sábado, 30 de abril de 2022

Publicação do meu 59º livro

 

Meu coração acaba de receber alta dose de felicidade, quando concluo, com muito júbilo, novo livro, que representa a minha quinquagésima nona obra literária e se junta à minha coleção, cujo acontecimento constitui novas energias que alimentam minhas fontes criativas, que careço para dar continuidade às maravilhosas atividades de escrever textos sobre os fatos da vida.

Dando continuidade ao prazeroso sentimento de homenagear valorosos personagens ou entidades, com a modéstia dedicatória de meus livros, ante a relevância de pessoas, fatos ou instituições especiais e queridos, tenho o invulgar prazer de trazer à lembrança, desta feita, de instituição da maior importância para o povo de Uiraúna, que faz parte da história da cidade e já se tornou até patrimônio cultura e imaterial do Estado da Paraíba, ante à sua real expressividade para a vida de um povo.

Refiro-me à Banda de Música Jesus, Maria e José, instituição que dispensa comentários sobre a sua importância para Uiraúna, porque a sua existência tem ligação com a cidade como verdadeiro cordão umbilical, que se alimenta e se nutre com a seiva vinda do amor de seu povo, que tem verdadeira adoração por tudo que ela representa, em termos de musicalidade.  

O que me levou a prestar essa singela homenagem à fantástica banda de música foram, sem dúvida, as boas lembranças do meu tempo de infância, quando eu corria mundos para assisti-la tocar seus melodiosos acordes, que nunca saem da memória, como algo que é bom e eterno dentro de mim.

A fotografia da capa do livro é de flagrante majestoso pôr do sol da amada Uiraúna, Paraíba, que certamente fala da beleza do sol “gema de ovo”, produzido pela rica natureza.  

Transcrevo, a seguir, a dedicatória que faço com muito carinho, em homenagem à banda de música dos encantos do povo de Uiraúna, que tem o condão de engrandecer, com o seu prestígio, o meu 59º livro.

                                               DEDICATÓRIA

Tenho muita satisfação em dedicar este livro à festejada banda de música Jesus, Maria e José, de Uiraúna, Paraíba, que é ícone dessa cidade, por ostentar o que é mais sagrada da sua história musical e ainda ser considerada a “Terra dos Músicos”, graças, evidentemente, à secular existência desse símbolo que tem a galhardia de bem representá-la.

A banda de música Jesus, Maria e Jose é realmente aquele patrimônio inalienável de cada uiraunense, que já nasce ouvindo os acordes melodiosos, em especial, de seus inesquecíveis dobrados, executados com a ímpar competência de todos quanto fazem parte do seu conjunto musical, em toda trajetória da sua bem-sucedida história.

Depois de nascer no embalo e no clima de suas músicas, a gente cresce e se desenvolve aprendendo a gostar e amar cada vez mais a banda que se torna inevitável e inseparável amiga, para o resto da vida.

O meu caso é especial, porque eu me separei dela, ou seja, deixei de acompanhá-la de perto, quando vim para Brasília, no início de 1966, mas nem por isso deixei de amá-la como pessoa que jamais esquece as suas origens.

Não há como se esquecer de seus melodiosos acordes manifestados por meio de lindos dobrados e tantas outras excepcionais músicas, que ficam gravadas e eternizadas na nossa memória, para sempre.

A verdade é que a banda de música Jesus, Maria e José tem mantido o peculiar padrão de qualidade, em nível superior e de reconhecida especificidade inigualável, sob a batuta de seus competentíssimos maestros, que se tornaram dignos e respeitáveis comandantes de músicos da maior competência artística e musical, cujos esforços e dedicação forjaram o que se pode denominar de patrimônio cultural da maior importância para Uiraúna e a Paraíba.  

À toda evidência, todo sucesso conquistado ao longo da sua gloriosa história é fruto da conscientização de seus componentes, que foram e são devotados ao aprimoramento das técnicas musicais, em harmonia com a sua paixão e o seu amor às causas da música de qualidade e por excelência, como tem sido a maneira destacada em toda a existência dessa briosa banda musical, que tanto orgulho proporciona aos conterrâneos.

Não se pode negar que o DNA musical já nasce com os uiraunenses, em cujo sangue sempre corre com a marca indelével das notas musicais, bastanto apenas pôr em prática o seu talento inato, a depender do interesse em explorá-lo, conforme a sua opção.

A majestosa banda de música Jesus, Maria e José é secular berço de excelentes artistas da música e musicistas que tiveram a honra de integrá-la, ao longo da sua existência, sempre na linha de frente apresentando o melhor da cultura musical e engrandecendo o conceito e o talento dos músicos da cidade, a ponto de se permitir a inspiração do consagrado título conferido de Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado da Paraíba, com muita justiça e acerto, em forma de reafirmação da vocação inata do seu povo, que sempre teve interesse no desenvolvimento da cultura musical, em valorização do importante conhecimento artístico.

A concessão desse importante título é gesto de muita nobreza de iniciativa da Assembleia Legislativa da Paraíba, em reconhecer, embora com bastante atraso, diga-se de passagem, mas com o devido mérito, a relevância musical da banda de música Jesus, Maria e José como símbolo cultural do Estado da Paraíba.

Enfim, a nossa banda musical foi colocada no patamar da sua real grandeza, em termos histórico e artístico-cultural, que realmente prestigia instituição musical que faz jus, há muito tempo, em virtude de preencher os predicativos como patrimônio de cunho artístico e cultural, em nível de reconhecida notoriedade, no decorrer de toda a sua riquíssima trajetória de devotada disseminação da música de qualidade, em todos os gêneros, com destaque para os dobrados, além de também ser modelo de vanguarda na arte musical, em geral.

A importância desse honroso título coloca a banda de música Jesus, Maria e José no topo das demais bandas, em pedestal que ela realmente faz jus, por merecer esse honroso título, há muito tempo, em especial por ela ser notável celeiro de ótimos e geniais músicos, de grande potencial artístico, que atingiram a celebridade e engrandeceram o seu nome, cujo conceito de qualidade musical é mantido em elevados respeito e admiração pelos amantes da boa música, em todos os padrões e gostos por ela executados.

É fácil se imaginar o elevado sentimento de orgulho dos músicos que tiveram e têm a honra de compor essa brilhante instituição, que agora é patrimônio cultural e imaterial da Paraíba, porque são eles responsáveis pela manutenção do melhor conceito da banda, desde os primórdios, a começar de seus idealizadores e fundadores e daqueles que se realizaram na vida fazendo brilhante participação em uma das melhores bandas de músicas não só da Paraíba, mas também do Brasil, exatamente por terem conseguido a padronização do destacado primor musical, que jamais atravessou o ritmo.

A verdade é que a banda de Uiraúna sempre se preocupou com o aprimoramento de seus melodiosos acordes, em especial na execução de lindos e memoráveis dobrados, que encantavam e ainda embelezam o bom gosto musical dos apaixonados uiraunenses por sua adorável banda de música.

Nessa mesma linha de compreensão, certamente que a satisfação é enorme e incontida pelos veteranos músicos que agora fazem parte do magistral e afinadíssimo corpo de músicos da banda musical do céu e que já deram importante contribuição à prestigiada banda de música Jesus, Maria e José, glorificando o seu santo nome, na certeza de que eles vão se sentir honrados em terem contribuído com a grandeza dessa instituição, que agora se torna ainda mais importante, com o reconhecimento do seu real valor, conquistado pelo esforço de cada um de seus participantes, desde os maestros até aqueles iniciantes nas suas fileiras.

