terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Exemplo de insensibilidade?

 

O presidente da Coreia do Norte discutiu com o partido comunista sobre a necessidade do desenvolvimento agrícola do país, após fortes relatos acerca de "grave" escassez de alimentos, tendo por premissa básica se "analisar e revisar (...) o programa da revolução rural na nova era e decidir sobre as tarefas imediatas e as tarefas urgentes.”.

A frequência incomum das reuniões sobre agricultura alimenta as especulações de que aquele país pode estar tendo grave crise de escassez de alimentos.

Segundo a imprensa, os participantes "aprovaram os tópicos da agenda, por unanimidade, e iniciaram a discussão sobre o tema".

Recentemente, o ministério da Unificação da Coreia do Sul destacou relatos referentes à crise de fome na Coreia do Norte, tendo declarado: “Nós consideramos que a escassez de alimentos é grave" e que Pyongyang parece ter solicitado ajuda do Programa Mundial de Alimentos, da ONU, ante o drama da fome naquele país.

O site 38 North, que monitora a situação na Coreia do Norte, afirmou que a atual escassez de alimentos no país é a mais grave dos últimos tempos.

A análise sobre os preços do arroz e do milho, no mundo e na Coreia do Norte, mostra divergência "significativa" desde o início de 2021, o que significa que estes alimentos são muito mais caros no Norte, fato este que tem influência no abastecimento de alimentos e indício do possível "colapso" de escassez, segundo explicado pelo mencionado site.

Não obstante, comentário recente publicado pelo jornal estatal norte-coreano Rodong Sinmun afirma que o país deve continuar com sua "economia autossuficiente" como parte de sua luta contra os "imperialistas".

A Coreia do Norte, por ser alvo de várias sanções, em especial econômicas, em razão da sua insistência com seus programas armamentistas, com destaque para as experiências nucleares, enfrenta dificuldades para a obtenção de alimentos, já há bastante tempo.

O país se tornou vulnerável aos desastres naturais, como inundações e secas, devido à ausência crônica de infraestrutura, desmatamento e décadas de má administração do Estado, sob o regime comunista.

Essa grave situação também foi agravada pelo fechamento prolongado das suas fronteiras, a partir do início da pandemia do coronavírus, o qual somente foi flexibilizado recentemente, para permitir o comércio com a China, que tem sido um dos únicos países que ainda mantém relações diplomáticas normalmente com aquele país.

A história mostra que a Coreia do Norte já foi afetada por vários episódios de fome, mas, na década de 1990, a fome matou centenas de milhares de pessoas, conquanto tenham estimativas afirmando que foram milhões de vítimas fatais.

A verdade precisa ser mostrada para o mundo, no sentido de que esse país, que é exemplo da prática do comunismo na essência, tem dado prioridade às experiências com armamentos nucleares, para onde são destinados seus escassos recursos, em visível detrimento da dignidade do seu povo, que paga pelas incompetência e insensibilidade humanitárias protagonizadas pelo ditador, sendo obrigado ao risco da fome, por conta da escassez de alimentos.

A verdade é que, caso a Coreia do Norte consiga ajuda humanitária, mediante a ajuda em alimentos, aquele país vai continuar investindo desnecessariamente em armas nucleares, independentemente de que a sua população esteja morrendo de fome, que deve será isso que irá  acontecer, justamente porque a vida humana não é prioritária naquele país comunista.

Ou seja, se não houver firme ultimato ao ditador, no sentido de não ter ajuda de alimentos enquanto tiver investimentos em armas nucleares, a Coreia do Norte vai preferir que a sua população morra do que decidir pela paralisação das desnecessárias pesquisas de armas nucleares, à vista de fortes pressões nesse sentido, que resultaram infrutíferas.

Como se trata de questão humanitária, que obriga, necessariamente, a priorização do suprimento de alimentos aos famintos, o Programa Mundial de Alimentos da ONU tem a obrigação de exigir, mesmo que haja ajuda, que a Coreia do Norte aplique os recursos destinados às experiências de armas nucleares em programa contra a fome, uma vez que a vida humana tem prevalência sobre todos os outros programas, por mais que eles sejam importantes.

Brasília, em 28 de março de 2023

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

O dever do cumprimento

Em crônica, eu disse que competia ao então presidente da República decretar a intervenção militar, cabendo às Forças Armadas, por dever constitucional, o seu imediato cumprimento, sem qualquer questionamento nem reação contrária, porque ele era o comandante-em-chefe dos militares, sob pena do crime de prevaricação.

Diante disso, uma pessoa houve por bem dissentir do meu texto e escreveu o seguinte: “Você afirma no texto que o ex-presidente tinha que ter feito isso e as FFAA teriam que acatar. Então, por que eles não acataram a Dilma que quis fazer isso? A verdade é que a cúpula traiu o ex-presidente e só teve um que estava de fato com ele e esse era o Comandante da Marinha. É muito fácil fazer conjuntura, mas a realidade por trás dos bastidores é outra.”.      

Eu disse que o presidente da República decreta a intervenção militar e as Forças Armadas são obrigadas a executá-la imediatamente, sem questionar absolutamente nada, sob pena de praticarem o crime de prevaricação, que consiste no descumprimento do dever funcional, que seria o caso em comento, eis que a aludida medida teria sido ordenada com base constitucional e os militares somente teriam única alternativa, qual seja, cumpri-la de imediato.

Qualquer outra conjectura não tem amparo constitucional, porque o texto a que se refere o artigo 142 da Constituição é muito claro, no sentido cogente, ou seja, a sua definição dispensa interpretação, porque ela diz exatamente que “As Forças Armadas (…), organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.”.

Ou seja, poderia haver outra alternativa, no caso de exceção, se, depois do verbete “ordem”, tivesse escrito algo como, por exemplo, “salvo se houver opinião contrária nesse sentido.”, onde se encaixariam as absurdas e até ingênuas interpretações que se fazem por defensores e fantásticos do ex-presidente, no sentido de que a intervenção militar não foi implementada porque oficiais generais não estavam de acordo com a medida.

Isso não passa de balela, de conversa para boi dormir, porque esses militares não passavam de subordinados diante da autoridade do presidente da República, que é o comandante-em-chefe das Forças Armadas, ex-vi do disposto no citado artigo 142, que tinha competência para exonerá-los imediatamente dos cargos e até determinar a prisão deles, pelo crime de insubordinação.

Acontece que só tem única interpretação plausível para a traição presidencial: falta de amor à grandeza e aos valores da pátria, causada especialmente por medo de ser preso, ou seja, covardia, em que essa forma de frouxidão tem ares de vermelhidão que possa a ser enquadrada como crime de lesa-pátria.

