conhecidas" e "setores da imprensa" buscam incriminar o seu governo com "qualquer coisa, qualquer gota d'água, para transformar em uma tsunami".

Ele apenas tentou minimizar a pressão sobre a demissão do ministro da Educação, tendo afirmado que todos os humanos erram e merecem uma segunda chance.

O presidente declarou que "Todos sabem como nos portamos, três anos e três meses em paz nessas questões (de corrupção). Se aparecer (corrupção no governo), nós colaboraremos para que os fatos sejam elucidados. Todos nós somos humanos, podemos errar. Quem nunca errou e está nessa plataforma no momento? E podemos ter, e devemos ter uma segunda chance para voltarmos a ser úteis para a sociedade.".

As afirmações do presidente do país, na tentativa de pôr panos quentes nas denúncias reveladas sobre possíveis práticas irregulares no Ministério da Educação, são absolutamente equivocadas, porque ele preferiu se omitir, de forma extremamente inaceitável, diante de fatos alarmantes no seu governo, que exigiam o imediato afastamento do ministro e a precisa apuração, na forma da lei, para a devida avaliação sobre o que realmente teria acontecido com a participação de dois pastores estranhos ao serviço público.

O simples fato de o presidente alegar “Quem nunca errou” já se confirma o seu entendimento de que houve a materialidade de atos irregulares e isso seria mais do que suficiente para a adoção de medidas saneadoras da sua competência, mas a sua insensibilidade para a administração da coisa pública, o aconselhou a apenas contemporizar as denúncias, em se tratando que o erro é humano, evidentemente no entendimento dele, conquanto isso somente conspira contra o seu governo.    

Entrementes, o certo é que o presidente do país se antecipou aos demais candidatos e foi o primeiro a lançar a sua candidatura à reeleição, mostrando, nos termos do seu discurso, muita disposição para travar a que será a mais renhida disputa eleitoral de todos os tempos, diante do quadro muito propício para o lançamento de torpedos entre os principais candidatos já definidos por ele, como sendo um do “bem” e o outro do “mal”.

Quem viver, verá que o presidente deverá partir para cima do seu principal adversário, com unhas e dentes, principalmente para tentar mostrar que ele tem sido grande defensor dos princípios da ética e da moralidade na gestão pública.

Pois bem, nesse ponto, o presidente do país certamente terá enormes dificuldades para definir exatamente a interpretação dele para o importante princípio da moralidade, quando ele se elege o candidato do bem, que naturalmente tem como sentimento o que ele entende que seja algo efetivamente do bem, cujo verbete significa um conjunto ações benéficas capazes do reconhecimento e da aprovação da sociedade como somente práticas saudáveis, será isso o que ele quis dizer?

Vejam que, como estratégia vencedora, na campanha de 2018, o presidente do país foi brilhante, ao conseguir seguir religiosamente a melhor cartilha elaborada para disseminar o sentido definido da ética e da moralização dos atos públicos, tanto que muitos eleitores decidiram votar nele, em razão disso, e isso é pura verdade.

Ou seja, ele mostrava aos eleitores que seria o paladino das mudanças necessárias na administração pública, dando o melhor exemplo das práticas político-administrativas sob o enaltecimento da ética e da moralidade, a tanto colocadas à margem pelos governos anteriores.

Não obstante, a firmeza dessa expressiva ideia começou a se derreter quando ele percebeu que poderia perder o cargo, por meio de processo de impeachment, diante da sua fragilidade de apoio político no Congresso Nacional.

Diante disso, mais do que imediatamente, o presidente do país providenciou a sua magistral atração do pior grupo político para junto do seio do seu governo, de modo a propiciar, em troca, cargos importantes e liberação de emendas parlamentares, tudo em consonância com as mesmas práticas inescrupulosas próprias do desmoralizado e indecente sistema fisiológico conhecido como o toma lá, dá cá, tendo como propósito a garantia da continuidade do seu mandato.