Na minha pessoa, reside uma pontinha de orgulho sim, com base no merecido título, quando me lembro que, por muito pouco mesmo, quase teria sido um de seus integrantes, já tendo inclusive uniforme para ingressar no seu seleto corpo de músicos, na qualidade de soprador de piston, onde eu já tinha aprendido a tocar lindas músicas, sob a competente batuta do inesquecível, inigualável e genial maestro Ariosvaldo Fernandes, primoroso músico, que foi extremoso colaborador e defensor das causas de interesse da sua sempre amada banda.

Como eterno amante da banda e um de seus mais brilhantes componentes, o venerado maestro e mestre Ariosvaldo Fernandes certamente deve ter lavado a alma, como se diz no popular, de incontrolável alegria, em razão da conquista desse importante título, quando se sabe que ele foi responsável por excepcional e magnífica contribuição com a formação de centenas de bons músicos que integraram a mais genial banda de música que muito orgulha o povo de Uiraúna, além de ter sido músico, maestro, professor e outros importantes instrumentos que contribuíram para manter o alto conceito da querida banda musical.

É preciso esclarecer que não ingressei na banda porque vim embora para Brasília, em 1966, e o piston foi vendido exatamente para custear as despesas da viagem, ou seja, esse meu álibi me poupou de ter sido péssimo soprador de piston entre os grandes e fantásticos pistonistas da época, entre os quais figuravam os geniais músicos Anchieta Pinto e Constantino, simplesmente lendários e inigualáveis.

Induvidosamente, Uiraúna, que é considerada, de maneira muito apropriada e merecida, também a “Terra dos Músicos”, foi privilegiada e abençoada pelos deuses da música, por ter sido escolhida, com o carinho todo especial, para ser berço de muitas famílias que carregaram no seu DNA o código genético da música, especial e por excelência, conforme mostra a longeva tradição compatível com a intimidade e o domínio do conhecimento da arte musical.

As provas materiais dessa assertiva vêm da fartura de gênios que despontaram, com admirável sucesso, como é o caso das magistrais e geniais famílias Capitão, Sabino, Fernandes e muitas outras cuja história musical mostra que a conquista do  patrimônio cultural e imaterial da música de Uiraúna jamais teria sido possível sem a extraordinária participação dos astros surgidos nessas famílias de talentosos e gigantes do saber musical, que se dedicaram de corpo e alma por causa tão nobre de manterem sempre ativa e atuante a chama e o fogo que alimenta a riqueza musical de Uiraúna.

Anima-me muito em ter essa oportunidade para parabenizar a querida Uiraúna, por sediar tão importante banda de música que proporciona o encanto e o entusiasmo pelo gosto da musicalidade de seu povo, tendo o dom natural de manter em nível bastante elevado e prazeroso real sentimento de "uiraunalidade", que é forma de prestígio merecedor de especial destaque, em nível regional e estadual.

É com grande alegria que dedico este livro à banda de música Jesus, Maria e José, aproveitando o ensejo pelo merecidíssimo reconhecimento da sua grandeza para a cidade de Uiraúna e da Paraíba, que jamais teria a notoriedade do seu valor sem a existência de importante instituição musical, que é realmente sinônimo de patrimônio cultural de um povo, que sempre a apoiou e a incentivou a desenvolver esse projeto maravilhoso de tocar por século a fio, sem se cansar e sem nunca ter perdido ou confundido uma única nota musical.

Com os meus eternos carinho e respeito à querida banda de música de meus tempos de criança, que sempre a acompanhava nas ruas, nas praças e onde ela se apresentasse para tocar, inclusive em ensaios lá eu estava, fazendo companhia ao patrono dos apaixonados por ela, na pessoa lendária de Carlos Antônio, a quem dedico especial homenagem, por seu amor à querida banda de música.

Presto especial e carinhosa  homenagem aos integrantes de hoje e do passado da gloriosa banda de música Jesus, Maria e José, que é sinônimo de competência, harmonia e amor à arte musical, que consegue manter elevado o seu conceito de musicalidade, por tanto tempo, e esse selo de qualidade é motivo sim de muito orgulho para o povo dessa cidade.

É com o coração cheio de alegria que decidi prestar esta singela homenagem à principal e mais importante banda de música de Uiraúna, na forma da dedicatória deste livro, que mostra o meu reconhecimento e a minha gratidão a quem tanto enobrece a história cultural dessa amada cidade e oferece ao seu povo música de qualidade, que é importante forma de alimento espiritual, por ter o poder de transportá-lo à dimensão de prazer, ao se ouvir os seus  acordes melodiosos.

Agradeço a Deus por ter tido o especial privilégio de quase pertencer aos quadro dessa festejada banda de música, que merece o respeito e a admiração do povo de Uiraúna, por ser realmente digna do prestígio que ostenta no âmbito da Paraíba.

Viva a banda de música Jesus, Maria e José, hoje e sempre, com votos de que ela se eternize por muitos séculos, com a sua genialidade que tanto orgulha o povo de Uiraúna.

Amém!”.

Brasília, em 29 de abril de 2022

Mentes deformadas?

 

        Circula nas redes sociais mensagem que tem o texto a seguir, se referindo à  pessoa do ex-juiz da Operação Lava-Jato, uma vez que o quadro mostra também a fotografia dele.

Não adianta espernear! Vc é agora juiz ladrão no mundo todo e para todo o sempre. Teu nome é sinônimo de infâmia em qq recanto do universo. Tua história será repetida nos jornais, nas TVs, nos livros de Direito, em documentários... por anos e anos, como exemplo de imoralidade.”.

Realmente, trata-se do maior juiz ladrão, por simbiose, da história da humanidade, na mentalidade de que quem prefere ignorar a truculência que foi a roubalheira aos cofres da Petrobras, consistente no indecente escândalo do petrolão, na conformidade das investigações levadas a efeito pela Polícia Federal.

O estrondoso delito praticado pelo juiz foi ter, por incrível que pareça, colocado uma trupe de políticos, empresários, empreiteiros, doleiros, executivos e outros perigosíssimos criminosos aproveitadores do dinheiro alheio na cadeia e ainda ter determinado que o dinheiro desviado da Petrobras fosse devolvido para os cofres dessa empresa, como de fato aconteceu, em muitos casos, o que se confirma a mais grave ladroagem da história brasileira.

Trata-se realmente de juiz infame, que sentenciou a prisão de muitos criminosos que desviaram recursos públicos e se beneficiaram de substanciais propinas, cujos processos penais, regularmente julgados, foram revisados e rejulgados pela segunda instância, sob o crivo de três desembargadores, e pela terceira instância, sob a análise de cinco ministros, no âmbito do Tribunal Superior de Justiça, cujos veredictos foram proferidos por unanimidade, confirmando as sentenças prolatadas pelo juiz ladrão, que mereceram a chancela na sua totalidade, nos termos das sentenças proferidas pelo magistrado que ora é considerado ladrão, pelos crimes de somente ter julgado com imparcialidade, à luz dos fatos jurídicos.

Com isso, vale a afirmação de que a autoria dos crimes denunciados nos autos foi confirmada pelas investigações promovidas pela Polícia Federal, que foram aceitas pelo Ministério Público Federal, à vista da vasta documentação probatória, na forma de testemunhas, delações premiadas, demonstrativos contábeis e bancários, além de outros elementos juridicamente válidos para o caso, confirmando a roubalheira, em especial, ocorrida na Petrobras.

De fato, é lamentável que o Brasil tenha tido um juiz com índole tão perversa contra criminosos de colarinho branco, que não têm a mínima dignidade para reconhecerem a monstruosidade que foi perpetrada contra os cofres daquela petrolífera, cujo desfalque aplicado nas suas finanças a fizeram ser catapultada, em passe de mágica, da posição de 12º do ranking de empresa mais poderosa do mundo, em termos econômico-financeiros, para o 410º lugar, passando, imediatamente a esse desastre, para ostentar a empresa mais endividada do planeta.