O certo é que a omissão presidencial permitiu que o poder fosse entregue, sem nenhuma resistência, à nefasta esquerda, mesmo na sabença de que a nação estaria sendo sob o comando da banda podre da política brasileira, à vista de seus antecedentes de desonestidade e degeneração dos princípios republicanos da moralidade, da desonestidade e da dignidade, na administração pública.

Enfim, à vista do exposto, fica a certeza de que a única traição havida foi de quem tinha competência constitucional para decretar o ato de intervenção militar, porquanto os militares eram subordinados e tinham o dever legal de executar as determinações presidenciais.

             Brasília, em 27 de fevereiro de 2023 

sábado, 25 de fevereiro de 2023

Sem esperança

Em mensagem que circula em vídeo, nas redes sociais, há a mensagem que diz o seguinte: “Antes tínhamos a esperança de que os militares pusessem ordem na casa... Agora nem isso temos mais... Eles não vão dar chance de alguém ameaçar ganhar eleições... Agora é daí para o fim. Só uma rebelião mesmo. Verdade se não mudar o sistema eles não saem mais do poder eles tem tudo corrupção generalizada aliados do STF, Senado, Câmara e FFAA/generais. Esta verdade e a realidade senhores patriotas.”.

Diante dessa mensagem, eu disse que as aludidas palavras estão corretíssimas, com importante destaque, como indagação: a quem interessa “mudar o sistema”?

A verdade é que só se altera alguma coisa, no caso específico, o sistema vigente, se ele não estivesse satisfazendo, logo agora que só começou, na plenitude, o usufruto das benesses e das prerrogativas inerentes ao poder para os seus integrantes.

Só havia única oportunidade para mudança, mas ela foi inexplicavelmente desprezada, ignorada leviana e irresponsavelmente pela imposição das incompetência, insensibilidade e fraqueza de antipatriota, que não pensou na grandeza dos valores do Brasil nem na tragédia causada aos brasileiros com a entrega do poder, sem resistência, à nefasta esquerda, a despeito das premonições sobre a sua tomada, na forma exatamente como aconteceu, sob fortes suspeitas de irregularidades na operacionalização do sistema eleitoral brasileiro.

A verdade mais especificamente sobre o funcionamento das urnas eletrônicas, cujas dúvidas mereciam as devidas averiguações, por meio da fiscalização que era pretendida pelas Forças Armadas, mas elas se tornaram inviáveis depois da negativa ao acesso ao “código-fonte”, pela Justiça eleitoral.

Por incrível que pareça, essa auditoria seria implementada normalmente pelas Forças Armadas, por partido político ou entidade legalmente autorizada, caso tivesse sido decretada a medida salvadora do Brasil, por meio da intervenção militar, que tinha o respaldo constitucional, na forma dos artigos 37 e 142 da Carta magna, com vistas à garantia da lei, como forma de transparência dos resultados das últimas eleições, entre outras medidas de saneamento da calamidade que vem imperando no Brasil.

A princípio, é preciso ficar claro que não se pode imputar qualquer responsabilidade ou culpa a oficiais generais pela traição à pátria, por conta da falta da intervenção militar, exatamente porque eles não tinham competência constitucional para assinar a medida pertinente.

É preciso ficar definitivamente claro que somente o presidente da República, nas circunstâncias, tinha competência para a implementação dessa importante medida de salvação nacional, quer generais queiram ou não, porque a medida não dependia da vontade ou não deles, mas sim, exclusivamente, da competência privativa do presidente do país, que simplesmente determinava a medida necessária e as Forças Armadas apenas as executavam, na extensão dos termos estabelecidos no diploma legal.

Em termos jurídicos, somente existe essa possibilidade, ou seja, não passa de invencionice se imaginar diferentemente disso, restando definitivamente claro que só tem um culpado de se permitir que o Brasil permanecesse nessa situação caótica, cujo futuro somente tende a piorar, graças à mediocridade de quem só pensa no próprio umbigo, em detrimento dos interesses nacionais, conforme mostram os fatos.

O certo mesmo é que somente haverá mudanças no Brasil quando os brasileiros dignos e honrados se conscientizarem de que elas precisam ser implementadas por exigência do povo, mediante a escolha de representante que esteja pronto para a execução das medidas pretendidas pelas pessoas que amam de verdade a pátria amada.

          Brasília, em 25 de fevereiro de 2023 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Transparência?

          Diante de crônica que analisei determinado desempenho do último ex-presidente da República, um amigo comum do Facebook houve por bem se manifestar em dissonância com o meu texto, tendo escrito longa mensagem, da qual transcrevo dele o seguinte excerto: "Lula ganhou de forma transparente, através de um sistema seguro, aprovado e reconhecido no mundo inteiro há anos, agora, o direito de espernear, ‘o jus esperneandié livre, é uma característica própria dos derrotados.".

Caso a assertiva supratranscrita fosse verdadeira, o que custaria a Justiça eleitoral conceder acesso ao "código-fonte"?

O sentido civilizado de transparência na administração pública é o de se permitir, no caso das últimas eleições, a fiscalização e o detalhamento sobre a operacionalização das urnas eletrônicas, sem deixar a mínima dúvida sobre os resultados proclamados, a exemplo da suspeita de urnas com 100% de votos para somente um mesmo candidato, além de votação depois do horário legal, entre outras irregularidades que exigem, no mínimo, o devido esclarecimento para a sociedade, uma vez que não houve até agora.

Parece muito simples se acreditar em transparência apenas em se afirmar, sem nenhuma comprovação, que o "sistema é seguro", "aprovado" e "reconhecido no mundo inteiro" nessas condições, apenas por afirmação sem a devida comprovação, quando este contribuía, por certo, para a segurança de se permitir o acesso ao "código-fonte", que possibilitaria a necessária fiscalização externa da votação, para se assegurar a dita transparência, de modo a se escoimar de dúvidas as gravíssimas suspeitas de fraudes, diante da certeza de que não existe a menor possibilidade da existência de irregularidades na operacionalização das urnas eletrônicas.

Ou seja, se há tanta certeza da segurança e da confiabilidade sobre o resultado da votação, a negativa do acesso ao "código-fonte" somente conspira contra tanta convicção, porque, do contrário, a própria Justiça eleitoral teria maior interesse em mostrar para a sociedade a transparência das eleições.