Esse processo de visível depravação moral, que tanto era criticado pelo presidente do país, na sua campanha eleitoral, caracteriza, sem dúvida, verdadeira prostituição do seu governo, que foi ainda mais intensificada, porque o Centrão conseguiu, pasmem, ter maior controle das ações político-administrativas, por passar a ser o verdadeiro dono da chave do Tesouro Nacional, uma vez que o seu grupo comanda o Orçamento da União, além de ter criado o famigerado e recriminável “orçamento secreto”, que formaliza e integra toda forma de mediocridade administrativa, absolutamente inovadora, porque ela inexistia nos piores governos da história do Brasil.

Para selar o sentimento de puro sangue de integrante do Centrão, o presidente do país ainda se dignou a se filiar ao principal partido que dá sustentação a esse deplorável e abominável grupo político, o que significa que poderá ser ampliada a margem de dominação político-administrativa no governo desse desprezível grupo político, que é certamente algo que não condiz com o “bem” de uma nação, salvo para mentes poluídas que imaginam que bem é o sentimento que satisfaz apenas as suas metas e os seus objetivos políticos de poder.

Ainda sob a invocação do bem, em boa e apropriado momento da lançadura da candidatura à reeleição, convém que se remonte, agora, a desgraça que se abateu sobre os brasileiros, com a incidência da terrível pandemia do novo coronavírus, cujo rastro de mortalidade vai muito além de 650 mil pessoas.

Com absoluta certeza, se o combate a essa tragédia tivesse sido feito por meio de medidas muito mais relacionadas ao “bem”, essa dramática quantidade de mortes jamais teria atingido patamar tão exagerado, na compreensão de que o sentimento da sensatez teria prevalecido sobre o negativismo, com acenos de medidas administrativas apenas de cunho humanitário, em que a vida dos brasileiros teriam merecido tratamento prioritário, em especial partindo da principal autoridade da nação, que se mostrou contrária às comezinhas orientações de natureza profilática e sanitária, conforme confirmam os fatos.

Certamente que o governo do “bem” teria competência para ter sob o seu comando a melhor equipe de especialistas em saúde pública e sanitarismo, de modo que o principal órgão incumbido do combate à pandemia fosse comandado não apenas por estrategista de suprimento militar, mas sim por especialista da melhor competência e domínio sobre as questões inerentes à saúde pública, que também poderia ter criado comissão estratégica de governo, composta por gente de altíssimo nível de especialização e entendimento em sanitarismo, para atuar em âmbito nacional, evidentemente tendo a participação de pessoas igualmente competentes dos estados da federação.

O certo mesmo é que o governo considerado do “bem” poderia ter aproveitado a precariedade e as mazelas da pandemia para mostrar competência e responsabilidade em que tudo que estivesse sob a sua incumbência constitucional, que é cuidar, da melhor maneira possível, da vida dos brasileiros.

A verdade é que houve vacilo e negligência na compra das vacinas, que contribuiu para o atraso da vacinação em quase um mês, cuja incompetência resultou certamente em milhares de mortes, além da disseminação de atitudes negacionistas que somente demonstravam desprezo a vida humana.

É evidente que mesmo sendo contrário às medidas sanitaristas, a principal autoridade do país poderia ter sido verdadeiro agente do “bem” se tivesse demonstrado empenho no combate à pandemia, ao contrário de ter sido ferrenho crítico do isolamento social, do uso de máscaras, além de discordar das vacinas, que sequer se dignou a ser vacinado, como demonstração inequívoca do seu desprezo à imunização.

É terrível ser preciso levantar fatos que realmente aconteceram no governo, mas que são simplesmente esquecidos, como se seus malefícios fossem normais, quando não são, diante dos prejuízos resultantes à sociedade.

Convém lembrar que o bem não comunga com nada que seja contrário aos princípios do bom senso e da racionalidade, porque o seu princípio é o de somente se harmonizar com as verdadeiras práticas necessárias à satisfação das necessidades da sociedade, inclusive no que diz respeito, em especial, à excelência dos cuidados da saúde pública, que foi extremamente prejudicada por atos de negligência, conforme mostram os fatos.          