Tudo isso graças à roubalheira desenfreada e de grosso calibre ocorrida nos seus indefesos cofres, onde eram desviados 3%, em valores, de todos seus contratos para o financiamento de milionárias campanhas eleitorais, pagamentos de propinas e depósitos em contas bancárias no exterior, entre outras ilicitudes financeiras, conforme levantamentos contabilizados por meio dos procedimentos de investigações levados a efeito nas contas da Petrobras e empresas contratadas, em especial, na Odebrecht, principal origem do propinoduto que irrigava as contas de políticos e toda trupe de inescrupulosos aproveitadores do dinheiro público.

Realmente, nunca o Brasil teve um juiz tão ladrão e infame, exatamente por ter tido a estupidez de colocar na prisão tantos criminosos de colarinho branco, que nada fizeram de errado, segundo o padrão de honestidade própria da compreensão da esquerda brasileira, que não consegue enxergar nada, absolutamente nada de estranho nem de errado, com o desvio de conduta moral aplicado, com extremo sucesso, nos contratos celebrados pela Petrobras, com a permissão da errática e prejudicial subtração, evidentemente indevida e ilegal, de bilhões de reais para finalidades estranhas às suas atividades institucionais.

Ou seja, o dinheiro desviado da Petrobras foi aplicação sob controle e interesse dos criminosos condenados por esse juiz infame e desmoralizado, que não teve o cuidado de evitar de mandar para a prisão verdadeiros “santinhos” de colarinho branco, que agora é condenado por suas atitudes extremamente legítimas, centradas no ordenamento jurídico e nas provas dos autos, todos formalizados e instruídos segundo o regramento de praxe da Justiça brasileira.

Convém ressaltar que a decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU levou em consideração, certamente os argumentos apresentados pela defesa de quem não assumiu a culpa por toda desgraça havida no escândalo do petrolão, que são verdades incontestáveis, obviamente à luz dos verdadeiros brasileiros honrados e dignos, que aguardam as devidas justificativas pelos envolvidos nessa tragédia nacional, como forma de prestação de contas, que é própria da vida pública, para várias denúncias sobre suspeitas da prática de irregularidades, tendo como principal envolvido justamente o principal político da oposição, que poderia se habilitar à satisfação dos quesitos de conduta ilibada e idoneidade moral, que são exigências mínimas para o exercício de cargo público eletivo.

Enfim, qual teria sido o real delito cometido pelo juiz  da Operação Lava-Jato, para ele ser merecedor da qualificação honrosa de “juiz ladrão” e ainda se passar por exemplo de “imoralidade”, por anos e anos, quando, ao que se sabe mesmo e isso é notório, é que ele foi capaz e teve coragem de desbaratar perigoso quadrilha organizada para saquear cofres públicos, em especial o gordo dinheiro da Petrobras, conforme mostram, à saciedade, os fatos constantes dos processos penais, cujas sentenças foram autenticadas em instâncias superiores da Justiça brasileira, sem quaisquer restrições quanto às medidas judiciais condenatórias impostas nos seus veredictos, perfeitos e acabados.

Tudo bem que a Justiça brasileira tenha a fama de contribuir para a banalização da impunidade, o que é pura verdade, mas quando apenas um juiz tem competência e dignidade para julgar e condenar criminosos, em especial de colarinho branco, devidamente com base nas provas materiais da autoria dos delitos, devidamente coligidas, de maneira irrefutavelmente inafastáveis, inclusive obrigando a devolução de valores subtraídos de cofre público, conforme ficou patente a dificuldade para contestá-las por parte dos delinquentes, e tanto isso é verdade que eles cumpriram parte da prisão, justamente por não conseguirem provar a sua inocência, mas o magistrado é tachado de “juiz ladrão”, como nesse caso do escândalo do petrolão, julgado pela competente, operosa e eficiente Operação Lava-Jato, à luz da compreensão dos verdadeiros brasileiros que defendem a moralidade do Brasil e a integridade do patrimônio dos brasileiros.

Essa forma de compreensão deletéria da gestão pública, em que idólatras da esquerda consideram normal a roubalheira do dinheiro público, preferindo, ao contrário, tratar como judas o juiz que a combateu, com as maiores severidade e justiça próprias do que deveriam ser a Justiça brasileira, mostra, de forma escancarada, escandalosa e irresponsável, a falta de caráter e de personalidade cívica de pessoas que defendem e apoiam, com a cara mais lisa, os envolvidos no mais expressivo crime de lesa-pátria já perpetrado por integrantes do próprio governo, que não tiveram a hombridade de assumirem seus gravíssimos desvios de conduta.

Na realidade, esse seríssimo desvio de conduta moral demonstra, com muita clareza, indiscutível inversão da ordem natural dos fatos, não muito comum em civilização com o mínimo de consciência democrática, que é obrigada a seguir padrão razoável de moralidade.

O país com pessoas com mentalidade deformada, que é o caso de quem apoia e defende criminosos que desviaram recursos públicos, se beneficiando de propinas e de muitas vantagens ilícitas, com dinheiro dos brasileiros, realmente merece sim permanecer nas trevas do desenvolvimento sócio-político, bem distante dos salutares princípios civilizatórios, uma vez que o povo com o mínimo de evolução só tem a única opção de condenar os absurdos praticados por ditos políticos desonestos e aproveitadores, independentemente de qualquer ideologia de direita, esquerda ou centro.

A verdade é que fica muito feio e bastante desagradável mesmo, por ser extremamente deplorável, em termos de decência, cidadania e civismo, brasileiros não terem vergonha na cara para apoiarem e defenderem criminosos de colarinho branco, em clara demonstração de preferência ideológica, quando os interesses do Brasil estão muito acima desse cinismo de condenarem como sendo ladrão o juiz que julgou criminosos, tendo por base as provas dos autos e na conformidade do ordenamento jurídico pátrio e tanto isso é verdade que os delinquentes não conseguiram provar a sua inocência quanto aos fatos denunciados à Justiça, em que pese a preservação do direito constitucional da ampla defesa e do contraditório.

Por fim, embora isso não seja da conta de ninguém, mas não deixa de ser inacreditável como existe mentalidade humana que prefere, por puras idolatria e ideologia políticas, ignorar a realidade dos fatos da vida, conforme mostram as investigações efetivamente realizadas, à vista dos elementos constantes dos autos, e condenar quem não praticou nenhuma ilicitude, senão o acerto de julgar atos criminosos e mandar seus autores para a prisão, como deveria acontecer normal e rotineiramente com a Justiça brasileira, a exemplo do que fazem costumeiramente os países sérios, evoluídos e civilizados, em termos político-democráticos.

Diante da mensagem em comento, não resta mais a menor dúvida sobre o sentimento de moralidade dos amantes da ideologia da esquerda brasileira, que chegam ao limite de se posicionarem em defesa de criminosos, permitindo a estranha ilação de que, para eles, aquilo que é realmente imoral tem o verdadeiro sentido de moralidade e o que é moral tem a compreensão de imoralidade e isso ficou bastante representativo no texto, quando ali se pretende isentar de culpa quem de fato cometeu delito e condenar quem é inocente e só fez bem para os interesses do Brasil.   

À vista do exposto, apelam-se por que os verdadeiros brasileiros decidam amar o Brasil, somente apoiando e defendendo políticos com a ficha limpa, depois de provarem a sua imaculabilidade perante a Justiça brasileira, de modo que tenha condições de atenderem plenamente os essenciais requisitos de conduta ilibada e idoneidade na vida pública, porque eles são exigências mínimas para o exercício de cargo público eletivo, como forma de demonstração de lisura para com a gestão da coisa pública e respeito à dignidade dos eleitores.      