Como não houve a devida transparência, com que se faria normalmente, já que está tudo regular, com a liberação do "código-fonte", que foi mantido em sigilo, em absoluto segredo, dando a entender que pode sim existir algo podre no reino tupiniquim, que não pode ser mostrado para os próprios eleitores, pelo menos é isso que os derrotados compreendem que os vitoriosos se baseiam em premissas que não podem ser comprovadas, por meios legítimos e transparentes, como fazem as nações sérias e civilizadas, em termos políticos e democráticos.

Causa perplexidade que os ditos vitoriosos ainda se vangloriam dessa forma nada republicana de prática política, como se isso tivesse o condão de dignificar o homem, quando é exatamente o contrário, em que fica muito claro que a defesa de procedimentos suspeitos de irregularidades somente evidencia o nível da ideologia política dessas pessoas, que se dignam a reconhecer como válidas práticas que estão a exigir a devida transparência própria dos regimes civilizados.

A propósito, convém mencionar que a transparência é prática obrigatória na vida pública brasileira, por força do disposto no art. 37 da Constituição Federal, quando ali consta estabelecido que "A administração pública (...) obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade (...)", valendo se afirmar que publicidade tem o mesmo significado de transparência.

Como se vê, não basta se falar e se citar o verbete transparência, na gestão pública, sem praticá-la de forma efetiva, como nesse caso que envolve as urnas eletrônicas, que somente haveria publicidade e regularidade com acesso a todas as informações pertinentes à sua operacionalidade, de modo que não restasse qualquer dúvida sobre a sua correção.

Ao contrário disso, tudo não passa de mera falácia de que o "sistema é seguro", "aprovado" e "reconhecido no mundo inteiro", quando ele sequer resiste à normal fiscalização que condiz com a melhor forma de transparência que se tem notícia no mundo civilizado, pelos menos nos países sérios e evoluídos, quando isso, no Brasil, somente existe na palavra de quem controla o sistema eleitoral, que, a bem da verdade e da própria transparência, não merece o qualquer credibilidade, ante à negativa de acesso aos meandros operacionais do sistema propriamente dito.

Enfim, nesse caso, parece perfeitamente possível, à luz do bom senso e da racionalidade, o direito ao jus sperniandi aos derrotados, considerando que a transparência civilizada e democrática foi negada, de forma proposital, no processo eleitoral, cujo sistema e os vitoriosos se baseiam na segurança e na credibilidade do funcionamento das urnas eletrônicas, mesmo que não se permita qualquer forma de fiscalização ou auditoria sobre elas, a despeito de várias suspeitas de irregularidades na sua operacionalidade, que exigem o devido esclarecimento por quem de direito.

Em síntese, como não se permite abrir a caixa-preta das urnas eletrônicas, não se pode afirmar conscientemente sobre regularidade ou irregularidade na sua operacionalidade, porquanto somente com o acesso ao “código-fonte” ter-se-á certeza quando à legitimidade do processo eleitoral brasileiro, que é considerado auditável, mas, de forma bastante estranha, ele é mantido sob absoluto sigilo.

Não obstante, é possível se dizer que prevalecem sim fortes suspeitas de fraudes no resultado das urnas, tendo por base a injustificável negativa ao acesso ao referido código, porque, do contrário, haveria interesse na plena transparência por parte da Justiça eleitoral, principal interessado no deplorável sigilo do sistema eleitoral.

Em síntese, a bem da verdade, tem-se o Brasil como país que garante a transparência dos atos da administração, por força de disposição constitucional, conquanto haja mesmo, no que diz respeito ao sistema eleitoral, conforme confirmam os fatos, a prevalência do completo sigilo, que nada mais é do que a negativa da verdade suprema.      

Com certeza, este não é exatamente o Brasil ideal para as pessoas que pensam na grandeza dos valores e dos princípios justos de plenas civilidade e democracia , quando ainda há quem consegue defender a anarquia jurídica, em especial como a falta de transparência nos atos da administração pública, como forma de respaldo à validade de situações suspeitas de irregularidades, como se isso fosse normal, em que a humanidade precisa evoluir em consonância com o próprio progresso da espécie.  

          Brasília, em 24 de fevereiro de 2023

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Um resumo histórico?

Em vídeo que circula nas redes sociais, o último ex-presidente da República faz importante abordagem sobre o desempenho de governos do regime militar, dizendo que eles foram pródigos na realização de obras e no respeito imposto junto à sociedade, cujo período foi classificado por ele como de muito progresso para o Brasil.

Como se pode perceber, é pena que político que tem capacidade de explanar, com invulgar sabedoria e singular destaque os momentos que relembram a história construída pelos governos militares, cognominada por ele como gloriosa, por mostrar os fatos com bastante conhecimento, inclusive a sua importância para o desenvolvimento do Brasil, mas a mesma pessoa foi completamente incapaz de evitar a volta da deplorável esquerda ao poder, em que pese a enorme desvantagem que ela traz, no seu bojo, como o recriminável sistema autoritário que foi instituído exatamente em razão do conjunto dos desacertos protagonizados por ele, no seu governo completamente perturbado e contaminado por controvérsias e polêmicas, cujo resultado foi o pior possível, conforme mostram os fatos.

 A verdade é que o ex-presidente do país tudo fez do pior para criar infrutífera e interminável disputa com membros do poder Judiciário, tendo por alvo o irrelevante título de autoridade de maior poder da República, mas o resultado não poderia ter sido mais desastroso para os interesses nacionais, tem como consequência ele fora do poder e do país, refugiado que se encontra, nos Estados Unidos da América, desde 30 de dezembro de 2022, com medo de voltar ao Brasil e ser preso.

Trata-se de luta inglória, quando agora já se tem conhecimento quem perdeu e também quem foi vitorioso nessa luta inglória e ainda os motivos que contribuíram para conduzir o Brasil à deplorável ruína, com a mudança de governo, em giro inacreditável de 360º, como se o país tivesse sido ridiculamente explorado apenas como peças de brinquedos e experimentos, que se encaixavam perfeitamente na mentalidade perturbada de quem levou o tempo a brincar com a sorte dos brasileiros, que terminaram pagando caro por apoiar político inconsequente, conforme mostra a atual situação política do Brasil, sendo comandado por governo da esquerda, seguramente graças à incompetência administrativa.

Por certo, o ex-presidente nunca imaginou o tamanho do risco que estava correndo, inclusive o de perder o Brasil para a banda podre da política brasileira, que um dia se estruturou para aplicar o maior golpe em cofres públicos, cujo plano foi coroado de êxito, tanto que o grupo volta triunfante ao poder, graças à imaturidade e a incompetência de político que se achava o suprassumo, em termos de esperteza, mas ele se resume no que é hoje: um ilustre foragido do país, que teme voltar ao Brasil, por achar que poderá ser preso, embora não exista nenhuma condenação contra ele, na Justiça.