Acredita-se que o presidente do país poderá ser severamente desacreditado, na campanha eleitoral da reeleição, se ele sequer fizer menção a sentimentos de moralidade e sensibilidade humana, diante das suas nada exemplares atitudes de confissão de amor ao Centrão, que é o símbolo do fisiologismo e ele não tem como despistar esse terrível fato, porque o seu nome estará vinculado ao número do partido que o integra, e de negacionismo à existência do coronavírus, quando faltaram medidas abrangentes ao seu efetivo e eficiente combate, à vista do resultado da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19, realizada no Senado Federal.

Enfim, o presidente da República pode até ter razão em invocar o adjetivo do mal para o seu principal adversário político, por ele ter forte ligação com os escândalos de corrupção retratados no mensalão e no petrolão, fato que realmente tem muito peso na decisão para se escolher o ideal presidente do Brasil, mas o bom senso aconselha que ele não terá facilidade para se considerar o candidato do bem, diante de reprováveis exemplos no seu governo, conforme os fatos indicados acima.

Brasília, em 28 de março de 2022

domingo, 27 de março de 2022

Demonstração de desonestidade?

            Apoiadores do pré-candidato que vem, segundo a mídia, liderando as pesquisas de intenção de votos à Presidência da República, que são considerados e reconhecidos como notáveis personalidades em diversas áreas, assinaram manifesto pela eleição do mencionado político, já no primeiro turno, em outubro vindouro.

O documento foi encabeçado por um senador do Amapá, que passou a atuar no grupo da pré-campanha desse pré-candidato.

O manifesto conta com pouco mais 50 assinaturas de importantes artistas e tradicionais defensores da candidatura do político da esquerda brasileira, entre eles figuram, pasmem, importantes advogados, políticos e personalidades da famosa nata da nacionalidade intelectualizada brasileira.

É muito espantoso, por causar enorme perplexidade e até estarrecimento, a inclusão na lista da adesão ao político socialista de nomes de pessoas consideradas sérias e tidas defensoras dos princípios da moralidade, à vista do histórico e do seu currículo como homens públicos de respeito, como empresários, políticos, advogados, jornalistas, bancários, professores e outros que criticavam severa e publicamente o comportamento nada pudico do agora elogiado e defendido político.

Importa se notar que até pouco tempo atrás esse mesmo agora venerado político amargava o dissabor da degeneração por seus atos, conforme a confirmação de sentenças judiciais, pela condenação à prisão, à vista da prática de atos criminosos, com viés próprio do submundo da corrupção passiva e da lavagem de dinheiro.

Por causa da sua maquinação indevida com dinheiro público, esse engenhoso político foi recolhido, inapelavelmente, à reclusão penal, justamente por indiscutível desvio da moralidade na vida pública, cujas causas cancerosas, robustamente materializadas nos autos, por meio de provas contundentes, juridicamente válidas, posto que ele não conseguiu refutá-las nas suas defesas, a tanto que elas continuam incólumes nos autos penais de origem, no aguardo de justificativas que esses nobres intelectuais de araque poderiam servir para ajudá-lo a esclarecer os fatos nebulosos para a sociedade brasileira honrada e digna.

Ressalte-se que o manifesto em comento defende que a eleição de 2022 não se trate de votação comum, mas sim de "um plebiscito entre continuar o desastre ou retomar a estabilidade democrática-institucional, o fim do negacionismo, a volta da empatia social e a retomada de um desenvolvimento sustentável".    

O deplorável comunicado afirma que "Não há razão que justifique adiar para o segundo turno, correr o risco das incertezas decorrentes de disputas secundárias, e principalmente os riscos de atos fora da Constituição. Por isso, apelamos a todos os democratas, os candidatos e seus eleitores, para que nos unamos no primeiro turno a Luiz Inácio Lula da Silva".    

O indigesto manifesto segue lembrando, ainda, que vários dos signatários foram críticos do ex-presidente no passado, ou dos governos do partido dele, mas ressalta, sem um pingo de decência pública, a disposição do pré-candidato de construir frente ampla para governar e "confiança de que ele está preparado para a tarefa de pacificar, governar e reconstruir o Brasil.", ficando praticamente dito por essa nojenta intelectualidade, com viés muito mais de bestialidade moral, que eles praticamente esqueceram e enterraram o passado de muita tristeza, diante da constatação de monstruosas práticas de atos deletérios e prejudiciais aos interesses dos brasileiros.