Brasília, em 30 de abril de 2022


quinta-feira, 28 de abril de 2022

Saudades do curral

 

O poeta Vandenildo Oliveira, de Uiraúna, Paraíba, escreveu texto que centraliza a existência de curral vazio, com a porteira aberta e até pendida para um lado, em conotação de que foi usada há bastante tempo, como se diz no Nordeste, lá para as eras das vacas gordas.

Trata-se de poesia de cunho bastante sentimental, uma vez que seu texto remonta aos temos em que havia fartura nas fazendas, tanto no campo, no roçado, como nos curais, sempre repletos de vacas leiteiras.

Infelizmente, essa poesia retrata a realidade da evolução da vida, que tem o melhor sentido de mostrar a involução dos tempos, em comparação ao passado romântico da fartura e das boas colheitas.

A verdade é que a importância do passado tem muito pouca valia no presente, com o seu acervo sendo completamente abandonado pelas circunstâncias naturais dos tempos, conforme mostra o curral aberto e vazio, praticamente sem utilidade alguma, quando nele sempre eram acomodadas a riqueza e a fartura da fazenda.

Sim, nos bons tempos, as fazendas eram abastecidas com o leite, o queijo, a manteiga, a nata, além do bolo e do doce, tudo com o aproveitamento do precioso ouro branco: o leite, que servia para boa parte do suprimento e do sustento alimentar das famílias tradicionais da roça.

A imagem do curral abandonado me levou, imediatamente, para meus saudosos tempos da infância, no inesquecível sítio Canadá, onde vivenciei algo muito parecido com a história da porteira aberta, pelo lado dos bons tempos, onde imperava a fartura.

Nessa época, meu querido e inesquecível avô Juvino cuidava, pessoalmente e com inexcedível dedicação, de muitas vacas e o leite delas, que era tirado por ele, sozinho, todo santo dia.

Eu sempre era acordado com as pisadas fortes e ligeiras dele sobre o chão, carregando os baldes, acho que de zimbre, e demais apetrechos necessários à coleta do leite.

Vovô se acordava muito cedo e passava muito bem ligeirinho, muito antes do sol nascer, em direção ao curral, para cumprir o seu principal ofício matinal, com o amor que nutria o seu coração, pela felicidade de abastecer o seu lar, com o precioso e nutritivo leite, vindo de abençoadas vaquinhas que eram a paixão dele.

Sem dúvida, foram tempos maravilhosos e inesquecíveis que ainda me proporcionam muita saudade, por algo realmente fantástico memorável.

Parabenizo o grande poeta Vandenildo Oliveira, por esse verdadeiro hino poético que saúda os maravilhosos tempos do Sertão, onde a vida era centrada na riqueza da fazenda e o tamanho do curral denotava a real dimensão da felicidade garantida com o leite e seus preciosos derivados.

Muitas saudades dos bons tempos.

Muito obrigado, poeta!

Brasília, em 28 de abril de 2022

quarta-feira, 27 de abril de 2022

O carinho da proferssora Socorro Fernandes

 

Diante da crônica que escrevi versando sobre a concessão do honroso título de Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado da Paraíba à banda de música Jesus, Maria e José, de Uiraúna/PB, recebi muitas mensagens de apoio, entre as quais a da nobre professora Socorro Fernandes, conforme o texto a seguir.

Que Maravilha! O nobre e sábio escritor Antonio Adalmir Fernandes, ilustre conterrâneo, como sempre faz em todos os seus trabalhos, discursos e crônicas, uma verdadeira declaração de cultura, conhecimentos e sabedoria! É muita inteligência! E esse belíssimo texto sobre a nossa querida Banda de Música Jesus Maria e José, é tão significativo, tão especial, pq nele, você expressou da sua forma elegante e elevada, tudo que cada um, filho de Uiraúna, amante da música, desejaria falar! Parabéns! Grande mestre! PARABÉNS à nossa terra amada! PARABÉNS Querida BANDA DE MÚSICA JESUS MARIA E JOSÉ! Tu sempre fostes PATRIMÔNIO CULTURAL da nossa Uiraúna! Mas agora és reconhecida por toda a PARAÍBA e até onde chegares! Nossos músicos geniais... estão de PARABÉNS! Certamente, aqueles que já fazem parte da Filarmônica Celeste, estão entoando seus lindos acordes e dobrados em comemoração! Que a Sagrada Família continue abençoando e iluminando essas grandeza Cultural para que essa chama alegre e bela jamais se apague, e assim possa ir conduzindo - a de GERAÇÃO em Geração! Viva A nossa Querida Banda de Música! Viva JESUS MARIA E JOSÉ!”.

Prezada amiga professora Socorro Fernandes, a sua bondade na avaliação do meu trabalho literário me levou às lágrimas, diante da incontrolável emoção.

Como é bom sentir a sinceridade de suas palavras, mesmo eu sabendo perfeitamente que elas vão muito além do meu modesto merecimento, diante da simplicidade como tenho tentado escrever o que sinto sobre os fatos da vida, como nesse caso em homenagem à nossa amada banda de música, que tanto gostaria de realmente expressar o seu verdadeiro valor que existe em nossos corações.

Na verdade, a banda de música JMJ é algo que, praticamente, nasce com a gente e depois se torna aquela amiga inseparável, estando presente para o resto da vida, até mesmo no meu caso, que meu último contato direto com ela deve ter sido na Festa da Padroeira do ano de 1966, quando vim embora para Brasília e pronto.

Não há como se esquecer de seus melodiosos acordes manifestados por meio de lindos dobrados e tantas outras músicas que ficam gravadas na nossa memória para sempre.

Depois disso, tenho ouvido alguns programas, como uma live, e vídeos com músicas, o que não são a mesma coisa ao vivo, no acompanhamento do ritmo da música tocada com tanta perfeição, que tem sido a sua marca peculiar.

Neste momento especial da banda Jesus, Maria e José, gostaria muito de parabenizar a senhora e toda descendência do saudoso maestro Ariosvaldo Fernandes, por ele ter sido um dos maiores baluartes que engrandeceram as fileiras da gloriosa banda, tendo certamente contribuído para a efetivação desse reconhecimento histórico.

Para não ser repetitivo, eu reafirmo aqui tudo que disse na mensagem de agradecimento que fiz ao genial historiador mestre Xavier Fernandes, com pedido de vênia para a senhora se dignar a ler ali, por ser o meu mais puro sentimento de amor ao maior e mais perfeito músico que conheci e quiçá Uiraúna, também, evidentemente sem desmerecer os demais profissionais da arte musical.

Muito obrigado pelo carinho.

Brasília, em 17/03/2022

O carinho de Xavier Fernandes

 

Diante da crônica que escrevi em homenagem à banda de música Jesus, Maria e José, de Uiraúna, Paraíba, por ter sido distinguida com o honroso título de Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado da Paraíba, o nobre conterrâneo mestre Xavier Fernandes se manifestou com efusivo rigozijo ao feito, dizendo o texto a seguir.