Infelizmente, esse estado deplorável e incerto em que se encontra o Brasil é reflexo da mentalidade do seu povo, que nunca vai aprender a votar, cuja consequência é precisamente esse estado de penúria, em que o país é presidido por político em plena decadência moral, por ser incapaz de apresentar ficha limpa à Justiça eleitoral, à vista de ainda responder a vários processos penais na Justiça brasileira, enquanto o ex-presidente do país se encontra foragido, com medo de der preso, que certamente seria por conta de atos praticados contra o interesse da sociedade.

A verdade é que nunca o Brasil esteve em situação político-administrativo tão periclitante e sem perspectivas de recuperação da normalidade, nem mesmo a médio prazo, diante da mediocridade que impera na conjuntura política, em prejuízo dos valores republicanos.

Enfim, é possível se compreender, sem muito esforço, que o pior quadro político que vem imperando no Brasil é apenas o que realmente os brasileiros merecem, em termos de governantes, porque eles vêm plantando, há bastante tempo, as piores sementes políticas, cujos frutos são compatíveis com a péssima qualidade delas.

          Brasília, em 23 de fevereiro de 2023

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Perseguição política?

  Diante de crônica que analisei um pouco do desempenho do último ex-presidente do Brasil, em especial no que diz respeito ao seu natural comportamento de se considerar vítima do sistema e de que não pôde governar, devido à visível perseguição, um amigo de grupo disse que discordava do meu entendimento, conforme a mensagem a seguir.

“(...), não via no Bolsonaro a intenção em suas inúmeras pelejas com o judiciário, imprensa, políticos... de sair como coitadinho, e passar à história como o bem-intencionado que não pode fazer nada. Vejo-o como talvez o único governante  que numa visão maior de nação e ‘jogando dentro das quatro linhas’ não cedeu ao modo operante de governar o país, o tomá-la da-cá entre os três poderes, em parceria com a corja de velhacos instalados em nossa sociedade. Eu não acho que ele entrava nesses embates na intenção de sair como vítima, vejo-o como alguém que com essas pelejas tentou mudar o destino de nossa nação e acordou grande parte da população, que há anos é massificada/doutrinada com slogans ‘País do futuro’  ‘Deus é brasileiro’ ‘O brasileiro é um povo pacífico’... Se não conseguiu foram pelas causas que citei, bem como do nosso irmão: não se muda o que foi construído em décadas,  em 4 anos e com todas as adversidades que enfrentou. Acho que sou fanático, não pelas pessoas, mas por boas causas, que possam mudar esse lindo país, chamado Brasil.”. 

Em resposta à respeitável mensagem, eu disse que deixava claro que a minha visão de fanático é aquele que se limita a seguir na risca o ex-presidente do país, sem entender que ele não cometeu deslize, que não é o caso do amigo, que reconhece que ele cometeu erros.

Por outro lado, os fatos mostram que o ex-presidente do país alimentava debates desnecessários, porque sempre resultavam em nada e depois ele vinha com desculpas por que teria sido impedido de realizar isso ou aquilo, ou seja, ele teria sido impedido de governar, quando nada disso é verdade.

Em qualquer situação ele poderia ter recorrido à Justiça e argumentar que havia abuso de quem o impedisse de governar, mas os fatos mostram que não há recursos nenhum contra ninguém nesse sentido, embora ele sempre alegou perseguição, quando isso não é verdade, em especial diante da autonomia dos poderes da República, em que cada qual tem liberdade para agir, no âmbito dos seus limites constitucionais.

Dizer que não governava porque foi atrapalhado por perseguição só conspira contra a inteligência das pessoas, exatamente porque o presidente da República, além de poder recorrer normalmente contra os perseguidores, poderia executar qualquer coisa e esperar que alguém impugnasse o que ele tivesse feito em contrariedade jurídica ou administrativa, algo que também não se tem notícia.

Não obstante, é fato que o ex-presidente sempre dizia que teria sido impedido de governar, sem mostrar os fatos concretos, com exclusiva finalidade para se passar por vítima e perseguido e isso é fato.

Enfim, eu entendo que o verdadeiro estadista não tem direito de discutir nada em público senão os assuntos estritamente necessários, devendo tratar das matérias na forma estabelecida no manual previsto para o cargo, em estrito respeito à liturgia das funções presidenciais, exatamente para se evitar se passar por ridículo, como assim foi seguido por quem fazia questão de se manter permanentemente na mídia, conforme mostram os fatos.

          Brasília, em 22 de fevereiro de 2023

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Mudança de opinião?

              Em um vídeo que circula nas redes sociais, uma senhora tenta mostrar, com número, que o desempenho da última gestão pública, em todos os aspectos, do que os governos da esquerda, conforme excerto a seguir transcrito.

Se eu conseguir provar para você que você está errado, você teria a humildade de mudar de opinião? Ou você se manteria fiel à filosofia que você acreditou até hoje, mesmo que fosse contra fatos? Eu tenho escutado muita discutindo opinião. Eu acredito que opinião não se deve discutir. Cada um tem a sua e isso tá de acordo com a forma de cada um ver o mundo, mas número não mudam. Fatos não mentem. Então, eu fiz um apurado de números dos dois governos, para puder mostrar aqui, para vocês de fontes oficiais. Importante entender que esses números são como o governo foi entregue e não como ele foi recebido. (...)”.  

Na tentativa de comprovar o melhor desenho do último governo, a mencionada pessoa descreve o desempenho da situação econômica, que mostra performance superior em todos os indicadores e setores produtivos, como inflação, juros, PIB, contas estatais, distribuição de casas e terras públicas, entre outros fatores econômicos.

Diante disso, eu disse que a questão referente à opinião pessoal é muito relativa e depende não somente da comparação do desempenho entre governos, salvo tão somente para se concluir quem foi o pior deles, conquanto todos tenham feito o estritamente necessário, evidentemente cada qual ao seu modo de mentalidade política, de acordo com as suas condições gerenciais, o que, com isso, se possa avaliar que alguém se superou e fez além do que se poderia esperar de qualquer governo.

Isso vale se dizer que o último governo teve desempenho superior aos anteriores, mas nem por isso ele conseguiu convencer que seria o suficiente para satisfazer à maioria dos brasileiros, conforme o resultado das urnas, segundo a Justiça eleitoral.

O último presidente brasileiro poderia apenas ter cumprido as promessas básicas do seu plano de governo, na forma apresentada na campanha eleitoral, no sentido de se pretender a moralização do Brasil e o seu desenvolvimento socioeconômico, promessas estas que foram cumpridas parcialmente, à vista dos resultados apresentados no vídeo.