Meu Deus do céu, que país é este, onde os homens públicos, em princípio, ditos de bem, que até há pouco tempo condenavam os atos podres e imorais atribuídos à autoria do pré-candidato da esquerda, mas que eles agora tentam glorificar como sendo o salvador da pátria, o único político preparado restaurar o desastre que eles atribuem ao atual governo, quando a tragédia maior foi plantada com raízes poderosas no governo mais maléfico que poderia ter sido implementado na face da Terra e disso eles têm conhecimento, mais do que conscientes, pela natureza da sua “inteligência”?

O mais gravíssimo de toda desgraça havida no passado recente, por culpa e autoria que foi atribuída pela Justiça brasileira ao protagonismo desse cidadão, agora glorificado como verdadeiro herói salvador da pátria amada, é que nenhum fato novo aconteceu, nada surgiu de novidade, depois das constatações dos atos irregulares atribuídos a ele, que foram classificados como crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro dos sacrificados contribuinte, de acordo com o veredicto da Justiça, de modo a esclarecer ou justificar a gigantesca destruição causada ao patrimônio dos brasileiros.

Segundo as investigações legais, sabe-se que foram desviados, na gestão do político agora vivamente aconselhado para governar o Brasil, montanhas de recursos públicos, para o custeio de campanhas eleitorais multimilionárias, compra da consciência de políticos desavergonhados e aproveitadores, envio de dinheiro dos brasileiros para governos socialistas estrangeiros, verdadeiros ditadores trogloditas e desumanos, em claro desvio de finalidade na gestão pública.

Convém ficar claro que todas as obras realizadas no exterior, com recursos do Brasil, edificadas com os esforços dos brasileiros, fazem muita falta para a nossa população e isso caracteriza precisas e imperdoáveis irresponsabilidades na gestão do dinheiro público, ficando muito evidente o desvio de condutas do homem público, em contrariedade aos princípios republicano e democrático, a tanto também prejudiciais aos interesses dos brasileiros.

É extremamente lamentável que essa multidão de personalidades ditas e consideradas intelectualizadas somente tenha consciência para a admiração e a defesa de político em plena decadência moral, que foi completamente incapaz de provar a sua inocência perante a Justiça, em, pelo menos, dois processos nos quais ele foi julgado e condenado à prisão, precisamente pela prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em razão do recebimento de propina e tudo ficou por isso mesmo, em que o nome dele continua na lama como sendo devedor de prestação de contas à sociedade sobre a licitude de seus atos na vida pública.

Na concepção de personalidade e intelectualidade, esperava-se que os seus costumes de dignidade fossem capazes da distinção do que seja lícito, imaculado, honesto, moral, ético e, sobretudo, algo que se conforme com os princípios de dignidade na vida pública, em relação às atitudes degradantes como as de recebimento de propina e não se ter condições de provar em contrário, diante das provas coligidas pelos mecanismos próprios investigatórios e de julgamento, porque é exatamente esse o pensamento prevalente do que se espera de pessoas com o mínimo de sensibilidade cívica como tal consideradas intelectuais, em condições de merecerem o respeito da sociedade.

Esses intelectuais que defendem político destituído de condições morais, à vista das firmes e contundentes acusações feitas à Justiça brasileira, que permanecem intocáveis na forma como elas foram formuladas, somente merecem o desprezo da sociedade, na mesma forma que deve ser atribuída ao seu patrono, tendo em vista que os brasileiros honrados e dignos que foram prejudicados pelos horrorosos atos irregulares atribuídos ao candidato em causa abominam terminantemente a volta ao governo do Brasil de pessoa completamente desqualificada, em termos morais, à vista dos lamentáveis fatos cuja autoria é atribuída a ele, ressalvado a limpeza do seu nome, antes das eleições presidenciais.