Parabéns pelo inteligente comentário, Grande e ilustre Mestre Antônio Adalmir! realmente esse registro nos envaidecem, nos deixa muito Felizes! A nossa Banda centenária sempre foi o maior patrimônio cultural da nossa terra, sempre levou o nome da nossa terra ao mais alto padrão dos elogios da musicalidade, por onde passou nesses mais de cem anos, representou com garra, altivez, beleza, destaque e brilho o valor cultural musical da cognominada ‘Uiraúna Terra dos Músicos’. E assim, recebemos com alegria essa honraria tão importante, de Patrimônio Cultural e imaterial do Estado da Paraíba, chega em tão boa hora, como um prêmio mais que merecido justo e de direito. Todos os músicos que fizeram parte da Banda durante todas essas décadas e gerações: Maestros, professores, músicos, colaboradores, amigos que sempre foram apaixonados e amantes da gloriosa Banda de Música JMJ, chegando até Os mais jovens e recentes componentes estão de Parabéns, porque fazem parte sim dessa história brilhante que nos orgulha, e nos enaltecem fizeram e fazem essa história acontecer. A música corre como sangue nas veias dos uiraunenses nada supera essa identificação; Uiraúna terra dos Músicos! Com as bênçãos de JMJ , será sempre eterna e próspera, grande celeiro musical. Parabenizamos ao Maestro Geraldo Moisés, dedicado e zeloso Maestro mantendo nossa Banda de pé, ativa e maravilhosa juntamente com o interesse e dedicação de todos os seus componentes! Como também deixamos nossas homenagens, gratidão e agradecimentos á todos Os maestros que durante suas vidas fizeram dessa paixão a razão de viver. Hoje já estão no céu assistindo as retretas, às alvoradas e concertos da nossa Amada Banda! Estão Felizes e realizados! Doaram-se em serviços e Amor por essas Causa tão nobre e Santa formando e educando Jovens para o mundo! São muitos profissionais músicos Uiraunenses que fizeram da sua Arte de tocar a profissão principal das suas vidas, são brilhantes profissionais que encantam por esse Brasil afora! Graças aos nossos Maestros e Professores! Que só fizeram o bem! Um forte abraço caríssimo conterrâneo! Parabéns! Felizes e alegres estamos todos nós! Viva Uiraúna! Nosso torrão Natal! FXF. JP, em 17/03/22.”.

Em resposta à amável e sábia mensagem, eu disse ao ilustre historiador, mestre Xavier Fernandes, que o texto dele pode ser considerado verdadeira ode em homenagem à majestosa banda de música Jesus, Maria e José, que é realmente eterno berço de excelentes artistas da música e musicistas que tiveram a honra de integrá-la, ao longo da sua existência, sempre na linha de frente apresentando o melhor da cultura musical, a ponto de se permitir a inspiração do consagrado título conferido a Uiraúna, com muita propriedade, como sendo a "Terra dos Músicos", exatamente para reafirmar a vocação inata do seu povo pelo interesse ao desenvolvimento da cultura musical, por sua nobreza como arte valorizada do conhecimento humano.

Neste momento de especial importância para a banda de música mais famosa de Uiraúna, é preciso que se diga, nobre Xavier Fernandes, você é pessoa muitíssima privilegiada, por ser filho do grão-maestro Ariosvaldo Fernandes, que eu o considero verdadeiro gênio, um dos maiores cultores da arte musical de Uiraúna, que viveu como eterno escravo do seu ofício de ensinar, com competência e sabedoria, a riqueza da música para os seus conterrâneos e isso ele se dispunha a fazer com impressionante voluntariado, até mesmo de forma graciosa, como aconteceu comigo, que ainda aprendi um pouco de música graças às gentilezas e genialidades desse fenomenal uiraunense, que usou a santidade do saber para a prática do bem e do amor perante o seu semelhante.

A verdade é que Ariosvaldo Fernandes tinha a mais perfeita intimidade com o mundo da música, dando a entender que ele era a essência de todos os conceitos da arte musical, por ter o dom divinal de dominar, com maestria, habilidade e genialidade, todos os instrumentos da banda Jesus, Maria e José, tendo sido ainda o principal e mais famoso responsável pelo ensino e pela formação de grandes e notáveis profissionais que a abrilhantaram, com a sua sabedoria musical.

Penso que essa sincera e merecida homenagem ao venerável Ariosvaldo Fernandes é forma mais do que justificável para o reconhecimento da grandeza da Banda Jesus, Maria e José, por ela ter tido dirigida e comandada por esse iluminado e extraordinário amante da música, que Uiraúna teve enorme honra de ter sido o berço dele.

Com os meus regozijos pela alegria do merecido título concedido à banda musical que é a alma do povo de Uiraúna e os parabenizo a todos que contribuíram, direta ou indiretamente, para que fosse possível a ostentação da importante láurea de Patrimônio Cultural e Imaterial da Paraíba, que é do maior significado histórico e cultural para Uiraúna.

Parabéns!

Logo em seguida, o mestre Xavier Fernandes escreveu a seguinte mensagem: “Agradecemos ao Ilustre Mestre Dr. Antônio Adalmir, por todas as referências feitas para o meu Pai, sua atenção e consideração nos deixam orgulhosos e felizes, em saber também da afinidade e do respeito que o ilustre tinha por ele! agradecemos honrados todas homenagens através de crônicas, comentários e textos, que lembram com muita ênfase os serviços prestados pelo meu pai. Realmente ele por mais de cinquenta anos foi coluna de sustentação da nossa Banda, como Músico, professor, técnico de manutenção do instrumental e alfaiate confecionando os fardamentos, formou também uma banda base A Banda O2 de Dezembro, para formação de novos músicos, os quais ingressaram na banda principal, sobre a regência do maestro Dedé Capitão, os dois formavam uma parceria baseada em muita amizade e Cooperação! E fizeram tudo isso acontecer para o bem da nossa querida terra. Muito obrigado e um forte Abraço.”.

Eu disse ao mestre Xavier Fernandes que falar sobre a importância do extraordinário maestro Ariosvaldo Fernandes enche de satisfação qualquer pessoa que o conheceu como verdadeiro ativista da bondade, do humanismo e do amor, porque a sua vida se resumiu em uma obra maravilhosa e colossal, que o projeta, sem a menor dúvida, como um dos maiores uiraunenses de todos os tempos, em termos de realizações em benefício da sociedade.

O que teria sido de Uiraúna, nos seus tempos primordiais, em termos de diversão?

Ah, convém ser lembrada a verdadeira epopeia protagonizada por esse genial uiraunense, que manteve, às duras penas, o funcionamento do glorioso e memorável Cine São Francisco, que animava a sociedade da época, com bons filmes de diversos gêneros cinematográficos.

A sua especialidade era mesmo o Western ou simplesmente o faroeste, que tinha cadeira cativa aos domingos, à tarde, e agitava os ânimos dos apaixonados pelo Bang Bang.

A verdade é que esse grande homem é a síntese do herói que aparece entre nós, realiza maravilhosa obra social e vai embora para a realização de importantes missões, porque essa é a nossa história, só que o seu legado se perpetua na eternidade.

Tenho defendido a importância do culto aos verdadeiros heróis e heroínas de Uiraúna, porque eles foram fundamentais para o progresso da cidade, em diversos segmentos essenciais da sua história político-social.

Relembrar e valorizar a grandeza de pessoas como Ariosvaldo Fernandes tem o condão de alertar esta e outras gerações sobre a necessidade do reconhecimento, do agradecimento e da gratidão por aqueles que foram pródigos em amor ao próximo.

Na minha modesta concepção, compete ao poder público se esforçar para pôr em evidência a riqueza e a grandeza de nossos heróis, como forma de estimular as boas ações em benefício da sociedade, que tanto precisa de bons exemplos de cidadania e amor ao próximo.

Muito obrigado

Por último, o mestre Xavier Fernandes demonstra seu carinho e escreve a seguinte mensagem: “Ao caríssimo amigo conterrâneo: nossos agradecimentos e gratidão! Ariosvaldo com Certeza está feliz e agradecido por tanta bondade da sua parte, que não poupa palavras eligiosas para enaltecer suas qualidades. ARIOSVALDO ERA: SIMPLES, DISCRETO E HUMILDE! Viveu para servir. Eternamente Agradecidos! Que JMJ., nos abençoe e nos livre de todas as tempestades! Paz e bem!”.