O que o último presidente fez não foi o necessário para o convencimento dos brasileiros, uma vez que o governo foi completamente incapaz, entre outras medidas imprescindíveis ao progresso do país, por não ter aprovado reformas essenciais à modernidade das estrutura e conjuntura da velha e enferrujada máquina pública, em especial quanto ao arcaísmo dos sistemas referentes à educação, à saúde pública, à segurança pública, à tributação, à administração, à previdência (que ainda mereceu meia-sola), à infraestrutura, entre outras políticas públicas indispensáveis ao aperfeiçoamento da gestão pública e à economia de despesas, além da contribuição à evolução da sociedade.

Na questão da moralidade, basta apenas se mencionar o emporcalhamento do mandatário com a velha política, o chamado por ele de Centrão, grupo político exemplo do pior fisiologismo da história política brasileira.

Outro aspecto importante que tem suma importância na mudança de opinião dos brasileiros diz respeito à maneira como o ex-presidente se conduziu no seu mandato, quando esteve todo tempo se comportando como se estivesse em campanha eleitoral, em defesa de princípios pessoais, quando ele já era o próprio presidente da República, mas não se interessava em ser o verdadeiro estadista, quando sempre confundia o público com o privado e vice-versa, em eterna dificuldade para compreender a sua real missão presidencial, no estrito cumprimento da liturgia do cargo.

O seu governo foi dominado por infindáveis discursões e debates inúteis e infrutíferos, cujos assuntos deveriam ter sido resolvidos sob a tecnicidade do diálogo, do bom senso, da racionalidade e da medida administrativa apropriada, sem os arroubos da incompetência e da intolerância, como foram tratados muitos dos assuntos que resultaram em verdadeiros fracassos, cujo resume foi mostrado por meio da votação dos brasileiros, que sintetizaram o seu desejo de mandá-lo para casa.

Convém sim se mudar de opinião exatamente quando existem elementos suficientemente capazes para a certeza desse conhecimento, na firmeza da solidez de seus pressupostos.

Diante do meu texto, um amigo de grupo entendeu de discordar do meu pensamento, na forma da seguinte mensagem: “Meu irmão, respeito, mas discordo um pouco da tua avaliação, não esqueçamos que nem Jesus conseguiu mudar a humanidade, nos deixou o caminho a seguir, o problema é que o povo espera um salvador da pátria, não esqueçamos que o Bolsonaro não foi reeleito pela vontade popular, e sim que Lula foi eleito pelo STF com o apoio de uma plêiade de corruptos instalados em nossa sociedade, vide congresso, imprensa, empresários, bancos, artistas...e o pior sem o apoio dos melancias, com os quais tenho certeza teve reuniões para virar o jogo, como já citei uma vez, ninguém vai à guerra com o pessoal desarmado, além do mais  ele é um ser humano, deve ter pensado na sua família, na minha opinião, independente da análise de números, ele fez o que pode nas circunstâncias em que governou, poderia ter feito mais ? Poderia, mas uma andorinha só não faz verão. A plêiade acima citada escolheu Barrabás e uma parte do povo/gado os seguiu. Essa é minha humilde opinião.”.

Outro amigo de grupo também houve por bem dizer que discordava do meu texto, tendo escrito a seguinte mensagem: “Essa é a sua opinião, devo lembrar que o Presidente anterior não conseguiu fazer mais em virtude da perseguição implacável do Congresso, STF e o aparelhamento da justiça, dos professores, da mídia e de outros setores. Para desfazer isso são necessários, no mínimo uns 20 anos. Com a volta desses corruptos ao poder, está se desfazendo o pouco do progresso que o governo anterior fez.”.

Em resposta às respeitáveis mensagens, eu disse que, como se pode ver, é da maior importância a pluralidade de opiniões, em especial quando se analisa um pouco o desempenho de presidente da República que se encarregou de gerenciar intrincadas polêmicas para o fim de tentar se beneficiar delas, como se percebe facilmente dos comentários acima, quando as disputas envolvendo ele e ministros do Judiciário, que nunca tinham final feliz, sempre se resumiam na sinalização de que ele terminaria como o coitadinho, a vítima, o injustiçado, o perseguido, que até pode ter sido, mas tudo aconteceu precisamente conforme planejado politicamente como ele queria, sim para se passar por eterno vítima e perseguido e isso vai passar para a história como aceitável por seus seguidores fanáticos, quando, na realidade, tudo tinha a marca da ensebação e do maquiavelismo políticos, para acobertar incompetência gerencial, quando ele, atento ao princípio constitucional da autonomia e da independência constitucionais dos poderes da República, teria apenas procurado cumprir as funções inerentes ao cargo presidencial, sem necessidade alguma de ficar debatendo em público picuinhas estranhas às importantes atribuições próprias do Estado brasileiro.

É preciso se compreender que o verdadeiro estadista se pauta exclusivamente na agenda relacionada com a liturgia do cargo presidencial, que foi absolutamente diferente feito por ele, que se metia em tudo, exatamente para que ele pudesse se passar por vítima e perseguido, para que esse sentimento ficasse gravado no coração dos fiéis seguidores dele, sempre achando que ele não pôde realizar grandes obras por ter sido eterno perseguido pelos demais poderes, quando os fatos mostram que ele não produziu porque não tinha competência, ante a incumbência próprio e autônoma do poder Executivo, que tinha inclusive o orçamento à sua disposição.

Não obstante, o ex-presidente do pais preferiu criar essa monstruosidade de se fazer perseguido pelo sistema, que até pode ser verdade, mas se aconteceu foi por exclusivas opção e imaginação estratégicas dele, que os incautos engoliram como sendo inevitável realidade.

O estadista minimamente inteligente, usa a infalível estratégia dos recursos, nas vias competentes, à vista do principal constitucional da ampla defesa e do contraditório, conforme as circunstâncias, em caso de tentativa de perseguição a si ou ao seu governo, não aceitando qualquer outra forma menos efetivas de defesa dos seus direitos e os do Estado, conforme a praxe utilizada  nos países evoluídos, em termos políticos e democráticos.     

Enfim, cada pessoa tem direito sim de avaliar os governos segundo as suas opiniões e eu, como amo o meu Brasil, tenho direito de me manifestar exatamente segundo como penso, independentemente de ideologia e apenas de acordo com a minha modesta experiência de vida, aceitando todas as manifestações sobre meus textos, à vista do respeito aos salutares princípios democráticos, ínsitos no livre pensamento de opinião.