Pensamento diferente disso é situação minimamente desastrosa para os interesses do Brasil e dos brasileiros, sob pena da consciente tolerância com a implantação da plena esculhambação na administração pública, à luz do que houve no passado recente, quando os fatos suspeitos de graves irregularidades denunciados à Justiça não foram devidamente justificados, permanecendo com intocáveis, dando conta da prática criminosa contra o patrimônio pública, que exige, antes de tudo, o seu saneamento, para que então possibilitar a aceitação do mesmo político que continua o principal alvo por tudo de ruim que já foi causado ao erário.

É completamente inaceitável parcela de brasileiros se atreva a propor o retorno da indignidade na vida pública brasileira, se apresentando apenas com a cara mais lisa e deslavada para a proposição ideias indignas e desrespeitosas à honra dos brasileiros, que, diante da materialidade de podridões na gestão pública, em passado recente, sonham com mudanças de comportamento nas atividades político-administrativas, com a esperança do surgimento de novas lideranças na vida pública, principalmente para jamais se ouvir falar nessa nos políticos aproveitadores de recursos públicos, que conseguiram transformar o Brasil em verdadeiro mar de lama, ficando impunes e ainda dando a certeza de que realmente o crime compensa, nesta terra sem leis e muito menos dignidade com a coisa pública.

Em síntese, os ditos nada respeitáveis intelectuais afirmam, com clareza e de forma absolutamente desavergonhada, que eles defendem a realização de plebiscito, nas futuras eleições, exatamente, pasmem, para se “retomar a estabilidade democrática-institucional, o fim do negacionismo, a volta da empatia social e a retomada de um desenvolvimento sustentável”.

É evidente que o desejo deles é o de que essa engenhosa, magistral e substancial transformação, idealizada por eles, seja implementada preferencialmente pelo “gênio” político que se envolveu terrivelmente com processos penais, com comprometimento moral até a alma, não tendo conseguido provar nadinha contra a formalização da sua culpabilidade, mas, mesmo assim, é tido por sesses antibrasileiros como aquele “herói” que ressurge das cinzas para salvar a pátria sustentada por podres homens desavergonhados e carentes de piedade por sua igualmente fragilidade moral, por defenderem a volta da desgraça para o Brasil.

Caso esses reprováveis intelectuais tivessem o mínimo de respeito a mis mesmos, em termos de moralidade cívica, diante da indiscutível reprovação do atual presidente da República na vida pública, que é direito deles e dos brasileiros, seria normal e consistente com a sua grandeza intelectual a propugnação de nova liderança para governar o Brasil, que tenha reais condições de atender aos requisitos exigidos, em termos de legitimidade e decência, de competência, eficiência e responsabilidade na gestão pública, além da comprovação da conduta ilibada e da idoneidade moral nas atividades públicas, em consonância com os princípios verdadeiramente republicanos, mas jamais terem a indignidade do alinhamento com a volta da desgraça e da incerteza à administração do Brasil, à vista dos terríveis acontecimentos devidamente lavrados e registrados nos anais da República.    

Os brasileiros honrados e dignos, conscientes sobre o total desprezo dos princípios da moralidade, da dignidade, da legalidade, da honestidade, enfim, da devassidão na administração pública, conforme foi demonstrado por meio dos processos constantes da Justiça, e ainda da possibilidade da adoção de práticas antidemocráticas, sob o risco de atos golpistas, como tal ao arrepio da Constituição Federal, têm o dever, no âmbito da sua responsabilidade cívica e patriótica, de evitar justamente a defesa de candidatos cuja índole se enquadrem nesse perigoso e temível perfil, de modo que o ideal seja a procura de político que possa preencher os requisitos de competência, eficiência e responsabilidade perante a gestão do patrimônio dos brasileiros, de modo que, na sua administração, sejam rigorosamente observados os princípios republicano e democrático.                  

           Brasília, em 27 de março de 2022

sábado, 26 de março de 2022

Apelo à honestidade

 

Em vídeo que circula pelas redes sociais, há a fotografia do presidente da República, acompanhada da mensagem que diz: “REJEIÇÃO RECORDE  - FORA BOLSONARO - Datafolha aponta que 60% dos brasileiros não votam de jeito nenhum no...”.