Enfim, é com muita alegria que tento prestigiar os uriraunenses que se destacaram em dedicação às causa de beneberência em benefício do povo de Uiraúna, em demonstração do amor que imperava nos seus grandiosos corações, que se preocupavam com o bem-estar dos seus semelhantes.

Brasília, em 17 de março de 2022

Falta competência?

 

Em vídeo que circula nas redes sociais, há informação de que as Forças Armadas dispõem de órgãos altamente qualificados para diagnosticar e possivelmente solucionar possíveis problemas no sistema eleitoral brasileiro.

São mencionados o Instituto Militar de Engenharia e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica que, entre outras instituições congêneres, formam o que há de melhor na área tecnológica brasileira, evidentemente atuando em proveito da defesa nacional.

Ainda há o Comando de Defesa Cibernética, que é composto por militares das Forças Armadas, a quem também se atribui possuir profundo conhecimento de Tecnologia da Informação, Segurança Cibernética e outros segmentos de interesse ligados à defesa do ciberespaço, tema sensível para a manutenção da soberania nacional.

No vídeo, é mencionado que o Comando de Defesa Cibernética teria feito "questionamentos tão complexos" ao Tribunal Superior Eleitoral, mas eles não foram publicados para conhecimento da sociedade, apenas informando que o órgão incumbido de cuidar das questões eleitorais teria respondido às questões levantadas pelo órgão do Exército, tudo sendo tratado em absoluto no sigilo, embora o assunto seja de especial interesse também dos eleitores brasileiros.

         Pois bem, com todo respeito à excelência dos conhecimentos propagados à profusão, como sendo de altíssimo nível, conforme a inexcedível descrição constante do texto em referência, diante dos inigualáveis atributos devotados e reconhecidos aos órgãos específicos do Exército, que dominam, com extrema capacidade e de forma soberana as engenhosidades do mundo da ciência da informática, a meu juízo, isso somente tem o condão de expor injustificada e demente incompetência por parte das autoridades governamentais, em especial por ficar trocando informações com o Tribunal Superior Eleitoral, cujos resultados são absolutamente inócuos, uma vez que nada será alterado nem aperfeiçoado, a depender da insolência e da onipotência desse órgão.

          Há de se convir que o mais certo é que esse órgão já firmou entendimento no sentido de que o funcionamento das urnas eletrônicas é segura e absolutamente confiável, não merecendo qualquer aperfeiçoamento, em termos de mudanças operacionais.

          Se houvesse o mínimo de boa vontade, real interesse e competência administrativa, o ideal seria aproveitar as potencialidades dos exuberantes conhecimentos daqueles órgãos, no sentido de que fossem realizados estudos por iniciativa exclusiva do Executivo, com vistas a se identificar e se diagnosticar os pontos nevrálgicos, possíveis de causar fraudes e outras deficiências no sistema eleitoral brasileiro.

          Com base nesse importante e eficiente trabalho, realizado por quem tem por base conhecimentos confiáveis, incontestáveis e seguros, poder-se-ia elaborar projeto de lei, com as precisão e exatidão das justificativas firmadas por especialistas qualificados, bem fundamentadas e irrefutáveis, para o fim de se enviar para a apreciação do poder Legislativo, com vistas aos aperfeiçoamentos necessários.

          Certamente que esse órgão não teria como refutá-lo, à vista da consistência técnico-especializada do projeto em causa, de modo que o aperfeiçoamento e a modernidade do funcionamento do sistema eleitoral, no que se refere ao funcionamento das urnas eletrônicas, poderiam ser aprovados imediatamente pelo Congresso Nacional, uma vez que o trabalho realizado por aqueles órgãos não teria como ser diferente disso, salvo se a mediocridade ainda continuasse a prevalecer, o que também não seria nenhuma surpresa, diante da pouca inteligência, para não se dizer outra coisa, das cabeças pensantes desse pobre Brasil, governando aquém da sua grandeza, conforme mostra o caso em comento.

          De qualquer modo, causa perplexidade o governo não vislumbrar a excelência dos conhecimentos desses órgãos das Forças Armadas, para pedir o necessário socorro no momento crucial, quando, tempos atrás, o presidente do país teria feito múltiplas críticas e acusações ao funcionamento das urnas eletrônicas, sem ter prova de absolutamente nada para justificar a sua ansiedade de querer mudá-lo, mas terminou com a cara mais ensaboada possível, morto de decepção quando reconheceu que não tinha provas de fraudes e, o pior, a certeza de que4 nada se resolve somente na base do grito.   

          A conclusão desse lamentável episódio conduz ao inevitável axioma, qual seja: qual seria a valia de elevados e acurados conhecimentos e domínios da ciência e da tecnologia, assim reconhecidos por especialistas, quando não se dispõe de vontade política e, em especial, competência administrativa para a adoção das medidas necessárias?

Brasília, em 27 de abril de 2022

Perdão polêmico?

 

Circula nas redes sociais vídeo em que aparece a pessoa do deputado federal que foi condenado à prisão e à perda do mandato pelo Supremo Tribunal Federal, mandando o seguinte recado para um ministro dessa corte, precisamente nestes termos: “Alexandre de Moraes, ministro, eu quero que você saiba que você está entrando em queda de braço que você  não deve vencer. Não adianta você tentar me calar. Eu fui preso mais de noventa vezes, na Polícia Militar do Rio de Janeiro. Fiquei em lugares que você nem imagina. Você nem imagina o que eu já enfrentei, ministro. Tu achas que tu vais...”.

A pessoa que se vangloria de ter sido presa por mais de noventa vezes, na Polícia Militar do Rio de Janeiro, conforme confessado por ela, e ainda entende que isso é ato de bravura como exemplo para a sociedade, somente mostra o baixíssimo nível da sua índole, como cidadão que integrava modelar corporação militar e agora faz parte do poder Legislativo, motivo pelo qual somente se espera atitudes de pessoa revestida de proposições dignas e capazes de serem seguidas pela sociedade.

As atitudes erráticas desse cidadão, próprias de contumaz praticante de delitos, não foram incapazes de se evitar o merecimento do perdão da lavra do presidenta da República, que se expôs perigosamente em proteger pessoa extremamente insensata, mal-educada e estúpida, que ainda se orgulha de contrariar os princípios da cidadania e da civilidade, no que se refere à obrigatoriedade de respeitar a dignidade humana, quando enche o peito para dizer que já foi preso por dezenas de vezes e isso só confirma o seu sentimento de extremo desrespeito às comezinhas regras de condutas sadias.

Se o Brasil fosse um país com o mínimo de seriedade, jamais o presidente do país teria se associado em defesa de pessoa que confessa possuir desequilíbrio e distúrbio de clara psicopatia, uma vez que pessoa normal e sensata jamais seria capaz de praticar tantas transgressões para colecionar, por conta disso, de dezenas de prisões, que ainda, por pior, são motivo de festejo por ela, para respaldaram recado de atrevimento a ministro do Supremo, dizendo que não o teme, pelo fato de ele ser o recordista de condenações, evidentemente por reiteradas agressões aos regulamentos e às normas disciplinares.

A graça concedida ao deputado é o mesmo que o presidente do país vir a pública para dizer e declarar que comunga com todas as grosserias, maldades e barbaridades praticadas por ele, não importando a sua nefasta reputação de possuidor de currículo extremamente deplorável, em termos comportamentais como cidadão, o que, do contrário disso, ele jamais teria sido preso por tantas e impressionantes vezes, pasmem, quase uma centena, certamente pela continuada prática de ilicitudes na vida pública, que jamais justificariam qualquer espécie de perdão.

Certamente que seria muito mais aconselhável, ao contrário do que ocorreu com o indulto, que ele cumprisse a pena imposta pelo Supremo, posto que isso poderia contribuir para que o parlamentar pudesse ter condições de refletir o suficiente para mudar seu comportamento de penosa e inveterada rebeldia, por excelência.