          Brasília, em 21 de fevereiro de 2023

A importância da memória

              A escritora Adélia Prado diz que “O que a memória ama, fica eterno”, tendo demonstrado isso no belo texto a seguir.

Quando eu era pequena, não entendia o choro solto da minha mãe ao assistir a um filme, ouvir uma música ou ler um livro. O que eu não sabia é que minha mãe não chorava pelas coisas visíveis. Ela chorava pela eternidade que vivia dentro dela e que eu, na minha meninice, era incapaz de compreender. O tempo passou e hoje me emociono diante das mesmas coisas, tocada por pequenos milagres do cotidiano. É que a memória é contrária ao tempo. Enquanto o tempo leva a vida embora como vento, a memória traz de volta o que realmente importa, eternizando momentos. Crianças têm o tempo a seu favor e a memória ainda é muito recente. Para elas, um filme é só um filme; uma melodia, só uma melodia. Ignoram o quanto a infância é impregnada de eternidade. Diante do tempo envelhecemos, nossos filhos crescem, muita gente parte. Porém, para a memória ainda somos jovens, atletas, amantes insaciáveis. Nossos filhos são crianças, nossos amigos estão perto, nossos pais ainda vivem. Quanto mais vivemos, mais eternidades criamos dentro da gente. Quando nos damos conta, nossos baús secretos – porque a memória é dada a segredos – estão recheados daquilo que amamos, do que deixou saudade, do que doeu além da conta, do que permaneceu além do tempo. A capacidade de se emocionar vem daí: quando nossos compartimentos são escancarados de alguma maneira. Um dia você liga o rádio do carro e toca uma música qualquer, ninguém nota, mas aquela música já fez parte de você – foi o fundo musical de um amor, ou a trilha sonora de uma fossa – e mesmo que tenham se passado anos, sua memória afetiva não obedece a calendários, não caminha com as estações; alguma parte de você volta no tempo e lembra aquela pessoa, aquele momento, àquela época... Amigos verdadeiros têm a capacidade de se eternizar dentro da gente. É comum ver amigos da juventude se reencontrando depois de anos – já adultos ou até idosos – e voltando a se comportar como adolescentes bobos e imaturos. Encontros de turma são especiais por isso, resgatam as pessoas que fomos, garotos cheios de alegria, engraçadinhos, capazes de atitudes infantis e debilóides, como éramos há 20 ou 30 anos. Descobrimos que o tempo não passa para a memória. Ela eterniza amigos, brincadeiras, apelidos... mesmo que por fora restem cabelos brancos, artroses e rugas. A memória não permite que sejamos adultos perto de nossos pais. Nem eles percebem que crescemos. Seremos sempre 'as crianças', não importa se já temos 30, 40 ou 50 anos. Prá eles a lembrança da casa cheia, das brigas entre irmãos, das estórias contadas ao cair da noite... ainda são muito recentes, pois a memória amou, e aquilo se eternizou. Por isso é tão difícil despedir-se de um amor ou alguém especial que por algum motivo deixou de fazer parte de nossas vidas. Dizem que o tempo cura tudo, mas não é simples assim. Ele acalma os sentidos, apara as arestas, coloca um band-aid na dor. Mas aquilo que amamos tem vocação para emergir das profundezas, romper os cadeados e assombrar de vez em quando. Somos a soma de nossos afetos, e aquilo que amamos pode ser facilmente reativado por novos gatilhos: somos traídos pelo enredo de um filme, uma música antiga, um lugar especial. Do mesmo modo, somos memórias vivas na vida de nossos filhos, cônjuges, ex-amores, amigos, irmãos. E mesmo que o tempo nos leve, daqui seremos eternamente lembrados por aqueles que um dia nos amaram.”.

Como não aplaudir texto com sublime expressividade como esse, que tem o poder mágico de passear por cada momento vivido por todos nós, mostrando que o ser humano tem praticamente os mesmos sentimentos sobre fatos vividos ao longo da sua trajetória terrena, com o acúmulo do aprendizado, da experiência e especialmente dos sentimentos vividos junto com familiares e amigos, que se traduzem em verdadeira síntese do que verdadeiramente somos.

Feliz é a pessoa que tem a sensibilidade  para compreender que nada somos senão o somatório dos sentimentos juntados em cada momento no caminho da vida, que são capazes de nos revelar por inteiro sobre o quanto de importância contribuímos com o engrandecimento da nossa própria vida, em quantidade de sentimentos de amor distribuída em forma de companheirismo, compartilhamento, tolerância, carinho e lições por conta do que somos como pessoa.

É exatamente assim que a vida se resume nesse maravilhoso conjunto de boas ações, que alimentam a paz de espírito que precisamos para encarar o caminho que nos resta a seguirmos, sempre em sagrada devoção com os melhores propósitos de agradarmos aos desígnios do Criador.

É por isso que trilhamos nesse caminho da vida permitido por Deus, que nos concede o discernimento para optarmos somente pela  prática das melhores ações possíveis, tendo a oportunidade para sermos protagonistas de bons exemplos de bondade e amor ao próximo.

          Brasília, em 21 de fevereiro de 2023

Bebês robôs?

      Em vídeo que circula nas redes sociais, uma empresa anuncia a primeira instalação de útero artificial do mundo, tendo por base mais de cinquenta anos de pesquisas com a genética humana, que permite que casal infértil possa ter filhos.

Há previsão para a criação de 75 laboratórios e cada um deles tem capacidade para a fecundação de 400 bebês, podendo em um único prédio gerar 30 mil crianças por ano.

A teoria básica a ser usada por esse laboratório é a sofisticada engenharia genética, com capacidade para a fecundação de somente crianças bonitas e perfeitas, sem doenças ou defeitos físicos, com possibilidade para a fixação de mudanças de natureza física, como a cor dos olhos, dos cabelos e da pele, além  de outras características, conforme o padrão planejado pelos país, que têm o direito do filho ideal, segundo o seu modelo de perfeição humana.

O laboratório informa que a sua engenhosa criação humana tem por finalidade atender países que vêm tendo dificuldades para o equilíbrio populacional.

Essa notícia é extremante estarrecedora, por mostrar cenário apavorante para o futuro da humanidade, que é transformada, literalmente, em objeto para fins visivelmente comerciais, como forma de satisfação de atividade econômica, em completo detrimento dos princípios da sua natureza original, na forma da sua criação somente por meio da iniciativa conjunta da vontade do homem e da mulher, como assim tem sido a sua evolução, segundo a sagrada criação do poder universal, que assim entendeu que seria a eterna construção do seu reino humano.