Diante disso, faço veemente apelo aos homens de boa vontade e sentimentos apenas normais, para que se esforcem em primar pelos princípios da honestidade e da dignidade também nos seus propósitos ideológicos, com objetivos político-partidários, de modo que as suas informações na internet sobre campanha eleitoral, evidenciando a situação de seu candidato ou outros eleitoreiros sejam as mais precisas e fidedignas possíveis com relação à realidade dos fatos, para que a finalidade delas reflita exatamente a situação tratada.

Refiro-me, em especial, ao texto escrito acima, que diz precisamente, leiam com muita atenção, que o "Datafolha aponta que 60% dos brasileiros não votam de jeito nenhum no...".

Notem que, quando se diz que "60% dos brasileiros", tem-se a compreensão precisa de que mais de 130 milhões de brasileiros jamais votariam no candidato da situação, ou seja, o Datafolha teria pesquisado, exatamente toda população e teria chegado a esse resultado, os cerca de 220 milhões de brasileiros, que é a totalidade da população, cuja população que compreende a mais da metade dos brasileiros não votaria de "jeito nenhum" no atual presidente do país, fato este que é pura mentira.  

Trata-se de gigantesca aberração, por se tratar de informação deformada, em especial porque nem todos os brasileiros estão habilitados ao voto.

De acordo com as estatísticas oficiais, estão hábitos a votar cerca de mais de l50 milhões de eleitores e mesmo assim a sua totalidade nem vota, como mostram os resultados das votações.

À toda evidência, fica bastante cristalina a falta de respeito aos princípios da honestidade e da dignidade no que diz ao compartilhamento de informação de dados estatísticos falsos, inverídicos e mentirosos, porque isso mostra a exata falta de compromisso com a verdade, que precisa ser preservado por quem honra seus sentimentos de cidadania.

A bem da verdade, quem realmente quiser ter bons propósitos, inclusive para fins de propaganda política, procure somente compartilhar informações precisas, honestas e fidedignas com a realidade dos fatos.

Para esse fim, convém que seja compartilhada somente a informação digna e elegante, porque ela precisa corresponder à realidade dos fatos, nesse sentido, em que: "Datafolha aponta que 60% dos eleitores consultados, no total de 2 mil (ou 3, 4, 5 mil, conforme a quantidade exata) não votam de jeito nenhum no...".

Isso sim é informação honesta e fiel às pesquisas, tendo por base elementos reais, justos e verdadeiros, exatamente porque se trata de parcela das pessoas consultadas pela pesquisa sobre a preferência de votos delas, que nunca ultrapassam de três mil pessoas, se muito, conquanto a avaliação precisa se ater aos universo da consulta, que é bem diferente da totalidade dos brasileiros.

Agora, é preciso se reconhecer que essa forma distorcida de se mostrar informações falsas e mentirosas somente depõe contra os interesses da boa causa e também tem o condão de pôr em desconfiança, em dúvida as intenções de quem se encarrega da sua disseminação, exatamente porque não se sabe se é exatamente essa a sua intenção de ser sabotador da verdade, quando esta é tão necessária neste Brasil carregado de políticos desonestos e aproveitadores, que bem poderiam aprender com os bons exemplos dos verdadeiros brasileiros que primam pela mudança de comportamento também nas atividades políticas.

Espera-se que as pessoas compreendam que essa explanação não tem apenas por finalidade se criticar coisas erradas, normais no submundo da política, mas sim alertar as pessoas de bem que é preferível que os bons exemplos possam contribuir para o progresso das relações sociais e também para o respeito aos salutares princípios de cidadania.

Brasília, em 26 de março de 2022

sexta-feira, 25 de março de 2022

Parabéns, Especialistas da Aeronáutica!

 

Hoje, 25 de março, se comemora o Dia do Especialista da Aeronáutica, em merecida homenagem aos bravos e impolutos profissionais que mantêm a estrutura aeronáutica em pleno e exitoso funcionamento, em especial com a excelência da manutenção das aeronaves, contando sempre com o adjutório das demais especialidades indispensáveis ao integral apoio às atividades institucionais do Ministério da Aeronáutica.