Ele poderia pensar grande, no sentido de que não tem autoridade nem poder para fazer justiça com as próprias mãos, com o emprego de meios e mecanismos extremamente contrários aos princípios do bom senso e da racionalidade, apenas no seu entendimento de que ele sozinho é capaz de corrigir os rumos do mundo, quando a enorme quantidade de punição já aplicada a ele é bastante esclarecedora no sentido de que ele não tem a menor capacidade para ser modelo de coisa alguma.

Só o fato de o deputado vir a público para informar que ele já foi preso dezenas de vezes isso é fator suficiente e preponderante para se concluir que o indevido e esdrúxulo indulto concedido a ele não faz o menor sentido e ainda tem o condão de estimulá-lo à prática dos corriqueiros desrespeitos aos direitos humanos e à dignidade imposta constitucionalmente às relações sociais.

Esse vídeo é de suma importância, porque mostra, com indiscutível clareza, a péssima índole comportamental da pessoa que o presidente da República entendeu de conceder indulto, por meio da graça constitucional, que é considerado gesto da maior nobreza que somente deveria ser merecedor por quem pratique ato humanitário e justo, sob o prisma da dignidade e da valorização humana, mas jamais a pessoa acostumada à prática de continuadas transgressões contra os salutares princípios da cidadania e da civilidade, o que bem demonstra a acentuada falta de critério presidencial para o exercício do relevante cargo.

Infelizmente, a única explicação para tamanha magnanimidade, notoriamente injusta e indevida, à luz da maléfica índole do beneficiário, conforme mostram os fatos, somente se explica por ser ano eleitoral e o presidente houve por bem peitar o sistema, por meio de gesto de altruísmo, de extrema polêmica, porque os fins não justificam os meios, em se tratando de finalidade pública, fato este que precisa ser avaliado pela sociedade.

Enfim, os brasileiros honrados e dignos têm motivos mais do que suficientes para votar com base nos resultados das políticas executadas pelo presidente da República, evidentemente na certeza de que, na disputa eleitoral, não existe, até o momento, um único candidato em condições de representar, à altura, os verdadeiros valores da grandeza do Brasil, conforme mostram os fatos.     

Brasília, em 27 de abril de 2022

terça-feira, 26 de abril de 2022

Liberdade de expressão!

 

Em um grupo de amigos participantes da internet, foi abordado o importante emprego do direito à liberdade de expressão, em que várias pessoas condenaram diversas formas de censura e até de sanções pelo Supremo Tribunal Federal, conforme os casos ali elencados.   

Uma pessoa disse que seja possível se postar o que bem entender, desde que o seu conteúdo não ofenda nem agrida a integridade moral de ninguém, tendo como meta o respeito à preservação aos princípios de cidadania.

Já outra participante escreveu a mensagem no sentido de que: “Na minha opinião, esta diversidade nos ajuda, enriquece nossos pontos de vista até! Quem quer ser lido com respeito, deve ler a opinião dos outros, mesmo que discorde, com respeito também, é óbvio! Se achar importante escreva, mostre, algo bem ao contrário e por aí vamos aprendendo juntos! O exemplo do Adalmir, que posta sua opinião, em grupos e nos seus livros é ótimo para isto! Me pareceu que alguns colegas estão achando válido que seja tolhida a ampla liberdade de opinião,  bem como de postá-las aqui? Conforme o ‘lado’ que a outra pessoa demonstra, não é válido, só se combinar com o meu? Que é isto pessoal? E a liberdade de opinião, notória em nosso grupo desde que foi criado? Eu não li nada de ofensa direta a nenhum dos colegas, mas sim a postagem de cada um defendendo as coisas políticas com as quais mais se identifica! Estamos nos adaptando aos tempos de censura?”.

À vista do exposto acima, fico lisonjeado em ser citado como exemplo pela forma como escrevo minhas mensagens, sob o formato de crônicas, em estrito  ambiente de respeito à integridade aos princípios de civilidade e moralidade, apenas mostrando o meu pensamento sobre o prisma da visão pessoal, que é própria de cada um, porque o mesmo assunto enfocado e analisado pode comportar diversas interpretações, evidentemente a depender do grau de maturidade e experiência das pessoas.

Procuro valorizar, o máximo possível, a liberdade de expressão como instrumento construtivo e de engrandecimento do homem, sob o entendimento de se puder manifestar livremente a sua opinião, sem necessidade de agressão nem intenção de desprezo ao pensamento de ninguém, porque, neste caso, pode causar dano deliberado à imagem e ao sentimento pessoal, que nem seria agradável no caso de sentido contrário. 

A verdade é que, nos últimos tempos, muita gente vem defendendo as agressões ao Supremo, cujos agressores já se manifestaram com armas em punho e ainda fazendo juramento de matar ministros, que é algo que vai muito além da liberdade de expressão, conforme o verdadeiro sentido de civilidade e cidadania, marchando para o cenário da barbárie e selvageria.

É preciso se compreender que o remédio apropriado para se combater decisões abusivas daquela corte se faz por meio de recurso pertinente, que compete às partes envolvidas, tudo pela via da legalidade, no cenário da ampla defesa e do contraditório, com amparo jurídico na Constituição Federal, uma vez que as agressões somente contribuem para potencializar a irracionalidade e a dificuldade para a solução das demandas judiciais, minando por completo o salutar respeito aos princípios humanitários.

É possível sim se divergir à vontade, dizendo o que acha errado e expondo as mais diversas opiniões sobre os fatos em discussão, mas, para tanto, convém que seja feito sob o emprego de termos adequados ao assunto, de forma inteligente e educada, no âmbito da civilidade e do respeito à integridade dos envolvidos, tendo o cuidado de se evitar grosserias, porque elas nunca devem fazer parte do cardápio, por ser impróprio ao caso, à luz do bom senso e da racionalidade.

É evidente que a intenção não é a de se condenar nem se livrar ninguém por suas ideias, porque cada qual se pronuncia exatamente na dimensão da sua consciência e do seu entendimento, que tem como matriz a rica possibilidade da divergência de opiniões, mas sim de mostrar o verdadeiro sentido do especial princípio da liberdade de expressão, que precisa ser empregado somente para o bem e o progresso da cidadania.

É muito importante que todos possam se expressar livremente e dizer seu pensamento, com a maior liberdade possível, evidentemente sem necessidade de machucar a integridade moral ou de cidadania de ninguém, porque a existência desse precioso princípio condiz exatamente para a serventia da valorização dos sentimentos humanos, uma vez que a sua essencialidade objetiva a elevação intelectual, moral, educacional e especialmente espiritual dos cidadãos, cujo benefício civilizatório não pode ser prejudicado com a distorção dessa importante função vinculada à evolução e ao crescimento do homem.

Brasília, em 26 de abril de 2022

Direito à crítica?

 

Em vídeo que circula nas redes sociais, um jornalista critica decisão de ministro do Supremo Tribunal Federal, mostrando a sua indignação acerca do entendimento adotado por meio de decisão da lavra dele, evidentemente sem que o profissão tivesse acesso ao conteúdo do processo, mas achando no direito de concluir que o magistrado teria praticado abuso de autoridade, quando resolveu aplicar sanção a pessoa que agrediu verbalmente e ameaçou a integridade moral da autoridade dos ministros daquela corte.

Em princípio, esse jornalista fez análise em tese e ele pode ter dito um monte de tolices, porque é preciso que se conheça os fatos constantes do processo, para se concluir com conhecimento de causa e isto se evita acusar as autoridades, de forma indevida e injustificável.