Não obstante, graças à evolução da humanidade, surge a inquietação vinda de interesse próprio do homem de inovação, pouco importando às questões morais e éticas, em respeito aos princípios fundamentais do homem, que se voltam para a exploração da sua inteligência para se beneficiar de seus conhecimentos, como nesse horrível exemplo de degradação da humanidade, desrespeitando os princípios éticos consolidados ao longo da sua história.

A verdade é que a criação artificial do homem pelo próprio homem nada mais é do que possível sinal do fim do mundo, por haver nisso e evidência da sua própria impotência, pelo nítido vislumbre do tingimento da sua capacidade de realização da sua missão original.

À toda evidência, com a implantação da produção em série do homem, seguindo a técnica da robotização, fica consagrada a decretação do fim da luz divina na criação do homem, porque ele passa a ser compreendido e cuidado como autêntico robô, produzido por indução de manuais e máquinas, com os ingredientes maquinalmente introduzidos na sua composição orgânica, ficando à mercê da mentalidade igualmente doentia dos seus inventores guiados e dominados, sobretudo, pelo poder econômico de seus patrocinadores.

A verdade é que a corrida científica não tem limites para o homem, que a combina com a sua frenética ganância econômica, como nesse caso, que não haveria outra preocupação dele senão a conquista de lucros financeiros, uma vez que a questão populacional pode ser resolvida muito bem com alguma forma de incentivo especial por parte dos governos, bastando apenas o emprego do bom senso e da racionalidade.

Enfim, à toda evidência, estamos literalmente no fim do túnel, como se dizem as escrituras antigas de que hão de haver sinais do fim do mundo, como parece ser esse caso, de tão inusitado o homem poder criar, em laboratório, o útero artificial, para a geração em série de bebês, o que bem se vislumbra nisso verdadeiro desequilíbrio mental no controle da humanidade, disposto à criação de monstrinhos, em forma de humanos.

          Brasília, em 21 de fevereiro de 2023

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

A sensibilidade

 

Em vídeo que circula nas redes sociais, um par de bailarino executa fantástico show de bailado no gelo, em performance impecável, com o detalhe que o rapaz não tem a visão e executa os passos em absoluto compasso com o seu par, que consegue acompanhá-lo em uníssono compasso com o ritmo de muita elegância.

Diante disso, perceber-se que ser perfeito está provado que não depende, para tanto, da visão, mas sim da vontade e do amor de Deus, que concede o dom infinito ao homem para executar obras inacreditáveis como esse espetacular balé, em que pessoa sem visão consegue realizar movimentos extremamente sincronizados com a bailarina, que se completam em harmonia simplesmente fantástica, talvez muito além do que poderia executar o casal com visão, que não tem direito de errar nenhum movimento.

Essa beleza de balé tem o condão de provar a existência da força da superação, em que o homem é capaz de mostrar a sua capacidade extraordinária de realização, mesmo com a falta da visão, que é compensada com a sensibilidade auditiva, permitindo que o bailarino realize movimentos impressionantemente corretos. 

Brasília, em 20 de fevereiro de 2023

A força da oração

            A cantora Celine Dion aparece em vídeo contando a sua tristeza de não puder se apresentar em público com seus espetáculos, em razão de ter sido acometida de doença progressiva que tem como principal característica fortes dores no corpo, que afeta inclusive as cordas vocais, impossibilitando a sonoridade do seu canto.

Na mensagem que ela conta a sua tristeza por ser obrigada a se distanciar do seu público, ela faz apelo por orações, no sentido de que a sua saúde seja recuperada, permitindo a sua volta aos palcos, conforme ela disse que sente falta do aconchego de seus fãs.

Sim, vamos rezar em fervorosa prece ao Criador, para que seja concedida a graça divina no sentido de que a cantora Celine Dion seja fortalecida com as energias celestiais capazes de contribuir para a superação de seus gravíssimos problemas de saúde, em recompensa por todo o seu empenho nesse sentido, de modo que seja permitido a voltar dela à  prática da sua plena arte musical, de modo a satisfazer a felicidade das pessoas e dela, por meio do seu talento maravilhoso.

Que Deus ouça as nossas preces.

Amém!

          Brasília, em 19 de fevereiro de 2023

A prova do saber?

            Uma garota de Cajazeiras, Paraíba, de 17 anos, foi primeiro lugar no vestibular do importante curso de medicina da Universidade de São Paulo (USP), cujo resultado é motivo de encômios por se tratar de aluna oriunda de escola pública, frequentadora do curso técnico de informática do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), campus dessa cidade.

O auspicioso sucesso nos estudos encorajou a adolescente a declarar que isso é prova do quanto a Paraíba e o Nordeste são capazes no campo da Educação, tendo pontificado, in verbis: “Sabemos que as pessoas acreditam que no Nordeste não temos educação e instrução, mas isso mostra o contrário. Tenho orgulho de mostrar que a Paraíba é capaz de formar seus cidadãos.”.

A mãe da adolescente disse que a filha sempre foi muito estudiosa e que “Maria Clara, desde muito pequena, é muito estudiosa, dedicada e disciplinada. A gente torcia e até esperava que ela fosse conseguir realizar o sonho de entrar para medicina. Mas, dessa forma que ocorreu, sendo primeiro lugar na USP, superou todas as expectativas, todos os sonhos.

A jovem cajazeirense disse que era muito disciplinada nos estudos, tendo iniciado a sua preparação concomitante ao surgimento da pandemia do coronavírus, logo no período de isolamento, quando passava a maior parte do tempo no quarto, estudando, quando, mesmo no período mais difícil das aulas on-line, ela disse que continuou se dedicando aos livros, com foco no Enem, cuja rotina de estudos intensos no colégio, pela manhã, ela se dedicava com afinco, em casa.

A adolescente disse que, ipsis litteris: “Começava (a estudar) por volta das 8h da manhã, fazia uma pausa para o almoço, às 11h mais ou menos, e voltava a estudar pela tarde, às 13h, e ia até umas 17h. Aí eu fazia mais uma pausa e, geralmente, voltava a estudar mais duas ou três horas de noite — diz ela, que em março do ano passado já tinha passado por todo o conteúdo do ensino médio.”.

A dedicada vestibulanda disse que os meses seguintes foram de revisão: “Em 2022, meu principal foco era revisar. Então eu fiz muitas questões e muitos simulados e provas antigas do Enem. Acho que foi o principal ponto da minha preparação.”.

A garota disse que, na sua trajetória, ter recebido fundamental apoio da família, que “foi importante para a superação de muitos obstáculos que nos separam dos nossos sonhos, desde problemas financeiros até a pressão e a insegurança que todos os vestibulandos sentem. Mas com dedicação e com o apoio das pessoas ao seu redor é possível superá-los.”.