          É muito emocionante e motivo de bastante orgulho para mim, que tive a enorme honra de participar, com muitas dedicação e bravura, de momento histórico na minha vida, nesse fantástico projeto que consiste na formação de profissionais aeronáuticos, de suma importância para a existência da Força Aérea Brasileira.

Posso afirmar que a consagração à carreira de Especialistas foi verdadeiro marco na minha trajetória como obstinado militante perseguidor e irrequieto ao desejo desbravador do sucesso, que o sinto na minha pessoa, graças certamente ao triunfo alcançado com o galardão conferido pela elevação natural de todo penhor que significa ser Especialista.

O curso de Especialistas condiciona o exato vislumbre dos mais amplos e possíveis horizontes, evidentemente a depender de todos os esforços condensados na compreensão dos ensinamentos proporcionados no preparo e na excelente ferramenta disponibilizada aos bravos Especialistas, todos vitoriosos na vida, por terem sido distinguidos com a realização da fantástica carreira aeronáutica.

Se eu possa ter alcançado a glória que julgo ter conseguido, porque é justo que eu pense exatamente dessa forma, precisamente diante das minhas limitações intelectuais, devo a tudo e agradeço à minha consagradora formação como Especialista da Aeronáutica.

Assim, agradeço ao Deus, especialmente o do ar, por eu ter integrado a classe de profissionais das mais importantes concedidas ao homem.

Parabéns, Especialistas!  

Brasília, em 25 de março de 2022

À espera da verdade!

      Uma ministra do Supremo Tribunal Federal, em atendimento a pedido da Procuradoria Geral da República, autorizou a abertura de inquérito para apurar suspeitas de que o ministro da Educação teria favorecido pedidos de pastores na liberação de recursos do ministério para prefeituras de aliados.  

Segundo aquela procuradoria, o inquérito se destina a verificar "se pessoas sem vínculo com o Ministério da Educação atuavam para a liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado à pasta".

Na sua decisão, a ministra deixou claro que “a Procuradoria Geral da República não pode ignorar o que foi narrado nas representações que questionam a conduta do ministro da Educação e que há de se investigar e esclarecer, de forma definitiva. A indisponibilidade da pretensão investigatória do Estado impede que os órgãos públicos competentes ignorem o que se aponta na notícia, sendo imprescindível a apuração dos fatos relatados, com o consequente e necessário aprofundamento da investigação estatal e conclusão sobre o que noticiado".

A ministra afirmou que a denúncia em causa se refere a "fatos gravíssimos e agressivos à cidadania e à integridade das instituições republicanas. Se dá notícia de fatos gravíssimos e agressivos à cidadania e à integridade das instituições republicanas que parecem configurar práticas delituosas. A gravidade do quadro descrito é inconteste e não poderia deixar de ser objeto de investigação imediata, aprofundada e elucidativa sobre os fatos e suas consequências, incluídas as penais".

Na decisão, a ministra também estabeleceu que o Ministério da Educação e a Controladoria Geral da União prestem explicações, no prazo de 15 dias, sobre o cronograma de liberação das verbas do Fundo Nacional.

Em decisão conexa a essa, a ministra também determinou à Procuradoria Geral da República que investigue o presidente da República, dentro do mesmo caso que envolve o ministro da Educação.

A ministra determinou também que a PGR se manifeste sobre as acusações contra o presidente do país, que são objeto de pedidos de apuração formulados por três parlamentares.

A ministra ressaltou que “Assim, pela gravidade dos fatos subjacentes ao que expresso pelo Ministro de Estado e que levaram o Procurador-Geral da República a pedir a esse Supremo Tribunal Federal abertura de inquérito para averiguar a veracidade, os contornos fáticos das práticas e suas consequências jurídicas, tem-se por imprescindível a investigação conjunta de todos os envolvidos e não somente do Ministro de Estado da Educação”.