Muitas pessoas criticam o Supremo sem ter conhecimento do processo e dos fatos relacionados com as decisões, não tem a menor consciência sobre o seu real conteúdo, fato este que pode configurar grave erro crasso, tendo em vista que, por dever de justiça, conviria primeiro se inteirar melhor sobre as situações de fato e de direito.

Também é da maior gravidade que ainda tenha muita gente que apoia essa forma precipitada de avaliação do trabalho da Justiça, também se achando no direito de classificar como sendo decisões bárbaras e contrárias à cidadania, por que absurdas, em dissonância com o direito à liberdade de expressão, evidentemente sem se importar que houve a extrapolação desse direito, em forma de danos à integridade moral do agredido.

Não há a menor dúvida de que é preciso sim conhecer os fatos, para ter condições da melhor formação de juízo, porque, na Justiça, muita gente ignora e faz questão de desconhecer, que existe a saudável possibilidade de recurso, que serve exatamente para se mostrar, por meio dele, com base em elementos juridicamente válidos, na forma do art. 5º da Constituição Federal, que a decisão judicial pode conter algum equívoco, evidentemente passível de revisão e correção, tudo evidentemente na forma da lei.

Não obstante, sabichões conseguem induzir a opinião pública a erros, por meio de revoltas, acusações  e censuras ao trabalho do Supremo, sem conhecer os processos e antes mesmo de qualquer recurso, quando ainda há possibilidade de reparação, por meio de esclarecimentos sobre os fatos objeto da decisão atacada, quase sempre sem a menor razão.

É bastante lamentável que as pessoas tenham dificuldade para entender os fatos como eles realmente são, preferindo ir logo e direto criticar e censurar, como se a decisão judicial fosse arbitrária e definitiva e não comportasse mais recurso sobre ela.

Finalmente, é preciso que os brasileiros compreendam que as decisões do Supremo têm peculiaridades e especificidades que, por cautela, é preferível não se fazer juízo de valor sobre o seu acerto ou não, sem antes conhecer o seu conteúdo e os elementos que serviram de base para a sentença pertinente, justamente para se evitar dizer bobagens, salvo se não tiver nenhum compromisso com a verdade nem com o princípio da justiça.

No meu caso, eu só escrevo quando estou seguro sobre a minha opinião, imaginando a sua compatibilidade com a verdade e acho que posso afirmar o que escrevo à luz dos fatos, ao menos, o mais próximo possível do entendimento da maioria, porque a unanimidade, já dizia o poeta, é burrice.

Agora, causa perplexidade que as pessoas que também não têm conhecimento quanto aos fatos que deram origem à decisão censurada, ou seja, não tendo tanta certeza que o ministro teria cometido barbaridade, terminam apoiando as conclusões do jornalista ou do analista, que podem demonstrar precipitação e falta de experiência, exatamente por criticarem e agredirem o ministro, repita-se, sem completo conhecimento das causas objeto da decisão.

É preciso deixar bem claro que isso não tem nada com a defesa senão da minha consciência, no âmbito circunscrito ao pensamento de cidadania, de ser livre para me expressar e opinar sobre os fatos da vida.

É evidente que os brasileiros podem e devem censurar as autoridades da República, porque isso faz parte do direito ínsito da consagrada liberdade de expressão, como forma salutar do pleno exercício da cidadania assegurada na Carta Magna do país, mas é preciso que o façam tendo por base a segurança e a credibilidade de informação sobre o conteúdo dos processos onde foi proferida a decisão objeto da censura, porque é exatamente assim que procedem as pessoas civilizadas e evoluídas, que não criticam nem agridem ninguém sem terem condições da formulação de juízo de valor sobre os fatos pertinentes à sentença judicial.

Brasília, em 26 de abril de 2022

Acreditar em pesquisas

Segundo a pesquisa BTG/FSB, divulgada ontem, essa empresa afirma que o ex-presidente da República petista tem 41% das intenções de voto, liderando a disputa presidencial, enquanto o atual presidente do país o segue em segundo lugar, com 32%.

O pré-candidato do PDT aparece na terceira posição, com 9% das pessoas consultadas, enquanto os demais candidatos, em número de onze, atingiram percentuais de 3% para baixo.

A empresa que fez a pesquisa informa que o resultado em apreço diz respeito ao levantamento estimulado, ou seja, quando os entrevistados são informados sobre a lista dos nomes dos pré-candidatos.

Já na pesquisa espontânea - quando os eleitores falam o pré-candidato de preferência,  sem saber a lista de opções – o líder petista aparece com 36% das intenções de voto, vindo em seguida o atual presidente do país, com 30%.

Agora, o que realmente impressiona é o fato de que a pesquisa ouviu duas mil pessoas, de 16 anos ou mais, no período de 22 e 24 de abril, segundo foi informado pela empresa, mas ela não esclarece se elas são realmente eleitoras, devidamente comprovadas por meio de algum método confiável, se ainda elas têm a idade para votar e muito menos as regiões onde houve o levantamento das preferências de voto.

Ou seja, trata-se de pesquisa absolutamente questionável, quanto aos fins de credibilidade e confiabilidade, que são da maior relevância para a compreensão da opinião pública.

Também é muito estranho que, em se tratando de consulta de extrema importância, como forma de informação sobre a tendência do eleitorado, na próxima eleição presidencial, ela não mereça o mínimo de seriedade, à vista da fragilidade do método empregado, como no caso da via telefônica, em que a pessoa pode mentir, forjar dados e tudo o mais que realmente não tenha a menor validade, em termos de precisão para a finalidade pretendida, com vistas à convicção sobre os dados coligidos, quanto ao esperado quesito da fidelidade das informações.

A pesquisa foi feita, como visto acima, pelo Instituto FSB, tendo sido contratada pelo banco BTG Pactual e normalmente registrada no Tribunal Superior Eleitoral.

Longe de querer desacreditar do instituto da pesquisa eleitoral, por se constituir de importante meio de levantamento de dados, mas não passa de brincadeira sem graça ou até mesmo de perda de tempo, com a finalidade de exclusiva maquiação, com dados visivelmente inverossímeis, a forma de levantamento de importantes informações colhidas por meio do telefone, que podem servir apenas para iludir a opinião pública.

Na verdade, a impressão que se tem é a de que o levantamento tendo por base apenas duas mil pessoas, em expressivo universo de mais de 150 milhões de eleitores, conforme dados oficiais, não faz o menor sentido em se afirmar, ante os princípios da racionalidade e do bom senso, que alguém lidera, pasmem, com base nessa pesquisa, a corrida referente à disputa presidencial deste ano.

Não obstante, se pode dizer que essa quantidade inexpressiva de consultados, resultante de pesquisa absolutamente fajuta, por que feita pelo telefone, não se mostra com a mínima confiabilidade nem credibilidade para coisa alguma, uma vez que o entrevistado pode nem ser eleitor e ainda não está obrigado a dizer a verdade, como assim deveria ser tratada a pesquisa séria e de respeito aos verdadeiros eleitores.

Pode-se afirmar sim que, entre duas mil pessoas consultadas pelo telefone, sem absoluta condição de classificá-las como eleitoras, chegou-se à conclusão de que a maioria delas tem preferência pelo candidato da oposição, na forma acima indicada.  

          Diante dessa terrível constatação de clara tentativa de manipulação da opinião pública, convém que os eleitores brasileiros se esforcem em se conscientizar no sentido de que o Brasil merece ser governado por pessoa que demonstre seu devotado amor às causas do povo, tenha ampla visão sobre os verdadeiros problemas nacionais, seja ficha limpa em plenas condições de atender aos requisitos de conduta ilibada e idoneidade na vida pública e, sobretudo, se comprometa à realização de importantes obras exclusivamente para o beneficiamento dos brasileiros.

           Brasília, em 26 de abril de 2022