À toda evidência, como nordestino que compreendo as terríveis dificuldades enfrentadas pelo povo do sertão, sinto o dever de me solidarizar com o sucesso dessa menina, em especial pelo coroamento de seu empenho, na construção de um sonho absolutamente possível de se alcançar, como exatamente foi conseguido por ela, que teve a iniciativa de se programar e se isolar, de maneira sistemática e produtiva visando ao seu objetivo de passar no importante e concorrido vestibular do curso de medicina de grande universidade brasileira, que é a principal especialização profissional ansiada por todos os patrícios.

Sem dúvida alguma, a jovem cajazeirense tem todo direito de exaltar as suas qualidades de vencedora nos estudos, como resultado apenas dos seus descomunais esforços de quem já tinha objetivos claros e definidos a alcançar e somente por meio dos estudos metódicos e planejados, associados e importantes fatores, como bem definidos por ela, na sua sinceridade de que foi extremamente aguerrida nos estudos, que ainda contou com a ajuda, em forma de apoio da família dela, em tudo se convergindo para o atingimento do estrondoso sucesso dela.

Essa aí é a verdadeira chave da vitória dessa menina de ouro, que precisa sim ser reconhecida por seus méritos, como eleita por sua dedicação e por seu exclusivo esforço, por ela ter sido capaz de estudar afinco e superar os obstáculos próprios, o que é bem diferente de quem não estuda e nem se esforça e ainda espera que apareça o sucesso, ou seja, trata-se de situação clássica de quem tem objetivos definidos na vida e faz tudo rigorosamente com essa finalidade, conforme ela mesma assim se definiu como pessoa ajustada para os estudos.

Isso não serve de prova no sentido de que ser paraibano, sertanejo ou nordestino tem capacidade para a realização, porque não foi ela ser apenas cajazeirense que conseguiu a glória, mas sim porque ela se esforçou ao máximo para ser vitoriosa, cujo feito poderia ter sido alcançado por qualquer pessoa que se esforçasse igualmente nos estudos, não importando o lugar onde ela tenha nascido ou estudado, se em escola pública ou particular, porque o fator determinando no sucesso dela foi, indiscutivelmente, a dedicação ferrenha aos estudos, em detrimento de outras atividades.

Diante disso, é preciso se acabar, de vez, com a eterna tristeza e mesquinhez dessa história de se imaginar sobre a inferioridade do nordestino, em relação ao resto do país, como nesse caso, em que se aproveita situação absolutamente normal, fruto do descomunal esforço, visivelmente isolado e pessoal, para tentar enaltecer a generalização de algo que não tem nada vinculante com a realidade.

Prova dessa assertiva é mostrada na expressão da inteligente vestibulanda, que disse, certamente em tom de puro desabafo, que “Sabemos que as pessoas acreditam que no Nordeste não temos educação e instrução, mas isso mostra o contrário. Tenho orgulho de mostrar que a Paraíba é capaz de formar seus cidadãos.”.

Na concepção razoável e sensata, o sucesso dessa menina não tem nada a ver com o que ela afirma, no sentido de que o Nordeste tem educação e instrução, tendo ele concluído, não de tudo corretamente, que “Tenho orgulho de mostrar que a Paraíba é capaz de formar seus cidadãos.”.

Isso que ela disse não pode ser considerado como absolutamente verdade, porque estaria ela se apoderando do caso isolado acontecido com ela, que estudou, se esforçou e conseguiu passar em difícil e importante vestibular, sendo notório que se trata de caso pessoal, ímpar, de quem fez por merecer, por dedicação própria e não por conta do Estado, quando os demais paraibanos, que não se esforçaram, jamais vão conseguir o mesmo brilho no sucesso alcançado por dela.

À toda evidência, o caso dessa medida conduz, de forma inevitável, à conclusão de que o exemplo dela é sim motivo para ser enaltecido e seguido pelas pessoas que pretendem ser vitoriosas na vida, independentemente onde more ou estude, por se tratar de façanha extraordinária e da maior importância para a educação da Paraíba, mas somente e especificamente no sentido de se mostrar que o sucesso nos estudos não depende do sistema educacional do Estado, que precisa melhorar em muito, como de resto de todo o Brasil, mas sim dos denotados esforço e dedicação pessoal de jovem de fibra.

          Brasília, em 20 de fevereiro de 2023

domingo, 19 de fevereiro de 2023

Encontro com amigos

            Hoje, eu me encontrei com amigos da Turma 162, conforme mostram as fotos que foram  publicadas no grupo de amigos.

As fotos em tela evidenciam o ar de prazer irradiante no semblante de bons irmãos de turma, que se viam há algum tempo e se mostram felizes, na ocasião.

Em que pese o desfrute de alguns instantes, o encontro foi compensador, por nos oportunizar conversa sobre assuntos relacionados com fatos históricos, dos tempos da Escola.

Na ocasião, fui honrado com o convite convocação, formulado por Cabral, que, invocando as comemorações alusivas aos festejos dos 48 anos de formatura ou 50 de ingresso na Escola, sugeriu, a exemplo do que fez o Edemar, que eu escrevesse livro narrando acontecimentos circunstanciais à vida de todos nós, desde os bons tempos de aluno.

O Cabral ofereceu o poderoso argumento segundo o qual seriam aproveitadas as histórias contadas pelos amigos, na certeza de que todos têm algo que se passou com eles e estão ávidos para contá-los, com o que ter-se-á excelente livro.

Não há a menor dúvida de que, na teoria, parece muito simples, ao se imaginar a riqueza de assuntos a serem compilados, reunidos em compêndio.

Não obstante, de imediato, eu declinei do sedutor e honroso convite, sob a justificativa de que até parece fácil se escrever livro, principalmente para mim, que já escrevi 65, o que até pode ser verdade, que é, com o pequeno porém de que eu escrevo sobre os fatos do quotidiano, mais especificamente com relação ao atual momento, que estão em consonância com a atualidade, exigindo apenas um pouco de raciocínio crítico para a análise e o desenvolvimento do texto.

No caso do livro da turma, não depende de quem o escreve, mas sim de terceiros, que conta os fatos históricos, para se disporem a narrá-los, a depender da disponibilidade de tempo e também da boa vontade das pessoas.

Espero que os amigos entendam as minhas razões para não me interessar em escrever o livro da turma, exatamente por eu não ser a pessoa certa para a execução de tão relevante missão, em que pese tão importante distinção, na qualidade do que escrevo.

Muito obrigado

          Brasília, em 19 de fevereiro de 202