Impende se observar que as medidas em referência se inserem na praxe do Supremo, estando em harmonia com as regras internas da corte, de vez que, na forma constitucional, compete ao Ministério Público avaliar se há necessidade de investigar o caso e de propor à Justiças a adoção das medidas pertinentes.

A propósito das notícias acima, esclareça-se que o jornal Folha de S.Paulo divulgou áudio em que o ministro da Educação diz, com toda clareza, que “repassa verbas a municípios indicados pelos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, a pedido de Jair Bolsonaro.” .

Ou seja, o fato revelado pelo ministro da Educação indica possível ferimento dos princípios da ética e da moralidade na gestão de recursos públicos, cuja prática foi confessada pelo titular da pasta, que a negou depois da repercussão nefasta contra o governo, mas o estrago causado à imagem dele já havia sido capaz de contaminá-lo pelas raízes.

Não há a menor dúvida de que qualquer notícia que possa denotar menor ruído na estrutura da moralidade pública, a pior desgraça é o silêncio por parte de quem tem a incumbência constitucional de prestar contas à sociedade sobre a lisura dos atos praticados na República, no caso, o presidente do país.

Ao contrário disso, o presidente da República, em clara demonstração de inexperiência administrativa ou até mesmo em compadrio com os fatos sob suspeita de irregularidade, teve a ingenuidade de afirmar que põe a mão no fogo pela honestidade do ministro da Educação, o que vale se dizer, literalmente, que ele é cúmplice na prática de possível desvio de conduta nas operações inquinadas de irregulares.     

O agente público com o mínimo de sensibilidade político-administrativa, ao ficar sabendo sobre fatos suspeitos, não importando o grau de proximidade dele com o envolvido, só tem uma única alternativa a adotar, que é a determinação das imediatas investigações, para se auscultar as versões verdadeiras e ter condições seguras para se manifestar sobre os acontecimentos e sobre eles adotar as medidas necessárias corretivas.

Não obstante, contrariando os princípios da boa gestão pública, o presidente do país preferiu fazer tudo de forma inversa, apenas na tentativa, ao que parece, de se abafar mais um escândalo no seu governo, quando ele deveria ter determinado severas investigações e afastado os envolvidos dos cargos, por cautela, até a conclusão das apurações, porque é exatamente assim que procedem os governantes competentes e responsáveis pela coisa pública.

Tendo ficado apenas como abonador do caos, é evidente que a decisão do Supremo contribui para pôr na lona o desempenho e a credibilidade do governo, que já demonstrou plena incapacidade para lidar com casos de corrupção, que precisa sempre ser combatido com “punho de aço” e implacabilidade, tendo em vista a imperiosa necessidade da limpeza desse câncer da administração do país e, em especial, servir de lição pedagógica como postura ética de altivez de gestão que realmente prima pela fiel observância aos princípios republicanos.

Como se pode vê, nem precisa ser especialista em gestão pública para se perceber a amoralidade facilitada pelo ministro da Educação, que pode levar de roldão a tão defendida moralidade do presidente do país, que ainda teve a infantilidade de aderir em apoio ao titular da pasta.

Em termos de legalidade pública, o presidente do país deveria ter mandato investigar os fatos denunciados e afastar o ministro do cargo, mas a sua evidente omissão gerencial pode resultar preço bastante pesado para o governo, caso a Procuradoria Geral da República confirme a possível irregularidade protagonizada pelos pastores amigos do rei.

Isso porque, segundo disse o próprio ministro, a sujeira revelada teria acontecido a mando do presidente da República, conforme a conversa gravada em vídeo que veio à tona, sendo inevitável, por simples raciocínio lógico, que seja natural o envolvimento nesse possível “mar de lama” do próprio presidente do país.

Enfim, o certo é que as medidas que deveriam ter sido imediatamente adotadas, de ofício, pelo presidente da República, por ser da sua competência constitucional, agora serão implementadas pela Procuradoria Geral da República, de quem se espera a revelação da verdade verdadeira negada por quem de direito, com vistas, se for o caso, à adoção das medidas saneadoras pertinentes, ficando o protesto pela omissão funcional.

           Brasília, em 25 de março de 2022